terça-feira, novembro 22, 2005

IDANHENSE- 2 BIDOEIRENSE- 0


Idanhense volta a aproximar-se do topo

Estádio Municipal de Idanha-a-Nova
Árbitro- Luís Brás, auxiliado por Marco Pinto e André Silva (Guarda)
Idanhense- Hélder Cruz (3), Gil (3), Betinho (3), Nuno Marques (3), Horácio (3), Ricardo Viola (3), Cristophe (3), Maniche (3), Tó Jorge (3), Gilson (3) e João Fazenda (3)
Treinador- Nuno Fonseca
Bidoeirense- Nuno Viseu, Kikó, Russo, Milton, Estroga, Nuno, Testas, André Neves, Morais, Zeca e Borges
Treinador- Frederico Rasteiro
Substituições- Horácio por Pacheco (3) aos 77, Tó Jorge por Zezinho (-) aos 88 e Ricardo Viola por Tito (-) aos 90; Milton por Luís Cláudio aos 63
Disciplina- Amarelos a Nuno Marques aos 86; Russo aos 46 e André Neves aos 71
Marcadores- Cristophe aos 50 e Pacheco aos 85

A figura do jogo- João Fazenda – O Idanhense não jogou o que sabe e apesar de todos os jogadores terem estado ao mesmo nível destaca-se João Fazenda porque é uma autêntica formiguinha a jogar à frente da defesa. Faz um trabalho chamado invisível mas que é muito útil à equipa.

O Idanhense- Não rendeu o que lhe é habitual e, neste jogo, acabou por valer mais o resultado que a exibição. Teve várias chances para matar o jogo depois do 1-0 e sofreu escusadamente antes de Vítor Pacheco entrar para fazer o 2-0.

Não foi um bom espectáculo de futebol aquele que Idanhense e Bidoeirense proporcionaram no último domingo no Municipal de Idanha-a-Nova.
E não foi, por vários motivos: porque o Idanhense esteve uns furos abaixo daquilo que produziu noutras partidas, porque o Bidoeirense acabou por ser uma agradável surpresa, tendo em conta que ocupa o último lugar da tabela, e porque o relvado muito escorregadio também não era propício a grandes primores técnicos, e é sabido que os raianos têm no seu plantel jogadores que gostam de tratar bem a bola.
A primeira parte acaba mesmo por deixar poucas recordações. As oportunidades foram muito escassas, e o Idanhense, apesar de ter mais tempo de posse de bola que o adversário, nunca conseguiu arranjar a fórmula certa para conseguir ultrapassar a bem posicionada defesa do Bidoeirense. Os raianos tentaram chegar à baliza de Nuno Viseu com remates de fora da área, e através de lances pelos flancos que, no entanto, raramente chegavam com perigo à área adversária.
Ao invés, o Bidoeirense tentava tapar todos os caminhos para a sua baliza mas nunca descurava uma oportunidade para ensaiar o contra-ataque. Testas é o grande patrão da equipa da Bidoeira, mas sozinho… É claramente um jogador uns patamares acima dos seus colegas de equipa. Falta-lhe melhor companhia na frente de ataque. E os poucos lances em que o Bidoeirense conseguiu chegar junto da baliza de Hélder Cruz acabaram por nascer de atrapalhações defensivas dos da casa.
Pelo que se viu em 45 minutos o nulo era o resultado que melhor encaixava na produção das duas equipas, também ela quase nula.
Para a 2ª parte o Idanhense entrou com outras ideias. Não passaria pela cabeça de ninguém que, depois de perder no terreno do penúltimo classificado, o Idanhense poderia também perder pontos frente ao lanterna vermelha do campeonato.
E logo aos 5 minutos um grande pontapé de Cristophe ainda longe da área adversária só parou no fundo da baliza de Nuno Viseu. Um grande golo, na sequência de um grande remate que, no entanto, ainda nos pareceu sofrer um ligeiro toque num defensor do Bidoeirense.
Esperava-se que em vantagem as coisas caminhassem para a regularidade, mas a verdade é que entrámos num período do jogo em que o Idanhense até conseguiu criar uma mão cheia de boas ocasiões para matar o jogo, ora por Horácio, ora por Cristophe, mas não marcava. O Bidoeirense dava o tudo por tudo e tentava tirar partido de um estranho nervosismo que se apoderou do último reduto da casa. Foram vários os lances em que o perigo rondou a baliza de Hélder Cruz que também não ajudou nada com duas ou três reposições de bola deficientes.
Faltava claramente o 2-0 para que a equipa de Nuno Fonseca serenasse e foi, se calhar quando menos se esperava, que o descanso chegou, Aos 85 minutos Nuno Viseu fez a defesa tarde a um remate de meia distância, mas a bola acabou por cair na sua frente onde apareceu o recém entrado Vítor Pacheco a empurrar para o resultado final.
Uma vitória justa do Idanhense mas onde eram perfeitamente evitáveis alguns momentos difíceis pelos quais a equipa passou.

A arbitragem- Não esteve mal e não teve qualquer influência no resultado. O relvado muito escorregadio não ajudou ao seu trabalho mas soube quase sempre distinguir as entradas à margem da lei daquelas que eram provocadas pelo estado da relva.
Discurso directo- Nuno Fonseca, técnico do Idanhense- “A 1ª parte não foi boa, principalmente porque estivemos muito mal ao nível do último passe. No final sofremos um pouco, mas tivemos 3 ou 4 oportunidades que não concretizámos. Provou-se que já não há equipas fáceis. Na próxima jornada na Sertã vai ser um jogo muito complicado que se calhar pode ser prejudicado pelo mau estado do relvado. O Sertanense tem um bom 11, o Manoel já vai jogar, visto que estranhamente foi castigado apenas com um jogo de suspensão na sequência de um vermelho. Mas num derby tudo pode acontecer. No jogo de hoje o árbitro, em termos gerais, esteve bem”.

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