domingo, fevereiro 01, 2009

ADEP- 1 SERTANENSE- 1


Difícil fazer melhor

Estádio Municipal de Penamacor
Árbitro- Luís Caetano, auxiliado por Luís Castainça e Jorge Ramos, de Viseu
ADEP- Oleh Prokopets (3), Cristophe (3), Sérgio (3), Marco (3), Hélder (3), Pedro Silveiro (3), Luís Graça (3), Salcedas (3), Mateus (3), Tomás (2) e Tony (3)
Treinador- Vítor Cunha
Sertanense- Moretto (3), Anderson (3), Américo (3), Pedro Miguel (3), Marco Farinha (2), Leandro (3), Joca (3), Bruno Xavier (3), Baba (3), David Facuncho (3) e Magalhães (3)
Treinador- Eduardo Húngaro
Substituições- Tomás por Zé Luís (2) aos 52 e Salcedas por Anjo (1) aos 79; Marco Farinha por Igor Luís (2) aos 33, Baba por Filipe Avelar (2) ao intervalo e Igor Luís por Tiago (1) aos 79
Disciplina- Amarelos a Tony aos 37, Sérgio aos 40 e Hélder aos 87; Joca aos 82
Marcadores- Pedro Silveiro aos 12; Joca aos 40

A figura do jogo- Luís Graça (ADEP)- Um jogador fundamental dentro da equipa de Penamacor. Importante não só nas acções defensivas como nos lançamentos para o ataque. Esteve no cruzamento que deu o golo de Pedro Silveiro e apareceu sempre onde estava a bola.

A ADEP- Entrou melhor e marcou cedo, mas ainda antes do intervalo permitiu o empate. Na segunda parte tentou ainda chegar à vitória mas no último terço do terreno mostrou algumas dificuldades, também provocadas pelo estado do terreno.

O Sertanense- Só na segunda parte a equipa conseguiu arranjar forma de lidar com as condições do sintético. Os jogadores mais tecnicistas nunca conseguiram sobressair e o futebol mais directo tentado já na recta final também nunca resultou.

Num derby molhado, com terreno pesado e com muito frio, a qualidade do jogo não podia ser muito melhor que aquilo que foi, mas destaca-se a atitude e a determinação dos jogadores de ambas as equipas, numa partida que acabou com um empate no placard, resultado que já se verificava ao intervalo.
A equipa da casa entrou melhor no jogo e logo na primeira vez que se acercou com perigo da baliza do estreante Moretto acabou por marcar. O lance começa com um cruzamento de Luís Graça do lado direito, e termina com o capitão Pedro Silveiro a aproveitar bem uma defesa para a frente do keeper brasileiro do Sertanense.
A vencer, a ADEP deixou correr o tempo, mas o Sertanense, a quem competia agora fazer pela vida, mostrava muitas dificuldades em lidar com as condições do terreno de jogo mas, mesmo assim, e apesar de um pouco aos solavancos, lá foi dominando mais, chegando ao empate ainda antes do descanso quando um lançamento em profundidade acabou por isolar Joca. Na verdade, o passe foi feito para Igor Luís, que estava em posição irregular, mas foi Joca que beneficiou do lance já que o brasileiro acabou por parar não mostrando intenção de jogar a bola. Naquela milésima de segundo que os auxiliares têm para levantar ou não a bandeirola, Luís Castainça optou por deixar seguir.
Ao intervalo o empate aceitava-se e na segunda metade, apesar das alterações introduzidas pelos dois técnicos o jogo pouco mudou. A equipa do Pinhal, mesmo tendo mais tempo de posse de bola e dominando mais, sentia muitas dificuldades em construir lances de perigo, e a ADEP só esporadicamente chegava à área contrária. A verdade é que acabou por ser uma tarde tranquila para os dois guarda-redes, com pouco remates e sem grandes situações de perigo. Já na recta final, o Sertanense optou por uma forma de jogar mais directa, mas nem assim conseguiu desfazer um empate que acaba por assentar bem ao futebol que as duas equipas praticaram ao longo dos 90 minutos.

A arbitragem- Num terreno também ele muito difícil para a arbitragem, apenas o lance do golo é questionável, já que, apesar de Joca não estar em posição de fora de jogo, Igor Luís estava adiantado em relação ao penúltimo homem da casa, mas não se fez ao lance, apesar de se ter cruzado com Joca. Pareceu-nos acertada a decisão do auxiliar.

Discurso directo- Vítor Cunha, técnico da ADEP- “Eu não gosto de me desculpar com as arbitragens. No lance do golo do Sertanense parece-me que o Joca não está em fora de jogo, mas o outro jogador está claramente, e a bola vai na direcção dele. O árbitro teve essa opção, porque eles também erram e também falham. Em relação ao jogo, este foi o resultado possível, devido às condições do tempo. Mas quero enaltecer a atitude dos jogadores”.

Discurso directo- Eduardo Húngaro, técnico do Sertanense- “Tenho que parabenizar os jogadores de ambas as equipas e a arbitragem pela atitude heróica. Foram condições quase que desumanas. Começámos o jogo a perder e tivemos que ir atrás do resultado. Os meus jogadores, mais uma vez mostraram que são guerreiros. Não vivemos um momento bom, em termos de resultados, mas a equipa mantém espírito de luta e competitividade. Gostei muito da estreia do Moretto, porque foi um jogador que entrou em condições bastante adversas e acho que passou na prova. Até final do campeonato não vou falar mais das arbitragens”.

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