domingo, janeiro 25, 2009
OLEIROS- 2 VITÓRIA DE SERNACHE- 2
Fontes de problemas
Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Ricardo Fontes (1), auxiliado por Pedro Tomás e Alexandre Paralta
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Tiago Ventura (3), Carlitos (3), Fiel (3), Quim Garcia (4), João André (3), Norberto (3), Joel (3), Zé Bernardo (3) e Ludovico (3)
Treinador- José Ramalho
Vitória de Sernache- Jorge Correia (3), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (3), Fernando Miguel (4), Toni (3), Luís Filipe (3), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3) e Diogo Simão (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Joel por Laranjo (2) aos 54 e Zé Bernardo por Marcelo (1) aos 81; Miguel Farinha por Likas (2) aos 62 e Toni por Ricardo André (2) aos 74
Disciplina- Amarelos a Joel aos 52 e Carlitos aos 79; Miguel Farinha aos 43, Ricardo André aos 89, Likas aos 90+1 e Tiago Farinha aos 90+5. Vermelho directo a Tiago Ventura aos 79
Marcadores- João André aos 35 e Ludovico aos 90+5; Paulo Lopes aos 23 e Dany aos 87
A figura do jogo- Fernando Miguel (Vitória de Sernache)- Um central com um grande sentido posicional, muito bem na marcação que moveu ao seu adversário directo, e exemplar na forma como definiu os lances que passaram por ele.
O Oleiros- Esteve uns furos abaixo do que mostrou em Alcains mas mesmo assim mostrou que apenas a vitória lhe interessava. Mesmo sofrendo o segundo golo quando já estava com menos uma unidade, acreditou sempre que era possível evitar a derrota.
O Vitória de Sernache- Entrou melhor, a mandar no jogo, para tentar marcar cedo, porque a vitória também era o único resultado que interessava. Na segunda parte não se adaptou bem à superioridade numérica e, mesmo marcando nesse período, ainda se deixou empatar no último minuto dos descontos.
Tinha tudo para ser um grande derby. Jogo entre vizinhos, equipas empatadas na classificação, e ainda a tentar chegar perto dos quatro primeiros, mas os últimos minutos acabaram por estragar o que estava a correr de forma exemplar até essa altura.
Entrou melhor o Vitória, que começou por mandar no jogo e mostrou intenções de marcar cedo, como forma de pressionar o adversário que jogava perante o seu público e, por isso, com responsabilidades acrescidas. Mas foi já numa fase em que o Oleiros tinha chegado ao ponto de equilíbrio que os vitorianos inauguraram o marcador quando Paulo Lopes aproveitou bem o facto de João Luís não ter segurado uma bola que chegou a ter nas mãos.
Até ao intervalo, e sempre com um jogo muito disputado e por vezes bem jogado, especialmente se tivermos em atenção o frio e o estado muito pesado do sintético, o Oleiros ainda arranjou tempo para desenhar a sua melhor jogada de ataque, que culminou com um centro do lado esquerdo que João André, solto já dentro da área, aproveitou para restabelecer a igualdade.
Na segunda parte os pressupostos não se alteraram… até ao minuto 79. Depois de assinalar uma falta cometida por Carlitos, bem punida com amarelo, mostrou o vermelho directo a Tiago Ventura, provavelmente por palavras proferidas menos próprias. A partir daqui, e mesmo apresentando algumas dificuldades iniciais em lidar com a superioridade numérica, o Vitória chegou de novo à vantagem, mas deixou-a fugir já no último minuto de compensações num lance muito contestado pelos forasteiros e que motivou fortes protestos junto do auxiliar do lado da bancada. Foi pena, porque o jogo tinha todos os condimentos para terminar sem polémicas e sem queixas de ambos os lados.
A arbitragem- Tornou-se, de forma inexplicável, o protagonista do jogo a partir do minuto 79, porque até então, com erros de pequena monta, estava a fazer um trabalho regular, até ajudado pela correcção das duas equipas. Só que a expulsão, com vermelho directo, de Tiago Ventura inverteu o rumo dos acontecimentos. Numa falta normalíssima, e bem assinalada e punida com amarelo a Carlitos, exibiu igualmente o vermelho ao central oleirense, provavelmente por palavras que ouviu. Por vezes, os árbitros têm que fazer ouvidos de “mercador” àquilo que escutam dentro do campo. Já no final da primeira parte tinha mostrado amarelo a Miguel Farinha, aqui por indicação de Pedro Tomás, pelos mesmos motivos. Ora não será verdade que, com este rigor todo, seria muito raro o jogo que chegava ao fim? Todos os dias vemos, e muitas vezes até ouvimos, ou percebemos através dos lábios dos jogadores, nos campos, ou mesmo através da televisão, palavras pouco agradáveis dirigidas aos árbitros ou até mesmo aos adversários. Mas o que mais há por aí, por esse mundo fora, são árbitros “surdos”. Ou seja, às vezes, é melhor para o espectáculo, não ouvir certas coisas. O problema é quando numas circunstâncias se ouve e se pune, e noutras não se age da mesma maneira. Ora, acabou por ser a expulsão do central do Oleiros que desencadeou tudo o resto que se passou, e que obrigou Ricardo Fontes, num primeiro momento a ter que se deslocar quase até à linha de meio campo sempre rodeado por toda a equipa da casa. Estava o caldo entornado. Ricardo Fontes deveria ter o bom senso de perceber que se tratava de um derby, que estava a correr com extrema correcção. Depois disso veio o golo do Vitória e o empate do Oleiros, com nova contestação, agora do outro lado. Os vitorianos queixam-se que o lançamento que está na origem do lance do golo do empate era a seu favor, e depois questionam a posição de Ludovico aquando da obtenção do empate, também aqui rodeando e protestando de forma veemente, agora com o auxiliar do lado da bancada. Já antes o Oleiros tinha “pedido” um penalty, alegadamente cometido sobre o mesmo jogador. São situações que, do local onde nos encontramos, não temos condições de analisar com clareza. Mas fica-nos a certeza que, depois do fatídico minuto 79, o discernimento da equipa de arbitragem nunca mais foi o mesmo e que estas situações, já nos descontos, não aconteceriam se não fosse o tal minuto 79. Por outro lado, e sem nunca pôr em causa a idoneidade ou a honestidade de quem quer que seja, deixamos uma questão ao Conselho de Arbitragem da AFCB: Será de bom tom nomear um árbitro auxiliar para este jogo, quando no dia anterior, como árbitro, esteve num jogo de futsal de um dos clubes intervenientes? Ou será melhor, para não alimentar qualquer tipo de especulações ou de desconfianças, evitar estas situações? Se no distrito temos árbitros para “emprestar” a Leiria, é mesmo necessário ser o mesmo árbitro a dirigir dois jogos do mesmo clube em dias consecutivos, mesmo que em campeonatos e até modalidades diferentes? A resposta parece-nos óbvia…
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “O resultado acaba por não ser bom para nenhuma das equipas. Sabíamos que uma vitória hoje permitia uma aproximação às equipas da frente. Os jogadores deram tudo o que tinham. O Sernache entrou melhor, mas aos poucos fomos equilibrando. Na segunda metade queríamos passar para a frente no marcador, e a meio da segunda parte o jogo estava muito repartido e qualquer equipa podia chegar à vitória. Depois o Sernache aproveitou a superioridade numérica e fez o segundo golo. Nós acreditámos até ao fim e valeu isso mesmo para chegar ao empate. O resultado é justo. Em relação à arbitragem, penso que hoje foi o árbitro que estragou o jogo. Qualquer encosto nosso marcava sempre falta contra nós, foi-nos empurrando, o meu jogador é expulso não sei porquê, penso que por palavras mas, se foi por isso, com toda a certeza que, nesta parte final os jogadores do Sernache também não foram muito simpáticos para o árbitro. Esta é a arbitragem que nós temos… Trabalhámos durante a semana, com neve, com frio, e depois chegamos ao domingo e os árbitros estragam os jogos. Já aconteceu em Alcains e hoje aqui. Será que estas pessoas que estavam na bancada não percebem nada de futebol? Só o árbitro é que percebe? Hoje houve falta de humildade por parte do árbitro. Eu ando no futebol há muitos anos e, por vezes, dá-me vontade de ir embora, porque há árbitros que não merecessem que eu aqui esteja. Há uns árbitros que têm mais jeito que outros, os que não têm jeito que fiquem em casa! Estas coisas têm que ser ditas para que o futebol distrital chame pessoas aos estádios. Só desejo é que este árbitro melhore muito e que tire um curso de reciclagem para ver se aprende mais alguma coisa”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “O resultado foi o possível e é extremamente injusto para o futebol praticado dentro de campo. Penso que a única equipa que quis ganhar o jogo e que criou situações de golo foi o Vitória de Sernache. Tivemos seis ou sete situações de golo, mas faltou-nos aparecer na área de concretização. O Oleiros fez um golo na primeira parte na primeira vez que foi à nossa baliza, numa falha de marcação. Eu penso que o jogo devia ter terminado na altura da expulsão do jogador do Oleiros por falta de elementos da equipa adversária porque o árbitro foi agredido e não devia ter continuado o jogo porque não havia elementos suficientes. Depois fizemos o segundo golo e apareceu aquele que já estava a ser um grande protagonista. Em relação há arbitragem queria referir que o Fontes fez a arbitragem tecnicamente possível e não teve influência no desenrolar do jogo, mas o fiscal de linha do lado bancada… foi o mesmo que me expulsou ontem (sábado) no jogo de futsal, além de mandar identificar um adepto na bancada não viu que o lançamento que dá o segundo golo do Oleiros era para nós e depois “não teve tomates”, como se diz na gíria, para tirar o fora de jogo ao jogador que faz o golo. Pela primeira vez no futebol, que estive do outro lado do varão, dirigi-me sempre aos meus jogadores incentivando-os, e fui agredido. A GNR viu e lamento ter sido agredido em Oleiros. Provavelmente para o ano a Associação irá fazer aquele campeonatozinho de 6 equipas a 4 voltas, porque não há capacidade, não há equipas, e isto não tem jeito nenhum. Reparem que os outros campeonatos estão a dobrar a 1ª volta e nós estamos a 6 jornadas de acabar o campeonato. É uma vergonha porque os clubes gastam dinheiro, pagam um balúrdio pelas inscrições, para as pessoas andarem de gravata e a fazer grandes chamadas de telemóvel. Pergunto aqui porque é que o Sernache está a ser tão prejudicado e porque é que o presidente do Conselho de Arbitragem não vai ver um jogo do Sernache? Ele vai ver tantos jogos de futebol, mas há dois anos que não vê o Sernache, seja em casa ou fora! Desta forma, este futebol é uma merda…”.
domingo, janeiro 18, 2009
CD ALCAINS- 1 OLEIROS- 0
Alcains evita lotaria já nos descontos
Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Márcio Lopes, auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
CD Alcains- Beirão, Tiago Paulo, Diálló, Quinzinho, Esquiva, Ricardo Constantino, Ricardo Costa, Aíldo, Manoel, Khonné e Bruno Vieira
Treinador- Hugo Andriaça
Oleiros- Carlos, Fiel, Tiago Ventura, Carlitos, Joel, Quim Garcia, João André, Norberto, Zé Bernardo, Ludovico e Cássio
Treinador- José Ramalho
Substituições- Aíldo por Miguel aos 56; Zé Bernardo por Laranjo aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Aíldo aos 3, Tiago Paulo aos 22, Diálló aos 23, Manoel aos 31, Esquiva aos 40 e Miguel aos 90+9; Carlitos aos 42, Joel aos 45, Zé Bernardo aos 56 e Tiago Ventura aos 90+8. Vermelho directo a Cássio aos 90+5
Marcador- Quinzinho aos 90+3
O CD Alcains- Sentiu as dificuldades que o seu técnico já esperava, até pelo que já tinha acontecido neste mesmo jogo, mas a contar para o campeonato distrital. Especialmente na primeira parte a equipa chegou a ter muitas dificuldades em sair com a bola de dentro do seu meio campo, também muito por culpa da pressão do adversário. Num jogo equilibrado, mas em que dispôs das oportunidades mais flagrantes, acabou por evitar a lotaria dos penalties já muito perto do final.
O Oleiros- Voltou a demonstrar que está numa fase de crescendo, conseguindo mesmo, durante largos períodos do jogo, especialmente durante a primeira metade, dominar e controlar a partida. Pelo que fez a equipa de José Ramalho merecia decidir a eliminatória nos pontapés dos 11 metros.
Num jogo de mata-mata, Alcains e Oleiros empenharam-se na luta pela vitória e proporcionaram ao público presente nas bancadas do Trigueiros de Aragão um espectáculo de futebol muito agradável, num jogo muito equilibrado, com a bola sempre muito perto das duas balizas e com um vencedor encontrado quando já muitos pensavam que ainda se iria assistir à extracção da lotaria.
Depois de uns primeiros 10 minutos disputados numa toada mais morna, em que o Alcains tentou impor o seu futebol enquanto o Oleiros encaixava as marcações, foi depois disso acontecer que os do Pinhal conseguiram chamar a si o domínio do jogo, tendo mais tempo de posse de bola, estando mais tempo dentro do meio campo contrário e conseguindo quase sempre contrariar as ocasiões em que os canarinhos tentavam aliviar a pressão e ultrapassar a linha de meio campo. Mas o jogo foi sempre pautado por muita luta pela posse de bola e por uma vontade enorme de marcar primeiro que o adversário. Durante esta fase, que se estendeu até ao intervalo, as melhores ocasiões de golo pertenceram sempre ao conjunto da casa. As mais flagrantes surgiram de lances de bola parada no interior da área oleirense. A primeira num livre indirecto, em que o guarda-redes Carlos, que até tinha mostrado algum nervosismo na parte inicial, teve a primeira grande oportunidade para negar o golo a Bruno Vieira. A segunda, e a mais flagrante, aconteceu aos 42 minutos quando Bruno Vieira sofreu uma grande penalidade cometida pelo capitão Carlitos já depois de ter corrido todo o meio campo do Oleiros com a bola controlada. Da marca dos 11 metros Carlos voltou a ter a chance de brilhar, negando de novo a Bruno Vieira, desta vez sem ninguém entre eles, a vantagem alcainense.
Nos segundos 45 minutos, mesmo decaindo um pouco a qualidade do jogo produzido de ambos os lados, talvez fruto de um cansaço acumulado, as oportunidades mais flagrantes continuaram a ser dos da casa, mas sempre tendo pela frente uma excelente resposta do conjunto de José Ramalho que teimava em levar até às últimas consequências a decisão da eliminatória.
E acabou por ser quando já muitos esperavam pela lotaria das grandes penalidades que surgiu alguém a desatar o nó em que a partida se tinha transformado. Na sequência de um dos muitos pontapés de canto de que beneficiou o Alcains, Vieira marcou do lado esquerdo e Quinzinho saltou mais alto que os opositores carimbando desta forma, e aos 93 minutos, o passaporte da equipa de Hugo Andriaça para as meias-finais da Taça de Honra José Farromba.
Num jogo digno do nome que foi dado a esta competição, o Oleiros merecia chegar à decisão da eliminatória na decisão das grandes penalidades.
A arbitragem- Nas decisões mais polémicas, aquelas que levantam mais contestação, parece-nos que foi demasiado rigoroso no vermelho directo a Cássio. Podia ter enquadrado o lance no contexto geral do jogo, uma vez que, para além de ser uma falta dura, foi cometida em cima da linha de meio campo e junto à linha lateral, e o vencedor estava praticamente encontrado. No livre indirecto e no penalty que, em ambos os casos favoreceram o Alcains, decidiu bem e agiu disciplinarmente em conformidade.
Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Sabíamos que íamos defrontar uma equipa que é capaz do 8 e do 80 e quis incutir nos meus jogadores um espírito de revolta ou de “vingança” desportiva. Já sabíamos como eles iam funcionar, porque nesta fase já todos nos conhecemos uns aos outros. Eu nunca disse que nós éramos muito superiores às outras equipas, sempre disse é que éramos os melhores, e continuo com essa convicção, mas não somos assim tão melhores, por isso é que os jogos são equilibrados. A equipa revela alguma ansiedade nos jogos em casa, talvez pela pressão de alguns adeptos. Temos que perceber que estamos no distrital, mas tenho consciência que há adeptos que já viveram outros tempos e já vieram a esta bancada ver outras equipas. Esses têm que perceber que o trabalho está a ser feito e mais não nos podem pedir. Por isso é que os nossos grandes resultados são sempre conseguidos fora de casa, e não aqui. O Márcio Lopes tenta segurar o jogo demasiado cedo com cartões amarelos. Aos 20 minutos já tínhamos 6 amarelos e com sorte acabámos o jogo com 11 jogadores. Foi benevolente em algumas situações mas não tem influência no resultado. Tem o erro grave de não ter mostrado vermelho ao Carlitos no lance da grande penalidade ”.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Fizemos um excelente jogo contra uma grande equipa e acho que merecíamos ir, pelo menos, às grandes penalidades. Trabalhámos muito, estivemos muito concentrados e rigorosos tacticamente e penso que, para o futuro, esta equipa tem uma palavra a dizer, se continuar a jogar desta maneira. Fica o amargo de não termos chegado às grandes penalidades, até porque o nosso guarda-redes já tinha defendido uma. Temos vindo a subir de jogo para jogo e é assim que eu quero que eles joguem. Eu, sobre o árbitro, só quero dizer que o critério disciplinar não foi igual para as duas equipas, embora sem ter influência no resultado”.
domingo, janeiro 11, 2009
ÁGUIAS DO MORADAL- 1 ESCALOS DE CIMA- 1
Moradal convidou,
Campo do Ventoso, no Estreito
Árbitro- João Brás (4), auxiliado por José Bicho e Luís Ferreira
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Jójó (2), Oliveira (3), Gil (2), Zé Tó (2), Saturnino (3), David (3), Prata (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3) e Pira (3)
Treinador- António Belo
Escalos de Cima- Bruno Cardoso (4), Paulinho (3), Humberto (3), Mata (3), Gonza (3), Paulo Mendes (3), Chico (3), Capinha (4), Cláudio (3), Carlitos (3) e João Vítor (3)
Treinador- Paulo Macedo
Substituições- Saturnino por Esteves (1) aos 73, Rui Paulo por Zé Augusto (1) aos 73 e Jójó por Pinto (1) aos 79; João Vítor por Luís Afonso (3) aos 58, Paulo Mendes por Beirão (-) aos 90 e Carlitos por Bruno Barata (-) aos 90+3
Disciplina- Amarelos a Edmilson aos 59 e Oliveira aos 70; Paulo Mendes aos 60, Gonza aos 69 e Bruno Cardoso aos 90+5
Marcadores- Oliveira aos 42; Capinha aos 77
A figura do jogo- Bruno Cardoso (Escalos de Cima)- Esteve sempre muito atento e foi determinante quando, já na recta final, se opôs muito bem efectuando grande defesa perante Zé Augusto, que surgiu isolado.
O Águias do Moradal- Apenas teve 15 minutos aceitáveis. Foi a partir da meia hora, e até ao intervalo, que a equipa de António Belo conseguiu “parecer-se” com o seu real valor, precisamente na altura em que chegou ao golo. Na segunda metade deixou o Escalos assumir o jogo e acabou por ter o merecido castigo.
O Escalos de Cima- Sabendo que estava a jogar com armas desiguais, Paulo Macedo montou uma estratégia para retardar ao máximo o golo do Águias. Quando chegou o 1-0, mesmo à beira do intervalo, podia pensar-se que o castelo ia desmoronar, mas a equipa reagiu muito bem e acabou por chegar, de forma até natural, ao empate.
Surpresa? Só para quem não assistiu ao jogo muito mal conseguido por parte da equipa do Estreito, que apenas durante 15 minutos conseguiu jogar alguma coisa semelhante ao seu real valor. Na segunda metade, a perder por 1-0, o Escalos fez bem ao aceitar o “convite” dos da casa para mandar no jogo.
Num jogo entre duas equipas com objectivos bem distintos, cabia ao Águias, por ser mais forte e por estar muito melhor na classificação, assumir as rédeas do jogo e provar dentro das 4 linhas que, de facto há diferenças entre as duas equipas e os dois plantéis.
Só que desde início as coisas não correram bem. O Moradal, sempre muito pressionado pelo seu público, mostrava muitas dificuldades em ligar o jogo. Os passes não saíam bem, a bola demorava uma eternidade a chegar ao último terço do terreno e, das poucas vezes que lá chegava, raramente ia em condições de poder ser visada a baliza de Bruno Cardoso. O Escalos limitava-se a cumprir com a ideia de Paulo Macedo: tapar todos os acessos à sua retaguarda e retardar ao máximo a abertura do placard. Até podia ser que, caso estes objectivos fossem conseguidos, num lance de contra-ataque o jogo virasse a seu favor… Só depois da meia hora os da casa conseguiram começar a construir algumas, não muitas, jogadas com cabeça, tronco e membros, e então o perigo passou a rondar mais a área dos escalenses. Por isso, foi de forma natural que, aos 42 minutos, o central Oliveira deu o melhor seguimento a um livre levantado do lado direito por Pira. Nesta altura, a vantagem era o corolário lógico do melhor período dos do Pinhal, por isso se ajustava o 1-0 no descanso.
E quando tudo parecia encaminhado para o que é mais comum acontecer no Ventoso, ou seja, uma vitória tranquila de quem lá mora, eis que a segunda metade começa da forma mais inesperada. O Águias não consegue tomar conta do jogo, o Escalos também com mérito assume o jogo, e como que se vê obrigado a atacar, tal era a desinspiração que tinha do outro lado.
E mesmo sem criar situações de apuro para a baliza de Manuel Silva, valeu a eficácia para que, numa das raras vezes que conseguiu entrar com a bola na área contrária, o Escalos chegasse ao tento do empate. As marcações do Estreito falharam e, bem no interior da área Carlitos descobriu o capitão Capinha em excelentes condições de finalização. Também aqui o golo surgiu de forma já esperada e mais que isso, justa.
Afinal, depois do jogo terminado, chega-se à conclusão que valeu mesmo a pena o Escalos aceitar o “convite” da equipa da casa!
A arbitragem- Com um ou outro pequeno erro, apenas o reparo para o cartão amarelo a Oliveira, depois de uma falta muito dura sobre Chico, que podia ser de outra cor.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “Foi um mau jogo do Águias do Moradal. Deveríamos ter feito muito mais porque tínhamos que ganhar o jogo. Esta má exibição a algo se deveu, e cabe-me agora analisar tudo muito bem, porque o que se está a passar com alguns jogadores não é normal para uma equipa deste quilate. A minha equipa menosprezou o valor do adversário, que é uma coisa que eu não admito, e portanto as coisas têm que mudar! Agora, da forma que isto está, nem sei se chegaremos ao play-off… O Águias do Moradal merece muito respeito e há aqui jogadores que não o estão a fazer. O árbitro e os auxiliares estiveram excelentes, quanto a mim foram a melhor equipa em campo.”.
domingo, janeiro 04, 2009
CD ALCAINS- 3 VITÓRIA DE SERNACHE- 1
Khonné matou em 2 minutos
Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (4), Quinzinho (3), Aíldo (3), Esquiva (3), Betinho (3), Bruno Vieira (3), Ricardo Costa (3), Manoel (3), Khonné (4) e Miguel (3)
Treinador- Hugo Andriaça
Vitória de Sernache- Jorge Correia (2), Filipe Barata (3), Paulo Lopes (1), Rui Domingues (2), Fernando Miguel (2), Dany (3), Tiago Farinha (3), Dário (3), Miguel Farinha (3), Diogo Simão (3) e João Gaspar (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Miguel por Constantino (2) aos 62 e Esquiva por Leão (1) aos 75; Rui Domingues por Toni (3) aos 53 e Paulo Lopes por Luís Filipe (1) aos 79
Disciplina- Amarelos a Manoel aos 30, Ricardo Costa aos 31 e Khonné aos 67; Fernando Miguel aos 85 e Tiago Farinha aos 90+4
Marcadores- Quinzinho aos 23 e Khonné aos 57 e 58; Tiago Farinha aos 66
A figura do jogo- Khonné (CD Alcains)- Foi decisivo porque matou o jogo com dois golos no espaço de dois minutos, numa altura em que o Vitória ainda tinha o jogo em aberto. Estava no sítio certo no momento exacto, tanto para aproveitar a “borla” de Jorge Correia como para concluir o bom trabalho de Manoel.
O CD Alcains- Entrou dominador e podia ter marcado logo no minuto inaugural por intermédio de Khonné. Chegou à vantagem com naturalidade aos 23 minutos para depois passar pelo seu pior período até ao intervalo. Depois de matar o jogo optou por uma toada de maior contenção já que era ao adversário que cabia atacar. Regressou às vitórias com Hugo Andriaça a ter que “inventar” soluções provocadas pela escassez do plantel.
O Vitória de Sernache- Demorou muito a entrar no ritmo certo e mostrou muitas dificuldades especialmente no lado direito da sua defensiva. Em velocidade era claramente inferior ao adversário e só conseguiu equilibrar depois de sofrer o primeiro golo. Na segunda parte, quando ainda estava indefinido o resultado final, sofreu dois golos em outros tantos minutos, deitando por terra toda e qualquer esperança em somar pontos.
Depois de dois empates consecutivos, o líder conseguiu assinalar a entrada no novo ano com o regresso às vitórias. Num jogo entre duas equipas com muitos problemas ao nível do plantel, muito curto para as exigências do nosso Distrital, os técnicos foram obrigados a “inventar” soluções para encarar um jogo que se pensava vir a ser melhor do que aquilo que na realidade foi.
Os canarinhos, por jogarem em casa e pela condição de líderes, entraram mais fortes, com maior velocidade, e podiam ter marcado ainda no primeiro minuto quando Khonné, isolado frente a Jorge Correia, permitiu uma excelente intervenção ao guarda-redes vitoriano. Era pelo lado esquerdo do seu ataque que o Alcains carrilava mais o seu jogo, pondo a nu as dificuldades de Paulo Lopes, que era sempre ultrapassado em velocidade obrigando os colegas constantemente a fazer compensações.
Só aos 15 minutos o Vitória deu o seu primeiro sinal de vida, mas Miguel Farinha permitiu que Quinzinho evitasse males maiores. Mas 4 minutos depois repetiu-se a cena do minuto inicial. Khonné, de novo sozinho frente a Jorge Correia, desta vez atirou por cima da baliza. Dois falhanços que o senegalês viria a compensar mais tarde.
Aos 23 minutos chegou, de forma natural, o golo da equipa da casa. Na sequência de um canto do lado direito, Quinzinho saltou mais alto, não dando hipóteses a Jorge Correia.
Este golo, como que adormeceu o Alcains que terá pensado que o mais difícil estava feito, e espicaçou o Vitória que embalou então para o seu melhor momento do jogo, equilibrando a contenda e tendo mesmo alguns momentos de domínio, mesmo que sem criar grandes situações de golo.
No reatamento, que começou de forma em tudo semelhante ao final do primeiro tempo, nada fazia prever que os minutos decisivos estavam mesmo para chegar. Aos 57 minutos Khonné aproveitou bem uma oferta de Jorge Correia, que deixou fugir uma bola que parecia segura, isto depois de João Gaspar não ter cortado o lance quando teve oportunidade para isso, e no minuto seguinte, o brasileiro Manoel desenhou da melhor forma um lance pela lado esquerdo do ataque da sua equipa, sem qualquer oposição, oferecendo depois o toque final ao senegalês que voltava a aparecer no sítio certo na hora exacta.
Até final, e já depois de António Joaquim ter fechado a sua direita defensiva com a troca de posições entre Paulo Lopes e Toni, o maior registo vai para o tento de honra dos vitorianos apontado, com um remate de primeira de Tiago Farinha depois de um canto do lado direito.
Vitória justa da equipa com melhores argumentos, mesmo que estivessem frente a frente dois plantéis muito debilitados especialmente por lesões.
A arbitragem- É verdade que nem sempre acertou nas suas decisões, mas foram claramente mais as acertadas do que as erradas. No capítulo disciplinar não quis usar e abusar dos cartões mas podia tê-lo feito em mais duas ou três situações.
Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Era muito importante ganhar este jogo porque vínhamos da pior fase que passámos desportivamente. Queria deixar uma palavra de apreço aos meus jogadores porque, mesmo com os muitos problemas que temos, eu não baixo o nível de exigência. O nosso grupo é enorme em todos os aspectos, menos no numérico. Isto porque eu estou aqui para ser campeão, mesmo tendo um grupo muito curto porque estão cada vez a sair mais jogadores por questões profissionais. O nosso objectivo é o campeonato, se conseguirmos ganhar a Taça tanto melhor, e tenho a certeza que o vamos conseguir, com maior ou menor dificuldade. Sabemos que há mais adversários a quererem atingir os nossos objectivos, o Pedrógão reforçou-se muito, o Fundão tem uma belíssima equipa, o Estreito não nos larga, mas, apesar de deturparem um pouco as minhas palavras eu continuo com a minha forma de estar ambiciosa, arrojada, mas sempre respeitador”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Demos uma boa resposta, fizemos um bom jogo, mas penso que há três factores que são decisivos para o desenrolar do jogo: a jogada que dá origem ao primeiro golo começa com um jogador do Alcains que leva a bola com a mão em frente ao nosso banco; uma entrada sobre o Dany que, com o mesmo árbitro e no mesmo campo, na final da Taça de Honra, deu expulsão directa ao Miguel Farinha; uma cotovelada do Manoel num jogador nosso foi punida com cartão amarelo, se o árbitro viu… se calhar tinha sido um bom dia para ir apitar a Leiria. Depois temos a qualidade do adversário, as nossas limitações e a maneira como deixámos matar o jogo no espaço de um minuto. Mas acho que a cor das camisolas ainda conta. 2009 continua igual a 2008 e 2007… vamos ver o que vai dar”.