segunda-feira, dezembro 10, 2007

VALVERDE- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 4


Valverde antecipa ofertas de Natal

Campo de Jogos de Valverde
Árbitro- João Brás (2), auxiliado por Pedro Ribeiro e José Bicho
Valverde- Trabocas (3), Sérgio Forte (3), André Reis (2), David Almeida (2), Denis Gonçalves (3), Hugo Gigante (2), Pedro Martins (1), Gonçalo (2), Nuno (2), Zé Luís (2) e Pina (2)
Treinador- Micas
Vitória de Sernache- Ricardo (3), Tomás (3), Paulo Lopes (4), Rui Domingues (3), Rogério (3), Nuno Alves (4), Fernando Miguel (4), Maçaroco (2), Dany (4), Miguel Farinha (3) e Filipe Santos (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Gonçalo por Dário Amaral (2) aos 56, Nuno por João Lázaro (2) aos 62 e David Almeida por Janílson (1) aos 75; Filipe Santos por Dário (3) aos 56 e Rogério por Fredy (3) aos 65
Disciplina- Amarelos a Hugo Gigante aos 62, David Almeida aos 72 e Pina aos 83; Maçaroco aos 36 e 90+1, Paulo Lopes aos 79 e Ricardo aos 89. Vermelho por acumulação de amarelos a Maçaroco aos 90+1. Vermelho directo a Pedro Martins aos 80
Marcadores- Pedro Martins aos 60; Nuno Alves aos 1 e 73, Fredy aos 84 e Dany aos 90+2

A figura do jogo- Nuno Alves (Vitória de Sernache)- É indiscutivelmente um dos melhores pontas-de-lança do nosso distrital e talvez o que tem mais faro pelo golo. A demonstrar essa apetência pela baliza adversária estão os dois golos que marcou. O primeiro porque acreditou que os adversários iam falhar, e o segundo porque estava no sítio certo para cabecear fora do alcance de Trabocas.

O Valverde- Será que as ausências dos gémeos Alves servem para justificar as auto-estradas que se abriram no seu sector mais recuado? Uma equipa que sofre dois golos em nove jogos e que depois, em 90 minutos, sofre quatro não pode estar bem. Foram facilidades a mais contra um adversário que agradeceu.

O Vitória de Sernache- Entrou a ganhar e, mesmo sofrendo o empate já na segunda metade, acreditou sempre que era possível sair de Valverde com os 3 pontos. Marcou 4 golos, alguns mais consentidos que outros, mas todos plenos de oportunidade, e ainda dispôs de mais duas ocasiões flagrantes para marcar.

O que mais se pode pedir a uma equipa joga fora de casa, frente a um adversário que está melhor classificado, e que entra praticamente a ganhar? Foi logo no primeiro minuto que se começou a construir o filme do jogo, quando a perspicácia de Nuno Alves foi determinante para adivinhar, e aproveitar, a falta de comunicação entre Trabocas e Nuno Gigante.
A perder, o Valverde, mesmo jogando em casa, mas tendo o vento muito forte pela frente, demorou muito a conseguir pelo menos tentar assentar o seu jogo e conseguir chamar a si o domínio da partida. E mesmo tendo conseguido jogar mais dentro do meio campo adversário e passar a ter mais tempo de posse de bola, a verdade é que a equipa de Micas não conseguia levar perigo à baliza de Ricardo e, cá atrás, mostrava fragilidades nunca antes vistas. Tanto assim que, aos 28 minutos, noutra oferta da defensiva local, Dany quase que aproveitava para fazer o 2-0, mas desta vez a bola passou a rasar o poste direito do Valverde. Na defesa, o Vitória estava com a confiança em alta e não tinha qualquer problema em ceder cantos, já que Tomás e Fernando Miguel dominavam o espaço aéreo não dando chances aos adversários.
O 0-1 ao intervalo aceitava-se, tanto pelo que o Valverde não conseguiu fazer como pela forma como os vitorianos encararam o jogo e entraram no ritmo certo depois de marcar logo no primeiro minuto.
Na segunda parte passou a ser o Valverde a jogar a favor do vento, e Micas tinha percebido que era preciso, primeiro não facilitar defensivamente, e só depois pensar em chegar a outro resultado. Mas curiosamente logo aos 47 minutos Nuno Alves, já dentro da pequena área, com tudo para fazer o 2-0, acabou por enviar a bola por cima da baliza. Até que em cima da hora de jogo foi Pedro Martins que decidiu marcar o golo mais bonito da tarde. Num pontapé a mais de 30 metros da baliza, a bola saiu a uma velocidade impressionante só parando para restabelecer o empate.
Podia ser o princípio da história da cambalhota no marcador mas, da forma como o jogo estava, os 3 pontos podiam cair para qualquer um dos lados. Até que aos 73 minutos, na sequência de um livre de Maçaroco do lado direito, a defesa da casa voltou a facilitar a vida a Nuno Alves, que só teve que encostar de cabeça ao segundo poste. Depois, Pedro Martins, que elogiamos pelo grande golo apontado, acabou por prejudicar o seu colectivo quando, depois de uma falta duríssima sobre Paulo Lopes, viu vermelho directo. Pouco depois Fredy, em lance de puro contra-ataque decidiu o jogo e, já depois da hora, e também já depois da expulsão de Maçaroco, mas ainda com o lateral direito dentro do terreno de jogo, coube a Dany, de livre directo fechar as contas.
Vitória justa da equipa que melhor soube tirar proveito dos erros do adversário e das armas de que dispõe.

A arbitragem- No regresso depois da lesão, João Brás quase que conseguia um trabalho perfeito, mas os últimos minutos estragaram tudo. Se esteve bem no vermelho directo a Pedro Martins, a expulsão por acumulação de amarelos a Maçaroco foi exagerada e depois nunca podia ter autorizado o batimento de um livre com o jogador que tinha acabado de ser expulso ainda dentro do campo. Foi praticamente obrigado a terminar o jogo dois minutos antes de terminar a compensação para evitar males maiores…

Discurso directo- Micas, técnico do Valverde- “Hoje foi uma tarde para esquecer. Quando uma equipa tem cinco jogadores fundamentais ausentes está tudo dito. Entramos a perder, fomos atrás do prejuízo, fizemos um grande golo, mas depois penso que os meus jogadores não estiveram concentrados. A equipa quis atacar e não defendeu. O Sernache tem jogadores muito rápidos e acabamos por perder. Faltou concentração e experiência a uma equipa muito jovem. O árbitro cometeu o erro grave de autorizar a marcação do livre quando o jogador expulso ainda não estava fora do campo mas, não foi por isso que perdemos o jogo”.

Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Nós já merecíamos uma vitória fora porque, mesmo nos jogos que perdemos, estivemos sempre na frente do marcador até determinada altura dos jogos. O Valverde tem feito um excelente campeonato, tem apresentado uma grande eficácia a nível defensivo, mas nós também sabemos do nosso valor e sabíamos que podíamos chegar aqui e impor o nosso jogo. Foi isso que fizemos e penso que não há contestação em relação à nossa vitória. O jogo foi limpo, disputado, mas com correcção, como todos os jogos do Vitória. Em relação ao que se passou no fim, não vou comentar porque não percebi a expulsão do Maçaroco, e penso que essa situação é o acender do rastilho para o que se passou a seguir. De qualquer forma, o jogo aos 93 minutos está decidido”.

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