segunda-feira, novembro 13, 2006
PEDRÓGÃO SP- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0
Vilela foi gigante
Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Paulo Abrantes (3), auxiliado por Pedro Ribeiro e Ângelo Correia
Pedrógão SP- Pedro Raposo (3), Ricardo Silva (3), Ruben (4), Falcão (3), Chico (3), Romeu (3), Tarzan (4), Zi (3), Flávio Cunha (3), Valter (4) e Manuel (3)
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Vilela (5), Bruno Bastinho (2), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), João Viana (3), Dani (3), Velho (3), M´Passo (2), Filipe Barata (3) e Maçaroco (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ruben por Gonçalo (2) aos 45 e Falcão por Fábio (2) aos 63; Maçaroco por Filipe Amaro (2) aos 45 e Dani por Luís Farinha (2) aos 73
Disciplina- Amarelos a Zi aos 71; Maçaroco aos 22, Dani aos 38 e Fernando Miguel aos 75
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A figura do jogo- Vilela (Vitória de Sernache)- Fez provavelmente o melhor jogo da sua carreira. Defendeu autenticamente 3 golos do adversário e, jogo a jogo, vem ganhando a confiança que um habitual suplente necessita. É o maior responsável pelo ponto que a sua equipa conquistou. Uma exibição para recordar!
O Pedrógão SP- Teve quase sempre por cima no jogo, criou situações de golo, jogou, a espaços, bom futebol, mas não conseguiu marcar. Não se notou que jogou com uma equipa com muitos remendos, particularmente no meio campo, e esteve sempre mais perto da vitória.
O Vitória de Sernache- Exibição amorfa, com uma postura demasiado defensiva em que muitas vezes o meio campo encostou na defesa o que permitia ao adversário jogar sempre muito próximo da sua área. Também dispôs das suas oportunidades mas acaba por ganhar um ponto importante no terreno do adversário. Teve em Vilela a sua grande figura de destaque, mas a equipa pode e sabe fazer mais.
Mais uma jornada passada e as duas equipas do nosso distrital que vêm fazendo um campeonato abaixo do esperado continuam de braço dado na tabela classificativa, agora com 8 pontos.
No jogo de domingo foi quase sempre o Pedrógão de São Pedro que teve o domínio do jogo, conseguindo ter mais tempo de posse de bola, jogando quase sempre dentro do meio campo defensivo do adversário, e dispondo de mais e melhores situações de golo.
A equipa de Xana, mesmo com muitos remendos, motivados por castigos e por uma onde de lesões que fustiga a equipa, olhou o adversário de frente e cedo deu mostras de crer fazer deste jogo o ponto de viragem para outra classificação.
Mesmo assim, durante os primeiros 25 minutos as oportunidades para os da casa não aconteceram, porque o Sernache defendia-se muito, e bem e acabou mesmo por dispor da melhor oportunidade para marcar, quando Filipe Barata, na cara de Pedro Raposo, não conseguiu atirar da forma que pretendia.
O Pedrógão tinha em Ruben o seu grande desequilibrador. O extremo da casa fazia gato-sapato do lateral direito da equipa vitoriana. Maçaroco revelou sempre muitas dificuldades para travar o jovem do Pedrógão e era quase sempre obrigado a recorrer à falta para evitar males maiores. O cartão amarelo que viu aos 22 minutos, e os dois avisos de Paulo Abrantes por faltas posteriores, obrigaram António Joaquim a tirar Maçaroco do jogo ao intervalo, isto apesar de Ruben também ter saído mas este por motivos alheios ao próprio jogo.
Os últimos 20 minutos da primeira parte acabaram por ser o melhor trecho do jogo. Nesse período as equipas equivaleram-se e aconteceram então os dois casos do jogo. Primeiro um golo bem anulado a M´Passo que vinha de posição de irregular quando atirou para o fundo das redes de Pedro Raposo e depois uma mão de Velho dentro da sua área que o juiz não sancionou porque simplesmente estava tapado por vários jogadores e não podia ter visto.
Ao intervalo já se percebia de forma clara que, para haver um golo, só de um lance de génio ou de uma bola parada.
Mas como nada disso aconteceu acabou tudo por terminar da mesma forma que começou, sem colorido no marcador.
A pressão do Pedrógão na busca do golo durou 35 minutos. O domínio era inteirinho da equipa da casa mas os forasteiros nunca se desuniram e nem chegaram a perder o controlo. Por outro lado, das vezes que o Pedrógão conseguiu chegar com perigo à baliza adversária Vilela respondeu sempre com grandes intervenções. Anotámos pelo menos três defesas que só estão ao alcance de um grande guarda-redes e que impediram que o adversário conseguisse o que tanto procurou.
Nos últimos 10 minutos o Pedrógão baixou o ritmo do jogo, porque a intensidade que tinha levado até aí tinha que fazer ressentir o físico e o Vitória aproveitou então para respirar melhor e conquistar alguns cantos sem que daí nada resultasse.
Em suma, um empate que sabe muito melhor à equipa de Cernache de Bonjardim, porque jogava em casa do adversário, do que ao Pedrógão, que volta a ceder um empate caseiro.
A arbitragem- Um único lance faz cair a nota máxima para um 3. Quase no final da primeira parte não viu, porque estava encoberto por vários jogadores, uma mão marota de Velho dentro da sua área. Foi o único erro, mas acabou por deixar por marcar uma grande penalidade a favorecer a equipa da casa.
Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Nunca pensei que, com tantas adaptações na equipa, e estar a jogar com 3 juniores, 2 deles que jogaram ontem (sábado) os 90 minutos pelos juniores, conseguíssemos esta exibição. Sabíamos que não era fácil vencer o Sernache, mas a equipa esteve bem, criou oportunidades de golo, mas no momento crucial acabámos por falhar. O guarda-redes do Sernache também esteve em dia sim e, há pelo menos três defesas que são três golos que ele evita. O árbitro errou ao não marcar um penalty a nosso favor mas o Paulo Abrantes é um grande árbitro e também erra tal como todos nós”.Discurso directo- José Coelho, director do Vitória de Sernache- “Empatar fora é sempre bom, mas hoje não conseguimos praticar o futebol que gostamos, mas também houve muito mérito do Pedrógão que fez muita pressão. A equipa está a subir de rendimento mas hoje o nosso meio campo não esteve bem. Tivemos que tirar o Maçaroco ao intervalo para evitar que visse o segundo amarelo e talvez isso tenha enfraquecido o meio campo”.
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