segunda-feira, novembro 06, 2006
CD ALCAINS- 0 UNHAIS DA SERRA- 2
Três minutos… três pontos
Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Bruno Nave (3), auxiliado por Hélder Ferreira e Flávio Nunes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Ricardo Trindade (2), Rui Cerdeira (2), Nuno Gonçalo (2), João Paulo (2), Quinzinho (2), Carlos Filipe (2), Nogueira (3), Rui Paulo (2), David André (2) e Nuno Carreiro (2)
Treinador- João Daniel
Unhais da Serra- Valezim (3), Tomás (3), Chasqueira (3), Pedro Ferreira (3), Bruno (2), Toni (2), David (3), Carlitos (3), Brígida (3), Mica (3) e Caniço (3)
Treinador- Nando
Substituições- Nogueira por Nuno Vicente (2) aos 65; Mica por Fábio (1) aos 71, Caniço por Samuel (1) aos 76 e Brígida por Jorge (-) aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 32, Nuno Carreiro aos 33, Nogueira aos 43, Rui Paulo aos 61 e David André aos 90; Tomás aos 24, Carlitos aos 46, Caniço aos 54, Bruno aos 55 e Toni aos 63
Marcadores- Caniço aos 17 e Mica aos 19
A figura do jogo- David (Unhais da Serra)- Num jogo sem grandes primores técnicos, porque o relvado não dava para mais, David esteve sempre onde a equipa mais precisava dele. Contribuiu para o domínio que a sua equipa teve na primeira parte, altura em que construiu o resultado, e foi também determinante para ajudar o seu sector mais recuado nos segundos 45 minutos.
O CD Alcains- Vinha de bons resultados mas, a jogar em casa, não conseguiu dar sequência à série que lhe permitiu chegar ao pódio deste distrital. A falta de Toni no centro da defesa parece ser evidente mas a equipa tem que aprender a viver sem ele. A ligação entre o meio campo e o ataque não funcionou e as oportunidades de golo foram, por isso, escassas.
O Unhais da Serra- Entrou melhor que o adversário e no curto espaço de 3 minutos ganhou três pontos. Caniço e Mica aproveitaram bem duas benesses da defesa canarinha para marcar e, na 2ª parte, limitou-se a controlar o jogo e o adversário, não lhe permitindo chegar com muito perigo junto das redes de Paulo Valezim. A equipa de Nando está a subir de rendimento.
Não estava uma tarde particularmente agradável para a prática do futebol. A muita chuva que assolou a região tornou o relvado muito pesado e, estranhamente, principalmente porque está habituado a jogar num pelado, acabou por ser o Unhais da Serra a melhor se adaptar à realidade e a tirar maior proveito destes condicionalismos.
A equipa de Nando entrou melhor no jogo, mais dominadora e assumindo primeiro que o adversário que estava ali para jogar olhos nos olhos com os canarinhos.
Ainda não tinha acontecido nenhuma situação de perigo quando, aos 17 minutos, a defensiva do Desportivo de Alcains cometeu o primeiro erro que Caniço não desaproveitou. Este golo podia dar, a partir daqui, dois sentidos ao jogo. Ou o Unhais se acomodava encostado à vantagem e passava a jogar em contra-ataque, ou espevitava uma equipa do Alcains que quando o sofreu ainda praticamente não tinha entrado no jogo.
Mas nem deu tempo para que nada disto acontecesse. É que dois minutos depois, o último reduto da casa voltou a entrar em colapso, e desta vez foi Mica que aproveitou para atirar a contar. De uma situação de indefinição passou-se então para uma quase certeza, e isto logo aos 19 minutos. Atendendo ao que já tinha decorrido do jogo e ao resultado, o Unhais da Serra passava a ter todas as armas do seu lado para sair de Alcains com 3 importantes pontos, isto apesar de ainda estarmos a mais de 70 minutos do final.
Na defensiva do CDA notava-se a falta de Toni, um central possante e extremamente importante na manobra defensiva da equipa de João Daniel. Mas, por outro lado, os potenciais desequilibradores dos canarinhos, David André, Carlos Filipe ou mesmo Rui Paulo também estavam numa tarde perfeitamente desinspirada em que nada lhes saía como noutras ocasiões.
O intervalo também não foi bom conselheiro para os da casa. É certo que o Alcains na 2ª parte teve muito mais tempo de posse de bola que o adversário, mas as dificuldades mantinham-se no último terço do terreno. Claro que para isso também contribuiu a forma diferente do Unhais actuar. Nando preferiu, dado que o resultado já era uma almofada confortável, dar a iniciativa de jogo ao adversário e actuar numa espécie de contra-ataque que, apesar de tudo, também nunca saiu com muito propósito.
Estava mais que evidente que esta não era a tarde de um Alcains que, apesar de ter lutado muito, muito cedo foi obrigado a correr atrás de um resultado negativo. É daqueles jogos em que nada saía bem e que podiam estar lá o resto do dia que a bola nunca iria entrar na baliza de Paulo Valezim.
Mais proveitosa foi a táctica do técnico do Unhais. Nando, certamente, nunca lhe teria passado pela cabeça, a forma relativamente fácil como acaba por levar os três pontos do Trigueiros de Aragão.
A arbitragem- Num relvado muito difícil Bruno Nave nem sempre soube distinguir o que era intencional do que era provocado pelo terreno molhado, mas mesmo assim merece nota positiva porque não tem qualquer influência no resultado final.
Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “O Unhais da Serra foi melhor na 1ª parte, altura em que marcou os dois golos, e nós, nos segundos 45 minutos atacámos mas não conseguimos marcar. O árbitro não influenciou o resultado mas não fez um trabalho totalmente imparcial”.
Discurso directo- Nando, técnico do Unhais da Serra- “Foi na 1ª parte que o Unhais construiu a vitória. Nos primeiros 45 minutos jogámos o jogo pelo jogo e, na 2ª parte tivemos que nos adaptar a uma nova realidade, sabíamos que não podíamos arriscar tanto porque o Alcains é uma equipa muito perigosa mas nós conseguimos controlá-los. Ganhámos bem até porque o nosso adversário praticamente não teve uma oportunidade de golo. Não comento as arbitragens”.
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