segunda-feira, novembro 20, 2006

CD ALCAINS- 3 ÁGUIAS DO MORADAL- 5


Golos para todos os gostos

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Ricardo Alexandre (2), auxiliado por Paulo Antunes e Sérgio Mendes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Ricardo Trindade (3), Rui Cerdeira (3), Jorge Dinis (3), Nuno Gonçalo (3), Pedro Figueiredo (3), Quinzinho (3), Carlos Filipe (3), Rui Paulo (3), David André (3) e Nuno Carreiro (3)
Treinador- João Daniel
Águias do Moradal- Tiago Brás (3), Pacheco (3), Ludovico (3), David (3), Nuno Alves (4), Aíldo (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3), Cunha (2), Paulo Rato (3) e Valadas (4)
Treinador- António Belo
Substituições- Nuno Carreiro por Nuno Vicente (2) aos 63 e Jorge Dinis por Nogueira (1) aos 69; Aíldo por Tomás (1) aos 45, Cunha por Ivo Fazenda (3) aos 45 e Valadas por Acácio (-) aos 79
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 26, Nuno Gonçalo aos 49 e Pedro Figueiredo aos 85; Rui Paulo aos 20, Edmilson aos 32, Nuno Alves aos 46, Ivo Fazenda aos 53, Tomás aos 67 e 67, Valadas aos 72 e Acácio aos 83. Vermelho por acumulação a Tomás aos 67
Marcadores- Carlos Filipe aos 6. Nuno Carreiro aos 40 e Nuno Vicente aos 70; David aos 3, Paulo Rato aos 48, Tomás aos 51, Ludovico aos 60 e Nuno Alves aos 87

A figura do jogo- Nuno Alves (Águias do Moradal)- David “roubou-lhe” um golo logo aos 3 minutos e o ponta de lança deve ter pensado que iria terminar o jogo sem deixar a sua marca. Mereceu inteiramente o tento conseguido já na parte final do jogo pelo que trabalhou e lutou em prol da equipa.

O CD Alcains- Entrou muito mal nas duas metades do jogo e, nesses períodos, acabou por sofrer 3 golos. A defesa foi demasiado permissiva e as acções ofensivas nem sempre saíram com o devido discernimento. Segunda derrota consecutiva em casa.

O Águias do Moradal- Entrou para matar, tanto na primeira como na segunda parte. Abriu o activo logo aos 3 minutos mas nessa altura já Valadas e Nuno Alves tinham desperdiçado ocasiões soberanas. Mereceu o resultado porque mostrou ser melhor no ataque e porque se uniu quando se viu reduzida a 10 unidades.

Os primeiros minutos prometeram muito, e a verdade é que as equipas, sem terem produzido um espectáculo deslumbrante, conseguiram entreter os presentes durante 90 minutos, com alguns bons períodos e onde até certa altura houve incerteza no resultado final.
Com uma entrada de rompante, e já depois de Nuno Alves e Valadas terem desperdiçado excelentes oportunidades para inaugurar o marcador, o Águias do Moradal chegou ao primeiro golo logo aos 3 minutos por intermédio de David. O trabalho e o mérito é todo de Nuno Alves e o capitão David podia ter evitado “roubar” o golo ao ponta de lança, até porque estava em posição irregular quando empurrou a bola para a baliza.
Praticamente na resposta, e na primeira vez que chegou à área adversária, o Alcains respondeu com o empate por intermédio de Carlos Filipe.
Mas era o Estreito que tinha o domínio, e os da casa, mesmo tendo conseguido restabelecer a igualdade, mostravam algumas dificuldades para travar o adversário, principalmente porque abriam muitos espaços entre a defesa e o meio campo o que permitia ao Águias trocar a bola em velocidade e não sair da boca do perigo.
Depois dos 20 minutos as coisas equilibraram-se, os sectores do Alcains passaram a jogar mais próximos e, com menos espaços, o Estreito já não chegava à baliza adversária com tantas facilidades.
Costuma dizer-se que, quem não marca acaba por sofrer, e o ditado cumpriu-se. O Águias tinha construído as melhores oportunidades mas foi o Alcains, com um grande golo de Nuno Carreiro, que aproveitou para desempatar e ir para o descanso com vantagem no marcador.
Mas o Alcains pareceu esquecer o início do jogo, e a história repetiu-se no reatamento. O Águias do Moradal voltou a entrar demolidor e em curtos 6 minutos operou a cambalhota no marcador, recolocando-se em vantagem. Primeiro foi Paulo Rato que respondeu bem a um canto que Valadas bateu na esquerda e depois vimos uma fotocópia deste lance em que o único protagonista que mudou foi o marcador do golo. Desta vez foi Tomás que tinha entrado ao intervalo para o lugar do apagado Cunha.
Ludovico também teve a sua oportunidade e não a desperdiçou. Estavam jogados 60 minutos quando chegou o 4-2 e pensava-se que o jogo estava decidido. Mas faltava aqui a expulsão de Tomás para complicar as contas da sua equipa e do resultado. Com menos uma unidade, o Águias viu Nuno Vicente reduzir a 20 minutos do fim, mas a estrutura não tremeu e já faltava discernimento à equipa de João Daniel para pensar na melhor maneira para chegar à baliza de Tiago Brás. Carlos Filipe e David André estão a subir de rendimento mas o golo do matador Nuno Alves acabou mesmo por matar um jogo que teve um vencedor justo e golos para todos os gostos.

A arbitragem- Ricardo Alexandre já nos habituou a bons trabalhos pelo que estranhamos muito o que vimos no domingo. Sérgio Mendes validou o golo de David, quando este estava em posição irregular, e Ricardo Alexandre não foi uniforme no aspecto disciplinar. Mostrou cartões que não entendemos e acabou por ser condescendente em situações que se impunha a sua autoridade.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Cometemos alguns erros, faltou-nos agressividade e o adversário batia com cotovelos e com tudo e nós não. Portanto faltou-nos isso. Sinceramente, excluindo os primeiros 15 minutos do jogo e os 10 da 2ª parte não vi nada no Estreito que nós não conseguíssemos vencer. Temos que ir buscar os pontos que perdemos aqui hoje (domingo). A arbitragem foi… permissiva. Não estou a justificar a derrota com o árbitro mas há entradas que não podem ser punidas com cartão amarelo porque põem em perigo a continuidade no jogo dos nossos jogadores”.
Discurso directo- Pacheco, jogador do Águias do Moradal- “Foi uma vitória da vontade, do crer e da determinação. O grupo está unido e no fim, mesmo com menos um elemento, conseguimos dar a volta por cima. Uma arbitragem sem casos e que considero boa”.

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