segunda-feira, novembro 27, 2006

PÓVOA RM- 1 PROENÇA-A-NOVA- 1 (6-5 APÓS GP)


Lotaria saiu à casa

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por Ângelo Correia e José Bicho
Póvoa RM- Oleh Prokopets, Tó Zé, Bernardino, Mata, Paulo Cardosa, Hugo Louro, Gustavo, Carlitos, Fino, Hugo Inácio e Bento
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Proença-a-Nova- Almeida, Filipe Nunes, Hugo Dias, Big, Marco, Carlitos, Pequito, Esteves, Jorge Ribeiro, Zé Tó e Fábio Martins
Treinador- José Esteves
Substituições- Fino por Amaral aos 43, Paulo Cardosa por Jeremias aos 70 e Gustavo por Amaral aos 74; Fábio Martins por Tiago Martins aos 64
Disciplina- Amarelos a Bernardino aos 64 e Bento aos 88; Filipe aos 54
Marcadores- Hugo Louro aos 19; Tó Zé aos 31 (pb). Nas grandes penalidades marcaram pela Póvoa RM: Tó Zé, Bernardino, Mata, Hugo Inácio, Bento e Mota e falhou Amaral. Pelo Proença-a-Nova marcaram: Almeida, Carlitos, Esteves, Zé Tó e Tiago Martins e falharam Hugo Dias e Pequito

O Póvoa RM- Entrou muito bem no jogo e o golo que marcou aos 19 minutos foi inteiramente merecido, mas um azar do seu capitão à passagem da meia hora impediu que a equipa fosse para o descanso em vantagem. Na segunda parte jogou mais recuado, porque o adversário pressionou mais, mas mostrou-se sempre perigoso no contra-ataque. Na lotaria das penalidades acabou por ter a sorte pelo seu lado e avança assim para as meias-finais da Taça de Honra José Farromba.

O Proença-a-Nova- Não realizou uma boa 1ª parte mas conseguiu alterar as coisas na segunda metade, atacando mais, tendo mais tempo de posse de bola mas sem eficácia nas oportunidades que criou. Sai da Taça de cabeça erguida mas sempre com um sabor amargo na boca.

No mata-mata da Póvoa de Rio de Moinhos acabou por ser mais feliz a equipa da casa que carimbou a passagem às meias-finais da Taça de Honra José Farromba nos pontapés da marca de grande penalidade.
O início da partida, ficou marcado pela boa entrada em jogo da equipa da casa que desde logo mostrou vontade de marcar cedo para tentar surpreender uma equipa visitante que demorou a entrar no jogo e, quando o fez, já estava em desvantagem no marcador. No minuto 19 Hugo Louro aproveitou uma desatenção monumental da equipa de José Esteves para se isolar pela zona central e, só com Almeida pela frente, atirar para o fundo das redes. Era um prémio para a equipa que mais fazia pela vida e um castigo que ao mesmo tempo serviu para acordar o Proença-a-Nova que parecia estar à espera de encontrar facilidades que afinal nunca chegaram a existir.
Gradualmente o Proença equilibrou o jogo e, como não estava a conseguir jogar pelos flancos com cruzamentos para a área ou entrar com a bola jogável, optou pelos pontapés de meia distância com Carlitos em duas ocasiões a testar a atenção de Oleh Prokopets.
Mas acabaria por ser num lance de infelicidade para o capitão local que a igualdade seria restabelecida. Num cruzamento para a área, Tó Zé disputou o lance com Esteves e, de forma inadvertida, o central da Póvoa de Rio de Moinhos acabou por trair o seu guarda-redes.
O empate registado ao intervalo aceitava-se, porque a Póvoa tinha entrado mais forte mas foi o Proença que conseguiu terminar melhor os primeiros 45 minutos.
Na segunda metade o controlo do jogo esteve sempre do lado dos visitantes mas a Póvoa nunca deixou de ter o jogo controlado. Era um domínio do Proença consentido pelo seu antagonista, até porque a Póvoa já tinha visto que o Proença até chegava de forma rápida ao último terço do terreno mas aí demonstrava algumas dificuldades para criar situações de perigo real.
A Póvoa defendia-se bem mas não abdicava de partir para contra-ataques rápidos que causaram mesmo alguns problemas a Almeida. E com 45 minutos sem golos se chegou ao final do tempo regulamentar. Tudo tinha que se decidir da marcar dos 11 metros e aí é totalmente impossível fazer qualquer tipo de previsão, mas esta situação era inevitável uma vez que, pelo que se viu nos segundos 45 minutos, não parecia possível alguma equipa conseguir desempatar dentro do tempo regulamentar.
No desempate através da marcação das grandes penalidades acabou por ser mais feliz a equipa de Rui Melo e João Zarro. Na primeira série de 5 penalidades, cada equipa falhou uma tentativa e só à 7ª se conseguiu desempatar. Pequito tinha nos pés a possibilidade de continuar no jogo mas acabou por desperdiçar o seu penalty “oferecendo” a vitória aos poveiros.

A arbitragem- Teve algumas decisões mais contestadas pelas duas equipas mas a verdade é apitou quase sempre bem. Mais uma boa arbitragem de Paulo Abrantes e seus pares.

Discurso directo- João Zarro, técnico da Póvoa RM- “É sempre bom passar mais uma eliminatória. Foi um jogo com algum ascendente do Proença-a-Nova, que dominou grande parte do jogo, não nos deixando sair para o ataque, mas não criaram muitas oportunidades de golo. Na lotaria dos penalties é tudo uma questão de sorte e aí tivemos a felicidade de passar. Agora desejamos jogar as meias-finais em casa. O Paulo Abrantes é um bom árbitro e hoje esteve bem e está de parabéns”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Fomos superiores em todo o encontro, embora na primeira parte o jogo tenha sido mais equilibrado. Criámos oportunidades para marcar, não o fizemos e nos penalties é assim, quem falha vai embora. Eu deixo é a pergunta porque é que não se faz o prolongamento? Se é por causa da iluminação, então se não há condições não se faz a Taça! Eu sei que o regulamento é assim mesmo mas penso que isso se podia alterar. O árbitro esteve bem e não teve influência no resultado”.

DESPORTIVO CB- 0 BELENENSES- 11


Desportivo atravessa mau momento

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Pedro Sanhudo, auxiliado por Hugo Silva e Armando Silva (Porto)
Desportivo CB- Tiago Tavares, João Ricardo, Diogo Nunes, Ricardo Lourenço, João Batista, João Machado, Diogo Fonseca, Bernardo, João Latado, Cristiano e Francisco
Treinador- João Paulo Natário
Belenenses- Cláudio Viegas, João Damil, Diogo Oliveira, Xico, João Barros, Hugo Bral, Marinho, José Ricardo, Fredy, Tiago Almeida e Daniel Pinto
Treinador- Luiz Filgueira
Substituições- Bernardo por João Alves aos 36, João Latado por Pedro Garrido aos 56 e Cristiano por Júlio Reixa aos 67; Diogo Oliveira por Pedro Ribeiro aos 50, Marinho por João Magalhães aos 50 e Daniel Pinto por Filipe Assunção aos 58
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- José Ricardo aos 5 e 79, Marinho aos 9 e 43, Daniel Pinto aos 18, João Barros aos 35 e 51, Fredy aos 60 e 77, Tiago Almeida aos 67 e 76

O Desportivo de Castelo Branco continua a atravessar um mau momento nesta sua participação no Nacional de Juvenis. Depois da derrota no último domingo no Seixal frente ao SL Benfica por 16-0, desta vez a equipa de João Paulo Natário perdeu no Municipal de Castelo Branco com o Belenenses por 11-0.
Depois de um início de campeonato prometedor, que incluiu uma vitória em Loures por 4-3, a equipa albicastrense parece estar mergulhada numa profunda crise de confiança que só pode ser ultrapassada com o crer dos próprios jogadores e/ou com um resultado positivo.
Na manhã de domingo os jovens do Restelo marcaram por 11 vezes mas não será nenhum exagero escrever que ficaram a dever a si próprios um resultado ainda mais desnivelado.
A equipa albicastrense nunca se conseguiu encontrar, e ao longo de todo o jogo apenas em 3 ocasiões conseguiu chegar com perigo relativo à baliza de Cláudio Viegas.
O Belenenses, treinado pelo antigo central brasileiro Filgueira, mostrou sempre uma grande superioridade e as oportunidades de golo, especialmente na segunda parte onde o Desportivo perdeu por completo o rumo, sucediam-se, tendo Tiago Tavares muitas oportunidades para se mostrar e, apesar de ter sofrido 11 golos, efectuar defesas de bom nível.
E a história do jogo não pode ser outra que não os próprios golos e o engordar do marcador. Apesar do Desportivo de Castelo Branco nunca se conseguir mostrar ao nível daquilo que já vimos noutras ocasiões nesta temporada, no Belenenses sobressaíram o centro campista Mário Henriques e o jovem internacional sub-16 por Portugal Fredy que, tal como o seu companheiro, também assinou dois golos. Refira-se que o Belenenses tinha no banco de suplentes o guarda-redes habitualmente titular Luís Rodrigues, também ele presença habitual na selecção de sub-16.O árbitro Pedro Sanhudo, um dos nomes envolvidos no processo Apito Dourado, não deixou boas recordações, e apesar do resultado muito desnivelado, refira-se que assinalou uma grande penalidade inexistente contra o Desportivo e deixou uma por marcar a beneficiar os da casa. Para além disso, o 1º golo do Belenenses foi obtido em posição clara de fora de jogo. É daquelas situações em que o mais fácil é apitar sempre contra os mais fracos. Não havia necessidade...

ASSEMBLEIA-GERAL DA AFCB


Contas e orçamento aprovados

A Associação de Futebol de Castelo Branco reuniu na última sexta-feira em Assembleia-geral com o principal objectivo de votar o Relatório e Contas referentes à última época e aprovar o Orçamento para 2006/07. Mas para além destes pontos, havia outros motivos de interesse a rodearem esta reunião magna que levou ao Auditório agora designado de Carlos Ranito Xistra por aprovação por aclamação de todos os emblemas representados, 25 clubes filiados na AFCB.
Ainda no período antes da ordem do dia, Carlos Almeida, secretário-adjunto da Direcção, apresentou aos clubes a decisão da criação do cargo de Director Executivo, cargo esse que Luciano de Almeida vai acumular com o de Secretário-geral, e abordou também a substituição no cargo de seleccionador distrital de futebol juvenil do professor João Paulo pelo professor Filipe Roque. Duas situações consensuais mas esta última a merecer um reparo de Joaquim Neto, presidente da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo que, apesar de referir que “não estando em causa o nome e o valor do professor Filipe Roque, este foi um processo que deveria ter sido mais aberto”.
Vítor Rebordão, presidente da Associação Desportiva da Estação, aproveitou também este período para referir que “a ADE ficou muito sensibilizada com o gesto da AFCB pelos equipamentos e bolas que nos ofereceu”, isto depois do clube ter perdido todo o seu material desportivo consumido por um incêndio na sua lavandaria.

Casa do Benfica em Castelo Branco filiado na AFCB

E desde a última sexta-feira passaram a ser 52 o número de clubes filiados na Associação de Futebol de Castelo Branco. A Casa do Benfica em Castelo Branco é o mais recente membro do futebol distrital e os representantes do Sport Lisboa e Benfica na capital de distrito têm já uma equipa de Escolas de futebol de sete inscrita na Taça da AFCB que vai ter início no próximo mês de Janeiro.

Orçamento para 2006/07 é de 216 mil euros

No que se refere ao Relatório e Contas referentes à última temporada foi aprovado por unanimidade, como de resto aconteceu também com o Orçamento para a época em curso. A Associação de Futebol de Castelo Branco tem, para 2006/07 um orçamento de 216.600 euros. As maiores parcelas das receitas provêm da Liga de Clubes, 71.500 euros, da inscrição de atletas, 102.000 e, apenas como curiosidade, e para se ver que o tempo do totobola já lá vai, a AFCB recebe das receitas deste jogo da Santa Casa da Misericórdia qualquer coisa como 2.200 euros…
Quanto às despesas, a maior fatia vai para a arbitragem, com 55.250 euros (mais 10% que na última época), para a formação, 15.500 euros, e para subsídios para o futebol de formação, 23.600 euros.
Luciano de Almeida referiu a propósito deste orçamento que “houve um corte de 11,11% nas verbas do contrato programa que a Federação tem com o Estado, mas como só tivemos conhecimento desta redução depois do Orçamento elaborado, ela não está aqui contemplada”. Por outro lado, a verba que permitiu oferecer material desportivo aos clubes do nosso distrito nos últimos anos e que provinha ainda das receitas do Euro 2004, esgotou-se, mas o secretário-geral da entidade máxima do futebol do nosso distrito referiu que “temos a expectativa que a Federação Portuguesa de Futebol distribua pelas associações distritais uma parte da verba que encaixou com a participação da nossa selecção no Mundial 2006, mas isto não é nada oficial, é apenas uma esperança por parte das associações”.

ACD Carapalha fica com carrinha

Para fechar, o momento mais aguardado pelos clubes e que levou ao Auditório Carlos Ranito Xistra quase metade dos clubes filiados. A AFCB decidiu sortear uma carrinha Toyota Hiace que lhe pertencia. Os interessados neste sorteio tinham que estar representados no sorteio, devidamente credenciados pelos clubes, e apenas podiam entrar na urna do sorteio os clubes que fazem formação seja em futebol de 11, de 7 ou futsal, quer em masculinos quer em femininos.Interessados eram 25 mas a sorte acabou por sorrir à Associação Cultural e Desportiva da Carapalha. O clube de Castelo Branco esteve representado pelo vice-presidente da Assembleia-geral, José Afonso, que era no final, um homem visivelmente feliz, até porque “estávamos nesta altura a pensar em adquirir outra viatura porque tínhamos essa necessidade” e por isso, o resultado deste sorteio “acabou por ser ouro sobre azul”.

AD ALBICASTRENSE- 27 BOAVISTA- 34


Sem força para mais

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Flávio Carvalho e João Malhado (Leiria)
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Ricardo Sousa e João Poças, Martin Gomes (1), Jonatas Valente (4), Daniel Pereira, João Fialho (5), Bruno Roberto (4), Filipe Pereira (5), Maximiano Ribeiro (4), Pedro Sanches (4) e João Romão
Treinador- José Curto
Boavista- André Monteiro, José Machado (1), Gonçalo Augusto (2), Vasco Costa (4), Rui Santos (11), Tiago Sampaio (1), Fernando Alves (1), Luís Correia, Rui Ferreira, Tiago Silva (3), Filipe Gonçalves (2) e Luís Bastos (9)
Treinador- Licínio Conceição
Marcador ao intervalo- 13-13

Frente a um adversário que os azuis já tinham batido na 1ª volta no Porto, desta vez, a jogar em casa perante o seu público, a ADA não foi capaz de repetir o resultado e acabou por sofrer a segunda derrota caseira numa altura em que o campeonato vai entrar numa fase decisiva e em que a luta pelos primeiros 3 lugares que dão acesso à fase final começa a aquecer.
Curiosamente, a Albicastrense até entrou muito bem no jogo e até foi com relativa facilidade que chegou aos 4-1. Parecia tudo fácil, só que depois houve uma reacção forte por parte dos axadrezados que lhes permitiu, primeiro empatar o jogo a 8 golos e depois, no intervalo, nova situação de igualdade, desta vez a 12 golos.
O Boavista subia claramente de rendimento com o avançar do jogo e os de Castelo Branco começavam a acusar em demasia a falta de Luís Gama, Luís Robalo e Carlos Gomes e o resultado só não virou para o Boavista ainda na 1ª parte porque a exibição de Ricardo Sousa na baliza não o permitiu.
Na segunda metade Rui Santos e Luís Bastos apareceram de forma decisiva no jogo e foram eles os grandes desequilibradores para o lado dos boavisteiros.
A primeira situação de desvantagem para a equipa de José Curto aconteceu aos 15-16 e, a partir daí, não mais a ADA conseguiu agarrar o adversário. A diferença foi subindo gradualmente, aqui e ali com alguns erros da arbitragem que penalizaram a equipa de Castelo Branco, e foi quando o resultado estava em 20-26 que se chegou à conclusão praticamente definitiva que o jogo estava mesmo perdido.
A Albicastrense ainda conseguiu reduzir a diferença para 4 golos em duas ocasiões mas o Boavista tinha então o jogo de tal forma controlado que nunca permitiu maiores aproximações.
Vitória justa do Boavista que atrasa a ADA na passagem à fase final, mas que mesmo assim se mantém ainda numa situação relativamente cómoda no 3º lugar. No próximo fim-de-semana o campeonato sofre uma interrupção, regressando no dia 9 de Dezembro com a deslocação da ADA ao terreno do Santana, equipa do Porto que na 1ª volta já foi derrotada no Crato por 27-21 e que se encontra na penúltima posição.Como já referimos, a dupla de arbitragem de Leiria errou em algumas ocasiões, a ADA tem razões de queixa porque foi mais prejudicada, de qualquer forma, não foi pelos erros dos árbitros que uma equipa ganhou e a outra perdeu.

ALBICASTRENSE REFORÇA-SE

Pedro Neves é o novo ponta-direita

A Associação Desportiva Albicastrense contratou no decorrer da última semana o ponta-direita Pedro Neves, um esquerdino de 28 anos que na última temporada representou o Portomosense mas que há dois anos jogou nos Açores com as cores do Sporting da Horta.
José Curto, que ainda não contou com o reforço no jogo com o Boavista, vê assim aumentar o leque de opções para o lado direito da equipa.A estreia de Pedro Neves pode acontecer no próximo dia 9 de Dezembro quando os azuis se deslocarem ao Porto para defrontar o Santana, em jogo a contar para a Zona Norte do Nacional da 1ª divisão.

segunda-feira, novembro 20, 2006

CD ALCAINS- 3 ÁGUIAS DO MORADAL- 5


Golos para todos os gostos

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Ricardo Alexandre (2), auxiliado por Paulo Antunes e Sérgio Mendes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Ricardo Trindade (3), Rui Cerdeira (3), Jorge Dinis (3), Nuno Gonçalo (3), Pedro Figueiredo (3), Quinzinho (3), Carlos Filipe (3), Rui Paulo (3), David André (3) e Nuno Carreiro (3)
Treinador- João Daniel
Águias do Moradal- Tiago Brás (3), Pacheco (3), Ludovico (3), David (3), Nuno Alves (4), Aíldo (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3), Cunha (2), Paulo Rato (3) e Valadas (4)
Treinador- António Belo
Substituições- Nuno Carreiro por Nuno Vicente (2) aos 63 e Jorge Dinis por Nogueira (1) aos 69; Aíldo por Tomás (1) aos 45, Cunha por Ivo Fazenda (3) aos 45 e Valadas por Acácio (-) aos 79
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 26, Nuno Gonçalo aos 49 e Pedro Figueiredo aos 85; Rui Paulo aos 20, Edmilson aos 32, Nuno Alves aos 46, Ivo Fazenda aos 53, Tomás aos 67 e 67, Valadas aos 72 e Acácio aos 83. Vermelho por acumulação a Tomás aos 67
Marcadores- Carlos Filipe aos 6. Nuno Carreiro aos 40 e Nuno Vicente aos 70; David aos 3, Paulo Rato aos 48, Tomás aos 51, Ludovico aos 60 e Nuno Alves aos 87

A figura do jogo- Nuno Alves (Águias do Moradal)- David “roubou-lhe” um golo logo aos 3 minutos e o ponta de lança deve ter pensado que iria terminar o jogo sem deixar a sua marca. Mereceu inteiramente o tento conseguido já na parte final do jogo pelo que trabalhou e lutou em prol da equipa.

O CD Alcains- Entrou muito mal nas duas metades do jogo e, nesses períodos, acabou por sofrer 3 golos. A defesa foi demasiado permissiva e as acções ofensivas nem sempre saíram com o devido discernimento. Segunda derrota consecutiva em casa.

O Águias do Moradal- Entrou para matar, tanto na primeira como na segunda parte. Abriu o activo logo aos 3 minutos mas nessa altura já Valadas e Nuno Alves tinham desperdiçado ocasiões soberanas. Mereceu o resultado porque mostrou ser melhor no ataque e porque se uniu quando se viu reduzida a 10 unidades.

Os primeiros minutos prometeram muito, e a verdade é que as equipas, sem terem produzido um espectáculo deslumbrante, conseguiram entreter os presentes durante 90 minutos, com alguns bons períodos e onde até certa altura houve incerteza no resultado final.
Com uma entrada de rompante, e já depois de Nuno Alves e Valadas terem desperdiçado excelentes oportunidades para inaugurar o marcador, o Águias do Moradal chegou ao primeiro golo logo aos 3 minutos por intermédio de David. O trabalho e o mérito é todo de Nuno Alves e o capitão David podia ter evitado “roubar” o golo ao ponta de lança, até porque estava em posição irregular quando empurrou a bola para a baliza.
Praticamente na resposta, e na primeira vez que chegou à área adversária, o Alcains respondeu com o empate por intermédio de Carlos Filipe.
Mas era o Estreito que tinha o domínio, e os da casa, mesmo tendo conseguido restabelecer a igualdade, mostravam algumas dificuldades para travar o adversário, principalmente porque abriam muitos espaços entre a defesa e o meio campo o que permitia ao Águias trocar a bola em velocidade e não sair da boca do perigo.
Depois dos 20 minutos as coisas equilibraram-se, os sectores do Alcains passaram a jogar mais próximos e, com menos espaços, o Estreito já não chegava à baliza adversária com tantas facilidades.
Costuma dizer-se que, quem não marca acaba por sofrer, e o ditado cumpriu-se. O Águias tinha construído as melhores oportunidades mas foi o Alcains, com um grande golo de Nuno Carreiro, que aproveitou para desempatar e ir para o descanso com vantagem no marcador.
Mas o Alcains pareceu esquecer o início do jogo, e a história repetiu-se no reatamento. O Águias do Moradal voltou a entrar demolidor e em curtos 6 minutos operou a cambalhota no marcador, recolocando-se em vantagem. Primeiro foi Paulo Rato que respondeu bem a um canto que Valadas bateu na esquerda e depois vimos uma fotocópia deste lance em que o único protagonista que mudou foi o marcador do golo. Desta vez foi Tomás que tinha entrado ao intervalo para o lugar do apagado Cunha.
Ludovico também teve a sua oportunidade e não a desperdiçou. Estavam jogados 60 minutos quando chegou o 4-2 e pensava-se que o jogo estava decidido. Mas faltava aqui a expulsão de Tomás para complicar as contas da sua equipa e do resultado. Com menos uma unidade, o Águias viu Nuno Vicente reduzir a 20 minutos do fim, mas a estrutura não tremeu e já faltava discernimento à equipa de João Daniel para pensar na melhor maneira para chegar à baliza de Tiago Brás. Carlos Filipe e David André estão a subir de rendimento mas o golo do matador Nuno Alves acabou mesmo por matar um jogo que teve um vencedor justo e golos para todos os gostos.

A arbitragem- Ricardo Alexandre já nos habituou a bons trabalhos pelo que estranhamos muito o que vimos no domingo. Sérgio Mendes validou o golo de David, quando este estava em posição irregular, e Ricardo Alexandre não foi uniforme no aspecto disciplinar. Mostrou cartões que não entendemos e acabou por ser condescendente em situações que se impunha a sua autoridade.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Cometemos alguns erros, faltou-nos agressividade e o adversário batia com cotovelos e com tudo e nós não. Portanto faltou-nos isso. Sinceramente, excluindo os primeiros 15 minutos do jogo e os 10 da 2ª parte não vi nada no Estreito que nós não conseguíssemos vencer. Temos que ir buscar os pontos que perdemos aqui hoje (domingo). A arbitragem foi… permissiva. Não estou a justificar a derrota com o árbitro mas há entradas que não podem ser punidas com cartão amarelo porque põem em perigo a continuidade no jogo dos nossos jogadores”.
Discurso directo- Pacheco, jogador do Águias do Moradal- “Foi uma vitória da vontade, do crer e da determinação. O grupo está unido e no fim, mesmo com menos um elemento, conseguimos dar a volta por cima. Uma arbitragem sem casos e que considero boa”.

JOAQUIM SALGUEIRO E CATARINA NUNES HOMENAGEADOS


Albicastrenses de prata

A prata foi conquistada em Maidenhaid, na Inglaterra, há cerca de 15 dias, a homenagem foi feita pela Associação Recreativa da Boa Esperança no último sábado.
Joaquim Salgueiro e Catarina Nunes foram o centro de todas as atenções no final da tarde de sábado na cerimónia organizada pelo clube que representam. Uma maneira simpática de recordar o feito histórico para Castelo Branco da conquista de duas medalhas de prata nos europeus de Karaté Wado-Kai na prova de Kumite (combate).
Na homenagem, estiveram presentes, para além de representações da Boa Esperança de todas as modalidades e categorias e dos seus órgãos sociais, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, João Henriques, do departamento de selecções da Federação Nacional de Karaté Portugal, entre outras entidades convidadas.
Na ocasião, César Amaro, presidente da Direcção da Associação Recreativa da Boa Esperança, referiu que “homenagear estes dois atletas é uma alegria e uma satisfação muito grande que não tem palavras que a descrevam. Nós não podemos, e nem devemos, embandeirar em arco mas, com modéstia, chegámos aqui e é este o caminho que considero ser o correcto. Hoje estamos aqui a assinalar um feito histórico desportivo”.
Joaquim Morão, parabenizou os dois atletas em particular, “porque é justo homenagear quem se distinguiu pela nossa terra no estrangeiro”, mas também felicitou “a Associação da Boa Esperança e todos os seus atletas pelo trabalho desenvolvido”, e acrescentou que “contamos convosco para continuar a engrandecer a cidade de Castelo Branco”.

Joaquim Salgueiro, vice-campeão europeu de karaté (menos de 75 kg)

“É o ponto alto da minha carreira”

Tribuna Desportiva- Como é que, sem se competir há alguns anos, se consegue uma medalha de prata num europeu?
Joaquim Salgueiro- É um bocado complicado de explicar isso. Acho que também tive sorte. É verdade que treinei bastante para esta prova, tive os devidos apoios, e quando assim é torna-se tudo muito mais fácil. Na competição, é importante ganhar o primeiro combate, eu consegui ganhá-lo e depois começa-se a ganhar ânimo e acaba por ser mais fácil.
TD- Em relação à competitividade do campeonato, foi exigente?
JS- Para mim foi porque eu, para aí há seis anos que não fazia competição a sério. Eu estava muito nervoso e, na final, se eu fizesse dois combates, se calhar até fazia melhor, só que, quando cheguei à final, sabia que ia ser, pelo menos vice-campeão e por isso comecei o combate feliz e acabei-o igualmente feliz. Naquela altura já era secundário ganhar aquele combate porque já era vice-campeão. Como diz o meu Mestre, o que conta é o que fica na história, e o que lá fica é que eu sou vice-campeão europeu.
TD- Não ter nada a perder era uma vantagem…
JS- Eu não tinha nada a perder mas tinha qualquer coisa… não sei se era para provar. Nesta prova tive apoios, ao contrário do que aconteceu até aqui. Ao apoio da Associação juntaram-se outros e foi como que unir o útil ao agradável. A verdade é que nós mudámos de casa e mudou tudo! Este é sem dúvida o ponto mais alto da minha carreira a dedico-o a todos aqueles que nunca apostaram em nós.

Catarina Nunes, vice-campeã europeia de karaté (menos de 60 kg)

“É uma prata com sabor a ouro”

Tribuna Desportiva- O que é que representa este resultado?
Catarina Nunes- Foi muito bom. É sempre muito complicado ir a um campeonato deste género, porque a competitividade é muito elevada, há lá muito boas atletas mas é muito importante o primeiro combate. Esse correu bem e depois ganha-se mais genica. Foi muito difícil, mas foi muito bom.
TD- É uma prata com sabor a ouro?
CN- Para mim é, claro que sim. É preciso uma motivação muito grande, é sempre bom ir lá fora e conseguir estes resultados mas agora o importante são os campeonatos nacionais, porque agora temos que provar cá dentro que somos capazes de fazer bons resultados.
TD- Agora o que persegue é o título nacional…CN- Claramente. Não é fácil porque o karaté é o meu hobby, não é o meu emprego, nem sempre é possível treinarmos com alguém que tem objectivos mais elevados, com treinos bi-diários. Não é possível, por vezes, conciliar isto tudo, mas dentro dos possíveis vou fazer o meu melhor, dedicar-me ao máximo, e não vou tirar os pezinhos da terra, estou consciente, mas vou-me esforçar ao máximo.

BOA ESPERANÇA- 8 MIRA SINTRA- 1


Menos utilizados garantem passagem

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Fernando Baltazar e Carlos Gomes, da Guarda
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Hugo Nunes, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Edgar Saraiva, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Mira Sintra- Sérgio Lopes, André Batista, Bruno Simão, Albertino Pinto, Luís Silva, Luís Gomes, Paulo Rebelo, Gabriel Limo e João Pedro
Treinador- Carlos Melo
Disciplina- Cartão amarelo a André Gonçalves aos 18; João Pedro aos 10 e Albertino Pinto aos 32 e 33. Vermelho por acumulação a Albertino Pinto aos 33
Marcadores- Valter Borronha aos 1, 25 e 31, Francisco Aragonês aos 17, Hugo Silveira aos 21, 28 e 30 e Theres Oliveira aos 25; Paulo Rebelo aos 22

Tal como já se previa, especialmente tendo em atenção o resultado que já tinha acontecido para o campeonato entre estas duas equipas, uma vitória dos albicastrenses por 8-2 em Mira Sintra, a Boa Esperança acabou por seguir em frente na Taça de Portugal com um resultado que não deixou qualquer margem para dúvidas.
Num jogo onde nunca aconteceu equilíbrio, porque a equipa da casa desde cedo se mostrou superior em todos os capítulos do jogo, apenas na primeira parte os de Mira Sintra conseguiram oferecer alguma resistência e, por isso, o resultado ao intervalo, 2-0, ainda não tinha decidido a eliminatória.
Na segunda parte, a equipa de Humberto Cadete marcou logo a abrir por intermédio de Hugo Silveira, e nem o tento de honra dos visitantes no minuto seguinte chegou para relançar o jogo ou abanar a estrutura de uma equipa que tem a moral em alta e que está muito bem física e psicologicamente, ou não fosse líder isolada da série C da 3ª divisão nacional.
Depois do percalço defensivo no golo do Mira Sintra, a Boa Esperança embalou para uma exibição convincente e em que beneficiou da quebra física do adversário por volta do meio dos segundos 20 minutos.
O resultado foi-se avolumando até parar num esclarecedor 8-1, e até deu para Humberto Cadete estrear alguns dos elementos do seu plantel e rodar outros que são menos utilizados nos jogos do campeonato.
Uma vitória justíssima, com números a condizer e que colocam os laranjas na 2ª eliminatória da Taça de Portugal.
No próximo sábado regressa o campeonato com a Boa Esperança a deslocar-se ao reduto do Estrela da Amadora.No sábado a dupla de arbitragem da cidade da Guarda dirigiu bem um jogo sem casos.

segunda-feira, novembro 13, 2006

PEDRÓGÃO SP- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Vilela foi gigante

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Paulo Abrantes (3), auxiliado por Pedro Ribeiro e Ângelo Correia
Pedrógão SP- Pedro Raposo (3), Ricardo Silva (3), Ruben (4), Falcão (3), Chico (3), Romeu (3), Tarzan (4), Zi (3), Flávio Cunha (3), Valter (4) e Manuel (3)
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Vilela (5), Bruno Bastinho (2), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), João Viana (3), Dani (3), Velho (3), M´Passo (2), Filipe Barata (3) e Maçaroco (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ruben por Gonçalo (2) aos 45 e Falcão por Fábio (2) aos 63; Maçaroco por Filipe Amaro (2) aos 45 e Dani por Luís Farinha (2) aos 73
Disciplina- Amarelos a Zi aos 71; Maçaroco aos 22, Dani aos 38 e Fernando Miguel aos 75
Marcadores- -

A figura do jogo- Vilela (Vitória de Sernache)- Fez provavelmente o melhor jogo da sua carreira. Defendeu autenticamente 3 golos do adversário e, jogo a jogo, vem ganhando a confiança que um habitual suplente necessita. É o maior responsável pelo ponto que a sua equipa conquistou. Uma exibição para recordar!

O Pedrógão SP- Teve quase sempre por cima no jogo, criou situações de golo, jogou, a espaços, bom futebol, mas não conseguiu marcar. Não se notou que jogou com uma equipa com muitos remendos, particularmente no meio campo, e esteve sempre mais perto da vitória.
O Vitória de Sernache- Exibição amorfa, com uma postura demasiado defensiva em que muitas vezes o meio campo encostou na defesa o que permitia ao adversário jogar sempre muito próximo da sua área. Também dispôs das suas oportunidades mas acaba por ganhar um ponto importante no terreno do adversário. Teve em Vilela a sua grande figura de destaque, mas a equipa pode e sabe fazer mais.

Mais uma jornada passada e as duas equipas do nosso distrital que vêm fazendo um campeonato abaixo do esperado continuam de braço dado na tabela classificativa, agora com 8 pontos.
No jogo de domingo foi quase sempre o Pedrógão de São Pedro que teve o domínio do jogo, conseguindo ter mais tempo de posse de bola, jogando quase sempre dentro do meio campo defensivo do adversário, e dispondo de mais e melhores situações de golo.
A equipa de Xana, mesmo com muitos remendos, motivados por castigos e por uma onde de lesões que fustiga a equipa, olhou o adversário de frente e cedo deu mostras de crer fazer deste jogo o ponto de viragem para outra classificação.
Mesmo assim, durante os primeiros 25 minutos as oportunidades para os da casa não aconteceram, porque o Sernache defendia-se muito, e bem e acabou mesmo por dispor da melhor oportunidade para marcar, quando Filipe Barata, na cara de Pedro Raposo, não conseguiu atirar da forma que pretendia.
O Pedrógão tinha em Ruben o seu grande desequilibrador. O extremo da casa fazia gato-sapato do lateral direito da equipa vitoriana. Maçaroco revelou sempre muitas dificuldades para travar o jovem do Pedrógão e era quase sempre obrigado a recorrer à falta para evitar males maiores. O cartão amarelo que viu aos 22 minutos, e os dois avisos de Paulo Abrantes por faltas posteriores, obrigaram António Joaquim a tirar Maçaroco do jogo ao intervalo, isto apesar de Ruben também ter saído mas este por motivos alheios ao próprio jogo.
Os últimos 20 minutos da primeira parte acabaram por ser o melhor trecho do jogo. Nesse período as equipas equivaleram-se e aconteceram então os dois casos do jogo. Primeiro um golo bem anulado a M´Passo que vinha de posição de irregular quando atirou para o fundo das redes de Pedro Raposo e depois uma mão de Velho dentro da sua área que o juiz não sancionou porque simplesmente estava tapado por vários jogadores e não podia ter visto.
Ao intervalo já se percebia de forma clara que, para haver um golo, só de um lance de génio ou de uma bola parada.
Mas como nada disso aconteceu acabou tudo por terminar da mesma forma que começou, sem colorido no marcador.
A pressão do Pedrógão na busca do golo durou 35 minutos. O domínio era inteirinho da equipa da casa mas os forasteiros nunca se desuniram e nem chegaram a perder o controlo. Por outro lado, das vezes que o Pedrógão conseguiu chegar com perigo à baliza adversária Vilela respondeu sempre com grandes intervenções. Anotámos pelo menos três defesas que só estão ao alcance de um grande guarda-redes e que impediram que o adversário conseguisse o que tanto procurou.
Nos últimos 10 minutos o Pedrógão baixou o ritmo do jogo, porque a intensidade que tinha levado até aí tinha que fazer ressentir o físico e o Vitória aproveitou então para respirar melhor e conquistar alguns cantos sem que daí nada resultasse.
Em suma, um empate que sabe muito melhor à equipa de Cernache de Bonjardim, porque jogava em casa do adversário, do que ao Pedrógão, que volta a ceder um empate caseiro.

A arbitragem- Um único lance faz cair a nota máxima para um 3. Quase no final da primeira parte não viu, porque estava encoberto por vários jogadores, uma mão marota de Velho dentro da sua área. Foi o único erro, mas acabou por deixar por marcar uma grande penalidade a favorecer a equipa da casa.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Nunca pensei que, com tantas adaptações na equipa, e estar a jogar com 3 juniores, 2 deles que jogaram ontem (sábado) os 90 minutos pelos juniores, conseguíssemos esta exibição. Sabíamos que não era fácil vencer o Sernache, mas a equipa esteve bem, criou oportunidades de golo, mas no momento crucial acabámos por falhar. O guarda-redes do Sernache também esteve em dia sim e, há pelo menos três defesas que são três golos que ele evita. O árbitro errou ao não marcar um penalty a nosso favor mas o Paulo Abrantes é um grande árbitro e também erra tal como todos nós”.Discurso directo- José Coelho, director do Vitória de Sernache- “Empatar fora é sempre bom, mas hoje não conseguimos praticar o futebol que gostamos, mas também houve muito mérito do Pedrógão que fez muita pressão. A equipa está a subir de rendimento mas hoje o nosso meio campo não esteve bem. Tivemos que tirar o Maçaroco ao intervalo para evitar que visse o segundo amarelo e talvez isso tenha enfraquecido o meio campo”.

BOA ESPERANÇA- 5 RIO DE MOURO- 3


Liderança de pedra e cal

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Ruben Ferreira e António Pinto, de Leiria
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Hugo Nunes, Ricardo Machado, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Rio de Mouro- Ricardo e Teodósio, Nélson, Matos, Chiquinho, Milú, Barata, Nuno Silva, China, Luís, Tiago e Sérgio
Treinador- Portela
Disciplina- Cartão amarelo a Theres aos 26 e Daniel Ascensão aos 31; Chiquinho aos 25 e Sérgio aos 35
Marcadores- Valter Borronha aos 11, Hugo Silveira aos 15, André Gonçalves aos 26 e 27 e Daniel Ascensão aos 31; Chiquinho aos 7, Sérgio aos 16 e Nuno Silva aos 34

O jogo não começou bem para a equipa de Humberto Cadete que logo aos 7 minutos sofreu o primeiro golo. Mesmo sem jogar bem, a Boa Esperança conseguiu nos minutos seguintes dar a volta ao resultado e passar rapidamente para um 2-1 com golos de Valter Borronha e Hugo Silveira. Mas no minuto seguinte Sérgio voltou a pôr tudo como no início e este empate arrastou-se até ao intervalo. E pode dizer-se que era mesmo o placard mais justo, em primeiro lugar porque a equipa albicastrense não estava a jogar como já o fez noutras ocasiões esta época, mostrando-se, como o seu técnico reconheceu no final, algo apática. Em segundo lugar porque o Rio de Mouro não conseguiu mostrar nos primeiros 20 minutos o porquê de também estar nos primeiros lugares da classificação. Também se esperava mais deste candidato à subida ao segundo escalão.
Na segunda metade tudo foi diferente. O intervalo foi um bom conselheiro e fez muito bem à equipa laranja que depois de estar os primeiros 5 minutos em cima do adversário, que nesta altura apenas se preocupava em defender e em tentar explorar o contra-ataque, acabou por resolver o jogo em escassos 5 minutos. Aos 26 minutos André Gonçalves marcou com um remate forte e colocado, repetiu a dose um minuto depois, e aos 31 foi Daniel Ascensão que praticamente carimbou mais três pontos para os da casa.
O golo de Nuno Silva a 6 minutos do final não chegou sequer para assustar uma equipa que continua firme na liderança da série C da 3ª divisão e que assim, com esta vitória, deixou mais longe um adversário que também quer entrar na luta pela subida de divisão.
No próximo sábado o campeonato sofre uma interrupção para se jogar a 1ª eliminatória da Taça de Portugal. Os albicastrenses recebem no seu reduto a formação do Mira Sintra, equipa que já bateram esta época para o campeonato por 8-2, em jogo disputado fora de casa. O campeonato regressa uma semana depois com a Boa a deslocar-se ao pavilhão do Estrela da Amadora.
No jogo de sábado a dupla de árbitros de Leiria passou perfeitamente despercebida, o que não deixa de ser um bom sinal.
Discurso directo- Humberto Cadete, técnico da Boa Esperança- “Nós já sabíamos que ia ser um jogo difícil porque, quando equipas como o Atlético, Rio de Mouro, Novos Talentos e a Boa Esperança se encontram entre si, o mais importante é não perder pontos. E isto porque estas são, na minha perspectiva, as quatro equipas que vão discutir a subida de divisão. Estivemos muito apáticos na 1ª parte mas entrámos melhor para a segunda metade e acabámos por conseguir uma vitória merecida”.

ESCOLAS DO DESPORTIVO DE CASTELO BRANCO


Os campeões merecem as faixas

Os campeões distritais de escolas da temporada 2005/06 receberam no último sábado as respectivas faixas de campeões bem como o troféu correspondente a este título. O jogo a contar para o distrital de infantis frente aos colegas do Desportivo A foi aproveitado para fazer a justa homenagem e distinção. Na ocasião estiveram presentes, para além dos 17 jovens campeões e respectivas famílias e amigos, o Presidente do emblema albicastrense, António Marcelo, o Secretário Adjunto da Direcção da Associação de Futebol de Castelo Branco, Carlos Almeida e, naturalmente, Filipe Roque, o jovem treinador que esteve com estes miúdos desde que começaram a competir até à época do título distrital e que agora desempenha as funções de seleccionador distrital de futebol juvenil na AFCB. No jogo, os distinguidos acabaram por sair derrotados por 4-1 mas, para a história ficam os nomes dos campeões distritais de escolas época 2005/06: Daniel Grácio, Renato Martins, Tiago Almeida, Miguel Ângelo, José João, André Mesquita, Rui Francisco, João Bargão, João Rente, Pedro Fonseca, José Ricardo, Francisco Matias, Miguel Garcia, Tiago Ildefonso, David Roque, Diogo Pereira e Emanuel Gonçalves. Conquistado o título no escalão de escolas, o objectivo destes campeões é repetir o feito na próxima temporada na categoria de infantis. Parabéns, e boa sorte!

Filipe Roque, treinador campeão de Escolas pelo Desportivo CB 2005/06

“Foram três anos de trabalho,
paciência e dedicação”

Tribuna Desportiva- Apesar de já não estar no Desportivo CB hoje vem aqui colher o fruto daquilo que semeou durante 3 anos…
Filipe Roque- Foram 3 anos de trabalho, com muita paciência e dedicação, e agora é o reconhecimento de tudo o que fizemos ao longo dos últimos 3 anos.
TD- Quando pegou nesta equipa, com miúdos de 8 anos, já podia pensar que ia lutar pelo título 3 anos depois?
FR- Não. Nestas idades um indicador de que os miúdos poderão vir a ser bons atletas é o nível da coordenação, da velocidade, mas nessa altura ainda é muito cedo, porque há todo um trabalho pela frente para fazer, principalmente ao nível do conhecimento do futebol. Isso vai-se vendo ao longo dos anos com o passar do tempo e do trabalho.
TD- Mas depois quando passam a B e depois a A aí já permite pensar que é possível lutar pelo campeonato…
FR- Sim, aí já se começam a ver as potencialidades dos jogadores, não só a nível físico, mas psicológico, a própria assiduidade aos treinos também influencia para que um jogador seja de um determinado nível.
TD- Hoje fala-se muito em jogadores que nasceram para jogar futebol. Há, de facto jogadores predestinados, ou mesmo aquele que não demonstra no início grandes potencialidades pode evoluir?
FR- Eu sou de opinião que, para se ser jogador de futebol também é inato, porque há determinadas características e capacidades que, se não as tiver, nunca poderá ser um grande jogador. A coordenação e a agilidade são inatas. É evidente que, com o trabalho e com o tempo também evoluem, mas há capacidades que, se uma criança não as tiver, nunca poderá atingir um bom nível.
TD- Como é que foi a transição do Desportivo de Castelo Branco para a Associação de Futebol de Castelo Branco?
FR- É o mesmo ramo, é aquilo que eu gosto, apesar de, estando na Associação até estamos menos no campo, e o que nós gostamos é de estar no campo, mas envolve todo um trabalho de organização e secretaria.
TD- No seu sector na AFCB como é que encontrou a casa? Arrumada?
FR- Sim. Ao longo destes anos, houve um grande trabalho de todo o Gabinete Técnico e isso todos reconhecemos. Sei que tenho um grande desafio pela frente, que é continuar com a casa arrumada e, se possível trazer mais novidades para o futebol de formação do nosso distrito.
TD- Vai continuar o trabalho que foi desenvolvido pelo professor João Paulo nos últimos anos…
FR- Sim. O trabalho é reconhecido, eu vou dar continuidade e tentar trazer novas ideias e novas apostas, nomeadamente ao nível dos dirigentes e dos próprios treinadores. Temos que tentar fazer sempre mais e melhor.
TD- Uma tentativa de aproximar o futebol jovem do interior do litoral e das ilhas…FR- Eu acho que já estamos a trabalhar mais e melhor, mas há um factor que nunca podemos esquecer, que é o número de atletas praticantes. No litoral há muito mais atletas, dá para formar equipas mais fortes o que permite uma maior evolução.

CASA DO BENFICA CB- 19 JUVE LIS- 20


Nova derrota pela margem mínima frente a adversário directo

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Diogo e João Baleiza, de Portalegre
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (4), Neidja Lima (3), Paula Rodrigues (4), Inês Martins, Carla Mendes (1), Catarina Mata, Sónia Mota (3), Leia Valente e Mariana Ivanova (4)
Treinador- Paula Espírito Santo
Juve Lis- Letícia Moreira, Ana Pedrosa (1), Diana Rodrigues, Elisabeth Pessoa (1), Mónica Antunes (5), Marisa Gaspar, Carla Sousa (2), Rita Chaves (7), Vânia Vieira, Carla Dias (3), Tatiana Santos, Telma Amado, Raquel Pinho e Patrícia Araújo (1)
Treinador- André Afra
Marcador ao intervalo- 11-9

E pronto! Aconteceu nova derrota caseira frente a um adversário que tem exactamente os mesmos objectivos que a Casa do Benfica em Castelo Branco. A história do jogo com o Colégio João de Barros repetiu-se e agora, com mais esta derrota, a equipa de Paula Espírito Santo está obrigada a ganhar a estas duas equipas na segunda volta no seu reduto. Nada fácil a tarefa das encarnadas…
Mas frente às leirienses, a Casa do Benfica comandou quase sempre o marcador e, mesmo que por margem escassa, adivinhava-se uma vitória, só que a ponta final acabou por deitar tudo a perder. Foi nos últimos dois minutos que a Juve Lis operou a reviravolta no marcador.
Mas na primeira parte a Casa esteve sempre na frente e ao intervalo a diferença só não era maior porque os erros e as precipitações na zona de remate custam caro, e neste caso acabaram por custar uma derrota.
Na segunda parte, fruto de um maior acerto defensivo, as encarnadas venciam a 9 minutos do final por 17-14, mas foi na recta final, quando se encontravam em inferioridade numérica que chegou o 20º golo que acabou por ditar a derrota.A arbitragem foi muito contestada pelas albicastrenses. É certo que houve algum exagero nas exclusões mas isso não pode desculpar o desacerto que a equipa teve em períodos decisivos do jogo.

AR BOA ESPERANÇA HOMENAGEIA ATLETAS


Dois albicastrenses conquistam prata nos Europeus de Karaté

O Campeonato da Europa de Karaté Wado-Kai, que decorreu há uma semana em Maidenhaid, na Inglaterra, contou este ano com dois atletas albicastrenses integrados na representação de Portugal. Nesta prova, que contou com a organização da Federação Europeia de Wado-Kai e onde participaram 12 países, estiveram presentes os karatecas da Associação Recreativa da Boa Esperança Catarina Nunes (menos de 60 kg) e Joaquim Salgueiro (menos de 75 kg), que participaram na prova de Kumite (combate).
E, tanto Catarina Nunes como Joaquim Salgueiro, terminaram os europeus no pódio, conquistando a medalha de prata nas respectivas categorias.Para distinguir os seus dois atletas que trouxeram medalhas de prata para Castelo Branco, a Associação Recreativa da Boa Esperança vai organizar no próximo sábado, dia 18, às 17.30, depois do jogo de futsal frente ao Mira Sintra para a Taça de Portugal, uma homenagem onde vão estar presentes, para além de todos os atletas de todas as modalidades e categorias do clube, as entidades oficiais convidadas para o efeito.

DESPORTIVO CB- 8 UNIDOS DO TORTOSENDO- 58

Unidos vencem em Castelo Branco

Pavilhão da Escola Superior de Educação de Castelo Branco
Árbitros- Vasco Santos e Tiago Pinheira
Desportivo CB- A. Gonçalves, T. Pinto, C. Cachola, C. Almeida, I. Rodrigues, A. Carvalho, C. Valente, A. Santos, I. Folgado, J. Canheto, M. Rodrigues
Treinador- Steve Oliveira
Unidos do Tortosendo- A. Rodrigues, A. Fonseca, T. Bicho, A. Silva, J. Venâncio, J. Silva, P. Quelhas, C. Ramos, M. Costa, M. Pinheiro, M. Gerarvo
Treinador- J. Repolho

O Unidos do Tortosendo derrotou no último domingo o Desportivo de Castelo Branco em partida integrada na 1ª jornada da Fase Regular do Campeonato Regional de Iniciados Femininos em basquetebol.Numa partida disputada no pavilhão da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, a jovem equipa albicastrense nunca teve argumentos para a forte formação do norte do distrito e acabou por sair derrotada por esclarecedores 8-58.

segunda-feira, novembro 06, 2006

CD ALCAINS- 0 UNHAIS DA SERRA- 2


Três minutos… três pontos

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Bruno Nave (3), auxiliado por Hélder Ferreira e Flávio Nunes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Ricardo Trindade (2), Rui Cerdeira (2), Nuno Gonçalo (2), João Paulo (2), Quinzinho (2), Carlos Filipe (2), Nogueira (3), Rui Paulo (2), David André (2) e Nuno Carreiro (2)
Treinador- João Daniel
Unhais da Serra- Valezim (3), Tomás (3), Chasqueira (3), Pedro Ferreira (3), Bruno (2), Toni (2), David (3), Carlitos (3), Brígida (3), Mica (3) e Caniço (3)
Treinador- Nando
Substituições- Nogueira por Nuno Vicente (2) aos 65; Mica por Fábio (1) aos 71, Caniço por Samuel (1) aos 76 e Brígida por Jorge (-) aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 32, Nuno Carreiro aos 33, Nogueira aos 43, Rui Paulo aos 61 e David André aos 90; Tomás aos 24, Carlitos aos 46, Caniço aos 54, Bruno aos 55 e Toni aos 63
Marcadores- Caniço aos 17 e Mica aos 19

A figura do jogo- David (Unhais da Serra)- Num jogo sem grandes primores técnicos, porque o relvado não dava para mais, David esteve sempre onde a equipa mais precisava dele. Contribuiu para o domínio que a sua equipa teve na primeira parte, altura em que construiu o resultado, e foi também determinante para ajudar o seu sector mais recuado nos segundos 45 minutos.

O CD Alcains- Vinha de bons resultados mas, a jogar em casa, não conseguiu dar sequência à série que lhe permitiu chegar ao pódio deste distrital. A falta de Toni no centro da defesa parece ser evidente mas a equipa tem que aprender a viver sem ele. A ligação entre o meio campo e o ataque não funcionou e as oportunidades de golo foram, por isso, escassas.

O Unhais da Serra- Entrou melhor que o adversário e no curto espaço de 3 minutos ganhou três pontos. Caniço e Mica aproveitaram bem duas benesses da defesa canarinha para marcar e, na 2ª parte, limitou-se a controlar o jogo e o adversário, não lhe permitindo chegar com muito perigo junto das redes de Paulo Valezim. A equipa de Nando está a subir de rendimento.

Não estava uma tarde particularmente agradável para a prática do futebol. A muita chuva que assolou a região tornou o relvado muito pesado e, estranhamente, principalmente porque está habituado a jogar num pelado, acabou por ser o Unhais da Serra a melhor se adaptar à realidade e a tirar maior proveito destes condicionalismos.
A equipa de Nando entrou melhor no jogo, mais dominadora e assumindo primeiro que o adversário que estava ali para jogar olhos nos olhos com os canarinhos.
Ainda não tinha acontecido nenhuma situação de perigo quando, aos 17 minutos, a defensiva do Desportivo de Alcains cometeu o primeiro erro que Caniço não desaproveitou. Este golo podia dar, a partir daqui, dois sentidos ao jogo. Ou o Unhais se acomodava encostado à vantagem e passava a jogar em contra-ataque, ou espevitava uma equipa do Alcains que quando o sofreu ainda praticamente não tinha entrado no jogo.
Mas nem deu tempo para que nada disto acontecesse. É que dois minutos depois, o último reduto da casa voltou a entrar em colapso, e desta vez foi Mica que aproveitou para atirar a contar. De uma situação de indefinição passou-se então para uma quase certeza, e isto logo aos 19 minutos. Atendendo ao que já tinha decorrido do jogo e ao resultado, o Unhais da Serra passava a ter todas as armas do seu lado para sair de Alcains com 3 importantes pontos, isto apesar de ainda estarmos a mais de 70 minutos do final.
Na defensiva do CDA notava-se a falta de Toni, um central possante e extremamente importante na manobra defensiva da equipa de João Daniel. Mas, por outro lado, os potenciais desequilibradores dos canarinhos, David André, Carlos Filipe ou mesmo Rui Paulo também estavam numa tarde perfeitamente desinspirada em que nada lhes saía como noutras ocasiões.
O intervalo também não foi bom conselheiro para os da casa. É certo que o Alcains na 2ª parte teve muito mais tempo de posse de bola que o adversário, mas as dificuldades mantinham-se no último terço do terreno. Claro que para isso também contribuiu a forma diferente do Unhais actuar. Nando preferiu, dado que o resultado já era uma almofada confortável, dar a iniciativa de jogo ao adversário e actuar numa espécie de contra-ataque que, apesar de tudo, também nunca saiu com muito propósito.
Estava mais que evidente que esta não era a tarde de um Alcains que, apesar de ter lutado muito, muito cedo foi obrigado a correr atrás de um resultado negativo. É daqueles jogos em que nada saía bem e que podiam estar lá o resto do dia que a bola nunca iria entrar na baliza de Paulo Valezim.
Mais proveitosa foi a táctica do técnico do Unhais. Nando, certamente, nunca lhe teria passado pela cabeça, a forma relativamente fácil como acaba por levar os três pontos do Trigueiros de Aragão.

A arbitragem- Num relvado muito difícil Bruno Nave nem sempre soube distinguir o que era intencional do que era provocado pelo terreno molhado, mas mesmo assim merece nota positiva porque não tem qualquer influência no resultado final.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “O Unhais da Serra foi melhor na 1ª parte, altura em que marcou os dois golos, e nós, nos segundos 45 minutos atacámos mas não conseguimos marcar. O árbitro não influenciou o resultado mas não fez um trabalho totalmente imparcial”.
Discurso directo- Nando, técnico do Unhais da Serra- “Foi na 1ª parte que o Unhais construiu a vitória. Nos primeiros 45 minutos jogámos o jogo pelo jogo e, na 2ª parte tivemos que nos adaptar a uma nova realidade, sabíamos que não podíamos arriscar tanto porque o Alcains é uma equipa muito perigosa mas nós conseguimos controlá-los. Ganhámos bem até porque o nosso adversário praticamente não teve uma oportunidade de golo. Não comento as arbitragens”.

CHICOTADA NO BENFICA CB À 7ª JORNADA


Jesus substitui Marques a pensar na subida

O Chicote bateu em Castelo Branco. Depois de uma derrota caseira com o Caranguejeira, e com apenas 7 pontos somados em outros tantos jogos, António Marques deixou o comando técnico dos encarnados sendo de imediato substituído por António Jesus, um homem que deixou boas recordações, por exemplo, e para referir apenas clubes da nossa região, no Sporting da Covilhã. O ex-guarda-redes internacional português do Vitória de Guimarães (7 internacionalizações todas em 1987), depois de há meia dúzia de anos ter deixado os serranos, passou pelo Sporting de Espinho, foi ainda adjunto de Manuel Machado nos vimaranenses e na última época subiu o Lusitânia dos Açores da 3ª para a 2ª divisão. No seu curriculum conta já com três subidas e, pela vontade que demonstra à chegada ao Benfica e Castelo Branco, quer ainda esta época chegar à 4ª ascensão da sua carreira e projectar o clube da capital da Beira Baixa para a 2ª Divisão Nacional. Tem a vantagem de conhecer metade do plantel que tem às suas ordens e será o tempo a dizer se ainda vem a tempo de conseguir uma aproximação ao topo da classificação de forma a disputar um dos dois primeiros postos que permitem a subida.

António Jesus, treinador do Benfica CB

“Vamos entrar na luta pela subida”

Tribuna Desportiva- O que é que lhe pediram para o resto do campeonato?
António Jesus- A única coisa que me pediram foi para alterar os resultados que têm acontecido. Sei que a equipa tem sido bastante infeliz, porque tem criado oportunidades para marcar, mas por isto ou por aquilo as bolas não entram. Conheço metade deste plantel, sei que são jogadores experientes e acredito que, apesar da desvantagem já ser um bocado alargada para os primeiros, e como estamos num campeonato cada vez mais equilibrado, acredito que a nossa tarefa vai ser muito difícil mas não é impossível porque ainda nem acabou o primeiro terço do campeonato. Tem tudo a ver com a atitude dos jogadores dentro do campo porque, mais que jogar bem nesta primeira fase, há que ser pragmático, vencer as partidas para subirmos na tabela e os índices de confiança aumentarem, porque depois é que podemos ombrear com as melhores equipas desta série.
TD- Isso quer dizer que pensa na subida de divisão…
AJ- Claro que penso. Pela tradição do clube temos que subir e sair deste sobe e desce constante que tem acompanhado esta equipa ultimamente. Mas o mais importante agora é trazer a equipa para lugares mais próximos dos lugares cimeiros, e depois de eu conhecer bem a minha equipa de certeza que vamos ficar num plano de igualdade com os mais favoritos a vencer esta zona.
TD- O que é que o seu antecessor lhe disse, para além da falta de sorte?
AJ- Disse-me algumas coisas que podem ser importantes no início, porque falou da qualidade do plantel, das opções que tinha, da forma como vinha a jogar, porque também não posso alterar tudo de um momento para o outro, e disse-me também para contar com uma série equilibrada, onde há equipas boas, falou-me no caso do Peniche. Neste início temos que fazer do espírito de cada jogo uma final onde os pontos serão importantes e decisivos se queremos pensar meter-nos na guerra pela subida.
TD- E é um regresso à Beira Baixa, só trocou o verde pelo vermelho…
AJ- É uma questão de cor. Mas são duas cores boas… O regresso é de grande satisfação porque já esteve para acontecer dois anos depois de sair da Covilhã e depois também esteve para acontecer na última descida do Alcains. Aconteceu agora e na sequência de um namoro que também já um bocado antigo. As primeiras mensagens e os primeiros telefonemas que tive foram de pessoas que me tentaram contactar há uns anos atrás para Castelo Branco e que agora ficaram contentes por cá estar. Agora à que dar início ao trabalho.

João Paulo Nunes, vice-presidente para o futebol do Benfica CB

“Uma chicotada para servir de abanão”

Tribuna Desportiva- Uma substituição de treinador à 7ª jornada, este era um problema que certamente não estava previsto…
João Paulo Nunes- Não, até porque o António Marques foi uma aposta minha, e é com muita pena que tivemos que chegar a esta solução. Fui abordado por várias pessoas da estrutura do clube no sentido de fazer uma mudança. Optámos por esta substituição que acabou por não ser um processo difícil. O professor não complicou a vida a ninguém, ele estava à 3 anos no clube e quer o melhor para o Benfica. Tivemos uma conversa entre dois amigos e resolvemos as coisas assim, para bem de todos.
TD- Além dos resultados o que é que correu mal com o António Marques?
JPN- Eu penso que, se calhar, foram mesmo só os resultados. Até hoje ainda não vi nenhuma equipa melhor que nós, vi foi equipas com mais atitude, mais garra, mas como se sabe os treinadores vivem dos resultados e esse foi o problema dele.
TD- Essa atitude e garra… é uma crítica para dentro do balneário?
JPN- Claramente. Não é nada que eu não tivesse já dito aos jogadores, em certos jogos eles não deram aquilo que poderiam dar.
TD- Isso também quer dizer que é mais fácil substituir um do que 23…
JPN- Não passa por aí. Isto é um abanão, mas não está fora de questão, se não houver outra atitude nos próximos tempos, resolvermos as coisas de outra forma e sermos mais duros.
TD- António Jesus foi a primeira escolha?
JPN- Foi das primeiras. Nós tínhamos um leque de treinadores, confrontámos as pessoas e acaba por ser porque não foi difícil chegarmos a um acordo com ele. Ele está dentro da realidade do futebol actual e em 20 minutos, via telefone, conseguimos chegar a um acordo. Vamos desejar-lhe boa sorte.
TD- O que é que lhe foi pedido?
JPN- Para fazer o melhor campeonato possível. Não vamos esconder que já estamos longe dos primeiros lugares, sabemos que não é impossível mas é difícil, mas vamos pensar jogo a jogo.
TD- O Leonido Afonso fica na equipa técnica?
JPN- A equipa técnica é constituída pelo António Jesus e pelo Leonido.
TD- Se não tem havido o aval dos sócios para a venda do terreno, António Jesus seria, da mesma forma, o treinador do Benfica?
JPN- Não tem nada uma coisa a ver com a outra. Eu, se calhar, há uma semana atrás, também entendia que certos nomes eram impensáveis para o Benfica e Castelo Branco, e agora mudei de opinião. O António Jesus não é um treinador caro para nós. Ele enquadrou-se nos números que nós tínhamos para uma possível aquisição de um treinador e fizemos o acordo.
TD- É um treinador mais caro que o professor Marques?
JPN- É um treinador ao nível do professor Marques.

António Marques, ex-treinador do Benfica CB

“Treinar atrás das balizas
limitou muito o meu trabalho”

Tribuna Desportiva- Este é um caso típico da corda partir pelo lado mais fraco?António Marques- Quero dizer que o acordo para a minha saída foi fácil, porque eu quero é o bem do clube, e inclusivamente já falei com a pessoa que me vai substituir porque já a conhecia, e desejo-lhe a maior sorte. Eu aceitei este desafio um pouco à força, porque foi um período um bocado complicado da minha vida em termos familiares, mas aceitei sempre com o objectivo de servir o Benfica e Castelo Branco. Penso que está aqui um grupo fantástico, com um bom balneário, e o que faltou, quanto a mim, foram os resultados. Nós fomos uma equipa que começou a jogar um bom futebol, que criava situações de finalização, que é o mais difícil no futebol, mas, pouco a pouco, os níveis exibicionais da equipa caíram. Eu reconheço isso! Agora vou fazer um grande interregno porque a minha vida familiar assim o exige e felizmente tenho outra vida à espera. Dou aulas de Educação Física, que é uma coisa que eu gosto muito, e o meu projecto agora não passa por treinar nenhuma equipa, mas sim dedicar o meu tempo à família. Voltando ao Benfica, eu tentei sempre fazer o melhor, mas o que fica para a história são os resultados, e esses não foram bons. Quero só acrescentar uma coisa que não serve de desculpa, porque eu acho que nós podemos enganar os outros mas não nos conseguimos enganar a nós próprios, mas não há equipa nenhuma que consiga desenvolver o seu modelo de jogo se treina constantemente atrás das balizas. Eu acho que isto foi um óbice muito grande em termos de motivação e em termos de evolução da nossa equipa. Eu quero dizer que, na semana que antecedeu o jogo com o Caranguejeira, treinámos uma vez no campo, e na anterior treinámos também só uma vez. Não houve uma semana que treinássemos 20 minutos no campo. Volto a dizer que isto não serve de desculpa mas… a verdade é que a performance da equipa, quer em termos técnicos, tácticos ou de motivação, fica muito diminuída. Eu acho que isso é uma situação que o Benfica tem que rever. Nós, nos quatro treinos semanais, 3 eram atrás das balizas… isso é um inventar constante! Eu quero dizer que isto era um desenrascar constante! Quase todas as vezes eu vinha com uma unidade de treino preparada para o campo, e tinha que inventar um treino atrás da baliza. Para se tocar piano não se pode andar a correr à volta do piano! Mas eu assumo claramente que o Benfica e Castelo Branco devia estar noutra classificação face ao valor do plantel.

AD ALBICASTRENSE- 31 ACADÉMICO DO PORTO- 30


Não mataram e quase morriam…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Ricardo Freitas e Conceição Rufino (Santarém)
AD Albicastrense- Pedro Mendes e Ricardo Sousa, Martin Gomes, Luís Gama (7), Luís Robalo (1), Daniel Pereira, João Fialho (9), Bruno Roberto (1), Filipe Pereira (3), Maximiano Ribeiro (2), Pedro Sanches (4), João Romão e Carlos Gomes (4)
Treinador- José Curto
Académico- Filipe Melo, Pedro Teixeira (3), Nuno Trigo, João Teixeira, Pedro Carvalho (3), Alexandre Monteiro (7), Nuno Tavares (3), Fernando Sousa, Nuno Fernandes, Rui Costa, Marco Pinheiro (7), André Lopes, Ravy Cuino (2) e Daniel Batista (5)
Treinador- Pedro Cruz
Marcador ao intervalo- 15-11

Mais uma vitória arrancada a ferros! Com um início muito prometedor, em que rapidamente chegou ao 5-0 e só permitiu o primeiro golo dos academistas ao minuto seis, a Associação Desportiva Albicastrense acabou por sentir dificuldades algo inesperadas na segunda parte frente a um adversário muito jovem e que conseguiu manter um ritmo forte e constante ao longo dos 60 minutos. E terá sido esse mesmo o problema da equipa de José Curto. As facilidades que encontraram no início e um adversário algo apático empurraram a ADA para uma primeira parte muito bem conseguida em que a velocidade e o contra-ataque funcionaram quase sempre bem, permitindo chegar ao descanso com uma confortável vantagem de 4 golos no marcador.
Os problemas chegaram depois. É que os azuis, equipa formada com base em jogadores experientes mas não tão jovens como o seu adversário, não aguentaram o ritmo dos nortenhos e os primeiros problemas chegaram ainda antes do meio da segunda parte quando de um resultado de 21-18 a Albicastrense deixou-se surpreender e, em escassos 7 minutos, viu os da invicta já na frente do marcador por 24-21. O que estava a parecer fácil nos primeiros 30 minutos, até porque a classificação dava a entender a superioridade da ADA, transformou-se na obrigação de encetar uma recuperação que voltasse a pôr a equipa no caminho da vitória.
A 8 minutos do final o Académico do Porto comandava o placard ainda de forma mais tranquila. O 24-28 não deixava grandes perspectivas de sucesso, mas uma recta final jogada com muito querer, e contando com uma excelente exibição do guarda-redes Ricardo Sousa, permitiu aos da casa chegarem aos 30-29 a 2 minutos do fim e ao 31-30 a pouco mais de 20 segundos do último apito. O resultado final é um prémio para o espírito de sacrifício que os albicastrenses demonstraram, mas também é a prova que esta equipa não pode queimar todas as forças nos primeiros 30 minutos, sob pena de se repetirem situações destas. Os azuis, com o plantel de que dispõem, têm que gerir o físico para que as pilhas possam durar a hora de jogo.Bom trabalho da dupla de arbitragem que viajou de Santarém.

DESPORTIVO CB- 2 ESTRELA DA AMADORA- 3


Estrela passa à tangente em Castelo Branco

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Ricardo Martinho, auxiliado por Paulo Marques e Jorge Nunes (Leiria)
Desportivo CB- Tiago Tavares, João Ricardo, Jorge Cruchinho, Fábio Riscado, Ricardo Lourenço, João Machado, Diogo Fonseca, Bernardo, João Latado, Francisco e João Batista
Treinador- João Paulo Natário
Estrela da Amadora- Nuno Ferreira, Simão Romão, João Videira, Mário Veloso, Adi Wood, João Ferreira, João Estalagem, Pedro Carvalho, Alfa Baldé, David Pinto e Valério Correia
Treinador- Rui Neves
Substituições- João Machado por Filipe Duarte aos 65; Valério Correia por Tiago Dores aos 50, Alfa Baldé por Rafael Ferreira aos 70 e João Estalagem por Samuel aos 70
Disciplina- Amarelos a João Ricardo aos 24, Fábio Riscado aos 30, João Machado aos 50 e Francisco aos 80; Adi Wood aos 43 e Tiago Dores aos 72
Marcadores- João Latado aos 17 e Fábio Riscado aos 77; João Estalagem aos 23, Adi Wood aos 58 e David Pinto aos 60

A equipa do Desportivo entrou melhor no jogo e conseguiu inaugurar o marcador por João Latado quando estavam decorridos 17 minutos. Depois disso, o Estrela equilibrou o jogo a meio campo, demonstrando uma boa preparação física, causando grandes dificuldades à defesa do Desportivo, mas curiosamente só numa jogada de contra ataque conseguiu empatar o jogo por intermédio de João Estalagem.
Na 2ª parte os amadorenses tiveram a sorte do seu lado, já que João Batista teve nos pés o 2º golo que acabou por ser negado pelo guarda-redes do Estrela. Os visitantes acabariam por chegar à vantagem por intermédio de Adi Wood, tendo marcado 2 minutos o 3º golo, na transformação de um livre directo à entrada da área por intermédio de David Pinto.
O Desportivo não se deu por vencido e continuou a lutar conseguindo ainda reduzir a 3 minutos do fim por intermédio de Fábio Riscado.
Mais uma vez ficou demonstrado que esta equipa tem capacidades e armas para lutar pela manutenção no Campeonato Nacional, pois em cada jogo que passa demonstra melhor entrosamento e capacidades dentro de campo, assimilando o excelente trabalho dos seus treinadores João Natário e do seu adjunto Tiago. Estes jovens têm valor, é só esperar por melhores dias virão e as vitórias voltarão a aparecer.
O árbitro não teve influência no resultado, realizando um trabalho aceitável.
Discurso directo- João Natário, técnico do Desportivo CB- “Foi um bom jogo dos meus jogadores mas esta foi uma derrota injusta, apesar de que o Estrela teve muito mérito na forma como fez os golos. Continuamos a acreditar que é possível a manutenção nos Nacionais”.