segunda-feira, dezembro 12, 2005

ESCALOS DE BAIXO- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 10


Um forte vendaval que veio da Serra do Moradal

Campo Neves Lopes, Escalos de Baixo
Árbitro- João Martinho (4), auxiliado por Carlos Santos e Cláudio Santos
Escalos de Baixo- Bruno (1), João Nuno (2), Norberto (1), Cláudio Fazenda (2), Nelo (2), Luís Oliveira (2), João Camilo (2), Roberto (1), Miguel (2), Paulo Rodrigues (2) e Barata (1)
Treinador- João Andrade
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Tiago Mota (3), Spranger (4), Tabarra (3), Tomás (2), David (4), Edmilson (3), Samuel (3), Paulo Rato (3), Valadas (5) e Aíldo (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Norberto por Santos (2) aos 33, Roberto por Vítor Hugo (1) aos 33 e Barata por Fábio (2) aos 54; Tomás por Joel (3) aos 45, Edmilson por Ivo Fazenda (3) aos 45 e Tabarra por Paulinho (4) aos 56
Disciplina- Amarelo a Cláudio Fazenda aos 40
Marcadores- David aos 8 e 90, Tabarra aos 27, Valadas aos 40, 48, 64 e 81, Paulinho aos 60 e 76 e Joel aos 88

A figura do jogo- Valadas (Águias do Moradal)- Quem marca quatro golos merece sempre destaque, mas Valadas não tem nota máxima e destaque de figura do jogo só pelos golos que marcou. É também pelas suas qualidades técnicas que possui que lhe permitiram marcar pelo menos um grande golo e porque, apesar de ser um finalizador nato, também sabe jogar para a equipa.

O Escalos de Baixo- Não teve força para suportar a fúria do Águias. Desde princípio que se mostrou muito frágil em todos os sectores, mas foi a defesa que deu mais nas vistas pela negativa pelo número de golos sofridos. Nunca conseguiu sair para o ataque porque o adversário se mostrou muito forte. É uma equipa recheada de juventude que já está a preparar a próxima época, tal como revelou João Andrade.

O Águias do Moradal- Marcou 10 e ainda teve oportunidades para conseguir mais. A sua defesa e guarda-redes apenas lá estiveram para recolher algumas bolas porque o meio campo e ataque estiveram mortíferos. O meio campo a recuperar bolas logo que o adversário tentava sair e a lançar os jogadores da frente e os avançados a criar inúmeras oportunidades de golo e a marcar 10 golos.

Não é nada fácil escrever sobre um jogo em que o desequilíbrio foi sempre a tónica dominante e onde os números finais não deixam grande margem para outras análises que não seja o próprio resultado.
A equipa do Águias do Moradal desde início que conseguiu impor o seu futebol e nem sentiu muitas dificuldades para isso, principalmente porque o Escalos de Baixo pareceu entrar em campo a temer muito o adversário e as coisas começaram por lhe correr mal logo desde o apito inicial do árbitro.
Ainda antes de ter surgido o primeiro golo apontado por David aos 8 minutos, já Tabarra tinha feito o primeiro aviso enviando a bola a rasar o poste na sequência de um remate cruzado que partiu da direita.
Aberto o activo, poderíamos pensar que aparecesse então uma reacção da equipa da casa, mas não… E não porque houve um misto de uns quererem e não conseguirem mas também porque o Águias do Moradal não baixou o ritmo, jogando sempre da mesma forma e mantendo sempre o adversário fechado dentro do seu meio campo, ou até em volta da sua área. Foi com naturalidade que chegou o 2-0 aos 27 minutos, apontado por Tabarra, e o 3-0 aos 40 minutos quando Valadas abriu a sua conta pessoal.
Na segunda parte as dificuldades provocadas pelo cansaço acumulado dos jogadores da casa acabaram por permitir que o resultado fosse tomando contornos de goleada até chegarmos a números que já não se usam. Apesar de tudo há que dar o mérito aos jovens jogadores dos Escalos de Baixo, porque mesmo percebendo desde muito cedo que não teriam qualquer hipóteses de discutir o resultado nunca baixaram os braços e também jogaram sempre o que puderam e o que o adversário permitiu. Tal como referiu no final do jogo João Andrade, nos Escalos de Baixo já se trabalha a pensar na próxima época porque tanto directores, como jogadores como o próprio treinador, sabem perfeitamente das diferenças existentes entre a sua equipa e as outras, especialmente aquelas que estão na primeira metade da tabela, como foi o caso do adversário de domingo.
O Águias do Moradal teve também o mérito de conseguir, até esta jornada, a maior goleada da 1ª divisão distrital desta temporada. Jogou bem, sempre num ritmo elevado e pressionante e construiu um resultado inteiramente justo e que vem dar moral à equipa para o próximo ano, uma vez que o Águias do Moradal vai folgar no próximo domingo, só voltando a jogar no dia 8 de Janeiro do ano que se avizinha.

A arbitragem- João Martinho teve o mérito de não complicar aquilo que era fácil. Teve alguns pequenos erros de análise mas o maior erro do seu trio foi cometido pelo auxiliar do lado dos bancos de suplentes que não assinalou fora de jogo a Tabarra no lance do 2º golo do Águias.

Discurso directo- João Andrade, técnico do Escalos de Baixo- “Eu já estava precavido para esta situação, ainda por cima faltou-nos o Cunha que é um jogador importante no jogo aéreo. Nós temos os pés bem assentes no chão e sabemos que não temos equipa nem capacidade para estar numa 1ª divisão e jogar com equipas poderosas como o Estreito. Temos que dignificar o clube e levar isto até ao fim. Para estes miúdos este resultado até serve de exemplo para verem a forma como devem encarar os jogos. As goleadas também servem para aprendermos. O árbitro fez um excelente trabalho”.
Discurso directo- António Belo, técnico do Águias do Moradal- “As equipas não têm nada uma a ver com a outra. Uma está em processo de formação, outra possui bons valores e jogadores de grande nível. 10-0 são sempre 10-0, acho que jogámos bem, criámos muitas situações de golo e foram 10 mas podiam ter sido mais. Justificámos plenamente o resultado. O árbitro cometeu um erro ou dois mas fez uma excelente arbitragem”.

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