segunda-feira, dezembro 19, 2005

AD FUNDÃO- 2 SERTANENSE- 1


A diferença esteve nos números

Estádio Municipal do Fundão
Árbitro- Luís Brás, auxiliado por Marco Pinto e André Silva (Guarda)
AD Fundão- Nuno Morais (4), André Cunha (3), Rui Reis (3), Pedro Ferreira (3), Óscar Menino (3), Ricardo Morais (3), Luciano (3), Ricardo Ramos (3), Bruno Nogueira (4), Carlos Miguel (3) e Kalló (4)
Treinador- Joca
Sertanense- Jorge )3), Ruben (3), Marco Chaves (3), Salgueiro (3), Paulo Vaz (3), Tita (3), Pira (3), Sarmento (3), Marquitos (4), Manoel (4) e Giuliano (4)
Treinador- Valter Costa
Substituições- Ricardo Morais por Vaz Alves (2) aos 75, Óscar Menino por Nuno Batista (2) e Kalló por Luís Pedro (-)
Disciplina- Amarelos a Kalló aos 55, Rui Reis aos 68, Carlos Miguel aos 71, Óscar Menino aos 77 e Luciano aos 81; Paulo Vaz aos 13, Tita aos 44, Ruben aos 54, Marquitos aos 60 e Marco Chaves aos 67
Marcadores- Kalló no 1º minuto e aos 41; Marquitos aos 72

A figura do jogo- Nuno Morais (AD Fundão) – Esteve sempre muito atento e foi enorme a defesa que fez já na recta final. O remate de Giuliano levava fogo mas Nuno Morais teve uns reflexos fantásticos para se conseguir estirar até ao poste esquerdo e evitar um golo certo. Decisivo na vitória da sua equipa.

A AD Fundão- Não fez um grande jogo mas acabou por conseguir o mais importante: os 3 pontos. Entrou praticamente a ganhar e isso serviu-lhe de almofada para o resto do jogo. Marcou em alturas oportunas e depois defendeu com unhas e dentes a vantagem. Saiu-lhe o brinde do bolo-rei.

O Sertanense- Merecia mais. Depois de uma primeira parte de maior domínio da equipa da casa em que sofreu dois golos, dominou na íntegra os segundos 45 minutos mas só conseguiu marcar um golo. Saiu-lhe a fava…

Desportiva do Fundão e Sertanense disputaram no último domingo um derby distrital que, apesar de nem sempre ter sido bem jogado, foi emotivo e com resultado imprevisível até ao último instante.
Apesar dos da casa inaugurarem o marcador na primeira vez que chegaram perto da baliza adversária, esse golo não condicionou os restantes 89 minutos, porque o Fundão não abdicou nunca de atacar, ou de contra-atacar, conforme as circunstâncias, e porque o Sertanense não sentiu o golo de Kalló, porque os jogadores sabiam que ainda havia muito tempo para recuperar deste percalço inicial.
E durante os primeiros 20 minutos foi mesmo a Desportiva que dominou e controlou o jogo, justificando nesse período o golo madrugador. Nessa fase a defesa do Sertanense sentiu muitos problemas para bloquear o ataque adversário, isto porque principalmente Bruno Nogueira e Kalló eram uma autêntica tormenta para Salgueiro e companhia. Os sertaginenses, a actuarem com uma defesa em linha, arriscavam bastante porque do outro lado estavam jogadores que fazem da velocidade a sua arma, e em três ocasiões que a linha falhou o Fundão levou perigo até às redes de Jorge.
Passados esses 20 minutos a toada de equilíbrio instalou-se e antes de novo golo de Kalló apenas se registaram dois lances de perigo em que o Sertanense esteve muito perto do empate. Até que aos 41 minutos, aí sim, veio o balde água fria para o Sertanense provocado pelo desacerto do seu último reduto. Bruno Nogueira remata forte depois de um excelente trabalho pelo lado esquerdo, Jorge defende para a frente e Kalló foi ágil a passar pelo meio de Marco Chaves e Salgueiro para chegar ao 2-0.
A vantagem por duas bolas da Desportiva ao intervalo era um prémio para a eficácia, especialmente de Kalló.
Na segunda metade os princípios de jogo alteraram-se profundamente. O Sertanense surgiu com muita vontade de dominar para anular a desvantagem o que obrigou o Fundão a um posicionamento mais defensivo, mas sem nunca descurar as rápidas saídas para o ataque, até porque tem jogadores fortíssimos nesse capítulo.
Só que o maior domínio dos visitantes esbarrava sempre no acerto defensivo da equipa de Joca. Aliás, o Sertanense viria a marcar num dos poucos lances em que a defesa da casa falhou. Ruben executa um lançamento lateral, Giuliano penteia para trás e Marquitos remata sem hipóteses para Nuno Morais.
O mesmo Nuno Morais viria a presentear os presentes com uma defesa simplesmente soberba. É daquelas que vale tanto como um golo marcado. Giuliano remata fortíssimo e Nuno Morais, com um voo fantástico segurou os três pontos.
Pelo domínio repartido, e até pelas ocasiões criadas pelos dois conjuntos, o empate era o resultado mais certo mas o que conta é o número de vezes que cada equipa consegue introduzir a bola dentro das redes adversárias. Nesse aspecto esteve melhor o Fundão.

A arbitragem- Este trio da Guarda, que já tínhamos visto esta temporada, assinou um trabalho seguro e positivo. Apenas dois reparos: Ruben poderia ter visto o segundo amarelo quando se desentendeu com Carlos Miguel e no último minuto vimos uma camisola do Sertanense a ser puxada dentro da área do Fundão. Daqueles lances que acontecem muito ao longo dos 90 minutos e que os árbitros raramente punem.

Discurso directo- Joca, técnico da AD Fundão- “O nosso objectivo era a conquista dos 3 pontos e estamos felizes por tê-los conseguido contra um adversário muito forte. Esta vitória é toda mérito dos jogadores que estão de parabéns. O Sertanense na segunda parte arriscou tudo e obrigou-nos a recuar. Quando recuámos é porque o adversário nos obrigou a isso. Penso que pela 1ª parte que fizemos o resultado é inteiramente justo. O árbitro não teve qualquer influência no resultado”.
Discurso directo- Ruben, jogador do Sertanense- “O resultado é injusto porque nós fomos a melhor equipa no terreno. A 1ª parte não foi muito conseguida, também porque não estamos habituados a jogar em sintéticos. Nós tivemos 3 ou 4 oportunidades de golo mesmo no final mas não conseguimos concretizar. A arbitragem foi tendenciosa mas nós não nos podemos desculpar com as arbitragens”.

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