segunda-feira, setembro 26, 2005

ESCALOS DE BAIXO-0 PROENÇA-A-NOVA-4


Proença-a-Nova aproveita bem
fragilidades do Escalos de Baixo


Campo Neves Lopes, Escalos de Baixo
Árbitro- Mário Rui (4), auxiliado por Sérgio Correia e Gonçalo Carreira
Escalos de Baixo- David (2), Cláudio (2), Luís Gabriel (2), Cunha (2), Jaime (2), Gameiro (2), João Camilo (2), Paulo Rodrigues (2), Roberto (2), Josué (2) e Magana (2)
Treinador- Manaca
Proença-a-Nova- Almeida (3), Filipe (3), Bernardo (3), José Fernando (3), Marco (3), Hélder (3), Carlitos (3), Bruno (3), Renato (3), Bruno Ribeiro (3) e Pedro França (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Magana por Barata (1) aos 45, João Camilo por Fábio (1) aos 63 e Gameiro por Tó Marito (-) aos 73; Carlitos por Tiago Marques (2) aos 54, Filipe por Hugo Dias (2) aos 63 e Pedro França por Pequito (1) aos 79
Disciplina- Amarelo a Renato aos 38
Marcadores- Hélder aos 26, Carlitos aos 45, Bruno aos 62 e Renato aos 63

A figura do jogo- Renato (Proença-a-Nova)- Um batalhador do meio campo para a frente que dá muito trabalho à defesa adversária. Viu a sua boa exibição coroada com o golo mais bonito do jogo.

O Escalos de Baixo- É uma equipa totalmente remodelada que mostrou muita falta de experiência e fragilidades que foram bem exploradas pelo adversário. Manaca sabe que vai ter uma tarefa complicada porque é difícil dar experiência a muitos jovens em plena competição.

O Proença-a-Nova- Manteve a estrutura da última temporada e ganhou no regresso ao convívio dos grandes do distrito, e logo fora de casa. Tem uma defesa muito bem comandada por Bernardo e José Fernando, um meio campo trabalhador e que serve muito bem o ataque, e um trio ofensivo que, com a mira afinada, é difícil de parar. Uma equipa para ter em atenção.

No Neves Lopes encontravam-se duas equipas com opções bem distintas para a nova temporada e com percursos diferentes na última época. O Escalos de Baixo manteve-se no escalão maior do futebol distrital e parte para 2005-06 com um plantel totalmente renovado, a começar logo por Manaca que substituiu no comando técnico da equipa Paulo Macedo. Do outro lado apresentava-se um Proença-a-Nova campeão distrital da 2ª Divisão e com a estrutura base do ano transacto.
E neste embate que começou muito equilibrado e sem grandes oportunidades de golo, foi o Proença-a-Nova que chegou ao golo ainda antes da meia hora de jogo. Hélder, com um centro-remate, só ele pode esclarecer se tentou o cruzamento para a área ou se quis mesmo surpreender David, conseguiu introduzir a bola no canto superior direito da baliza adversária, depois de fazer com que a redondinha sobrevoasse toda a área contrária, guarda-redes incluído. Com ou sem intenção, fica o registo para um golo bonito.
Depois de se encontrar a perder, o Escalos de Baixo passou a ter mais tempo de posse de bola e conseguiu então chegar com maior frequência junto da baliza adversária, mas sem nunca criar perigo de maior que pudesse pôr em causa as redes de Almeida. Como quem não marca acaba normalmente sempre por sofrer, o Escalos viria ainda a ser batido no último minuto da 1ª parte. Carlitos fez todo o meio campo adversário pelo seu corredor e, depois de flectir para o interior do campo, acabou por rematar forte e rasteiro sem hipóteses para David. Se o guarda-redes escalense pode ter tido alguma culpa no 1º golo, aqui a responsabilidade maior vai para o marcador directo de Carlitos.
Com 2-0 ao intervalo cabia agora ao Escalos chamar a si o comando do jogo para tentar evitar uma derrota na estreia. Só que Manaca não tem muitas opções válidas, e conta também com uma equipa muito jovem que está a ganhar experiência em plena competição. O Proença utilizou a táctica perfeita para segurar os 3 pontos e até conseguiu aumentar o número de golos. Os ataques rápidos da equipa do Pinhal sucediam-se e as oportunidades também, e por isso foi até com alguma naturalidade que Bruno aos 62 minutos e Renato um minuto depois fizeram também o gosto ao pé. No golo de Renato destaque para o pormenor técnico no chapéu ao guarda-redes David. Um golo bonito em qualquer estádio onde ele aconteça.
Até final, e com tudo decidido, assistimos a mais de 25 minutos de futebol enfadonho, só quebrado pelas duas ou três oportunidades ainda desperdiçadas pelo conjunto de José Esteves.
Uma vitória justa da melhor equipa, com números a condizer e a espelharem as diferenças entre estas duas equipas.

A arbitragem- Mário Rui entrou com o pé, ou apito, direito na nova temporada. Não complicou, marcou o que havia para marcar e, se fosse agora, provavelmente nem mostraria o único amarelo exibido, tal a correcção das duas equipas. Apenas alguns erros de pormenor no juízo de faltas a meio campo e uma ou outra descoordenação com os seus assistentes.

Discurso directo- Manaca, técnico do Escalos de Baixo- “Uma derrota que não era esperada e que se ficou a dever à falta de experiência. A primeira parte foi equilibrada, depois na segunda parte podíamos ter feito o 2-1, falhámos, e acabámos por sofrer dois golos muito consentidos. Estes jogadores estão no começo e vão ganhando experiência jogo a jogo. Quanto ao árbitro, no 1º golo o jogador do Proença leva a bola com o braço e na segunda parte há um golo que nasce de uma falta que foi marcada com a bola em movimento, de resto nada a apontar”.

Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “É sempre bom ganhar e quando é fora de casa, melhor ainda. Não foi um grande jogo de futebol, porque as condições do terreno e o vento não permitiram melhor. Os objectivos foram cumpridos e agora vamos pensar já no jogo de domingo. O árbitro não teve influência no resultado”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Está de acordo com o que se passou