segunda-feira, agosto 27, 2007

BENFICA CB- 1 CALDAS- 1


Arranque aos solavancos…

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Rogério Ribeiro, auxiliado por Pedro Gorjão e João Pereira (Santarém)
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Gil (3), Tarzan (4), Nuno Marques (3), Daniel Fernandes (2), Miguel Vaz (3), Ricardo Viola (3), Trindade (3), Ricardo António (3), Célio (3) e João Peixe (2)
Treinador- António Jesus
Caldas- Hugo Pinheiro, Miguel Piedade, Marco Pidocha, Miguel Guerra, Armando, Cláudio Miglieti, Rodilson, Filipe Correia, Ismael, Vasco e Guilherme
Treinador- João Sousa
Substituições- Daniel Fernandes por Tiago Marques (1) aos 64, Ricardo Viola por Cristophe (2) aos 64 e Nuno Marques por Milton (2) aos 76; Armando por Fábio Sabino aos 16, Rodilson por Miguel Andrade aos 45 e Marco Pidocha por Bruno Francisco aos 58
Disciplina- Amarelos a Trindade aos 63; Filipe Correia aos 75, Bruno Francisco aos 81, Cláudio Miglieti aos 86 e Hugo Pinheiro aos 90+1
Marcadores- Célio aos 25; Ismael aos 63

A figura do jogo- Tarzan – A exibição da equipa não foi nada de deslumbrar, longe disso, mas destacamos Tarzan pelo inconformismo e pelas vezes que subiu no corredor direito, particularmente na 2ª parte.

O Benfica CB- Depois de uma pré-temporada em que conseguiu aliar as boas exibições aos bons resultados esperava-se mais da equipa de Jesus na estreia do campeonato. Como o próprio mister disse no final “é sina minha começar com empates no Benfica CB”. Esperamos que venham melhores dias, porque a equipa tem valor para mais.

Com um onze inicial em que apareciam cinco reforços, três do Idanhense, Gil, Nuno Marques e Daniel Fernandes, um da AD Fundão, Tarzan, e outro do Marítimo da Graciosa, Célio, o Benfica e Castelo Branco estreou-se em jogos oficiais com um empate frente a um Caldas que pouco mostrou nesta jornada inaugural.
Sem mudar em nada o sistema de jogo da última temporada, António Jesus fez apenas pequenas alterações para colmatar as saídas que aconteceram, sendo Célio o jogador que joga atrás dos 3 homens mais ofensivos. A jogar nas costas de João Peixe, o jovem que veio da Madeira, tinha Ricardo Viola à esquerda e Daniel Fernandes do lado oposto. O futebol ainda não era desbobinado no ritmo pretendido, mas notava-se o entendimento entre os jogadores mais ofensivos, principalmente a constante procura por colocar bolas na cabeça de João Peixe, jogador que ainda não está no nível desejado.
Do meio campo para trás, o Caldas nunca deu muito trabalho, e o quarteto defensivo não foi testado a 100%, uma vez que o Caldas revelava algumas dificuldades em ultrapassar a linha divisória com a bola jogável.
Os encarnados tinham sempre uma segunda alternativa quando não conseguiam chegar com cruzamentos saídos dos flancos, e aí a opção foi sempre os remates de meia distância, para tentar surpreender um Hugo Pinheiro que tinha sempre muita gente na sua frente. E foi assim que o Benfica chegou à vantagem. Um remate de Célio à entrada da grande área acabou por desviar num caldense e anixar-se no fundo das redes. Era um golo que os albicastrenses já tinham feito por merecer.
Até ao intervalo o visual do jogo não mudou e por isso o marcador não sofreu mais alterações. No descanso João Sousa, que já tinha sido obrigado a substituir o capitão Armando logo aos 13 minutos, lançou Miguel Andrade e com poucos minutos jogados na 2ª metade fez entrar Bruno Francisco. O Caldas mudou para melhor e foi gradualmente aproveitando a acomodação do Benfica ao resultado para pegar no meio campo e começar a chegar com mais frequência junto da baliza de Hélder Cruz. Até que aos 63 minutos Trindade envolveu-se dentro da grande área com o adversário levando o árbitro a considerar falta para castigo máximo. Do local onde de nos encontrávamos, junto da grande área do lado oposto, vimos a mão do veterano jogador do Benfica na camisola do adversário. Fica a dúvida se houve ou não puxão para fazer cair o atacante caldense. O árbitro, que não estava longe do local, apitou de imediato a marca de penalty e os protestos encarnados também foram muito ténues…
Daí para a frente fica apenas o registo de um excelente pontapé de Fábio Sabino à trave/poste da baliza de Hélder Cruz, e para a muita vontade que o Benfica mostrou em voltar a chegar à vantagem.
Não o conseguiu e, pelo que se viu ao longo dos 90 minutos, o empate é o resultado mais justo para um jogo que ainda teve muitos ingredientes de início de temporada.

A arbitragem- É certo que não mostrou grande qualidade, mas também não foi por ele que aconteceu o resultado final. No lance da grande penalidade que deu o empate, Trindade meteu a mão na camisola do adversário. Para se salvaguardar, seria mais prudente não o ter feito. Assim, fica a eterna dúvida se houve ou não intensidade para fazer cair o adversário. No mais, o escalabitano esteve em plano aceitável.

Discurso directo- António Jesus, treinador do Benfica CB- “Foi um jogo típico de início de época em que as equipas jogaram um futebol muito directo, muitas vezes de guarda-redes para guarda-redes, e isso prejudicou especialmente a nossa equipa que gosta de jogar de pé para pé. No que toca à arbitragem penso que houve muito barulho mas que o árbitro, nos lances mais polémicos, decidiu bem. O resultado final acaba por ser justíssimo”.

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