Senegaleses resolvem
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Nuno Silva e Sérgio Paiva
CD Alcains- Rui Ferreira (3), Tiago Paulo (3), Diálló (3), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Aíldo (3), Bruno Vieira (3), Ricardo Costa (4), Manoel (3) e Khonné (4)
Treinador- Hugo Andriaça
Águias do Moradal- Manuel Silva (3), Oliveira (3), Gil (3), Marco (3), Zé Tó (2), Esteves (3), David (2), Prata (2), Edmilson (3), Pira (2) e Valadas (1)
Treinador- António Belo
Substituições- Aíldo por Ivo (2) aos 67, Khonné por Miguel (1) aos 76 e Tiago Paulo por Constantino (-) aos 87; Valadas por Zé Luís (3) aos 25, Zé Tó por Fabiano Costa (1) aos 58 e David por Rui Paulo (2) aos 61
Disciplina- Amarelos a Manoel aos 5, Tiago Paulo aos 36, Khonné aos 55, Carvalheiro aos 66, Ricardo Costa aos 87 e Bruno Vieira aos 89; Marco aos 12, Zé Luís aos 28, Edmilson aos 38 e Prata aos 66
Marcadores- Khonné no 1º minuto e aos 35 e Diálló aos 48; Zé Luís aos 84
É que este golo pode de alguma forma ter aliviado qualquer espécie de pressão que os jogadores do Alcains pudessem sentir, já que vinham de uma derrota em Valverde, e por outro lado obrigou António Belo logo de imediato a pensar numa estratégia alternativa já que, ao contrário do que esperava, entrava no jogo já a perder.
Mas o jogo nunca teve uma fase que se pudesse chamar de boa, isto em termos de espectáculo, porque em luta, essa nunca faltou. Os jogadores lutaram sempre muito pela posse de bola, pela supremacia no meio campo, mas os do Estreito nunca conseguiram acertar com as marcações, dando sempre muita liberdade aos mais criativos da casa, e em termos de ataque, durante os primeiros 45 minutos, o melhor que o Estreito conseguiu foi aos 18 minutos isolar Esteves, que não fez melhor do que atirar ao lado do poste esquerdo da baliza de Rui Ferreira. Do outro lado, e fruto de uma maior e melhor posse de bola, o Alcains esteve sempre mais perto da baliza de Manuel Silva, mas mesmo assim só em duas ocasiões cheirou o golo. Aos 29 minutos o senegalês Khonné atirou à malha lateral, depois de um canto levantado do lado direito, e 6 minutos depois marcou mesmo, depois de um lance de génio de Ricardo Costa que, utilizando a velocidade e a técnica, ultrapassou toda a defensiva do Águias, colocando depois a bola na cabeça de Khonné que se limitou a empurrar.
No intervalo António Belo repensou a estratégia para tentar dar a volta a um jogo que, se levasse o mesmo rumo, estava perdido, e optou pelo risco de jogar apenas com três unidades no seu sector mais recuado. Mas ainda no período de adaptação a este novo esquema, o central senegalês Diálló aproveitou para criar o desequilíbrio pelo lado esquerdo e, depois de se isolar, bateu Manuel Silva pela terceira vez e acabou com o jogo.
A partir daqui o que se viu foi um Águias com muita vontade, com mais posse de bola, mais tempo dentro do meio campo contrário, e um Alcains a aceitar esses pressupostos, apostando tudo na segurança defensiva e em tentar explorar rápidos lances de contra-ataque.
Deste novo cenário apenas resultou o merecido tento de honra do Águias do Moradal, obtido por Zé Luís na sequência de um livre directo, e alguns lances de contra-ataque canarinhos em que, por vezes, foi o egoísmo de quem queria marcar a que preço fosse, que impediu mais um ou outro golo.
A arbitragem- A nota 4 num jogo que não foi nada fácil de dirigir é sinónimo de um bom trabalho. Sem lances difíceis de ajuizar acabou por ser obrigado, pelas duas equipas, a apitar muito e a mostrar 10 cartões amarelos.