segunda-feira, abril 24, 2006

ENTREVISTA A ALEXANDRE PEREIRA, AGENTE FIFA


“Uma boa gestão não se faz só com milhões”

Alexandre Pereira é o homem de quem se fala. Ele é o mentor do projecto empresarial e financeiro que está por trás do Benfica e Castelo Branco. Talvez não seja muito conhecido do comum espectador do mundo do futebol, por ser jovem, mas o projecto que vai implementar no clube albicastrense já está em curso no Odivelas, no Desportivo de Chaves e no Pontevedra, de Espanha.
Representa jogadores como os senegaleses Sougou, do Vitória de Setúbal, ou Keita, do Rio Ave, isto para além de Andy, do Benfica e Castelo Branco. Este projecto que agora dá os primeiros passos, para além do encadeamento empresarial que pode levar à criação de uma holding, no plano desportivo visa colocar o emblema da Beira Baixa na elite do futebol nacional dentro de 3, 4 anos. O objectivo é a I ou II Liga.

“O futebol já não vive de amadorismos”

Tribuna Desportiva- O que é que os sócios e adeptos do Benfica e Castelo Branco podem esperar deste projecto?
Alexandre Pereira- Podem esperar uma mudança, que é uma mudança real no mundo do futebol. Penso que todos estão de acordo que o futebol já não vive de amadorismo, temos que profissionalizar cada vez mais a colectividade, e eu, sendo também um antigo atleta profissional de futebol, e tendo em conta a realidade, vejo que tem que se mudar, criando novas sinergias económicas que serão fundos essenciais para a manutenção de um clube, porque queremos um bom futuro para o Benfica e Castelo Branco.
TD- Porquê o Benfica e Castelo Branco?
AP- Podiam ser outros clubes. Ainda no último fim-de-semana apareceu um clube, que sabia destes planos, e propôs-nos para assumirmos este projecto nesse clube. Eu simpatizei com uma pessoa que compreendeu a minha situação por causa de um jogador que eu represento e que está no Benfica e Castelo Branco, que é o Andy, infelizmente ele não está a jogar na sua posição e daí não ter trazido muita coisa ao clube, mas acho que ele é um excelente jogador, mas tem que ser bem aproveitado. Estou a falar do sr. José Manuel. Simpatizei bastante com ele, foi a primeira pessoa a quem falei do projecto, ele propôs-me outro nome para encabeçar a lista, só que essa pessoa também não aceitou e eu tive que lutar com as armas que tenho. O projecto é encabeçado pelo sr. Luiz Meira, que é uma pessoa da minha confiança, mas conseguimos também trazer muita gente de Castelo Branco para esta direcção, e vamos continuar a tentar trazer mais pessoas para o projecto.
TD- Como é que entende alguma desconfiança que foi levantada pelos sócios em relação a este projecto?
AP- Comparar-me a pessoas que têm milhões… eu sou uma pessoa mais humilde. Não tenho milhões, nem ganho milhões neste momento. Tenho um projecto que está escrito e que quer crescer aqui. Quando as pessoas me comparam a um José Veiga não podem esquecer que ele deu um campeonato ao Benfica e que tem que se louvar o seu trabalho. Quando me comparam a um Belmiro de Azevedo acho que ainda é mais positivo, porque é o maior gestor que temos em Portugal.

“Hoje são necessárias pessoas ambiciosas”

TD- Em termos desportivos é um projecto muito ambicioso. Levar o clube à elite nacional em quatro anos é possível?
AP- Eu comparo um pouco ao sr. Luís Filipe Vieira. Todos dizem que ele tem projectos ambiciosos para o Benfica, mas acho que hoje são necessárias pessoas ambiciosas. Isto não quer dizer que eu caí aqui de pára-quedas porque sou mais ambicioso que os albicastrenses. Eu quero demonstrar às pessoas que estou aqui para trabalhar e para os ajudar, e levar este projecto o mais longe possível. Claro que por trás disto está a minha empresa, a Lusoplayers, mas nós temos que conciliar os dois pólos: O Benfica e Castelo Branco e a Lusoplayers. Hoje em dia temos que nos abrir a quem nos quer ajudar.
TD- Como é que vai ser a estrutura do clube? Dirigentes a tempo inteiro?
AP- Numa primeira fase não temos ninguém a tempo inteiro porque isso era impensável. Temos pessoas que estão disponíveis a ajudar a tempo inteiro, mas se me perguntar do que é que elas vão viver, eu respondo-lhe que a empresa tem isso tudo preparado, sem mexer em fundos do Benfica e Castelo Branco. Numa segunda fase, quando todas as empresas estiverem a funcionar, é possível criar uma holding integrada por todos os grupos. Mas isso depende se os sócios querem ou não continuar com este projecto.
TD- Financeiramente como é que vai suportar esta ambição?
AP- A vertente económica é a mais fácil. Hoje em dia os jogadores também têm que se mentalizar que os clubes não têm milhões, e eles querem sobressair. Um jovem que quer vir para o Benfica e Castelo Branco para lançar a sua carreira, para depois ir para outros níveis, é bem-vindo. Vamos jogar nesse sentido. Vamos buscar jogadores e treinadores ambiciosos para avançar com o projecto. Uma boa gestão não se faz só com milhões.
TD- Para esse projecto ter pernas para andar é indispensável que a equipa fique na 2ª divisão?
AP- É óbvio… Se pegarmos no clube numa 2ª B encurta o tempo para daqui a 2 ou 3 anos estar numa II Liga, ou I, não interessa. Se for na 3ª divisão, que remédio teremos nós se não começar pela 3ª.
TD- O Leal é o seu treinador?
AP- Eu ainda não falei dele, mas é o treinador que nós pensámos para a próxima época. É uma pessoa de confiança para este projecto, teve uma carreira desportiva excelente, tanto no Sporting como na Selecção Nacional, acabou a sua carreira desportiva muito tarde e isso é de louvar, porque é sinal que a sua vida particular também foi bem gerida para poder fazer isso.
TD- Já tomaram posse, vão começar a trabalhar já?
AP- Já começámos a trabalhar há um mês e meio, desde o momento em que o sr. José Manuel nos apoiou neste projecto.
TD- Em termos desportivos qual é o primeiro passo que vão dar?
AP- Temos já a Gala marcada, que vai ser entre o fim-de-semana do final do campeonato e o fim-de-semana da Final da Taça de Portugal. Já temos aprovação das entidades que nos autorizaram a realizar esse evento, mas queremos outras iniciativas para angariar fundos para o Benfica e Castelo Branco.
Alexandre Pereira confessa que o ideal era arrancar com o projecto com o clube na II Divisão, mas não põe de parte a possibilidade de partir da 3ª Divisão, o que atrasaria tudo um ano. Um projecto ambicioso, muito vasto, tanto no plano desportivo como em todos os outros enquadramentos do clube.

QUIM MANUEL DEIXA BENFICA E CASTELO BRANCO


Leal já treina desde 4ª feira e Joaquim Peres pode ser o adjunto

Contrariamente àquilo que havia sido anunciado por Alexandre Pereira e pelo presidente Luiz Meira, José Leal já está a orientar os treinos do Benfica e Castelo Branco desde a última quarta-feira.
O antigo internacional do Sporting CP substituiu no cargo Quim Manuel a 3 jornadas do final do campeonato nacional da 2ª divisão e já orientou a equipa na deslocação a Nelas no último domingo.
Segundo conseguimos apurar, e numa tentativa de manter a equipa unida em torno do objectivo manutenção, o Benfica e Castelo Branco seguiu para a zona de Viseu no sábado onde pernoitou com o objectivo de preparar o importantíssimo jogo em Nelas.Entretanto, para a próxima temporada, o nome de Joaquim Peres tem sido falado para o cargo de adjunto de Leal. José Ramalho, adjunto de Quim Manuel, deverá continuar até final da temporada mas deverá ser substituído nessa altura por Joaquim Peres.

AD FUNDÃO- 0 BIDOEIRENSE- 0


Desportiva e sorte continuam de costas voltadas

Estádio Municipal do Fundão
Árbitro- Carlos Alexandre, auxiliado por Bruno Silva e Manuel Azeitona (Portalegre)
AD Fundão- Tiago Ramos (3), André Cunha (3), Rui Reis (3), Luciano (3), Carlos Miguel (3), Óscar Menino (3), Nuno Batista (3), Ricardo Ramos (3), Ibrahim Kalló (3), Vaz Alves (3) e João Paulo (2)
Treinador- Joca
Bidoeirense- Nuno Viseu, Kikó, Russo, Beto, Estroga, Luís Cláudio, Nunito, Neves, Zeca, Manú e Morais
Treinador- Rui Gama
Substituições- João Paulo por Bruno Nogueira (2) aos 62, Ibrahim Kalló por Caniço (-) aos 81 e Rui Reis por Pedro Martins (-) aos 85; Neves por Testas aos 55, Morais por Joel aos 60 e Luís Cláudio por Milton aos 68
Disciplina- Amarelos a Rui Reis aos 35 e Carlos Miguel aos 87; Kikó aos 2, Testas aos 66, Zeca aos 73 e Joel aos 75

A figura do jogo- Luciano– Foi um central que tentou, especialmente na 2ª parte, ajudar o meio campo da sua equipa a construir jogo ofensivo. Não comprometeu na sua posição e ainda auxiliou os companheiros mais adiantados.

A AD Fundão- Melhorou muito da 1ª para a 2ª parte. Durante os primeiros 45 minutos a equipa de Joca apenas numa ocasião conseguiu levar perigo real junto da baliza de Nuno Viseu. Na etapa complementar dominou, chegou a empurrar o seu adversário para zonas muito próximas da sua área, criou boas situações, mas continua a não ter sorte na hora de alvejar as redes contrárias.

Era um jogo muito importante para o futuro do Fundão na luta pela permanência, não só porque jogava perante o seu público, mas principalmente porque tinha pela frente um adversário directo que apenas contabilizava mais 3 pontos na tabela classificativa que a equipa fundanense.
Apesar de saber da importância dos 3 pontos em disputa, o Fundão, durante os primeiros 45 minutos, nunca conseguiu tirar proveito da maneira de actuar do Bidoeirense, excessivamente recuado. Talvez por saber que um empate na deslocação ao Fundão até acabava por ser um bom resultado, o técnico Rui Gama apresentou uma equipa com muita concentração de jogadores na zona do meio campo, com o objectivo principal de ganhar aí vantagem sobre o adversário e impedi-lo de começar a construir jogo ofensivo numa zona do terreno onde normalmente os lances começam a ser pensados.
Logo aos 2 minutos o Fundão ainda ameaçou de livre mas só no final da 1ª parte surgiu a primeira grande chance para os pupilos de Joca, quando Vaz Alves não conseguiu dar a melhor direcção à bola quando se encontrava em posição privilegiada.
O nulo ao intervalo aceitava-se porque o Fundão tinha conseguido fazer muito pouco do meio campo para a frente e o Bidoeirense só existia do meio campo para trás.
No reatamento cedo a Desportiva do Fundão deu mostras que era urgente alterar qualquer coisa. A equipa entrou mais rápida, com mais jogo pelos corredores laterais e tentando mais vezes o remate à baliza de Nuno Viseu.
O primeiro lance de perigo aconteceu aos 52 minutos quando Luciano subiu no terreno e conseguiu descobrir Ibrahim Kalló sem marcação dentro da grande área forasteira. Só que o naturalizado francês não conseguiu desfeitear o keeper adversário com um remate cruzado da esquerda.
Aos 67 minutos foi Ricardo Ramos, na sequência de um livre, que permitiu nova excelente intervenção a Nuno Viseu, e 7 minutos depois, num livre estudado, Óscar Menino tocou curto para a zona frontal onde Nuno Batista rematou forte proporcionando outra defesa impossível ao guarda-redes visitante.
Estava mais que visto que Nuno Viseu não foi avisado que a Desportiva do Fundão estava a comemorar o seu 51º aniversário.
O domínio era intenso do Fundão, mas a pecha de outras partidas mantinha-se: marcar golos. É uma verdade que pior é quando uma equipa não consegue criar situações de golo, mas no Fundão isso não acontece. A equipa consegue chegar com perigo até à grande área adversária mas depois…
E no domingo, como se não bastasse a dificuldade dos homens da Cova da Beira em chegar ao golo, ainda esteve na baliza um Nuno Viseu inspiradíssimo que defendeu tudo o que havia para defender. E quando não o fez contou com a colaboração da trave da sua baliza. Foi o que aconteceu ao minuto 92 quando um remate de Óscar Menino foi devolvido pelo ferro da baliza.
Curiosamente nesta segunda parte de domínio integral fundanense, a melhor oportunidade de golo acabou por pertencer ao Bidoeirense na única vez que chegou perto da baliza de Tiago Ramos. Manú isolou-se mas deixou escapar a bola para a linha de fundo, fazendo em desespero de causa um centro para cima da baliza deserta onde não apareceu ninguém para empurrar.
Um empate que serve mais os interesses do Bidoeirense, que assim mantém os 3 pontos de vantagem sobre o Fundão, num jogo em que, à Desportiva só faltou mesmo o tal golito…

A arbitragem- Entrou a medo no jogo mas embalou para um trabalho muito seguro. Também teve a seu favor o facto de não haver nenhum lance duvidoso.
Discurso directo- Joca, técnico da AD Fundão- “O que vimos hoje é o que temos visto em muitos jogos da nossa equipa. Jogamos bem mas não conseguimos marcar. Estou farto de tentar mas um goleador não se inventa. As pessoas que criticam têm que saber ver as coisas desde o início. Não me quero desculpar com nada mas não se podem atirar as culpas todas para cima das costas do treinador. Se dependesse dos sócios que vêm para aqui desestabilizar e mandar bocas de certeza que já não havia futebol de 11 no Fundão”.

30º AUTOCROSS/KARTCROSS DE CASTELO BRANCO


Mauro Reis estreia-se a ganhar

Foi um fim-de-semana em grande para os amantes do desporto automóvel da nossa região. A 30ª edição do Autocross/Kartcross de Castelo Branco trouxe a Castelo Branco mais de 60 concorrentes que competiram nas diversas divisões e troféus.
Na prova a contar para o Campeonato Nacional de Kartcross o grande vencedor foi Mauro Reis, ao volante de um JB Racing. O piloto belmontino, que já tinha dominado os treinos e mangas de qualificação, estreou-se em Castelo Branco no lugar mais alto do pódio. Em 2º lugar classificou-se Luís Caseiro, com um LA Sport 600 e o último lugar do pódio foi para Miguel Santos (Semog 600). O outro piloto do nosso distrito que participou na prova de Kartcross, Licínio Reis (JB Racing 600) não terminou a prova albicastrense. O espanhol Perfecto Calviño, com um Semog SKC 600, teve problemas durante as mangas de qualificação e não conseguiu alinhar na final.
No Troféu Semog, Saulo Dias, Alcides Calçada e Artur Silva, ocuparam, por esta ordem, os três lugares do pódio. O piloto de Mação Alexandre Durão não alinhou na final.
Nas provas integradas na Taça Nacional de Autocross, Pedro Matos (Mitsubishi Lancer IV) bateu a concorrência na Divisão 1, deixando atrás de si Jorge Borges (Opel Astra GSI) a mais de 28 segundos e José Ferreira (Citroen AX Sport) a 38 segundos. Quanto à Divisão 2, o Renault Clio de Adelino Almeida foi o primeiro a chegar à meta, repetindo a vitória do ano passado, logo seguido de Rui Cotrim (Renault Clio) e Nuno Gouveia (Ford Escort). O albicastrense Dário Monteiro terminou a prova na 6ª posição a 24 segundos do vencedor.
No que diz respeito ao Campeonato Nacional de Autocross, a Divisão 1 foi ganha, tal como em 2005, por João Domingues, que tripulou um Ford Focus RS, ficando José Azevedo (BMW 4x4) na 2ª posição enquanto Adão Coelho (Mazda 323 GTR) teve que se contentar com o lugar mais baixo do pódio. Na Divisão 2, que o ano passado não se disputou porque só havia 2 pilotos inscritos, este ano ganhou Adão Pinto (Opel Astra GSI), logo seguido por Otílio Ferreira (Ford Escort RS 2000) e por Vítor Mendes (Opel Kadett GSI). Na Divisão 3, o mais rápido foi o Atmos Storm de Rui Marques, que chegou à frente de António Santos (Toniauto ASTT 1300) e António Ferreira (Atmos Storm).A próxima organização da Escuderia Castelo Branco, o Rally Portas de Ródão, está marcada para os dias 19 e 20 de Maio. Ainda antes, mais concretamente no dia 15 de Maio, o Rally Vodafone Transibérico, prova pontuável para a Taça do Mundo de TT, vai passar pelos concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão. Esta prova, que decorre em Portugal e Espanha entre 11 e 16 do próximo mês, passa por cá no último dia de competição para disputar o 5º e 6º sector selectivo. Uma boa oportunidade para ver em acção os melhores pilotos do mundo na categoria de Todo-o-Terreno.

ASSEMBLEIA GERAL DO BENFICA CB


Benfica CB com projecto arrojado

E à terceira foi de vez. O Benfica e Castelo Branco já tem os novos Corpos Sociais em funções desde a última terça-feira, dia em que, em Assembleia-geral, a única lista apresentada a sufrágio, encabeçada por Luiz Meira, foi eleita com 58 votos a favor, 13 contra e 20 abstenções.
O primeiro destaque vai naturalmente para o elevado número de sócios participantes que quiseram marcar presença numa Assembleia em que estava em jogo o futuro do clube.
Os presentes quase chegaram à centena, e foi perante este número de associados que o presidente eleito e o agente FIFA que está por trás do projecto, Alexandre Pereira, tiveram oportunidade de explanar as suas ideias para o clube e apresentar um projecto financeiro e empresarial que visa criar várias empresas em volta do Benfica e Castelo Branco e desportivamente colocar o clube na I ou II Liga num prazo de 3 ou 4 anos. Para Luiz Meira, “todos os clubes têm que ser encarados como uma empresa, porque o amadorismo já não vinga”. Quanto a números, “o orçamento vai continuar apertado, apesar de ser objectivo subir de divisão, para que o clube continue sem dívidas”. Quanto à fase difícil que o clube atravessa no campeonato, o novo presidente refere que “acredito que a equipa vai dar tudo para conseguir manter-se”.
Já Alexandre Pereira, falando sobre o projecto a implementar revela que “é o mesmo que está em curso no Odivelas, no Desportivo de Chaves e no Pontevedra, de Espanha”, e esclareceu que “não vão aqui ser colocados jogadores que não têm lugar noutros clubes”.
Quanto ao projecto empresarial refira-se que o principal objectivo é criar um Business Center integrado por empresas do ramo dos seguros, crédito, imobiliário, telecomunicações e aplicações financeiras. A criação de uma creche e infantário e um ginásio e fitness são igualmente alguns dos principais objectivos de Alexandre Pereira.
Já no plano desportivo, é objectivo a criação de novas modalidades (andebol, futsal, voleibol, atletismo e basquetebol, entre outras) e para Agosto, início da próxima temporada, está agendado um Torneio Quadrangular que servirá para apresentação da equipa aos sócios e simpatizantes, que deverá contar com a presença do Sporting CP, Pontevedra e União de Leiria, para além da equipa albicastrense.

Os nomes que integram os novos Corpos Sociais

Como é sabido a Direcção é presidida por Luiz Meira e vai contar com quatro vice-presidências: Domingos Farinha, vice geral, Luís Rocha, para a área do marketing, António Domingues, fica responsável pelo futebol profissional, e Shirley Meira é a relações públicas. Da Direcção fazem ainda parte o tesoureiro Marco Robalo e o secretário João Paulo Nunes.
Lopes Marcelo continua a presidir à Assembleia-geral, órgão que mantém os mesmos nomes que já estavam em funções. Eduardo Rato é o 1º secretário e Luís Ponte o 2º secretário.
Quanto ao Conselho Fiscal, é composto pelo presidente Fernando Santos, que será acompanhado pelo vice Inácio Santos e pelo relator Luís Teixeira.

Jogo das Estrelas da I Liga e Gala do SJPF
em Castelo Branco com transmissão na Sport TV

Também na Assembleia-geral foi revelado o protocolo já assinado entre uma empresa de organização de eventos, a Liga Portuguesa de Futebol, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e a Câmara Municipal de Castelo Branco para que o jogo das estrelas e a Gala do SJPF seja realizado em Castelo Branco e com toda a receita a reverter, única e exclusivamente para o emblema da águia.
O jogo entre os melhores estrangeiros que jogam em Portugal e os portugueses escolhidos pela Liga e Sindicato vai decorrer no fim-de-semana após o final da I Liga imediatamente antes da final da Taça de Portugal e vai contar com transmissão em directo na Sport TV.
Já a Gala que distingue os melhores jogadores participantes da I Liga também vai decorrer em Castelo Branco em data e local a informar oportunamente.
No próximo mês de Junho será o futebol de praia que se vai estrear na nossa região. Numa estrutura amovível preparada especificamente para o efeito vai decorrer um torneio de futebol de praia que terá igualmente transmissão televisiva e que deverá contar com as participações das selecções de Portugal, Brasil, Marrocos, Espanha, França e Senegal. Também aqui toda a receita vai entrar nos cofres do Benfica e Castelo Branco.

José Leal, treinador do Benfica e Castelo Branco

“O Benfica e Castelo Branco é um clube
de referência a nível nacional”


Tribuna Desportiva- Como é que vê este novo desafio numa carreira de treinador ainda curta?
José Leal- É aliciante e gratificante ter recebido este convite. Eu tinha outros projectos mas, por confiar nestas pessoas, e por o Benfica e Castelo Branco ser um clube de referência a nível nacional optei por estar aqui. Castelo Branco já é uma cidade de média dimensão, o clube tem o estatuto de Utilidade Pública e toda a gente o conhece em Portugal. Já por aqui passaram grandes treinadores e eu estou aqui com todo o gosto para, todos juntos, fazermos coisas boas, tanto para mim como para Castelo Branco.
TD- Gostaria naturalmente que a equipa se mantivesse na II divisão…
JL- Tenho esperança que o Benfica ainda se vá manter na II Divisão. Tem atletas briosos, mas tem faltado aqui e ali um pouquinho de sorte. Quem anda no futebol sabe que essa componente é preponderante. Eu tenho fé na manutenção.
TD- Que opinião tem da equipa?
JL- Tenho uma opinião que guardo para mim.
TD- Há jogadores neste plantel que manteria no grupo do próximo ano?
JL- Claro que há.
TD- A sua primeira experiência como treinador não correu como certamente esperaria… Hoje sente-se um treinador mais conhecedor da realidade?JL- Eu vim-me embora do Académico de Viseu porque as coisas começaram a desviar-se do previsto. Eu não gostava que, um dia, quando deixar o Benfica e Castelo Branco, que as pessoas ficassem com uma má impressão a meu respeito. Cada um tem que dar o máximo na sua tarefa e tentar cumprir.

CASA DO BENFICA CB- 28 ASSOMADA- 24


Foi preciso sofrer para seguir em frente

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Joaquim Nicau e Jerónimo Jesus (Portalegre)
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (9), Neidja Lima (1), Marta Monteiro, Paula Rodrigues (7), Inês Martins, Catarina Mata (1), Vera Gorjão (4), Leia Valente (5) e Mariana Ivanova (1)
Treinador- Paula Espírito Santo
Assomada- Ludomila Soares (1), Graciete Borges (4), Sandra Alves (3), Edna Borges (1), Dulce Pina (10), Laurina Lopes (2), Maria Lobato (2), Silvina Moreno, Helena Santos (1), Débora Semedo e Vânia Henriques
Treinador- Maria Fernandes
Marcador ao intervalo-10-11
No final- 21-21
Ao intervalo do prolongamento- 25-22

No jogo de estreia na edição deste ano da Taça de Portugal, a Casa do Benfica em Castelo Branco levou de vencida o Assomada, equipa também da 2ª divisão nacional, mas que não conseguiu o apuramento para a fase final da prova.
As encarnadas não entraram bem, e nos primeiros minutos as forasteiras adiantaram-se no marcador chegando ao 6-2, sensivelmente a meio dos primeiros 30 minutos. O empate chegou muito perto do intervalo, quando o marcador registava uma igualdade a 10, mas ainda antes de ir para o descanso, o Assomada ainda marcou o 11-10.
No reatamento o resultado manteve-se sempre muito equilibrado. Mesmo assim, sempre com a equipa de Carnaxide no comando do placard, ora com um golo, ora com dois de vantagem.
A equipa de Paula Espírito Santo, que não contou com os contributos de Carla Mendes e Sónia Mota, não jogava bem, e era quase sempre em contra-ataque que o Assomada marcava os seus golos, tirando proveito da velocidade que as suas atletas têm, e que as da Casa do Benfica não têm.
Apesar de estar sempre atrás nos números, as encarnadas chegaram ao empate a 21 quando ainda faltava mais de um minuto para o final, e dispuseram mesmo do último ataque para vencer a eliminatória ainda dentro do tempo regulamentar que, no entanto, não foi aproveitado. Recorde-se que na última temporada a equipa de Castelo Branco, na altura em representação do Benfica e Castelo Branco, foi eliminada da Taça nos quartos-de-final precisamente pelo Assomada, depois de jogados 2 prolongamentos.
Mas desta vez bastaram 10 minutos para as encarnadas alterarem o final da história. Durante o prolongamento, a Casa do Benfica foi sempre superior e depois de chegar ao 23-21 nunca mais perdeu a frente do marcador conservando-a até final, o que lhe permite avançar para a próxima eliminatória que vai ser disputada já no dia 27, quinta-feira, às 21 horas, no Municipal de Castelo Branco, frente ao Porto Salvo.No jogo de sábado, a dupla de arbitragem alentejana cometeu alguns erros mas não influenciou o resultado final.

RETAXO- 3 OS PATOS- 3


O pássaro esteve na mão duas vezes…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- João Barracas e Paulo Estrada (Portalegre)
Retaxo- Jorge Vaz, Nuno Rodrigues, João Rodrigues, Pereira, José Reis, João André, Daniel, Caio, João Belo, Tiago Marques e Albertino
Treinador- José Manuel
Os Patos- André Martins, André Marques, João Reis, Ivo Gil, André Serrano, João Salgueiro, Daniel Pires, João Oliveira, Márcio Oliveira, Bicho e Tiago Machado
Treinador- Carlos Gazil
Disciplina- Cartão amarelo a Daniel aos 28
Marcadores- Daniel aos 12, 16 e 27; Daniel Pires aos 24, João Salgueiro aos 26 e Bicho aos 29

A participação do Retaxo na Taça Nacional de Juvenis não começou mal, mas podia ter começado bem melhor. A equipa de José Manuel entrou muito bem no jogo e durante os primeiros 10 minutos praticamente não deixou a equipa campeã distrital de Santarém chegar com perigo junto da sua baliza.
Mas da superioridade que era notória, o Retaxo só conseguiu colher frutos aos 12 minutos, quando surgiu o primeiro golo de Daniel. Para segurar esta vantagem mínima até ao descanso, os retaxenses ainda passaram um mau bocado nos últimos 3 minutos. A equipa de Abrantes reagiu e valeu nessa altura um punhado de excelentes defesas de Jorge Vaz para garantir a vitória parcial.
Na segunda parte o jogo foi mais dividido, com o tempo de posse de bola mais repartido, e com oportunidades junto das duas balizas.
Quando logo no primeiro minuto depois do reatamento Daniel aumentou para 2-0, pensou-se que a vitória estava segura, isto apesar de se saber que em futsal uma vantagem de 2 golos representa muito pouco, ou quase nada, como se provou neste jogo.
Estávamos prestes a entrar nos últimos cinco minutos quando Os Patos, já quase em desespero de causa, reduziram para 2-1, e dois minutos volvidos chegou o empate.
Apesar do duro revés, o Retaxo, novamente por Daniel, que assinou um hat-trick, voltou à vantagem, que acabaria no entanto por não conseguir segurar.
Quando faltava pouco mais de um minuto para o final os visitantes voltaram a empatar a contenda, e até final o placard já não se alterou, porque o Retaxo já não teve forças para mais e porque Os Patos mostravam-se então satisfeitos com a divisão de pontos.
Hoje, terça-feira, a equipa do concelho de Castelo Branco volta a jogar, e novamente em casa. Às 16 horas, no Municipal da Boa Esperança, o Retaxo recebe o Arnal, campeão distrital de Leiria.A equipa de arbitragem que veio de Portalegre esteve à altura do jogo e não teve decisões polémicas.

BENFICA CB- 0 NAVAL 1º DE MAIO- 7


Os erros pagam-se caros

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- João Roque, auxiliado por Luís Carrilho e José Braga (Portalegre)
Benfica CB- Tiago, Quelhas, Gelson, Alveirinho, Luisinho, Jójó, Chiquinho, Alves, Quinzinho, Tomás e Mateus
Treinador- Setúbal
Naval 1º de Maio- Marcos, Pilas, Hugo, Sérgio André, Pedro Marques, Capeto, André Martins, Carlos, Luís Borges, Oliveira e Pimentel
Treinador- Paganini
Substituições- Quelhas por Vasco aos 45, Luisinho por Agostinho aos 67 e Alveirinho por Fixe aos 77; Carlos por João Paulo aos 45, Luís Borges por Regueira aos 67 e Pedro Marques por Emanuel aos 77
Disciplina- Amarelo a Carlos aos 38
Marcadores- Capeto aos 7, Pedro Marques aos 43, 73 e 75, Luís Borges aos 46, André Martins aos 62 e João Paulo aos 89

Num jogo que o Benfica já não contava realizar devido à falta de comparência da Naval na data marcada, acabou por ser a equipa da Figueira da Foz a levar os três pontos e com o à vontade que um resultado de 7-0 traduz.
De facto, os encarnados apenas na primeira parte conseguiram oferecer alguma resistência à equipa visitante, que marcou logo aos 7 minutos, quando ainda não o merecia mas aproveitando bem o primeiro falhanço defensivo adversário.
Até aos 43 minutos, altura em que aconteceu o 2º golo navalista, o Benfica teve o jogo sempre equilibrado e até dispôs de duas ou três boas situações para chegar ao empate, mas a eficácia continua a ser um dos grandes problemas da equipa de Setúbal.
E com um golo a fechar a primeira metade e outro logo a abrir a segunda, novamente fruto de erros defensivos dos albicastrenses, a Naval matou o jogo e liquidou qualquer tipo de esperança dos locais.
Como se não bastasse, à sucessão de erros no último reduto o Benfica ainda se juntou um factor que normalmente não acontece. Estranhamente o Benfica e Castelo Branco teve uma abrupta quebra física, o que fez com que a equipa jogasse praticamente toda a segunda parte recolhida dentro do seu meio campo. E escrevemos que é estranho, porque fisicamente o Benfica, independentemente dos resultados, tem-se apresentado muito bem, chegando em alguns jogos a terminar os 90 minutos com uma frescura física invejável, até para alguns adversários.
Os golos foram-se sucedendo, de uma forma natural e o 7-0 final traduz as diferenças entre estas duas equipas neste jogo.O árbitro João Roque não teve erros graves mas não conseguiu disfarçar, em nenhum momento, que não estava com grande vontade de dirigir um jogo de futebol num dia de semana.

segunda-feira, abril 17, 2006

ENTREVISTA A LUÍS MEIRA, POSSÍVEL CANDIDATO A PRESIDENTE DO BENFICA CB


“É um projecto de 3 ou 4 anos que pode levar o clube à I Liga”

O Agente FIFA Alexandre Pereira encabeça um projecto para tomar conta dos destinos do Benfica e Castelo Branco nos próximos dois anos mas é o empresário Luís Meira quem dá a cara por ele. Nascido em São Paulo, Brasil, mas como raízes em Moimenta da Beira, Luís Meira está apostado em levar por diante um projecto que tem por objectivo “levar o clube à I Liga em 3 ou 4 anos”, mas também promover outros acontecimentos sempre com o nome do Benfica e Castelo Branco na frente. Para já, e caso o projecto avance mesmo, “o Jogo das Estrelas entre portugueses e estrangeiros que disputam a I Liga será em Castelo Branco, e a Gala do Sindicato dos Jogadores também poderá vir para a Capital da Beira Baixa”. Tudo está dependente do que acontecer na Assembleia-geral do clube que está marcada para o próximo dia 18.

“Jogo das Estrelas e Gala do SJPF vai ser em Castelo Branco”

Tribuna Desportiva- Como é que surge o interesse no Benfica e Castelo Branco?
Luís Meira- Eu sou uma pessoa do futebol e houve um Agente FIFA que apresentou o projecto ao sr. José Manuel Vaz. Era um projecto de continuidade, ele continuaria a ser o presidente e desenvolveríamos este projecto em conjunto. Por questões pessoais ele não quis assumir e por isso eu fui convidado a avançar. Foi o que fiz. A única coisa que pretendo é enaltecer o nome do Benfica e Castelo Branco. É normal haver dúvidas, porque ninguém me conhece. Mas eu tenho um projecto em mãos e tratarei de o apresentar devidamente às pessoas para que isto não caia em saco roto. Inclusivamente devido às diligências já feitas, por exemplo junto da Liga de Clubes e do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol para trazer o Jogo das Estrelas para cá e tentar também trazer a Gala do Sindicato para Castelo Branco. Vamos ver se, com este adiamento da Assembleia, não se prejudicou uma mais valia, não só para o clube mas para a própria cidade de Castelo Branco
TD- Qual é o Agente FIFA que está por trás deste projecto?
LM- Alexandre Pereira.
TD- Mas compreende as dúvidas das pessoas, até porque há maus exemplos de projectos semelhantes, por exemplo o Académico de Viseu…
LM- Eu desconheço os pormenores do que aconteceu no Académico de Viseu, mas sei que foi um descalabro total e teve que encerrar. No caso do Benfica e Castelo Branco é muito simples: o clube não tem dívidas e, não havendo dívidas, as pessoas trabalham para arranjar patrocínios para uma subida de divisão. Para ir mais longe, e não para arranjar dinheiro para pagar as dívidas. Esse é um ponto fundamental. É dar continuidade ao trabalho do sr. José Manuel e fazer algumas modificações, com pessoas profissionais, a tempo inteiro, porque hoje em dia, o futebol, se não for encarado como uma empresa, tende a cair.

“Queremos arregaçar as mangas e trabalhar para pôr a águia mais alta”

TD- No sentido inverso, o que é que estas pessoas e possíveis investidores, ganhariam com este projecto? É objectivo, por exemplo, colocar aqui jogadores?
LM- Não. Isso nunca! Os jogadores seriam da casa e da escolha do treinador. Neste momento não se pode pôr essa questão porque está a decorrer o campeonato, e o clube está numa situação muito complicada a 2 pontos da linha d’água. De qualquer forma, há uma situação em que as pessoas querem arregaçar as mangas, trabalhar, e pôr a águia numa posição mais alta do que está agora. Isto a nível competitivo, porque a nível financeiro o clube está numa posição privilegiada que muitos clubes grandes não têm.
TD- Disse que o objectivo em pôr a águia mais em cima… esse mais em cima é onde?
LM- Quem sabe na I Liga.
TD- Em quanto tempo?
LM- Três, quatro anos.
TD- Também já se falou que o treinador que acompanha este projecto já esteve em Castelo Branco a assistir ao último jogo… é verdade?
LM- Neste momento o Benfica e Castelo Branco tem treinador…
TD- Mas pode só confirmar se esteve em Castelo Branco?
LM- Teve uma pessoa que apoia o nosso projecto.
TD- É o Leal?
LM- É o Leal. Ele apoia o nosso projecto mas não como treinador. Ele também é uma pessoa do futebol e eu acredito que no futuro, como por exemplo acontecesse já no Bayern de Munique, os clubes serão geridos por ex-jogadores de futebol, porque eles sabem as dificuldades do dia-a-dia.
TD- Com esta paragem até à próxima Assembleia o projecto pode ser prejudicado?
LM- Pode, devido ao Jogo das Estrelas, porque já estão feitos os contactos e já temos as confirmações da Liga de Clubes e do Sindicato. Era uma mais valia, porque as receitas vão reverter para o Benfica e Castelo Branco e porque iria ajudar na divulgação da cidade.
TD- Hoje percebeu-se que vocês preferiam claramente formar uma Direcção, Conselho Fiscal e Assembleia-geral do que uma Comissão Administrativa…
LM- Simplesmente por uma questão de timing. O timing está esgotar-se e quem vive no futebol sabe que não é à última da hora que se formam equipas e se fazem os contactos com patrocinadores.

“Convidámos todas as pessoas da anterior Direcção
para fazerem parte deste projecto”

TD- Mas também vimos alguns contactos da vossa parte com pessoas de Castelo Branco, nomeadamente o Manuel Candeias…
LM- Sim, eu fiz o convite pessoal ao sr. Manuel Candeias, só que ele precisa de uma autorização superior por ser um funcionário público.
TD- Mas é um nome que faz parte das vossas possibilidades…
LM- Nós convidámos todas as pessoas que estavam na antiga Direcção para fazer parte deste projecto. Nós entendemos que os títulos não levam a lado nenhum. Nós queremos pessoas que trabalhem. Não há cargos, há é pessoas para trabalhar e desenvolver o projecto. Nós temos algumas sinergias à volta do clube, desde a parte bancária, ramo dos seguros, medicina no trabalho… Há uma vasta gama que funcionará como micro-empresas em volta do Benfica e Castelo Branco e que sustentarão financeiramente o clube.
TD- Pode referir algum clube que está a trabalhar nestes moldes, com um projecto semelhante?
LM- O Odivelas e o Pontevedra, de Espanha.
TD- No caso do clube cair na 3ª divisão, isso altera alguma coisa?
LM- Não, porque o interesse no clube é por não ter dívidas. Nós não vamos ter que gastar tempo para nos preocuparmos em pagar as dívidas, mas sim arranjar dinheiro para não faltar aquilo que o sr. José Manuel até hoje conseguiu, que foi pagar atempadamente aos jogadores.
Agora resta esperar pelo próximo dia 18 para ver o que acontecesse, e se este projecto pelo qual Luís Meira dá a cara vai ou não avançar no Benfica e Castelo Branco. Os sócios serão soberanos.

AG BENFICA CB


Quase saiu fumo branco…

O Benfica e Castelo Branco voltou a reunir em Assembleia-geral na última sexta-feira com o único propósito de eleger os Corpos Sociais para o biénio 2006-2007.
No final, já passava da meia-noite, o resultado acabou por ser o mesmo da reunião magna anterior, mas desta vez quase que aparecia o sucessor para José Manuel Vaz. Pelo que se viu, tudo indica que na próxima AG, marcada para o próximo dia 18, vai mesmo aparecer uma lista concorrente que se submeterá a sufrágio dos sócios. Mas vamos por partes.
No início dos trabalhos, o presidente cessante José Manuel Vaz foi questionado por alguns sócios sobre a actualidade do clube. Por exemplo sobre a saída de Monteiro, José Manuel Vaz referiu que “só está neste clube quem se sentir bem e quem quiser cá estar. Fizemos tudo para que o Monteiro permanecesse no Benfica e Castelo Branco, mas a verdade é que ele queria sair. Depois teve alguns comportamentos incorrectos e quando apareceu um clube interessado deixámo-lo sair, porque não queremos ninguém contrariado”. Já sobre a dívida relativa a rendas atrasadas do terreno que o Benfica possui na Zona Industrial, o até aqui líder encarnado esclareceu que “tal como estava previsto o arrendatário liquidou tudo o que estava em atraso. Já tinha entregue 5 mil euros e esta semana entregou-nos 3 cheques para 90 dias dos restantes 19 mil”.
Sobre o actual momento financeiro do clube, e quando questionado por Francisco Matos, José Manuel Vaz explicou que “o Benfica e Castelo Branco tem a receber em subsídios, publicidade e os tais cheques que perfazem 19 mil euros, até ao final da presente época desportiva 50 mil euros. Quanto a despesas, durante o mesmo período, o clube vai gastar 45 mil euros”. Com estas perguntas parecia haver no ar alguma solução à vista, e essa perspectiva aumentou quando os sócios presentes, 54, pediram ao presidente da AG que fizesse uma pausa nos trabalhos de 15 minutos.
Durante esse período viram-se muitas movimentações e algumas conversas. Estava claro que podia fazer-se luz.
Só que no reinício dos trabalhos continuou sem aparecer nenhuma lista na mesa da Assembleia-geral e neste impasse, José Manuel Vaz tomou a palavra para dizer que “após o dia de hoje, esta Direcção, nem em gestão corrente vai continuar. A partir de hoje não vou tratar de qualquer assunto relacionado com o clube. Chegou a altura de descansar, mas digo já que vou ser um sócio atento à vida do clube”. Mas o líder cessante voltou a lembrar que “há dois assuntos importantíssimos para resolver no mês de Abril. Um deles está em segredo de justiça e nada posso revelar porque está entregue ao Ministério Público”. José Manuel Vaz sugeriu no final da sua intervenção que fosse criado um Conselho Consultivo no clube, que fosse formado por antigos presidentes, ex-dirigentes e inclusivamente por sócios e, se isso acontecer, “podem contar comigo para fazer parte desse órgão”.
Já quase no final eis que surge na mesa uma proposta com três nomes para que fosse formada uma Comissão Administrativa. Luís Meira encabeçava essa lista que contava ainda com os nomes de António Domingues e Marco Robalo. As questões dos sócios foram então muitas, e todas no sentido de saber quem são e donde apareceram estas pessoas. Luís Meira fez então questão de explicar: “nós não descobrimos petróleo em Castelo Branco, mas descobrimos um clube sem dívidas. O sr. José Manuel Vaz foi convidado para integrar esta lista mas acabou por recusar devido à sua vida profissional. Queremos levar a águia mais alta. Se este projecto que tem como mentor um agente FIFA for por diante temos já marcado para Castelo Branco o jogo entre Portugueses e Estrangeiros da Liga Portuguesa, organizado pelo Sindicato dos Jogadores, que vai decorrer entre a última jornada da Liga e a Final da Taça de Portugal. E a Gala do Sindicato também poderá decorrer em Castelo Branco. Se não avançarmos hoje e ficar tudo resolvido não sabemos se será possível manter este projecto. Entendo que uma Comissão Administrativa será o último recurso”.
Com os três nomes em cima da mesa, o presidente da Assembleia-geral, Lopes Marcelo decidiu-se por não submeter esta lista a sufrágio por ter sido auto-proposta e por não ter havido um grupo de sócios a subscrevê-la.
Segundo apurámos este projecto de lista vai mesmo ser apresentado no próximo dia 18, e aí poderá integrar, além dos nomes já referidos, o de Manuel Candeias, ex-presidente da ARCB Valongo, e que pelo facto de ser funcionário da Câmara Municipal de Castelo Branco, teve que pedir uma autorização para integrar este projecto para um novo Benfica.Dia 18 tudo deve ser mais esclarecido, até porque os sócios saíram da sede do clube com muitas dúvidas relativamente a estas intenções.

ENTREGA DE FAIXAS ACD LADOEIRO


Juvenis da ACD Ladoeiro recebem troféus da última época

Os juvenis da Associação Cultural e Desportiva do Ladoeiro receberam no último sábado os troféus referentes à temporada de 2004-05. Recorde-se que a equipa raiana sagrou-se Campeã Distrital de juvenis em futsal e foi finalista vencida da Taça Nacional frente à Fundação Jorge Antunes.
Nos minutos que antecederam o jogo entre os juvenis do Ladoeiro e da Casa do Benfica de Belmonte, referente à última jornada do distrital da categoria, os campeões distritais e vice-campeões nacionais da última temporada receberam as respectivas faixas e troféus pelas suas conquistas. Nesta cerimónia estiveram presentes Luciano de Almeida, secretário-geral da Associação de Futebol de Castelo Branco e Álvaro Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, para além de diversos elementos dos órgãos sociais do clube da Raia.
Depois de um ano em grande, esta temporada, a ACDL sagrou-se vice-campeã Distrital nas duas categorias em que participou, juvenis, o campeão foi o Retaxo, e juniores, em que o campeão foi a Desportiva do Fundão.

Álvaro Rocha, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova

“O trabalho realizado pela ACD Ladoeiro
é um exemplo no nosso concelho”


Tribuna Desportiva- A ACD Ladoeiro é um exemplo do Concelho de Idanha em movimento em termos desportivos…
Álvaro Rocha- Sim. Sobretudo numa modalidade que não envolve muita gente. O futebol de onze é sempre mais complicado pelo número de pessoas que são necessárias. O Ladoeiro tem condições excepcionais para a prática do futsal, nós estamos num concelho desertificado, em termos humanos com pouca gente, mas esta freguesia ainda vai mantendo um número de miúdos que justifique este tipo de apoio a esta modalidade. Penso que a situação do interior é capaz de ser melhor resolvida através deste tipo de futebol, com menos participantes e, sobretudo, em camadas jovens, que tem menos custos. Por outro lado entretêm-se os jovens que precisam de desporto para não irem por outros caminhos.
TD- Parece haver aqui um contra-censo… estamos a falar de um concelho desertificado, envelhecido, mas temos aqui um exemplo de um trabalho com jovens que dá frutos…
AR- É importante que isto aconteça. O Ladoeiro optou pelo futsal e consegue interessar os jovens pela modalidade. É um exemplo no concelho. A Zebreira, a certa altura, também apostou forte nesta modalidade, mas depois caíram. Mas penso que este clube está certo no apoio que dá a esta juventude, e a Câmara Municipal, dentro daquilo que é possível, tem vindo a apoiar.
TD- E na próxima temporada vai haver uma aposta nos seniores para dar continuidade à actividade aos jovens que fizeram aqui as camadas jovens…
AR- Tive agora conhecimento. É importante que os jovens que aqui iniciaram a sua actividade cá possam continuar. Também tem que se entender que, nos seniores, se calhar os sacrifícios são maiores, mas é importante que não tenham que recorrer a pessoas do exterior, como acontece no futebol em Idanha. Em Idanha aparece um ou dois elementos da terra e os restantes são todos de fora. Não é bom enveredar por estes caminhos. Eu sou mais apologista de fomentar o futebol com miúdos e, se calhar, quando não houver miúdos para praticar desporto, é melhor estarmos quietos. Estar a investir em situações como o União Idanhense, que se mantém na 3ª divisão, mas continuamos a não ver jovens da Idanha incluídos na equipa não é positivo. E se não existem é porque não fomentam o interesse a determinada altura, e isso acarreta grandes despesas e os próprios adeptos não se interessam muito pelo futebol. Veja-se que, há dias, fizeram um jantar de angariação de fundos, e apareceram 30 pessoas… É muito difícil para um clube que, apesar de receber da autarquia alguns apoios, não é tudo, e as direcções vêem-se em dificuldades. Por isso vamos ver se no Ladoeiro, o facto de entrarem com os seniores, não vem prejudicar o trabalho de uma boa Direcção.
TD- Em termos de projectos no âmbito do desporto o que é que a Câmara tem planificado para este ano?
AR- Vamos ter a passagem do final da Volta a Portugal em bicicleta, o Homem de Ferro, o Pentatlo e também o habitual Torneio de Futebol Juvenil, onde irão estar presentes as melhores equipas da Península Ibérica. Estão já confirmadas as presenças do Sporting CP, do FC Porto, do Atlético de Madrid, do Real Madrid, do Boavista e do Vitória de Guimarães. Vamos ter também a descida do Erges em canoa, e estes são os acontecimentos mais importantes, em termos desportivos, que vamos ter no Concelho de Idanha-a-Nova.
TD- São apostas que já vêm dos últimos anos, os frutos dessas organizações são visíveis?AR- O Torneio de Futebol Juvenil foi mais para fomentar o interesse dos mais jovens pela modalidade. Não tem tido o efeito que nós queríamos, que era levá-los ao estádio e interessá-los pela prática do futebol, mas vai continuar a ser uma aposta. O Homem de Ferro este ano vai ter distâncias mais curtas, é uma modalidade nova em que apostámos e vamos tentar mais uma vez, para ver se trás um retorno ao concelho que justifique o apoio que damos àquela prova.

CONSELHO DE JUSTIÇA DA FPF DECIDIU

Benfica CB-Naval joga-se no próximo sábado

Afinal o jogo Benfica e Castelo Branco-Naval 1º de Maio, referente à última jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Juniores vai mesmo ter que se jogar.
Depois de no dia 4 de Março a equipa da Figueira da Foz não ter comparecido ao jogo, pensando-se então que os 3 pontos iriam ficar para o Benfica e Castelo Branco em virtude da falta de comparência do adversário, o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol decidiu agora que este jogo vai realizar-se no próximo sábado às 16 horas.
Uma decisão no mínimo surpreendente e que penaliza, antes de mais, a equipa encarnada que, independentemente da razão que levou a equipa da Naval a não comparecer ao jogo, é a parte mais prejudicada, uma vez que o Benfica, tal como o árbitro, compareceu ao jogo, mas vê-se agora obrigado a ter que o jogar, isto apesar do seu adversário não ter comparecido na data marcada.
Segundo alega a equipa da Figueira da Foz, o erro partiu da Associação de Futebol de Coimbra que os terá informado que o jogo seria no dia 11 de Março. O mais curioso é que o Vigor e Mocidade, equipa filiada na mesma Associação, compareceu no dia 4 em Odivelas para realizar o jogo frente à equipa local. Então será que a Associação de Futebol de Coimbra informou o Vigor e Mocidade que o jogo da derradeira jornada era dia 4 e informou a Naval que o jogo era dia 11? No mínimo estranho. A verdade é que a falta de comparência dos figueirenses era punida com uma multa pesada e com descida de divisão. A Naval recorreu então para o Conselho de Disciplina da FPF mas o processo acabou por ser julgado pelo Conselho de Justiça e a decisão de jogar dia 15 já transitou em julgado…
O Benfica e Castelo Branco foi aconselhado a recorrer, mas o clube encarnado acabou por decidir não o fazer porque para isso tinha que despender de uma verba significativa. Optou antes por fazer uma exposição à FPF que, pelos vistos, de nada serviu.
Segundo apurámos, a Associação de Futebol de Castelo Branco não interviu neste processo porque simplesmente não podia. O órgão máximo do futebol distrital só poderia defender a posição do seu filiado caso o Benfica tivesse recorrido da decisão, o que não aconteceu.Mas afinal que justiça temos no futebol português? Independentemente de ter sido erro da Naval ou da Associação de Futebol de Coimbra, o Benfica e Castelo Branco é que nada tem haver com a falha, seja ela de quem for! Continuamos a ser pequeninos e a pagar o preço de estarmos para aqui esquecidos no Interior profundo.

segunda-feira, abril 03, 2006

CD ALCAINS- 5 UNIÃO LOUSENSE- 0


Campeões, campeões, nós somos campeões!!!

Campo Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Bruno Nave, auxiliado por Ricardo Fernandes e André Raposo
CD Alcains- Beirão, Hugo Inácio, Toni, Jorge, Bruno Barata, Luís Amaro, David Esteves, Nogueira, Luís Ramalho, Hideraldo e Crânio
Treinador- Carlos Pereira
União Lousense- Neto, Filipe Barata, Chico, Zé Carlos, Direito, Hugo, João Dias, Rui Paulo, Filipe Gordino, Cristophe e Fazendas
Treinador- Joaquim Simões
Substituições- David Esteves por David André aos 45, Luís Ramalho por Filipe Beirão aos 59 e Nogueira por Paulo Cardosa aos 64; Filipe Gordino por Davide aos 11, Cristophe por Daniel aos 62 e Davide por Bruno Baltazar aos 71
Disciplina- Amarelos a David Esteves aos 43 e Toni aos 70; João Dias aos 35 e Filipe Barata aos 76 e 81. Vermelho por acumulação de amarelos a Filipe Barata aos 81
Marcadores- Luís Amaro aos 6 e 72, Crânio aos 19, Nogueira aos 49 e David André aos 68

O CD Alcains- É indiscutivelmente superior ao União Lousense e claramente a melhor equipa da 2ª Divisão Distrital, e por isso foi campeão. No jogo da consagração, os canarinhos brindaram o seu adversário com cinco golos e deixaram, pelo menos, outros tantos por marcar.

O União Lousense- Foi pouco Lousense para tanto Alcains. Os visitantes só por uma vez incomodaram Beirão na 1ª parte e só dispuseram de uma oportunidade clara, na 2ª parte, através do seu capitão Fazendas.

Não é um jogo com uma história muito fácil de contar, principalmente porque quase não tem história, tal a superioridade do Desportivo de Alcains que nos primeiros 2 minutos já tinha construído três excelentes oportunidades para abrir o activo.
Foram 90 minutos em que as diferenças entre a equipa da casa, que mostrou sempre uma grande organização e um poder ofensivo impressionante, e o União Lousense, equipa retraída e que poucas vezes conseguiu ultrapassar a linha divisória, foram tão evidentes que o resultado de 5-0 acaba por ser escasso para a quantidade de jogo ofensivo produzido pelo Desportivo de Alcains que só não resultou num placard ainda mais desequilibrado devido à boa exibição do guarda-redes Neto, e também à tarde menos inspirada dos jogadores canarinhos que apareceram em posição de concretizar.
Mesmo assim, nos primeiros 45 minutos merecem destaque os dois grandes golos apontados por Luís Amaro e Crânio. Dois remates de fora da grande área a juntar a outros que o Alcains tentou, mas que resultaram em dois golos de fazer levantar um estádio em qualquer parte do globo.
Nesta primeira metade, o único apontamento ofensivo do União Lousense registámo-lo ao minuto 36 por intermédio de Cristophe a que Beirão se opôs com excelente defesa.
Depois do descanso, a equipa de Joaquim Simões rapidamente começou a acusar o cansaço e então sucederam-se os lances de perigo junto das redes de Neto que, com tantas bolas perto da sua baliza, teve várias oportunidades para brilhar e para se cotar como o melhor jogador em campo. Foi também por ele que a sua equipa não saiu do Trigueiros de Aragão com uma derrota bem mais pesada.
Das muitas oportunidades criadas, o Alcains acabou por concretizar três delas. Nogueira fez o 3-0 logo aos 49 minutos, com mais um bom golo, David André que rendeu David Esteves ao intervalo, também registou o seu nome nos marcadores e Luís Amaro, que tinha aberto o marcador, fechou a contagem aos 72 minutos.
Já perto do final foi o capitão Fazendas que teve nos pés a melhor oportunidade dos lousenses que não conseguiu, no entanto concretizar.
Uma vitória que acaba por ser escassa e que constituiu um bom treino para o próximo jogo do CDA que é no domingo frente ao Águias do Moradal na final da Taça de Honra José Farromba.

A arbitragem- Bruno Nave teve um jogo muito fácil de dirigir. Não complicou, e por isso ele e os seus assistentes saem de Alcains com trabalho positivo.

Discurso directo- Carlos Pereira, técnico do CD Alcains- “É sempre importante regressar a ganhar. O grupo está todo de parabéns porque não há vitórias individuais. No domingo, para a Taça de Honra José Farromba vamos com a intenção de ganhar. É preciso respeitar o adversário mas, as finais foram feitas para se ganharem. Relativamente à próxima temporada, tudo depende das intenções da Direcção. No que depender de mim, estou disposto a falar, mas entendo que o Clube Desportivo de Alcains tem todas as condições para apostar na subida à 3ª Divisão Nacional”.

Discurso directo- Hideraldo, capitão do CD Alcains- “Eu nas férias senti que ainda tinha condições para fazer mais uma temporada, apesar dos 39 anos e, como joguei muitos anos com o Carlos Pereira ele convenceu-me a jogar. Estou muito contente porque estive presente em todas as subidas do Alcains. Marquei, até agora, 11 golos, o que é muito bom, porque estou a jogar numa posição mais do meio campo. No próximo domingo sabemos que vai ser complicado, porque o Águias do Moradal tem uma boa equipa, com bons valores, mas vamos entrar para ganhar. Quanto a jogar no próximo ano, tudo vai depender de como eu me sentir nas férias, mas acho que vou fazer mais uma temporada e ajudar o clube a subir à 3ª divisão, porque aí é o lugar do Desportivo de Alcains”.
Discurso directo- Francisco Lopes, presidente do CD Alcains- “Esta subida representa a nossa aposta. Os objectivos foram conseguidos. A equipa está muito motivada e agora, na final da Taça de Honra, vamos à luta. Quanto à minha continuidade, vai haver uma Assembleia-geral, porque eu fui eleito para um ano, e logo se vê se continuo, porque há umas coisas ainda por resolver. Se eu continuar o objectivo será a subida, porque quando se joga o objectivo é sempre ganhar. O CDA tem todas as condições para subir, mas temos que encontrar as pessoas certas, mas é preciso ter em atenção que não somos só nós a jogar. Temos que respeitar todos os adversários”.

BENFICA CB- 1 DESPORTIVO CB- 3


Desportivo opera reviravolta e aumenta vantagem sobre encarnados

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- João Martinho, auxiliado por Cláudio Santos e Carlos Santos
Benfica CB- Ruben, Diogo Nunes, Dany, Silva, João Paulo, Cabaço, Fábio Barata, Machado, André Rodrigues, Flávio Santos e Ricardo Lourinho
Treinador- Leonido Afonso
Desportivo CB- Tiago Tavares, Humberto, Nuno Nunes, João Batista, Ricardo Lourenço, Cristiano Guerreiro, Miguel Lucas, Valdemar, Hugo Caio, Diogo Fonseca e Francisco Sordo
Treinador- João Paulo Natário
Substituições- André Rodrigues por Flávio Ramos aos 45, Machado por Tiago Santos aos 71 e Fábio Barata por Salavessa aos 80; Diogo Fonseca por João Latado aos 59
Disciplina- Amarelos a Hugo Caio aos 33 e Cristiano Guerreiro aos 63
Marcadores- Dany aos 16; Diogo Fonseca aos 34, Cristiano Guerreiro aos 56 e Miguel Lucas aos 76

Em mais um derby albicastrense a contar para o Distrital de Juvenis levou a melhor o Desportivo, equipa que lidera o campeonato e que, assim, aumentou a sua vantagem em relação ao seu opositor para 6 pontos.
Apesar da vitória por 3-1, o Desportivo até começou por estar na posição de derrotado, já que aos 16 minutos Dany adiantou os encarnados no marcador. É certo que as equipas ainda pouco tinham feito para alguma delas estar na frente do marcador, mas o Benfica acabou por marcar um golo que lhe podia dar mais confiança para enfrentar o resto do jogo.
Só que gradualmente a equipa do Desportivo foi ganhando algum ascendente e até foi com relativa naturalidade que chegou o golo do empate pouco passava da meia-hora. Foi no entanto um golo que nos deixou algumas dúvidas. Foram duas situações no mesmo lance que podem por em causa a validade do lance. Primeiro o guarda-redes Ruben pareceu-nos carregado em falta quando tentou saltar a uma bola, e depois a bola acabou por sobrar para Diogo Fonseca que rematou aparecendo um seu colega de equipa em fora de jogo a fazer um túnel para que a bola entrasse na baliza. Fica a dúvida se o jogador que estava em posição irregular tem ou não influência no lance.
O empate ao intervalo era justo mas o pior para o Benfica estava para acontecer na 2ª parte.
A equipa de Leonido Afonso, que conseguiu empurrar o adversário para a sua defensiva nos primeiros 10 minutos da etapa complementar, viria depois a perder o meio campo e o Desportivo conseguiu então um domínio que chegou a ser asfixiante para os encarnados. O meio campo do Benfica passou a confundir-se com a linha defensiva, de tanto que recuou, e a equipa estava então totalmente partida sem conseguir mostrar reacção ao melhor jogo do seu adversário. E com toda a naturalidade o Desportivo aproveitou os muitos buracos na defesa adversária para se adiantar por intermédio de Cristiano Guerreiro e carimbar a vitória por intermédio de Miguel Lucas quando faltavam 4 minutos para o final.O trio de arbitragem cometeu muitos erros e acabou muito contestado pelo Benfica e Castelo Branco. Ficam-nos muitas dúvidas no lance do primeiro golo do Desportivo, para além de outros lances em que ajuizou de forma errada.

DESPORTIVO CB A- 1 ARCB VALONGO A- 2


Primeira derrota do Desportivo e aproximação do Valongo

Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- Paulo Antunes e Délio Rolo
Desportivo CB A- Fábio Ramalho, João David, Marco Martins, Miguel Marcelo, Fábio Graça, Gonçalo Goulão, Nuno Cristóvão, Roberto Pereira, Tiago Gomes, José António, João Henriques e Frederico Almeida
Treinador- Luís Caetano
ARCB Valongo A- André Rocha, Nuno Silva, João Carrilho, Sérgio Nascimento, Bruno Sousa, Max Carvalho, André Silva, Nélson Santos, Tiago Rodrigues, Daniel Lourenço, Gonçalo Gonçalves e Rui Cordeiro
Treinador- Luís Duarte
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- Fábio Graça aos 17; André Silva aos 23 e Sérgio Nascimento aos 26

Num jogo que podia, em caso de vitória do Desportivo, decidir praticamente o campeonato, foi o Valongo que aproveitou o embate entre os dois primeiros da tabela classificativa para encurtar distâncias para o líder e manter-se assim na luta pelo título distrital de infantis.
Mesmo sem jogar bem, o Desportivo de Castelo Branco adiantou-se no marcador aos 17 minutos por intermédio de Fábio Graça. Era um golo que obrigava o seu opositor a recuperar de uma desvantagem e que o Desportivo nada tinha feito para o merecer.
Mas a reviravolta no marcador viria ainda na primeira parte. Em apenas 3 minutos, a equipa de Luís Duarte, dando sequência ao seu melhor período no jogo, empatou aos 23 por André Silva e chegou à vantagem 3 minutos depois por Sérgio Nascimento.
Ao intervalo a vantagem dos forasteiros aceitava-se, principalmente porque o Desportivo nunca conseguiu ser aquela equipa que tinha uma sequência impressionante de 19 triunfos consecutivos, tantos como o número de jornadas já disputadas.
E na segunda parte, apesar do jogo ter sido praticamente sempre disputado sob o signo do equilíbrio, foi o Desportivo que dispôs das duas melhores ocasiões para marcar. Primeiro José António não conseguiu desviar a bola do alcance de um defensor adversário quando estava de frente para a baliza, onde já não estava André Rocha, e minutos depois foi Gonçalo Goulão que dispôs de oportunidade soberana para chegar ao empate. Na sequência de um bom lance individual João Henriques é carregado dentro da grande área mas o número seis do Desportivo não conseguiu bater o keeper adversário na marcação da grande penalidade.
Uma vitória justa do Valongo que assim encurta para 4 o número de pontos de vantagem do Desportivo de Castelo Branco.Boa arbitragem.

AD ALBICASTRENSE- 22 JUVE LIS- 19


ADA soma 1ª vitória da fase final frente ao líder

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Guilherme e Marco José
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (2), Luís Robalo, Jonatas Valente, Sérgio Silva (2), João Fialho (7), Bruno Roberto (1), António Mata (3), Maximiano Ribeiro (4), Filipe Félix (3) e João Romão
Treinador- José Curto
Juve Lis- Francisco Aguiar e Vítor Pereira, André Ramos (2), André Gomes (5), André Afra (3), Aurélio Silva (1), Diogo Guedes, João Cordeiro (2), Ricardo Cardoso, Armando Cardoso (1), Bruno Costa e Márcio Marques (5)
Treinador- Pedro Teixeira
Marcador ao intervalo- 12-6

Depois de chegar ao 7-1 ainda antes de cumprida a primeira dezena de minutos, nada fazia prever que a Albicastrense viesse a passar por algumas dificuldades num jogo em que teve sempre o comando do marcador mas onde na segunda parte foi perdendo a vantagem importante de que dispunha até deixar o adversário chegar aos dois golos de desvantagem.
Durante os primeiros 30 minutos os azuis realizaram uma exibição convincente frente ao líder desta fase da 1ª Divisão. Os ataques raramente eram desperdiçados e José Pereira exibia-se em bom nível entre os postes da baliza da casa. Ao intervalo o 12-6 era uma “almofada” confortável para a outra metade do jogo.
Só que na 2ª parte as coisas chegaram a estar tremidas, muito por culpa do desacerto dos locais que permitiram uma recuperação aos leirienses a ponto da vantagem ter sido reduzida para dois golos quando faltavam pouco mais de 4 minutos para o final.
Mesmo assim, e apesar do susto, a equipa de José Curto conseguiu recuperar de uma fase menos conseguida e chegar ao final com uma vitória tão justa quanto importante.
Com estes 3 pontos a ADA mantém a última posição mas aproximou-se das equipas que seguem à sua frente numa tentativa de evitar a despromoção nas jornadas que faltam. O campeonato sofre agora uma paragem de duas semanas para regressar no dia 22 com a deslocação da Albicastrense ao pavilhão do Liceu Camões.A dupla de arbitragem cometeu pequenos erros mas não interferiu com o resultado final.