segunda-feira, outubro 30, 2006

BENFICA CB- 0 CARANGUEJEIRA- 1


Assim não!

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Luís Agostinho, auxiliado por João Martinho e Ricardo Lourenço (Portalegre)
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Miguel Vaz (2), João Peixe (3), Ricardo Viola (2), Trindade (2), Renato (2), Milton (1), Prata (2), Telmo (2), Ricardo António (2) e Alex (2)
Treinador- António Marques
Caranguejeira- Róis, Lagoa, Chico Macedo, Estroga, Ricardo Cardoso, Marco Aurélio, Nunito, Marco Ferreira, Edgar, Rachida e André
Treinador- Carlos Manuel
Substituições- Milton por Cascavél (2) aos 45, Prata por Zé Luís (3) aos 62 e Renato por João Paulo (-) aos 85; André por Ricardo Silva aos 65, Nunito por Moreira aos 77 e Marco Ferreira por Nuno Sousa aos 90+2
Disciplina- Amarelos a Miguel Vaz aos 43 e Trindade aos 90+3; Edgar aos 22 e Ricardo Silva aos 90+6

A figura do jogo- Zé Luís – Apesar de apenas ter entrado aos 62 minutos foi o menos mau em campo. Lutou muito nos poucos minutos que esteve em campo e foi dos pés dele que saíram alguns dos lances de maior perigo que o Benfica e Castelo Branco criou ao longo de todo o jogo.

O Benfica CB- Esta deve ter sido a pior exibição da época nos jogos que disputou no Municipal. Apesar de dominar o jogo praticamente do primeiro ao último minuto, revelou muitas dificuldades para jogar no último terço do terreno e consequentemente criar oportunidades de golo. Tem muitos jogadores em sub-rendimento de quem se esperava muito mais. Para se marcarem golos e ganhar jogos, primeiro é preciso criar oportunidades de golo, e foi nesse capítulo que as coisas estiveram pior. Esta equipa tem que valer muito mais que o que mostrou frente a um adversário claramente mais fraco.

É o jogo típico que prova que dominar de ponta a ponta não é suficiente para ganhar. Será sempre meio caminho andado, mas para isso é necessário acompanhar o domínio e a pressão sobre o adversário com oportunidades de golo e, se forem escassas, com eficácia. E foi isso que não aconteceu.
O Benfica e Castelo Branco cedo mostrou que é claramente melhor que a equipa da Caranguejeira, mas o simples facto de dominar e de se instalar a tempo inteiro dentro do meio campo do opositor de pouco ou nada vale, como acabou por se comprovar no final.
Com um onze inicial onde se estranhou a ausência de Cascavél e com alguns jogadores a actuarem em posições diferentes do que é habitual, o Benfica tentou surpreender mas acabou surpreendido. Miguel Vaz, por exemplo, deixou o flanco esquerdo para aparecer numa posição mais central, provocando o adiantamento de Milton para zonas mais ofensivas. A defesa, com Alex e Ricardo António no centro, Prata na direita e Trindade na esquerda nunca ajudou a provocar desequilíbrios na estrutura do adversário. Contra uma equipa tão encolhida no terreno, os laterais estavam quase que obrigados a subir para ajudar a criar superioridade numérica, mas isso poucas vezes aconteceu.
Além disso, os albicastrenses têm nesta altura do campeonato jogadores em claro sub-rendimento. Seria escusado falar em nomes, porque a equipa, no seu conjunto, tem que valer mais que 7 pontos em 7 jogos mas, por exemplo Ricardo Viola, Miguel Vaz e Milton são jogadores de quem se esperava muito mais. E claro que com tanta falta de forma acaba por se ressentir toda a equipa, que nos primeiros 45 minutos apenas conseguiu criar duas situações de perigo real para a baliza de Róis. Aos 14 minutos Renato rematou forte para defesa do guarda-redes adversário e à passagem da meia hora foi Telmo que com um remate à meia volta obrigou Róis à defesa da tarde. Muito pouco para uma equipa que joga em casa.
Na segunda metade a história não foi a mesma mas acabou por ser quase igual. A única diferença é que as oportunidades dos encarnados foram três, uma logo aos 47 minutos em que João Peixe atirou de cabeça às malhas laterais depois de um canto na esquerda de Miguel Vaz, outra dois minutos depois em que o próprio Miguel rematou forte obrigando Róis a defesa apertada para a frente onde apareceu João Peixe em posição irregular, e a última aos 69 minutos com um centro remate de Zé Luís da direita que quase acabava no fundo das malhas. A outra grande diferença é que o Caranguejeira, na primeira vez que chegou à área encarnada acabou por marcar. A isto chama-se eficácia e vale pontos. Faltavam 12 minutos para o final quando toda a defesa encarnada, agora constituída por Ricardo António, Alex e Trindade, se esqueceu de Ricardo Cardoso no lado esquerdo do ataque visitante que recebeu uma bola açucarada e só teve que desviar Hélder Cruz da baliza para depois atirar para os 3 pontos.
Foi um balde de água demasiado fria que deixou o Benfica completamente fora do jogo e da luta pelo resultado. Os encarnados acusaram, e de que maneira, o golo e não mais conseguiram inspiração para tentar alterar o rumo dos acontecimentos.
Até final ainda foi ao Caranguejeira que pertenceram as melhores ocasiões para ampliar, porque a vitória, essa, estava visto que foi conquistada ao minuto 78.
Um resultado que penaliza o Benfica, que foi mais dominador, mas que obriga os próprios jogadores a repensar naquele que é o seu real valor e naquilo que estão a mostrar nestas primeiras jornadas do campeonato.

A arbitragem- Não foi pelo árbitro que o jogo não correu bem aos encarnados. Apesar das queixas de António Marques, o juiz alentejano esteve quase sempre bem, apitou o que devia e sai de Castelo Branco com um bom trabalho.
Discurso directo- António Marques, treinador do Benfica CB- “Assistimos a um jogo em que uma equipa só atacou e outra só defendeu e fez muito anti-jogo. Eu, se tivesse pago bilhete para ver este jogo, no final ia pedir para ser reembolsado. Por estranho que pareça foram assinaladas 30 faltas à minha equipa… Mas isto não é desculpa para nada. Fomos dominadores e este é um resultado extremamente injusto porque, pelo que fizemos, merecíamos a vitória, mas hoje não foi o nosso dia. Quanto à minha situação, o meu lugar está sempre à disposição da direcção desde o início do campeonato”.

BOA ESPERANÇA- 3 ATLÉTICO- 3


Jogo grande com resultado justo

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Acácio Pinão e Francisco Alves, de Coimbra
Boa Esperança- Hugo Nunes e Vasco Antunes, Ricardo Machado, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Edgar Saraiva, Valter Borronha, André Gonçalves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Atlético- Silva, Vu, Gui, Nabais, Gari, Guedes, Luisinho, Mauro, Johnny, Ricardo, Filipe e Mané
Treinador- José Louça
Disciplina- Cartão amarelo a Hugo Silveira aos 10, Ricardo Machado aos 26, Marco Borronha aos 28 e Theres Oliveira aos 37; Nabais aos 19, Mauro aos 27 e Vu aos 37
Marcadores- Valter Borronha aos 29, Daniel Ascensão aos 37 e Theres Oliveira aos 37; Johnny aos 14, Hugo Silveira aos 17 (pb) e Nabais aos 35

À 5ª jornada a Boa Esperança perdeu os primeiros pontos no nacional da 3ª divisão. Mas, depois de ver o magnífico jogo proporcionado por dois dos candidatos à subida de escalão não é fácil perceber se foram dois pontos perdidos ou um ganho. Se olharmos para a marcha do marcador e para a forma autoritária como os da Tapadinha entraram no jogo e dominaram os primeiros 20 minutos, mesmo considerando que a Boa acertou 3 vezes nos ferros da baliza contrária, então podemos dizer que foi um ponto ganho.
Mas, se por outro lado, recordarmos os segundos 20 minutos que foram de total domínio dos albicastrenses, em que o Atlético se limitou a defender muito e bem e a sair de forma rápida para o contra-ataque, então já foram dois pontos perdidos.
A verdade é que foi um jogo intenso e muito táctico, entre duas equipas que provaram estar bem uma para a outra e que conseguiram transportar na perfeição para dentro das quatro linhas a máxima do futsal – “Ataque e contra-ataque”.
No jogo de sábado só a meio da primeira parte foi cometida a primeira falta por uma das equipas, e depois de em período inicial em que o Atlético mandou no jogo e mostrou os seus argumentos ao adversário, só aos 14 minutos chegou o primeiro golo. Pouco antes do intervalo o azar, que já tinha empurrado 3 bolas contra os postes e trave da baliza de Silva, bateu de novo à porta dos laranjas quando Hugo Silveira introduziu a bola na sua própria baliza dando outra dimensão à vitória parcial do Atlético.
Na 2ª parte os visitantes tiveram uma aula prática de defesa e de contra-ataque. A equipa lisboeta fechava-se muito bem dentro do seu meio campo e em contra-ataque obrigava a atenção máxima de Hugo Nunes que ainda foi obrigado a algumas intervenções de bom nível.
O golo de Valter Borronha com um pontapé de muito longe relançou o jogo e deu esperança a quem parecia estar em vias de a perder, mas o golo de Nabais a 5 minutos do final, e que voltava a dar vantagem de dois golos aos forasteiros, parecia deitar tudo a perder.
Só que a aposta de Humberto Cadete em Daniel Ascensão acabou por dar frutos aos 37 minutos quando o número 14 reduziu para 2-3. As equipas já estavam tapadas em faltas e podia ser aí que estivesse a chave do jogo. E estava. No caso a chave do empate. No mesmo minuto o Atlético cometeu a 6ª infracção e Theres aproveitou para, da marca dos 10 metros, restabelecer o empate que haveria de ser o resultado final.
Um resultado que se aceita e que mantém a Boa Esperança no comando da classificação visto que o Rio de Mouro também empatou pelos mesmos números na deslocação ao recinto da Casa do Benfica de Penamacor.A arbitragem, sem ter influência no resultado final, acabou por ter algumas dificuldades na análise de alguns lances, apitando algumas faltas inexistentes e deixando passar outras que foram mais evidentes.

AD ALBICASTRENSE- 34 FERMENTÕES- 33


Será que eles gostam de sofrer?

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Eurico Nicolau e Ivan Caçador (Leiria)
AD Albicastrense- Pedro Mendes e Ricardo Sousa, Martin Gomes (1), Luís Gama (9), Luís Robalo, Daniel Pereira, João Fialho (6), Bruno Roberto (1), Filipe Félix (7), Maximiano Ribeiro (4), Pedro Sanches (5) e João Romão (1)
Treinador- José Curto
Fermentões- Avelino, Bessa e Lemos, Rui Ferraz, André (3), Armando (15), Anderson, Eduardo (8), Rui Carvalho (3), Garcia (3), Carlos e Hugo (1)
Treinador- Artur Fernandes
Marcador ao intervalo- 15-14

Frente ao Fermentões, uma equipa muito jovem e com um jogador que se destaca dos restantes, falamos de Armando que só à conta dele apontou quase metade dos golos da sua equipa (15), a Albicastrense assinalou o regresso ao Municipal de Castelo Branco, depois de cumpridos os 3 jogos de castigo, com uma vitória. Foram 3 pontos arrancados a ferros mas muito por culpa dos azuis.
A equipa de José Curto não realizou uma boa primeira parte, e esteve quase sempre em desvantagem. É certo que a equipa de Guimarães nunca se afastou muito no marcador, conseguindo um 6-4 aos 10 minutos e um 13-10 a 8 minutos do descanso mas, as movimentações muito rápidas no ataque complicavam, e de que maneira, a manobra defensiva da equipa da casa, que também não estava a contar com uma tarde particularmente inspirada do guarda-redes Ricardo Sousa. Curiosamente foi quando aconteceu a troca na baliza que as coisas começaram a mudar. Pedro Mendes entrou muito bem e, do já referido 10-13 aos 22 minutos, a ADA acabou por chegar ao descanso com uma vantagem mínima mas que lhe permitia ir para os balneários com outro estado de espírito.
Nos segundos 30 minutos tudo estava a ser diferente até a arbitragem começar a cometer erros que prejudicaram os azuis que, em conjunto com um desacerto colectivo tanto no ataque como na defesa, quase que deitavam por terra uma vitória que estava conseguida e pensávamos que consolidada. Para se ter uma ideia, aos 40 minutos a ADA comandava o marcador por 22-17 e a 9 minutos do final a diferença mantinha-se (30-25). O pior foi mesmo a recta final em que o nervosismo quase deixava fugir 3 pontos. Apesar de tudo, no último ataque do Fermentões a equipa uniu-se na defesa e acabou por conseguir segurar uma vantagem mínima que lhe permite continuar nos primeiros lugares da zona norte da 1ª divisão.
No próximo sábado a equipa de Castelo Branco volta a jogar no seu reduto, desta vez frente ao Académico FC.A dupla de árbitros de Leiria não se costuma dar muito bem com os ares de Castelo Branco e no sábado isso confirmou-se mais uma vez. Errar para os dois lados é compreensível, agora quando o apito soa sempre contra os mesmos já não é muito normal…

ASSEMBLEIA GERAL DO BENFICA CB


Comissão passa a Direcção e sócios aprovam venda de terreno

O Benfica e Castelo Branco tem desde o último dia 23 os corpos sociais completos, devidamente eleitos e empossados. A Comissão Administrativa constituída no último Verão por 3 elementos, Domingos Farinha, João Paulo Nunes e Luís Rocha, este último já tinha apresentado a sua demissão ao presidente da Assembleia-geral, Lopes Marcelo, conseguiu agora reunir nomes para constituir a respectiva Direcção, Conselho Fiscal e Assembleia-geral.
Desta forma, Domingos Farinha é o novo presidente do emblema albicastrense sendo acompanhado por João Paulo Nunes como vice para o futebol. Fazem ainda parte da nova Direcção encarnada Sérgio Bento, vice-presidente, Paulo Silva, tesoureiro, José Cabarrão, secretário-geral, Paulo Silva, António Raposo, Fernando Alves e Manuel Costa, vogais. Fernando Santos é o presidente do Conselho Fiscal, órgão de que fazem ainda parte Inácio Santos, vice-presidente, e João Alves, vogal.
Quanto ao órgão máximo do clube, a AG, continua a ser presidida por Lopes Marcelo e também os restantes dois elementos se mantêm: Luís Ponte como vice-presidente e Eduardo Rato como secretário.
Vinte e nove votos favoráveis a esta lista e um nulo deram a devida estabilidade ao clube para o biénio 2006-07.
Ainda antes do acto eleitoral, Domingos Farinha fez o balanço destes meses em que o clube foi gerido apenas por dois elementos: “conseguimos por o barco a andar, o que não foi fácil porque éramos apenas dois, e ainda conseguimos ainda liquidar algumas dívidas”. João Paulo Nunes acrescentou ainda que “o que nos tem faltado é um pouco mais de sorte a nível desportivo”.
Lopes Marcelo, líder a AG salientou ainda que, “durante estes meses difíceis houve 3 ou 4 pessoas que assumiram financeiramente para que a rotura não acontecesse”, mas mesmo assim fez questão de referir que “se esta situação se repetir no futuro tenho a sensação que será muito difícil evitar a rotura”. Fica o aviso para o futuro…
Quanto aos objectivos para este mandato de dois anos, o novo presidente falou da “intenção de fazer um saneamento financeiro completo do clube e desportivamente levá-lo até onde a cidade quiser. Mais não podemos prometer. Nós somos realistas e temos que ir resolvendo os problemas do dia-a-dia do clube. Quando isso estiver feito, então podemos avançar para outros objectivos”.

Sócios autorizam venda de lote de terreno

Mas o assunto mais quente da Assembleia-geral acabou por ser o último ponto da ordem de trabalhos em que se analisava e votava um pedido de autorização da nova Direcção para a venda de um lote de terreno de que o clube é proprietário na Zona Industrial de Castelo Branco.
Sobre a mesa estava uma proposta da Auto-Pneus do Salgueiro, empresa que já possui o direito de superfície por um prazo de 25 anos e que agora se propunha à aquisição. Os números envolvidos eram de 75 mil euros a pagar no acto da escritura, 10 mil euros em combustíveis e pneus e 15 mil em publicidade nos equipamentos a pagar em Abril e Setembro de 2007.
A pergunta que se punha na cabeça dos sócios era mais que evidente: o Benfica vende parte do pouco património que tem e que destino dá ao dinheiro que entra? Lopes Marcelo esclareceu então que a ideia, e isto depois de algumas reuniões mantidas com a nova direcção, “é constituir algum património, por exemplo adquirir um apartamento para alojar os atletas do clube que vêm de fora ou ainda, por exemplo, comprar uma loja”. Sendo assim, continuou, “não é intenção destes corpos sociais delapidar o património do clube, e este problema só se levantou agora porque, para o projecto da Auto-Pneus do Salgueiro ter parecer favorável, é necessário que tenha a posse plena do lote de terreno e não só o direito de superfície”.
José Manuel Vaz, anterior presidente do clube, lembrou a história do referido lote de terreno: “este lote foi cedido ao Benfica no tempo em que César Vila Franca era o presidente da Câmara de Castelo Branco. Na altura que nos apercebemos que o António Pedro, sócio gerente da Auto-Pneus do Salgueiro, ia necessitar de ficar na plena posse do terreno, encetámos negociações e chegamos aos 125 mil euros para fecharmos o negócio. Contávamos nessa altura investir esse valor em dois estabelecimentos comerciais na cidade”. O ex-presidente mostrava-se assim favorável à venda do lote de terreno mas não pelos números que agora estão em cima da mesa.Depois destes esclarecimentos adicionais foi posta à votação a autorização para a venda do terreno e 28 votos favoráveis e duas abstenções conferiram à Direcção poderes para negociar a venda do referido lote que se situa na Zona Industrial.

segunda-feira, outubro 23, 2006

OLEIROS- 0 TEIXOSENSE- 1


Teixosense leva a melhor em tarde diluviana

Campo Américo dos Santos, Orvalho
Árbitro- Francisco Madeira, auxiliado por Hugo Gomes e David Afonso
Oleiros- João Luís, Quim Garcia, Andriaça, Tiago Ventura, Tiago Paulo, João Faria, João André, Carlitos, Tabarra, Norberto e Cunha
Treinador- José Ramalho
Teixosense- Canário, Jorge Daniel, Roque, Samuel, Ricardo Casteleiro, Marco, João Bruno, João Real, Luís Pedro, Hélder Morais e Bilha
Treinador- Vítor Palmeirão
Substituições- João Faria por José Bernardo aos 58, Tabarra por Naves aos 58 e Tiago Paulo por Hélio aos 77; Bilha por Ricardo Sousa aos 62 e Marco por Tiago Felizardo aos 71
Disciplina- Amarelos a Quim Garcia aos 71 e Andriaça aos 84 e 87; Hélder Morais aos 25, João Real aos 71 e Ricardo Sousa aos 90. Vermelho por acumulação de amarelos a Andriaça aos 87
Marcador- Hélder Morais aos 47

O Oleiros- O maior tempo de posse de bola que teve na 2ª parte não foi traduzido em oportunidades de golo e, por isso acabou por perder. O melhor que conseguiu foi acertar no poste da baliza de Canário, numa altura em que dominava claramente porque o Teixosense também estava interessado em segurar a vantagem que tinha conseguido.

O Teixosense- Depois de uma primeira parte muito equilibrada e que deu para ver que, quem marcasse primeiro, provavelmente ganharia o jogo, entrou bem na 2ª parte e aproveitou da melhor forma um livre directo para chegar à vantagem. Depois defendeu-se muito bem e, em contra-ataque, ainda assustou o último reduto oleirense.

Não foi um jogo bem jogado, nem podia ser devido à tarde diluviana que se abateu sobre a região na tarde de domingo e que foi tornando o pelado no Orvalho quase impraticável impedindo que qualquer uma das equipas conseguisse jogar com a bola rente ao solo.
Logo de início deu para ver que as oportunidades de golo iam ser escassas e que a equipa que menos erros cometesse, e conseguisse aproveitar um erro do adversário, provavelmente iria conseguir avançar para os quartos de final da Taça de Honra José Farromba.
Depois de 15 minutos iniciais em que o jogo foi muito concentrado no centro do terreno e em que os guarda-redes não passaram de meros espectadores de um jogo com muita luta e entrega de parte a parte, mas com poucos motivos de interesse, acabou por ser o Teixosense que primeiro conseguiu um ligeiro ascendente. Entre os 15 minutos e a meia hora de jogo os visitantes tiveram na posse do sinal mais mas, curiosamente, foi nesse período que a equipa de José Ramalho conseguiu as suas melhores oportunidades até então. Primeiro foi Norberto aos 19 minutos que, depois de um centro de Cunha, permitiu a defesa de Canário e 10 minutos depois foi o próprio Cunha que atirou ao lado da baliza do Teixosense.
Ultrapassados os 30 minutos o cariz do jogo alterou-se. A predominância ofensiva passou para o lado dos da casa mas, tal como aconteceu no período de domínio do Teixosense, foi neste período em que era o Oleiros que controlava que chegaram os dois lances de maior perigo da equipa de Vítor Palmeirão. Aos 39 minutos Roque testou o seu pé esquerdo num livre directo e atirou ao lado e, dois minutos depois, Hélder Morais, aproveitando uma falha de intercepção de Quim Garcia, rematou forte mas ao lado da baliza de João Luís.
O nulo ao intervalo aceitava-se e confirmava-se a ideia que referimos no início: quem marcasse muito provavelmente venceria o jogo.
E esta teoria seria mesmo reforçada logo no 2º minuto depois do reatamento. Na sequência de um livre directo a 3 metros da área e ligeiramente descaído para a esquerda, Hélder Morais bateu em folha seca sem hipóteses para o keeper oleirense.
Até final a história do jogo resumiu-se a uma entrega total de uma equipa, o Teixosense, na defesa do resultado que lhe era favorável e a procurar arrumar a questão em contra-ataque, e ao desespero de outra formação, o Oleiros, que a perder em casa e num jogo a eliminar fez todos os possíveis para tentar inverter a tendência do jogo. É certo que nem sempre o fez da melhor forma e que apesar de mais tempo de posse de bola apenas dispôs de uma oportunidade clara, quando Cunha acertou em cheio no poste direito da baliza de Canário, mas não é menos verdade que, as condições do tempo e do terreno estavam agora mais favoráveis à equipa que defendia o resultado que lhe convinha.
E no final a tese com que iniciámos esta análise acabou mesmo por se confirmar: ganhou mesmo a equipa que cometeu menos erros e que marcou primeiro.

A arbitragem- Começou com um episódio no mínimo hilariante. Francisco Madeira, antes mesmo do jogo começar, mandou Vítor Palmeirão sair do banco alegando que não estava inscrito no boletim de jogo. Três minutos depois o auxiliar David Afonso chamou o seu chefe de equipa e lá lhe disse que quem estava castigado era o treinador do Oleiros e não Vítor Palmeirão. O árbitro só teve um remédio: dirigiu-se a Vítor Palmeirão, pediu-lhe desculpa e autorizou-o a regressar ao banco. Antes de tomar a atitude que tomou devia procurar ter certeza do que estava a fazer… Quanto ao jogo, o terreno e a muita chuva não o ajudaram mas acabou por não ter influência no resultado final.

Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Penso que houve poucos erros de parte a parte, nós erramos uma vez e o Teixoso aproveitou um livre. Foi um jogo com poucas oportunidades de golo e só não dou os parabéns aos meus jogadores porque eles não ganharam. O empate seria o resultado mais justo mas o futebol é feito de golos. Quanto ao árbitro, não sei o livre que deu o golo do Teixosense existe ou não mas, tirando essa dúvida, penso que não teve influência no resultado”.
Discurso directo- Vítor Palmeirão, técnico do Teixosense- “As equipas conheciam-se bem, o Ramalho tentou surpreender, mas nós fizemos um jogo muito concentrado, de raça, também alteramos a nossa maneira de jogar mas o que realço é o grande trabalho da minha equipa e foi uma questão de marcarmos o golo e defendermos bem. Desde o jogo com o Oleiros para o campeonato não comento as arbitragens. Quanto ao episódio no início… a mim tudo me acontece no distrital… quem está castigado era o José Ramalho e não eu. Ainda bem que conseguiu corrigir a tempo, mas tudo isto era evitável se houvesse um pouco mais de atenção”.

SEMANA AGITADA NO DESPORTIVO DE CASTELO BRANCO


Marcelo assume presidência após demissão de Bernardino

Não foi uma semana fácil no Desportivo de Castelo Branco. Segundo conseguimos apurar, os problemas internos já se arrastavam há algumas semanas mas acabaram por se agravar nos últimos dias. Com uma situação financeira em recuperação de um passivo que chegou a números inimagináveis e desportivamente estável, depois de uma última temporada em que o clube alcançou o seu maior número de títulos no mesmo ano, ao todo foram três, o Desportivo de Castelo Branco estava, neste momento a atravessar um bom momento. Só que o inesperado aconteceu. José Bernardino, que preferiu não falar para já nesta situação, resolveu bater com a porta e entregar a sua carta de demissão. A partir desse momento punham-se duas hipóteses de sucessão, ou o presidente da AG marcava eleições, ou os restantes elementos que compunham a direcção de Bernardino se propunham a levar o mandato até ao fim. Depois de reunidos os corpos sociais, optou-se pela segunda hipótese. Carlos Vale, presidente da Assembleia-geral vai convocar eleições para o início do próximo ano e, até lá, é o anterior vice de Bernardino, António Marcelo que vai ficar no cargo de presidente.
Ainda a quente e poucos dias depois da demissão, José Bernardino ainda admitiu falar com a nossa reportagem mas, num segundo contacto, acabou por preferir não se manifestar numa altura em que, diz “as coisas ainda são muito recentes”. Já o novo presidente falou nessa qualidade a Tribuna Desportiva. António Marcelo diz que “vai seguir o modelo que estava a ser seguido pelo Bernardino”, refere também que “conto com o apoio dele até ao fim”, e que “se perdeu um dos melhores dirigentes do desporto distrital porque é um homem com H muito grande”.

António Marcelo, presidente do Desportivo de Castelo Branco

“A casa está arrumada e vamos continuar com ela arrumada”

Tribuna Desportiva- Esta semana aconteceu algo que não estava previsto, a demissão de José Bernardino. Que política vai seguir até ao fim do mandato? Será dar continuidade ao que estava a ser feito?
António Marcelo- Sim, realmente ficamos todos surpreendidos com o sucedido, porque nada o fazia prever. O Bernardino pediu a demissão, os órgãos sociais reuniram e chegámos à conclusão que o melhor seria o vice-presidente avançar até às próximas eleições. O trabalho até aqui realizado pelo anterior presidente é excelente, posso dizer que o futebol fica mais pobre porque cada vez há menos dirigentes e o Bernardino era, sem dúvida, um dos melhores dirigentes do distrito. A minha missão neste momento é dar continuidade ao trabalho que ele desenvolveu, inclusive tivemos uma reunião os dois e decidimos que ele vai continuar a apoiar o clube, uma vez que a maioria dos contratos e das responsabilidades eram dele, e será com o apoio dele que eu vou continuar. A casa está arrumada e vamos continuar com ela arrumada.
TD- O José Bernardino quando chegou encontrou o clube numa situação financeira difícil, hoje o passivo já foi substancialmente reduzido, desportivamente também tudo corre bem, para quando apagar definitivamente os números do passivo?
AM- Esse é um problema que o Desportivo está a ter. Se não houvesse este passivo poderíamos dizer que éramos completamente auto-suficientes no presente. Vou tentar falar com a Câmara e a Junta de Freguesia no que toca ao passivo e vamos continuar a cumprir os acordos que temos com as entidades credoras e que estamos actualmente a pagar mensalmente. Eu, apanhado nesta situação, não posso dizer que vou resolver nada, porque não é em dois ou três meses que eu posso fazer grande coisa. Quando a Direcção do José Bernardino entrou para o clube o objectivo era eliminar 25% do passivo em dois anos. Neste momento a redução já é superior a isso. Eu penso que a futura direcção é que terá que olhar para o futuro.
TD- Quando é que vão ser as eleições?
AM- Estive em contacto com o presidente da Assembleia-Geral, o Carlos Vale, e em princípio serão marcadas para Janeiro.
TD- E é sua intenção, nessa altura, encabeçar uma lista candidata?
AM- Estes 2 ou 3 meses vão ser como que um estágio. Iniciei este ciclo com o Bernardino e era com ele que eu queria terminar. Vou apalpar o pulso e agora é que eu começo a ver a realidade do clube. Vou pensar seriamente, porque eu gosto muito do Desportivo, apesar de estar à relativamente pouco tempo em Castelo Branco, e, se as pessoas que estão neste momento no clube, os directores, os pais que acompanham as equipas, quiserem que eu continue estarei disponível para pensar seriamente no futuro porque tenho disponibilidade, tenho vontade e gosto de desporto.
TD- A nível desportivo, são nove equipas que representam o clube, o que espera desta época?AM- O que eu gostaria era de tentar melhorar a época anterior. É difícil, porque fomos campeões em 3 escalões, mas ficaria muito satisfeito se conseguíssemos manter a equipa de juvenis nos nacionais e tentar subir com os iniciados e ainda lutar com os juniores. Eu penso que é ser muito ambicioso mas vamos tentar ser ainda melhores que o ano passado.

1º FESTAND DA CASA DO BENFICA EM CASTELO BRANCO


Como o andebol mexe com elas…

A Casa do Benfica em Castelo Branco levou a efeito no último sábado no pavilhão da Escola Afonso de Paiva o seu 2º Festand, o primeiro que organiza na presente temporada. Presentes, para além de três equipas do clube organizador, estiveram formações do Crato, Empregados do Comércio e Ansião. O objectivo destes encontros vão muito para além dos próprios resultados, que são o menos importante nestes convívios, mas sim ver como está a decorrer o trabalho que está a ser feito e, em simultâneo observar como reagem estas miúdas que, muitas delas, competem pela 1ª vez.
Este ano a Casa do Benfica em Castelo Branco está a trabalhar directamente junto das escolas do 1º ciclo do ensino básico. Paula Rodrigues trabalha na Escola João Ruiz, a professora Filomena Abrantes na Escola da Carapalha e a professora Patrícia é a responsável junto das próprias escolas. A equipa coordenada por Paula Espírito Santo conta ainda com Mariana Ivanova, que orienta tecnicamente as meninas mais velhinhas dos escalões de formação das encarnadas, as juvenis.
Na temporada que em breve vai começar, a Casa albicastrense do SLB vai participar nos respectivos campeonatos com equipas nos escalões de infantis, iniciadas e juvenis. Ao todo são 50 crianças albicastrenses que provaram no sábado que o andebol mexe muito com elas e que é esta a sua modalidade de eleição.
Para já, e depois do Festand de sábado, a Casa do Benfica foi já convidada para participar em iniciativa semelhante no Crato no próximo dia 18 de Novembro, no sábado seguinte, dia 25, vai realizar-se o 1º Encontro Interno da Casa do Benfica em Castelo Branco.
Recordamos que o clube de Castelo Branco tem como grandes objectivos para este ano a formação de uma equipa de bambis e duas de infantis e ainda promover o andebol na vertente feminina junto das escolas do 1º ciclo do ensino básico.

Rui Poças, responsável pela Formação da Casa do Benfica em Castelo Branco

“Estamos a fazer uma aposta
forte na formação”

Tribuna Desportiva- Que balanço se pode fazer deste 1º Festand desta temporada?
Rui Poças- Eu penso que é extremamente positivo. Tivemos 3 equipas de fora, Crato, Santarém e Ansião, foram 70 miúdas a participar e um convívio alegre. A Casa do Benfica este ano propôs-se apostar seriamente na formação, e esta é a primeira iniciativa do ano. As pessoas estão satisfeitas, as equipas que nos visitaram deram-nos os parabéns e na sequência disso fomos hoje convidados para ir ao Crato no dia 18 com estas equipas.
TD- O objectivo destas iniciativas é, naturalmente formar, para no futuro se fazer um aproveitamento para as seniores, no entanto, há aqui uma grande diferença de idades entre as mais velhas da formação e as seniores…
RP- A formação parou durante uns tempos, devido ao problema que houve no andebol feminino, o ano passado nós não arrancámos como quisemos e este ano estamos a apostar definitivamente nisso. O objectivo da Casa é, daqui a 5 ou 6 anos, termos, tal como se fazia anteriormente, a equipa sénior com cerca de 90% das jogadoras formadas no clube.
TD- Digamos que não é um trabalho para dar frutos no imediato mas sim a longo prazo…
RP- Exactamente, a médio, longo prazo termos as seniores todas, ou a grande maioria, com formação na Casa.
TD- Corre-se o risco das seniores pararem durante algum tempo?
RP- Aí temos que procurar fora, tentar manter a equipa que temos agora porque as seniores são o reflexo das mais novas.
TD- De qualquer forma, a equipa sénior tem muitas jogadoras que estarão em final de carreira…
RP- Nós temos que agradecer muito às jogadoras pelo esforço que fazem, vamos pedir-lhes para fazerem mais um esforço, dentro das medidas do possível, para aguentarem o barco mais 3 ou 4 anos. O nosso objectivo é manter as seniores o mais competitivas possível.
TD- Nesse sentido, está previsto algum reforço para o plantel sénior?
RP- Penso que até ao início da 2ª volta poderá haver uma ou duas novidades.
TD- Voltando à formação, que outras iniciativas estão previstas para este ano?
RP- Temos um torneio interno, só com as equipas da Casa, marcado para Novembro, vamos fazer a tal deslocação ao Crato e temos as equipas já inscritas nos respectivos campeonatos escalões de infantis, iniciadas e juvenis.
TD- Como é que está a decorrer a prospecção ao nível das escolas?RP- Neste momento estamos a trabalhar na Escola João Ruiz, na Carapalha, temos a continuação das atletas que vinham dos outros anos e a prospecção continua a decorrer porque, embora as equipas já estejam formadas, e já estarem inscritas nas provas, a qualidade só aparece com a quantidade.

segunda-feira, outubro 16, 2006

PÓVOA RM- 0 ÁGUIAS DO MORADAL- 1


Oleh foi grande e só não evitou o golo

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Ricardo Fernandes (4), auxiliado por Gonçalo Carreira e Tiago Gonçalves
Póvoa RM- Oleh Prokopets (5), Bento (3), Bernardino (3), Mata (3), Jorge Mota (3), Gustavo (3), Carlitos (4), David (2), Fino (3), João Silva (2) e Hugo Inácio (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Águias do Moradal- Miguel Ângelo (3), Pacheco (3), Spranger (3), Fonseca (3), Tomás (3), David (3), Aíldo (3), Edmilson (3), Dário (4), Paulo Rato (3) e Valadas (2)
Treinador- António Belo
Substituições- João Silva por Jeremias (2) aos 28, David por Hugo Louro (2) aos 60 e Bento por Hélio (-) aos 81; Valadas por Nuno Alves (3) aos 34, Tomás por Ludovico (3) aos 60 e Fonseca por Rui Paulo (2) aos 71
Disciplina- Amarelos a Jeremias aos 37, Mata aos 61 e Oleh Prokopets aos 77; Edmilson aos 65
Marcador- Edmilson aos 79

A figura do jogo- Oleh Prokopets (Póvoa RM)- É do melhor que há no distrito no posto específico de guarda-redes. Frente ao Águias do Moradal defendeu tudo o que havia para defender, inclusivamente uma grande penalidade, menos o cabeceamento de Edmilson em que não tem qualquer tipo de responsabilidade. Este ucraniano tem futuro e merece claramente um clube de âmbito nacional onde possa evoluir e mostrar-se mais.

O Póvoa RM- Sabia que estava a jogar contra uma equipa com outros argumentos e entregou o comando do jogo ao adversário refugiando-se no seu meio campo esperando pela oportunidade do contra-ataque. Oleh e Carlitos foram determinantes no adiar do golo da equipa do Estreito. Depois do golo sofrido ainda tentou chegar ao empate mas, naquela altura, já era tarde.

O Águias do Moradal- Teve um susto logo aos 2 minutos quando Miguel Ângelo teve dificuldades para suster um remate de longe de João Silva. Depois mudou-se de armas e bagagens para o meio campo adversário, mas não conseguiu, nos primeiros 45 minutos criar grandes oportunidades, à excepção do penalty desperdiçado. A partir dos 55 minutos as oportunidades começaram a aparecer e o golo que valeu uns justos 3 pontos acaba por surgir na sequência de um canto.

Tanto a Póvoa de Rio de Moinhos como o Águias do Moradal sabiam, ainda antes de começar o jogo, que este seria um encontro que nunca poderia ser jogado de igual para igual. Por isso, a equipa da casa adoptou um sistema de contenção, fechando-se bem no seu meio reduto, com um meio campo muito povoado e com Carlitos a actuar na posição de libero para dobrar os centrais, e os do Estreito, sabendo que teriam que ser eles a assumir as despesas do jogo, entraram com uma equipa em que Valadas era o pensador do jogo no meio campo ofensivo e Tomás o ponta de lança fixo perto dos centrais adversários.
Curiosamente, até foi a equipa de Rui Melo e João Zarro quem criou a primeira oportunidade de golo. Estávamos no minuto 2 quando João Silva, com um pontapé forte ainda fora da grande área pregou um susto a Miguel Ângelo. Estava feito o aviso de uma equipa que na última temporada complicou muito a vida ao Águias no jogo das meias-finais da Taça de Honra José Farromba.
Mas os pupilos de António Belo não se intimidaram e partiram de imediato para o meio campo adversário, mas a verdade é que em 45 minutos o melhor que conseguiram, mesmo dispondo de muito mais posse de bola, foi ganhar uma grande penalidade bem assinalada por Ricardo Fernandes já que Jeremias tocou a bola com a mão, mas desperdiçada por Paulo Rato. O central do Pinhal optou pelo remate mais em força do que em jeito e Oleh evitou o golo com as pernas segurando depois com as mãos. Parecia estar a desenhar-se o herói do jogo.
O nulo ao intervalo era um prémio justo para a forma como a Póvoa se tinha defendido, mesmo sentindo muitas dificuldades em sair para o contra-ataque, e um castigo para o domínio estéril da equipa de António Belo.
Na segunda parte as coisas alteraram-se de forma substancial pouco depois dos 10 minutos. O domínio do Águias do Moradal já resultava em ocasiões de golo mas Oleh ia evitando com defesas de grande nível aquilo que parecia inevitável.
Os pontapés de canto para os do Estreito sucediam-se e parecia ser nesse tipo de lances de bola parada que António Belo apostava. E se apostou ganhou, porque foi na sequência de um canto batido por Dário do lado esquerdo do ataque dos visitantes que chegou um golo que acabou por valer 3 pontos. Já dentro da pequena área, o brasileiro Edmilson saltou mais alto que todos os adversários e, de cabeça, abriu e fechou o placard.
A partir daqui o Águias fez o que lhe competia, circulação de bola, e a Póvoa também tentou o que tão poucas vezes conseguiu até aí, chegar de forma frequente junto da baliza de Miguel Ângelo. Das vezes que chegou à área adversária os da casa ainda assustaram o último reduto adversário que, no entanto, saem da Póvoa de Rio de Moinhos com uma vitória inteiramente merecida.
A arbitragem- Os da casa queixam-se de um lance em que Edmilson terá agredido um adversário, mas pelo que vimos pareceu-nos que o amarelo mostrado foi a solução adequada. Um fora de jogo mal tirado ao ataque do Águias do Moradal pelo auxiliar Tiago Gonçalves e pequeníssimos erros de análise não chegam para estragar um trabalho que foi claramente positivo.

Discurso directo- Rui Melo, técnico da Póvoa RM- “Nós sabemos que somos pequeninos mas acho que trabalhámos bastante bem. Fomos uma equipa coesa, forte, defrontámos uma grande equipa, mas o jogo tem que ser arbitrado de forma igual para os dois lados. No distrital já começam a pesar muito certas e determinadas situações. As leis dizem que, quando há agressão deve ser mostrado cartão vermelho, e no lance em questão a bola nem estava perto do jogador… Sabemos que o Estreito tem uma boa equipa, mas nós, com os jogadores que temos fizemos um bom jogo. Mas eles têm outro orçamento e, a pagar como pagam, se calhar toda a gente queria ir a jogar para o Estreito. Neste jogo faltou-nos um pouco de controlo na 2ª bola mas fizemos um excelente trabalho”.Discurso directo- Paulo Rato, jogador do Águias do Moradal- “Falhámos um penalty na primeira parte mas, pelo que vi da outra equipa, que só criou uma oportunidade logo no primeiro minuto, passou o tempo todo a defender. Ao contrário de outros jogos hoje não criámos tantas oportunidades, mas penso que fizemos um bom jogo, com muita posse de bola, trabalhámos bem e acho que foi uma vitória merecida. Não gosto de comentar o trabalho dos árbitros”.

5º ENCONTRO DESPORTIVO TRIURBIR 2006


Castelo Branco, Cáceres e Plasência unidos também pelo desporto

A TRIURBIR, Triângulo Urbano Ibérico Raiano, organizou no último fim-de-semana em Castelo Branco a 5ª edição do seu Encontro Desportivo que reuniu atletas sub-16 de Castelo Branco, Cáceres e Plasência em várias modalidades desportivas.
Para além da vertente desportiva e do convívio entre as três cidades Ibéricas, a novidade deste ano foi a inclusão no programa de um Seminário subordinado ao tema “Desporto e Autarquias”. Neste debate em que estiveram presentes, para além do anfitrião Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Enrique Tornero, vereador do Desporto do Ayuntamiento de Plasência e Campeão Paralímpico de 400 metros livres nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e campeão do Mundo na mesma prova na Nova Zelândia, Rebeca Dominguez, Administradora da TRIURBIR na cidade de Cáceres e ainda o Dr. Manuel Brito, Mestre em Ciências da Educação / Metodologia da Educação Física pelo Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa, que tem um vasto curriculum no qual se destacam os cargos de Presidente do Instituto Nacional do Desporto (IND) entre 1999 e 2002, Presidente do Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto e Presidente do Conselho Nacional de Anti-dopagem. Um painel com muita qualidade e que atraiu ao auditório do Instituto Português da Juventude de Castelo Branco na tarde de sábado muitos interessados sobre o tema em discussão.
Neste seminário, ficou-se a conhecer a realidade em termos de desporto apoiado pelas autarquias nas três cidades. E neste capítulo, são ainda algumas as diferenças entre o que se faz por cá, mesmo sabendo que estamos em franca evolução, e o que se passa do outro lado da fronteira. Só para se ter uma ideia, e já para não falar da quantidade de equipamentos que Cáceres e Plasência têm, embora sendo cidades com uma dimensão semelhante à de Castelo Branco, cada habitante de Plasência que queira fazer uso de uma qualquer instalação para a prática das diferentes modalidades apoiadas pelo Ayuntamiento, terá que desembolsar 20 euros por ano. Uma verba quase insignificante e que fica muito áquem dos preços que se praticam por cá. Mas também aqui é preciso ter em conta que, em muitas situações são os clubes ou associações que gerem os espaços públicos dentro das horas que lhes são atribuídas pela Câmara e que depois acabam por ser as próprias agremiações a usufruir directamente da verba que é paga mensalmente pelos utilizadores. Realidades diferentes mas com formas de trabalhar igualmente diferentes.
No que toca a grandes organizações ou captação de eventos, o ciclismo, lá como cá, tem uma atenção muito especial. Enrique Tornero referiu que “este ano a autarquia de Plasência investiu entre 90 a 95 mil euros neste tipo de situações”, das quais destacou “a organização da final do Campeonato Espanhol de Canoagem e a recepção de uma etapa da Volta à Espanha em Bicicleta”. Também por cá uma das apostas recaiu no ciclismo com Castelo Branco a receber igualmente uma etapa da Volta portuguesa.
Voltando ao âmbito desportivo, nesta edição equipas em representação das três cidades que integram a TRIURBIR, competiram em andebol feminino e masculino, futebol de 7 masculino, basquetebol masculino e feminino, futsal masculino, ténis, atletismo e paintball, uma modalidade de exibição em que o Lar Jovem foi o representante de Castelo Branco.
Nas outras modalidades, a Associação Desportiva Albicastrense participou no andebol masculino enquanto que em femininos foi a Casa do Benfica em Castelo Branco a equipa portuguesa presente. O Desportivo de Castelo Branco participou no futebol de 7 bem como no basquetebol, tanto masculino como feminino. No futsal a representante de Castelo Branco foi a Boa Esperança e no ténis a representação coube a uma selecção dos melhores atletas do concelho, escolha feita pela própria Associação de Ténis de Castelo Branco.
Como já se referiu, nestes eventos, apesar da vertente competitiva, os resultados finais são o que menos conta, relevando-se mais o convívio e o inter-câmbio entre os próprios jovens que integram as equipas das três cidades. Mas para que conste, as representações de Castelo Branco venceram no andebol masculino e no futebol de 7. Cáceres venceu a maioria das competições com destaque para o basquetebol masculino e feminino e o ténis.
O atletismo foi outra das modalidades que também contou com uma prova integrada no Grande Prémio da Junta de Freguesia de Castelo Branco. Aqui a vitória sorriu aos portugueses em todos os escalões. As representações nos diversos escalões estiveram a cargo de atletas da Associação do Bairro do Cansado e da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo.
Um fim-de-semana em cheio, com o tempo a ajudar, e com o público a corresponder nos diversos locais onde as competições decorreram. Segundo José Carlos Petrica, Técnico de Desporto da Câmara Municipal de Castelo Branco e o responsável da organização deste 5º Encontro Desportivo TRIURBIR, “houve uma grande evolução em relação às edições anteriores em termos desportivos e não só, porque este ano juntou-se a componente científica com a organização de um Seminário em que se destaca a excelente qualidade dos elementos que compuseram o painel”.
Já estamos à espera da próxima edição!


Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco

“Estes inter-câmbios servem
para abrir portas todos os dias”

Tribuna Desportiva- Este é o 5º Encontro Desportivo TRIURBIR, como decorreu a edição deste ano?
Joaquim Morão- Eu acho que estes encontros que nós fazemos, no âmbito das três cidades, Cáceres, Plasência e Castelo Branco, têm que ser vistos, não só no plano desportivo, mas também num encontro de gerações dos dois países, porque este inter-câmbio entre jovens é muito importante que se faça. Numa altura em que não há barreiras, em que os jovens têm que penetrar noutros países para procurar novos horizontes, estes inter-câmbios que nós fazemos com os nossos vizinhos espanhóis mostram o bom relacionamento que existe e o bom trabalho que nós estamos a fazer em prol dos jovens, porque temos oportunidade de praticar desporto mas, em simultâneo, confraternizar com os jovens destas duas cidades espanholas. Foi muito animado, com jogos de várias modalidades, tivemos um colóquio e foi mais um encontro que fizemos que foi salutar para a juventude destas três cidades.
TD- Para além do plano desportivo é também importante a aproximação que se fortalece entre Castelo Branco, Cáceres e Plasência…
JM- Como é evidente. Estes inter-câmbios servem também para fortalecer o relacionamento entre as três cidades, porque isso cada vez é mais importante.
TD- Que proveito é que a cidade de Castelo Branco pode tirar deste tipo de encontros?
JM- Além do relacionamento entre a nossa Câmara e os Ayuntamientos de Cáceres e Plasência, que têm a ver com aspectos económicos e captação de fundos comunitários para as três cidades, existe também este tipo de relacionamento humano entre nós que também é bom e importante que exista. Um relacionamento que ultrapassa o económico ou o de fazer obras, mas uma relação entre as pessoas. E isso é importante e também o fazemos com muito gosto.
TD- E também serve para mostrar que Castelo Branco tem todo o tipo de infra-estruturas para receber um convívio deste tipo…
JM- Exactamente. Também demonstrámos que temos capacidade de organização, que sabemos receber e que também temos infra-estruturas para desenvolver as várias actividades desportivas, porque temos pavilhões, temos campos de futebol, temos tudo o necessário para receber estes acontecimentos.
TD- No contacto que teve com os autarcas espanhóis que estiveram em Castelo Branco que opinião lhe manifestaram acerca deste 5º Encontro Desportivo TRIURBIR?
JM- Eles gostam sempre de vir e de participar porque também têm carinho por nós como nós temos por eles. Todos sabemos que, cada vez mais, temos que fazer estes inter-câmbios e abrir novas portas todos os dias.

BOA ESPERANÇA- 6 SACAVENENSE- 4


Boa Esperança mantém liderança

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Fernando Baltazar e Carlos Gomes, da Guarda
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Hugo Nunes, Ricardo Machado, Francisco Aragonês, Bruno Barata, André Martins, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Valter Borronha, André Gonçalves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Sacavenense- André, Hélder, Casimiro, Bruno, Inglês, Renato, Paulo Faria, Paulo Costa, Fred, Hugo, Ruca e Filipe
Treinador- Portela
Disciplina- Cartão amarelo a Valter Borronha aos 25 e Theres aos 30; Paulo Faria aos 15, Renato aos 19, Paulo Costa aos 25, Casimiro aos 30 e Fred aos 30
Marcadores- Theres aos 15 e 21, André Gonçalves aos 16, Bruno (pb) aos 19, Valter Borronha aos 27 e Hugo Nunes aos 38; Paulo aos 1, Fred aos 29 e 38 e Casimiro aos 31

A Boa Esperança continua na senda das vitórias e à 3ª jornada aconteceu a 3ª vitória. Frente a um Sacavenense que assustou logo no 1º minuto ao marcar um golo no primeiro remate que fez à baliza de Hugo Nunes, a Boa Esperança demorou alguns minutos a recompor-se de uma situação que não estava à espera e só a 5 minutos do intervalo conseguiu um empate que já há muito merecia. Nessa altura a equipa albicastrense atravessava o seu melhor momento dos primeiros 20 minutos e o livre de 10 metros concretizado por Theres acabou por abrir caminho a uma reviravolta que ainda chegou antes do intervalo.
No minuto seguinte foi André Gonçalves que adiantou a sua equipa pela primeira vez no jogo e já nos últimos segundos acabou por ser um auto-golo de Bruno que definiu o resultado ao intervalo.
Na segunda parte, sem pressão, e contra um adversário que já se tinha visto não conseguia criar grandes problemas, a Boa Esperança acabou por chegar com relativa naturalidade ao 5-1, com golos novamente de Theres e de Valter Borronha. Até essa altura do 5º golo, que chegou no minuto 27, os laranjas dominaram a toda a linha e chegou-se a pensar que estavam definitivamente embalados para uma goleada. Só que o Sacavenense reagiu e acabou por reduzir para 5-3, mas sem nunca por em questão a atribuição dos 3 pontos, até porque os golos dos visitantes foram sempre conseguidos com remates de longe, porque essa era a única forma que conseguiam alvejar a baliza dos da casa.
Numa altura de desespero em que o Sacavenense tudo tentava para diminuir a diferença, e quando jogava sem guarda-redes, adoptando a táctica dos cinco jogadores de campo, acabou por ser o keeper da casa, de baliza a baliza, a por um ponto final em qualquer ténue esperança dos de Sacavém levarem pontos de Castelo Branco.
Vitória justa, por números que pecam por escassos, e que mantém a Boa Esperança no pelotão da frente da série C da 3ª divisão. No próximo sábado a equipa de Humberto Cadete desloca-se ao terreno do Mira Sintra, onde mora um adversário que tem 7 pontos e que já bateu no seu terreno a Casa do Benfica de Penamacor por 5-3.
No sábado a dupla de arbitragem da cidade da Guarda dirigiu bem um jogo sem casos.
Discurso directo- Humberto Cadete, técnico da Boa Esperança- “Tivemos um período inicial fraco e isso acabou por deitar a pressão do jogo para as nossas costas. Depois, com toda a justiça, apareceram os golos e a equipa tranquilizou. A boa exibição do Sacavenense acaba por valorizar a nossa vitória. Nesta altura a equipa vai evoluindo de forma cautelosa. O campeonato deste ano parece-me muito mais equilibrado porque nós acabamos por ganhar os nossos 3 jogos mas todos eles foram muito difíceis”.

AD ALBICASTRENSE- 27 SANTANA- 21


Reviravolta na 2ª parte

Pavilhão Municipal do Crato
Árbitros- Flávio Carvalho e João Malhado (Leiria)
AD Albicastrense- Pedro Mendes e Ricardo Sousa, Martin Gomes, Luís Gama (2), Nuno Leitão, João Fialho (6), Bruno Roberto, Luís Robalo (2), Filipe Félix (7), Maximiano Ribeiro (3), Pedro Sanches (4), Daniel Pereira, João Romão e Carlos Gomes (3)
Treinador- José Curto
Santana- Luís, Jorge Teixeira (5), Luís Isidoro, António Serra (1), Hélder Araújo (2), Tiago Azevedo, Bruno Ferreira (1), José Costa, Tiago Andrade (2), André Paiva, André Peres, Artur, Fernando Ernesto (3) e Dionísio Sousa (7)
Treinador- Serafim Borges
Marcador ao intervalo- 12-13

Num jogo que aparentemente não traria grandes problemas aos azuis, a equipa de José Curto só na segunda parte conseguiu embalar definitivamente para uma vitória por números expressivos.
Nos primeiros 30 minutos a ADA comandou quase sempre o marcador, chegando mesmo a dispor de uma vantagem de 4 golos, mas uns minutos menos conseguidos e bem aproveitados pela equipa do Porto, acabaram por permitir que os nortenhos chegassem ao descanso com uma vantagem de 13-12 no marcador.
Na 2ª parte não houve período menos bom da Albicastrense e contando com as excelentes actuações dos guarda-redes Pedro Mendes e Ricardo Sousa e ainda com os golos e o bom momento de forma de Filipe Félix, a diferença no marcador foi aumentando de forma gradual dando um colorido ao placard que acaba por não deixar nenhuma dúvida em relação à melhor equipa em campo. Para se ter uma ideia, nos segundos 30 minutos a equipa que jogou em casa emprestada pela última vez, conseguiu um parcial de 15-8. Significativo!
No próximo sábado a ADA desloca-se ao reduto do Núcleo Desportivo de Veteranos Senhora da Hora, onde se espera que aconteça mais uma vitória, e para o dia 28 está marcado o regresso ao Municipal com a recepção ao Fermentões.Boa actuação da dupla de árbitros leiriense.

BENFICA E CASTELO BRANCO COM CAPTAÇÕES

Encarnados à procura de futuros craques

O Sport Benfica e Castelo Branco iniciou no final do último mês o seu novo projecto de formação de futebol. Neste sentido, estão a decorrer treinos de captação nos escalões de pré-competição, para crianças nascidas nos anos de 1999 e 2000, escolinhas, nascidos entre 1996 e 1998, e infantis, destinado a jovens que este ano ou no próximo completam 12 anos.
As captações decorrem sempre no sintético nº 1 do Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco. Todos os interessados no escalão de pré-competição devem comparecer no campo referido nos sábados às 10.30, as escolinhas nas segundas e quintas-feiras às 18 horas e os infantis nas segundas e quartas-feiras também às 6 da tarde.Para mais informações os jovens ou os pais devem deslocar-se à sede do clube, na Rua dos Ferreiros, ou contactar o telefone 272 341076.

ORGANIZAÇÃO DA CASA DO BENFICA EM CASTELO BRANCO

Sábado há Festand!

A Casa do Benfica em Castelo Branco organiza no próximo sábado o 1º Festand onde, para além da equipa organizadora vão estar representantes das zonas de Ansião, Santarém e Covilhã. Para além deste evento, está já agendado para o próximo dia 25 de Novembro o 1º Encontro Interno onde participam apenas as equipas da Casa do Benfica em Castelo Branco e onde as professoras responsáveis pelos diversos níveis da formação farão uma primeira análise do trabalho entretanto feito.
Para esta época, o emblema albicastrense, que é, como se sabe, o único a trabalhar na cidade o andebol feminino, tem como grandes objectivos a formação de uma equipa de bambis e duas de infantis e ainda promover o andebol na vertente feminina junto das escolas do 1º ciclo do ensino básico.Neste momento a equipa coordenada por Paula Espírito Santo, está a trabalhar 3 vezes por semana na Escola João Ruiz, com a Paula Rodrigues, outras 3 na Escola da Carapalha, com a professora Filomena Abrantes, sendo a professora Patrícia responsável pelo trabalho nas escolas do 1º ciclo. Mariana Ivanova trabalha com as mais velhinhas, as juvenis, a equipa que, daqui a alguns anos, poderá começar a fornecer atletas à formação sénior e aí se começará a ver um trabalho que, por enquanto e aos olhos dos mais desatentos, é o chamado trabalho invisível.

TRABALHO ANDEBOL FEMININO DA CASA DO BENFICA EM CASTELO BRANCO


Encarnadas querem 1ª Divisão

Depois de falhado o título nacional da 2ª Divisão na última temporada e de criada este ano, de forma transitória, uma divisão única no andebol feminino português, a Casa do Benfica em Castelo Branco arrancou para esta época com o firme objectivo de estar no próximo ano na 1ª divisão. Para isso Paula Espírito Santo conta com todo o plantel do último ano à excepção de Vera Gorjão. A técnica das albicastrenses sabe que a tarefa não vai ser nada fácil, não só porque o plantel é curto, mas também porque na série da sua equipa estão outros dois potenciais candidatos, o Colégio João de Barros, equipa que na última época “roubou” o título à Casa do Benfica e o Juve Lis, outra equipa fortíssima.
Estão como que 3 galos para dois poleiros. Este ano apenas o 1º lugar dá subida directa à 1ª divisão da próxima época e acesso à fase final da luta pelo título, dando o 2º lugar passagem a uma segunda fase que, posteriormente, também pode permitir atingir o escalão maior do andebol feminino português.
E a temporada não começou da melhor forma para as meninas de Paula Espírito Santo. Depois de cilindrarem o 1º de Maio na jornada inaugural, as encarnadas receberam um potencial adversário, precisamente o Colégio João de Barros, e perderam pela margem mínima. Num campeonato tão curto como é este na 1ª fase, uma derrota não significa que o 1º lugar está definitivamente fora dos horizontes do clube, mas os jogos frente ao Juve Lis, em Leiria e em Castelo Branco, e a deslocação ao Colégio João de Barros, passam agora a ter um cariz decisivo. Partindo do princípio que as 3 equipas candidatas vencem todos os outros jogos, a Casa do Benfica, para atingir a subida directa e conseguir a participação na discussão do título, está quase obrigada a vencer fora o Colégio e a não perder nenhum dos dois confrontos com a equipa de Leiria. Não é impossível, mas a derrota caseira complicou. Por outro lado, sempre sobra a luta pela 2ª posição que numa 2ª fase também pode dar a subida. Mas com tantas organizações, ajustes e reajustes, este campeonato já sofre de um mal incurável. É que as equipas que não terminarem esta fase nos primeiros dois lugares vão terminar a temporada no dia 4 de Fevereiro…
O campeonato sofre agora uma interrupção regressando no dia 29 de Outubro com a deslocação da Casa do Benfica em Castelo Branco ao pavilhão do Cister, em Alcobaça.

Paula Espírito Santo, treinadora da Casa do Benfica em Castelo Branco

“Vai ser um campeonato extremamente complicado”

Tribuna Desportiva- O mesmo plantel do ano passado, sem a Vera Gorjão, para tentar a subida de imediato com o 1º lugar ou 2º para continuar a lutar pela subida?
Paula Espírito Santo- Eu acho que o desporto em Castelo Branco, seja em que modalidade for, tem que lutar sempre para estar em primeiro, ou então termina. Ou a nossa equipa de seniores se mantém a um nível elevado ou então dificilmente se aguenta mais. Tendo em conta que a Casa do Benfica começou o ano passado e neste momento estamos a fazer uma aposta forte na formação, temos juvenis e infantis mas temos uma diferença muito grande. É óbvio que a aposta tem que ser sempre para isso. Este campeonato é muito complicado, perde-se um jogo e têm que se começar logo a fazer contas e se no dia 4 de Fevereiro nós não tivermos ficado em 1º ou em 2º lugar a época terminou. O plantel é pior que o do ano passado, no sentido numérico, mas é óbvio que vou lutar sempre para ganhar. Mas ao contrário do ano passado em que eu assumi que ia lutar pelo campeonato porque sabia que podia, este é o que eu desejo… não sei é se consigo assumir.
TD- Este ano há 3 equipas para lutar pelos primeiros 2 lugares…
PES- Há três equipas extremamente competitivas, que somos nós, o João de Barros e o Juve Lis e também sabemos que os Empregados do Comércio têm algumas jogadoras que se mudaram do Assomada porque estão a estudar em Santarém, portanto, se calhar, em vez de 3 passamos a ser 4. Com este plantel é só nós fazermos contas. E se acontece uma lesão?
TD- O ano passado no final da época a Paula disse que precisava descansar. Foi um desabafo de final de época ou ponderou mesmo não fazer este ano?PES- O final da época passada foi muito complicado. Nós entramos no play-off, ganhámos os primeiros 3 jogos e depois, com alguns comportamentos desajustados, acabámos por perder os outros 3 jogos quando nos bastava ganhar 2. Foi um desgaste enorme para mim e acabou por ser também para as atletas porque ir ao norte e perder por um quando posso ganhar… Foi muito cansativo. Eu saí daqui profundamente aborrecida porque achava que podia ter subido à 1ª divisão e acho que estas jogadoras perderam a grande oportunidade da vida delas de serem campeãs de alguma coisa. Este ano… eu não tenho receio porque eu fui uma jogadora ensinada para ganhar mas se perder, perco. Agora, analisando tudo, estas equipas do interior têm que lutar para se manter à tona, futebol, andebol e todas as modalidades, e no andebol isso ainda é mais claro.

SPORTING CP- 6 DESPORTIVO CB- 0


Desportivo melhor na 2ª parte
(Foto www.sporting.pt)

Campo nº1 da Academia do Sporting, Alcochete
Árbitro- Tiago Canário, auxiliado por João Constantino e João Carlos Jacinto (Beja)
Sporting CP- Nuno Silva, Cédric Soares, Pedro Mendes, Bruno Simões, Michael Santos, André Martins, Luís Andrade, Diogo Amado, Wilson Eduardo, Diogo Rosado e Januário Jesus
Treinador- Luís Dias
Desportivo CB- Tiago Tavares, João Ricardo, Jorge Cruchinho, Fábio Riscado, Ricardo Lourenço, João Machado, Diogo Fonseca, Bernardo, João Latado, Cristiano e Francisco
Treinador- João Paulo Natário
Substituições- Diogo Amado por Vasco Oliveira aos 48, Luís Andrade por André Sousa aos 55 e André Martins por Joshua Silva aos 62; Cristiano por João Batista aos 40, Diogo Fonseca por Daniel aos 60 e Bernardo por David aos 75
Disciplina- Cartão amarelo a João Latado aos 68
Marcadores- Wilson Eduardo aos 1 e 51, Diogo Amado aos 7, Luís Andrade aos 15, Diogo Rosado aos 31 e Joshua Silva aos 79

O Desportivo de Castelo Branco perdeu na manhã do último sábado em Alcochete na Academia leonina por 6-0 frente ao Sporting em jogo a contar para a 6ª jornada do Nacional de juvenis.
Uma derrota natural, frente a um crónico candidato ao título nacional, e que em nada desvia os pupilos de João Paulo Natário do objectivo manutenção.O campeonato sofre agora uma interrupção de 15 dias, regressando no dia 5 de Novembro com a recepção do Desportivo albicastrense ao Estrela da Amadora.

segunda-feira, outubro 09, 2006

CLUBE DO PINHAL SENTE-SE PERSEGUIDO PELAS ARBITRAGENS


Vitória de Sernache ameaça abandonar o Distrital de Castelo Branco

A derrota no Paúl frente ao Unhais da Serra foi a gota de água que fez acabar com a paciência do presidente do Grupo Desportivo Vitória de Sernache.
As críticas às actuações dos árbitros começaram na segunda jornada, quando o Vitória sofreu o golo do empate no Teixoso já em períodos de compensações e com o treinador António Joaquim a referir no final do jogo arbitrado por Ricardo Alexandre que “o árbitro, mesmo pressionado como estava, vinha a fazer um trabalho aceitável. Viu o que quis, ouviu o que quis e só para um lado, e penalizou-nos no lance que dá o empate. Se calhar eu já sabia que isto ia acontecer. Quando fui ver as nomeações no site da AFCB eu já sabia que estas coisas iam acontecer. Anda alguém constantemente a perseguir-nos… continuem!”. No domingo seguinte as críticas dirigiram-se a Bruno Nave e à sua equipa por ter validado um golo ao Valverde quando, segundo o presidente do clube António Guerra “ o jogador que o marca está um metro e meio fora de jogo”.
No último domingo o alvo das críticas dos vitorianos foi Márcio Lopes. O juiz que dirigiu o jogo frente ao Unhais da Serra assinalou uma grande penalidade contra a equipa do Pinhal aos 92 minutos. Mas o problema parece nem ter sido esse. É que o guarda-redes Vilela defendeu a grande penalidade mas o árbitro, por indicação do seu assistente Cláudio Santos, mandou repetir a cobrança. Daí nasceu o golo que acabou por decidir o jogo.
No final da partida António Guerra explodiu e chega ao ponto de dizer que “se ninguém fizer nada marco uma Assembleia-geral do clube e abandonamos o Distrital e avanço por outros meios”.
Antes disso, o líder do emblema de Sernache de Bonjardim diz que vai “fazer uma exposição ao Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco e pedir uma reunião para saber o que se está a passar em relação ao Vitória de Sernache e para pôr os pontos nos is. Isto assim parece que já há aqui qualquer coisa… Se nada for feito, e como já há os apitos dourados, azuis e vermelhos então vou elaborar um dossier e entregar às autoridades judiciais! Eu não sei o que é que o senhor árbitro tem contra o Vitória de Sernache, o que é certo é que o resultado é injusto e o penalty é repetido só para haver golo do Unhais da Serra. Nada me move contra o Unhais, prezo muito o Unhais, mas o que é certo é que foi defraudada a verdade do jogo. Tudo o que aconteceu no jogo de hoje (domingo) tem como único responsável o senhor árbitro. Eu dou sempre o benefício da dúvida aos árbitros mas o que é certo é que estas arbitragens já não se usam. Este já é o terceiro jogo em que somos prejudicados! Não se pode andar a gastar dinheiro e esforço humano para depois acontecer isto! Eu quero é jogar futebol e ter um futebol limpo!”.
Já depois de terminado o jogo no Paúl, no caminho para os balneários, Márcio Lopes informou o delegado do Vitória que Rogério, suplente não utilizado, também está considerado expulso, e mandou ainda identificar António Joaquim, que viu o jogo da bancada por se encontrar a cumprir o primeiro de 3 jogos de castigo, por alegadamente “estar a protestar na bancada”, esclarece o técnico do Sernache. E António Joaquim continua, “ora se na bancada estão 150 pessoas porque é que ele me manda identificar só a mim e não o faz logo no local, ou depois já no túnel quando passou por mim acompanhado pela GNR, sem que eu lhe tenha dirigido qualquer palavra, mas só depois nos balneários?”. Ao que apurámos, já no final, também o presidente do Estrela de Unhais da Serra terá sido mandado identificar pelo árbitro à GNR. António Guerra também teve a mesma sorte, isto porque “lhe disse que não estava a actuar bem! Mas o que é isto? Vivemos na República das Bananas ou isto é uma ditadura do árbitro? O Sernache sente-se tremendamente prejudicado e assim não vale a pena estar a investir numa equipa. Ou as coisas são como são ou então retira-se a equipa!”.
O técnico vitoriano não se conforma com aquilo que diz “ser uma perseguição a mim e ao clube. No domingo anterior, no jogo com o Valverde, fui expulso com dois cartões amarelos e apanhei 3 jogos de castigo, e hoje acontece isto”. Também para o habitual guarda-redes dos vitorianos a paciência chegou aos limites e por isso “tomei a decisão de entregar os meus cartões, o de jogador e o de treinador, à Direcção do meu clube e eles que os entreguem na Associação de Futebol de Castelo Branco ou que façam o que entenderem! O que eu não posso é andar a prejudicar a minha vida particular, uma entidade e um grupo de jogadores por andar a ser perseguido e a ser tratado como um arruaceiro”. Apesar de tudo António Joaquim não abandona o clube e acrescenta que “espero, na qualidade de sócio, que o presidente e a Direcção do clube vão em frente com as formas de actuar que referiu o presidente no final do jogo frente ao Unhais”.Podemos estar no início de mais um caso do nosso futebol, desta vez ao nível distrital. Este é o primeiro capítulo de uma história que pode vir a ter mais desenvolvimentos caso o presidente do Vitória de Sernache avance com as promessas feitas no final do jogo entre o seu clube e o Unhais da Serra no último domingo. No pior cenário equacionado por António Guerra, o clube a que preside pode mesmo abandonar o Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco.

UNHAIS DA SERRA- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Mau demais para ser verdade…

Campo da Reboleirada, no Paúl
Árbitro- Márcio Lopes (0), auxiliado por Henrique Martins e Cláudio Santos
Unhais da Serra- Valezim (3), Tomás (3), Pedro Ferreira (3), Vasco Guerra (4), Bruno (3), Chasqueira (3), Toni (3), David (3), Carlitos (3), Brígida (3) e Caniço (3)
Treinador- Nando
Vitória de Sernache- Vilela (4), Maçaroco (3), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), Velho (3), Dani (2), Velho (3), Bruno Bastinho (3), Filipe Barata (2) e Miguel Farinha (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Chasqueira por Samuel (1) aos 69, Caniço por Gonçalo Ferraz (-) aos 75 e Bruno por Fábio (-) aos 87; Filipe Amaro por M´Passo (1) aos 64 e Miguel Farinha por Fredy (-) aos 67
Disciplina- Amarelos a Tomás aos 9, Brígida aos 32, Carlitos aos 45+2, Gonçalo Ferraz aos 86 e Valezim aos 90+8; Filipe Barata aos 44 e 90, Dany aos 46 e 66, Tomás aos 58, Velho aos 71 e Maçaroco aos 90+4. Vermelhos por acumulação a Dani aos 66 e Filipe Barata aos 90. Vermelhos directos a Toni aos 80 e Fredy aos 80
Marcadores- Carlitos aos 90+2

A figura do jogo- Vasco Guerra (Unhais da Serra)- É um central completo na sua posição e que aparece de forma oportuna no auxílio ao ataque fazendo valer a sua elevada estatura. Foi providencial num corte na hora certa quando um adversário já dentro da pequena área se aprestava para marcar.

O Unhais da Serra- Lutou muito, atacou mais que o Vitória de Sernache, teve mais tempo de posse de bola mas, se compararmos as oportunidades claras de golo acabam por ser idênticas para as duas equipas. Teve a sorte pelo seu lado porque marcou de grande penalidade, na segunda tentativa, já em períodos de compensações.

O Vitória de Sernache- Foi à equipa do Pinhal que couberam as primeiras oportunidades para marcar, não o conseguiu, e depois soube reagir bem nos períodos de maior ascendente do adversário. Tem muitas razões de queixa da arbitragem de Márcio Lopes, várias no capítulo disciplinar e particularmente da decisão de mandar repetir a grande penalidade que acabou por ditar o resultado final.

Foi pena que o jogo tenha sido estragado por factores alheios às equipas e que tenha durado apenas 80 minutos.
No início foi o Vitória que entrou para tentar surpreender o adversário e logo aos 2 minutos Miguel Farinha teve o golo a escassos centímetros, mas o seu cabeceamento acabou por sair ao lado do poste esquerdo da baliza de Paulo Valezim. E aos 9 minutos o golo só não surgiu porque quando Bastinho se preparava para ficar isolado Tomás cometeu falta que poderia ter sido penalizada com cartão vermelho, em vez do amarelo mostrado por Márcio Lopes. Na sequência do livre, Dany atirou forte e ainda assustou o guarda-redes do Unhais.
A resposta da equipa da casa surgiu por volta do minuto 15 quando gradualmente foi tomando o domínio do jogo e jogando mais tempo instalada no meio reduto adversário. Até aos 40 minutos, altura em que a pressão da equipa de Nando foi mais evidente, David de cabeça, Chasqueira num remate à meia volta que ainda raspou no poste e Carlitos com um remate cruzado do lado direito criaram as maiores situações de apuro para a baliza de Vilela.
Na resposta e poucos minutos antes do intervalo, num contra-ataque rápido, o Vitória também cheirou o golo mas Vasco Guerra apareceu no lugar certo, na hora exacta para cortar uma bola que poderia terminar no fundo das suas redes.
Na segunda parte a intensidade do jogo manteve-se até à altura em que Dany viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho. A jogar com 10, António Joaquim tirou Miguel Farinha e lançou Fredy que passou a ser o jogador mais adiantado da sua equipa, recuando Bastinho para as funções que até aí estavam destinadas a Dany.
Evidentemente que, com menos um e com o jogo a caminhar para o final o Vitória começou naturalmente a pensar mais em não perder o jogo e só esporadicamente espreitava o contra-ataque. O Unhais mandava no jogo mas o Vitória ia conseguindo segurar o pontinho, até que ao minuto 80 aconteceu uma daquelas cenas tristes que nada tem a ver com futebol. Fredy envolve-se com Pedro Ferreira, o que dá origem a uma confusão generalizada que acabou por envolver vários jogadores e os elementos dos bancos de ambas as equipas. Cinco minutos depois, e quando os ânimos já estavam mais calmos, o jogo foi reatado com mais dois vermelhos. Para Fredy e para Toni, esquecendo-se o árbitro que Pedro Ferreira também esteve na origem da confusão.
Estava tudo estragado e já decorriam as compensações quando Márcio Lopes assinala grande penalidade a punir falta de Filipe Barata sobre um homem do Unhais. Ficamos com a sensação que houve toque para castigo máximo mas o que temos a certeza é que continuamos sem perceber porque é que o penalty que Carlitos bateu e Vilela defendeu foi mandado repetir. É certo que Vilela se mexeu, mas tanto quanto sabemos, os guarda-redes podem fazê-lo ao longo da linha de golo. Cláudio Santos, o auxiliar do lado do peão, chamou o seu chefe de equipa e mandou repetir a marcação. Desta vez o capitão Carlitos não desperdiçou e acabou por dar os 3 pontos à sua equipa.
Vitória do Unhais da Serra num jogo em que o Vitória de Sernache tem muitas razões de queixa da actuação do árbitro.

A arbitragem- Por vezes complica-se o que podia ser fácil, e Márcio Lopes utilizou sempre uma dualidade de critérios que prejudicou claramente o Vitória de Sernache. Logo aos 9 minutos mostrou amarelo a Tomás, o do Unhais, por carga sobre Bruno Bastinho quando este se aprestava para ficar isolado em posição frontal à baliza do Unhais. Era carga para vermelho porque já só estava Valezim atrás de Tomás. No lance da expulsão de Dany ficou por mostrar amarelo a Bruno, na confusão do minuto 80 expulsou, e bem, Fredy e Toni mas deixou dentro de campo Pedro Ferreira, o jogador que esteve juntamente do Fredy na origem do lance que depois provocou o burburinho. No penalty assinalado já em período de compensações damos-lhe o benefício da dúvida porque estamos longe e não conseguimos analisar se Filipe Barata toca ou não no adversário, mas a decisão de mandar repetir o castigo máximo depois de Vilela ter defendido o primeiro não tem justificação porque não vimos nenhuma razão que o justificasse. O guarda-redes do Vitória mexeu-se sempre ao longo da linha, o que é permitido, mas o auxiliar Cláudio Santos entendeu, por razões que só ele saberá, mandar repetir um castigo máximo que acabou por definir o resultado final. Erros a mais para um só jogo.

Discurso directo- Nando, técnico do Unhais da Serra- “Foi um jogo muito intenso, sobretudo nos primeiros 45 minutos, onde houve espectáculo. O Vitória é uma excelente equipa, procurou jogar taco a taco connosco e o futebol foi bonito. Na segunda parte já sabíamos que as coisas iriam ser diferentes. Não era possível para jogadores deste nível manter a intensidade e a qualidade de jogo, e o Sernache, na segunda parte também abdicou de jogar o jogo pelo jogo e o espectáculo acabou. Penso que ganhámos com toda a justiça e no cômputo geral a minha equipa foi aquela que ao longo dos 90 minutos teve sempre a intenção de ganhar o jogo. Quanto à arbitragem, eu prometi a mim mesmo no início da época que não iria comentar mais o trabalho dos árbitros, mesmo quando sinta que fui prejudicado”.
Discurso directo- António Guerra, presidente do Vitória de Sernache- “Eu dou sempre o benefício da dúvida aos árbitros mas acho que devem ter uma actuação isenta, e o de hoje não a teve. Nós jogamos o jogo pelo jogo e já vamos no 3º jogo em que somos prejudicados pelas arbitragens. Não estou para andar a gastar dinheiro e esforço humano para isto! Não sei o que é que o árbitro tem contra o Vitória de Sernache, o que é certo é que o resultado é injusto e o penalty é repetido para haver golo do Unhais da Serra! Não tenho nada contra o Unhais, prezo muito o Unhais, clube que conheço há muito tempo, mas o que é certo é que foi defraudada a verdade do jogo. Estamos na república das bananas ou quê? Isto é uma ditadura do árbitro?”.

DESPORTIVO CB- 2 ODIVELAS- 2


Árbitro não deixou o Desportivo ganhar!

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Paulo Paiva, auxiliado por Nuno Salgado e Ricardo Batista (Portalegre)
Desportivo CB- Tiago Tavares, João Ricardo, Jorge Cruchinho, Fábio Riscado, Ricardo Lourenço, João Machado, Diogo Fonseca, Bernardo, João Latado, Cristiano e Francisco
Treinador- João Paulo Natário
Odivelas- João Nunes, Ruben Pereira, Ivo, Tiago, Ruben Machado, Demba, Flávio, Penim, Jaílson, Hélder e Nuno Amador
Treinador- Ângelo Caetano
Substituições- Cristiano por Diogo Nunes aos 77; Jaílson por André Pereira aos 57, Nuno Amador por Diogo Gomes aos 57 e Flávio por Ricardo aos 73
Disciplina- Amarelos a Francisco aos 45, João Machado aos 55, Cristiano aos 71 e Bernardo aos 76; Ivo aos 36 e Ruben Machado aos 58
Marcadores- Bernardo aos 40 e Cristiano aos 71; Penim aos 29 e 80+3

É pena que um jogo tão bem disputado e que acabou por confirmar o bom momento de forma da equipa de João Paulo Natário, que depois de uma vitória no feriado de quinta-feira em Loures esteve muito perto de alcançar novo êxito frente ao Odivelas, tivesse sido estragado por um juiz (de Portalegre, claro!) que inventou uma grande penalidade já no último minuto de compensações e que permitiu ao Odivelas chegar a um empate que é demasiado penalizador para a excelente exibição dos albicastrenses.
Começámos pelo fim, infelizmente, porque foi no último minuto que se subtraíram dois pontos à melhor equipa com um castigo máximo onde, para além de não ter existido qualquer falta, mesmo que houvesse, o jogador que a sofreu estava em clara posição de fora de jogo. É daqueles lances que nos deixa a pensar com que intenções andarão algumas pessoas no futebol…
Voltando ao jogo jogado, e que bem jogado, foi o Desportivo de Castelo Branco que entrou melhor no jogo e que dispôs logo nos primeiros minutos de duas excelentes oportunidades para abrir o activo.
Costuma dizer-se que, quem não marca acaba por sofrer, e assim foi. No período em que o Odivelas já tinha equilibrado, muito por força da estatura física dos seus atletas que mediriam, em média, mais um palmo que os albicastrenses, chegou o golo visitante. Penim, o melhor visitante acabou por aproveitar uma desatenção defensiva dos da casa para adiantar a sua equipa no marcador.
Mas o golo não alterou o cariz do jogo e a equipa de João Paulo Natário acabaria por ser compensada no último minuto da primeira parte com um pontapé cruzado de Bernardo que só parou no fundo das redes de João Nunes. O empate foi conseguido numa altura muito importante do ponto de vista psicológico e foi merecido ainda antes do descanso.
Na segunda metade, quando se poderia pensar que o Odivelas pudesse fazer valer o seu físico para desequilibrar, foi o Desportivo que dominou e que dispôs das melhores situações para se adiantar no marcador. O pequenino Cristiano já tinha tido nos pés a melhor oportunidade para fazer o 2-1 quando cavalgou todo o meio campo do Odivelas, ultrapassou o último adversário em velocidade faltando-lhe depois a potência no remate, mas a sorte esteve com ele, porque fez por merece-la, e seria de cabeça, aos 71 minutos, que daria uma vantagem já inteiramente merecida ao Desportivo albicastrense.A partir desse minuto o Odivelas, como naturalmente lhe competia, tentou tudo para não sair derrotado de Castelo Branco, mas os da casa tudo fizeram para evitar que isso acontecesse. Só não conseguiram ganhar porque o senhor do apito que veio de Portalegre (3 jogos em casa, 3 equipas de arbitragem da mesma cidade alentejana) não permitiu que isso acontecesse inventando um penalty que retira toda a verdade ao resultado. Vamos ver se estes 2 pontos não vão fazer falta no final do campeonato…

CASA DO BENFICA CB- 23 COLÉGIO JOÃO DE BARROS- 24


Erros infantis custam pontos

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Ricardo Freitas e Conceição Rufino, de Santarém
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (7), Neidja Lima, Paula Rodrigues, Carla Mendes (4), Inês Martins, Catarina Mata, Sónia Mota (3), Leia Valente (2) e Mariana Ivanova (7)
Treinador- Paula Espírito Santo
Colégio João de Barros- Carolina Costa, Sandra Barbeiro (1), Inês Reis (3), Andreia Isidro (4), Céline Rodrigues (3), Carla Pereira, Nathalie Lopes, Patrícia Almeida, Joana Ferraz, Maria Santos (1), Andreia Neves, Lara Couceiro, Joana Biel (3) e Eduarda Pinheiro (9)
Treinador- Paulo Félix
Marcador ao intervalo- 13-15

Num jogo frente a um adversário directo na luta pela subida de divisão, a Casa do Benfica em Castelo Branco conheceu o sabor amargo da derrota logo à segunda jornada e num jogo disputado no Municipal de Castelo Branco.
A partida foi pautada sempre por um grande equilíbrio, com oscilações várias no marcador, mas onde nenhuma das duas equipas conseguiu mostrar grande supremacia sobre o conjunto adversário.
Apesar de se encontrar a perder por duas bolas no final dos primeiros 30 minutos, a equipa de Paula Espírito Santo conseguiu inverter a marcha do marcador e chegar aos 22 minutos com dois golos de vantagem no marcador.Mas erros infantis quer no ataque, quer na defesa, acabaram por deitar tudo a perder. O Colégio João de Barros limitou-se a aproveitar os erros das albicastrenses para sair de Castelo Branco com uma vitória pela margem mínima mas que lhe permite assumir desde já a liderança desta série do campeonato nacional de andebol feminino.

CASA DO BENFICA CB- 33 1º DE MAIO- 13


Goleada das antigas…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Jerónimo Jesus e Joaquim Nicau, de Portalegre
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (6), Neidja Lima (3), Paula Rodrigues (3), Carla Mendes (7), Sónia Mota (9), Leia Valente e Mariana Ivanova (5)
Treinador- Paula Espírito Santo
1º de Maio- Ana Ferreira, Telma Alves (2), Mónica Fidalgo, Mariana Marques, Cátia Pontes (1), Ana Rodrigues (1), Filomena Lago, Rita Conceição (3), Catarina Silva, Vânia Silva (1) e Joana Rodrigues (5)
Treinador- Pedro Dinis
Marcador ao intervalo- 15-7

A Casa do Benfica em Castelo Branco entrou a ganhar no Campeonato Nacional de Andebol Feminino que este ano tem apenas uma divisão. Frente ao 1º de Maio, a equipa de Paula Espírito Santo não encontrou dificuldades para somar os primeiros 3 pontos da competição. Apesar do resultado muito desnivelado e volumoso, curiosamente até foi a equipa da Marinha Grande que entrou melhor no jogo e até conseguiu dispor de duas vantagens no marcador. Só aos 10 minutos, quando o resultado registava um 5-4, as encarnadas tomaram definitivamente a dianteira do marcador.
As dificuldades passaram a ser poucas ou nenhumas e o resultado de 15-7 ao intervalo já deixava antever uma segunda parte bem mais tranquila do que tinham sido os primeiros 10 minutos da etapa inicial.
E porque dos segundos 30 minutos pouco mais há a dizer do que registar que as albicastrenses conseguiram um parcial de 18-6, fica a nota para a boa prestação defensiva da Casa do Benfica que só permitiu o primeiro golo às adversárias, na 2ª parte, estávamos exactamente no minuto 15. Sintomático das diferenças abissais existentes entre uma equipa que luta pelo 1º lugar e para subir directamente à 1ª Divisão a ser criada na próxima temporada e outra que não deverá passar da 1ª fase deste campeonato.A dupla de arbitragem, mesmo cometendo um ou outro erro, não influenciou o desfecho do jogo.

TRABALHO BOA ESPERANÇA


É p’ra subir!

Dois jogos, duas vitórias! A Boa Esperança segue no pelotão da frente da série C da 3ª Divisão Nacional. Se na última temporada o início tivesse sido prometedor igual ao que está a ser esta temporada poderíamos agora estar a escrever sobre a participação dos albicastrenses no regresso à 2ª divisão… mas isso agora pouco importa. É passado, e o que conta é que a Boa Esperança arrancou para a época 2006/07 com o pensamento do presidente centrado na subida e com o treinador a pensar no mesmo, isto apesar de mais moderado quando se fala de assumir a candidatura à ascensão.
Num plantel com 15 jogadores, registam-se 6 novidades, pelo que se deduz que a aposta foi claramente na manutenção do núcleo duro que o ano passado ficou a escassos 6 pontos da 2ª divisão. Novidades no clube são os nomes dos guarda-redes Hugo Nunes (ex-Forte da Casa) e Vasco Antunes (ex-Soalheira), o ala Francisco Aragonês (ex-Aldeia Velha), Bruno Barata (ex-CD Alcains), Edgar Saraiva (ex-Retaxo) e Daniel Conceição (1ª Inscrição). A estes 6 nomes juntam-se os outros 9 que transitam da última época: Francisco Fernandes, Ricardo Machado, Valter e Marco Borronha, André Martins, Hugo Silveira, Serginho, Theres e André Gonçalves.
Até aqui, os laranjas já bateram o Sporting de Tomar em casa e foram vencer a Leiria o Núcleo de Sportinguistas local no último sábado. Agora segue-se o Sacavenense que ainda não pontuou nos dois jogos realizados, perdendo na 1ª jornada na deslocação a Penamacor onde defrontou a Casa do Benfica local. A 3ª vitória e a manutenção na liderança é para consumar já este sábado.

Humberto Cadete, treinador da Boa Esperança

“Temos a pretensão de subir à 2ª Divisão”

Tribuna Desportiva- O ano passado não assumiu claramente que o objectivo era a subida, depois, pelo que a equipa fez na 2ª volta, pensou-se que ainda seria possível, mas acabou por morrer na praia… este ano é para começar logo de início a dar seguimento à 2ª volta da última época?
Humberto Cadete- À partida nós vamos começar num nível completamente diferente daquele que começámos o ano passado. Mas responder a essa pergunta não consigo, até porque não conheço o nível das outras equipas. Tenho alguns indicadores sobre uma ou outra equipa mas as outras são totalmente desconhecidas. Estou convencido que, a partir da 3ª jornada estaremos em força.
TD- O ano passado o plantel foi retocado a meio e isso contribuiu para a excelente 2ª volta. Este ano pensa que isso não vai ser necessário?
HC- Nós não temos um plantel grande. Não é que tenha lacunas mas poderá ter que ser ajustado. Para já, com todos disponíveis, temos um bom plantel e dá-me garantias de fazer um bom campeonato. Temos um jogador lesionado, que poderá ter uma lesão grave e que o poderá impedir de jogar, que é o Marco.
TD- O ano passado disse-me no início que queria voltar a por este clube no lugar que merece que é a 2ª divisão. É este ano?
HC- E faço questão disso, só não sei se será este ano. A pretensão que nós temos é essa. Temos um plantel limitado, porque não é fácil, não há formação, o ano passado a formação teve sérios problemas, este ano o treinador dos juvenis e juniores está a fazer um trabalho esforçado no sentido de arranjar um grupo mais coeso do que aquele que teve o ano passado, para que se possa depois lançar jovens nos seniores. Isso não tem acontecido, não saem jogadores da formação e como tal temos que andar a converter jogadores de futebol de 11 em jogadores de futsal. O ideal é sempre manter a maioria do grupo e fazer apenas pequenos reajustes para que a equipa jogue quase de olhos fechados. Fizemos esses ajustes para resolver os problemas que tivemos o ano passado e vamos fazer o que pudermos no sentido de levar a Boa Esperança à 2ª divisão. Vamos ver se vai ou não ser possível.
TD- Em resumo, não vai prometer a subida de divisão mas promete que vai lutar por ela…
HC- Todos nós vamos lutar por ela. O ano passado todos nós fizemos isso mas com objectivos traçados à posteriori. O ano passado foi o ano abaixo de zero. Posso considerar que este é o ano zero. Vamos ver se alguma coisa é possível, mas vamos lutar para fazer um campeonato pelo menos melhor que o do ano passado, e se isso acontecer é provável que venhamos a subir, até porque se tivéssemos conseguido mais 6 pontos tínhamos subido.

segunda-feira, outubro 02, 2006

CD ALCAINS- 1 PROENÇA-A-NOVA- 1


Que desperdício!

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Marco Lopes (4), auxiliado por André Nunes e Nuno Farinha
CD Alcains- Rui Eanes (3), Ricardo Trindade (3), Toni (3), Cerdeira (2), Óscar (3), David José (3), Luís Amaro (3), João Paulo (3), Rui Paulo (4), David André (4) e Luís Ramalho (2)
Treinador- João Daniel
Proença-a-Nova- Almeida (3), Filipe Nunes (3), Pedro Bernardo (3), Big (3), Marco (3), Marco (3), Hugo Dias (2), Esteves (4), Rafael (2), Carlos Rodrigues (3), Zé Tó (3) e Pequito (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Cerdeira por Jorge Serralheiro (3) aos 45, Luís Ramalho por Nuno Vicente (3) aos 57 e João Paulo por Pedro Figueiredo (2) aos 72; Rafael por Fábio Martins (3) aos 45, Filipe Nunes por Jorge Ribeiro (1) aos 66 e Pequito por Norberto aos 90
Disciplina- Amarelos a Luís Amaro aos 19, Óscar aos 34, Toni aos 75, David André aos 80, Nuno Vicente aos 83 e Rui Paulo aos 90+2; Hugo Dias aos 69 e 77 e Pedro Bernardo aos 90+3. Vermelho por acumulação a Hugo Dias aos 77
Marcadores- Rui Paulo aos 8; Esteves aos 68

A figura do jogo- Rui Paulo (CD Alcains)- Para além de ter sido ele que marcou o golo da sua equipa foi o que mais lutou na frente da ataque da sua equipa e, apesar de muitas vezes desacompanhado, deu muito que fazer à defensiva do Proença. Teve passes de morte que David André e João Paulo não concluíram com êxito.

O CD Alcains- Marcou muito cedo e isso talvez tenha contribuído para uma exibição menos conseguida. À procura da primeira vitória no campeonato a equipa de João Daniel, apesar de dispor das melhores ocasiões de golo, só pegou realmente no jogo depois de sofrer o empate. Em contra-ataque foi perigosa mas desperdiçou muitas ocasiões.

O Proença-a-Nova- Dominou, teve mais tempo de posse de bola mas mostrou algumas dificuldades no último terço do terreno de jogo. Não acusou o golo que sofreu muito cedo mas, apesar de quase sempre no meio campo adversário, não dispôs de muitas situações de golo. Na segunda parte tentou a meia distância mas seria de cabeça que chegaria ao empate. A expulsão de Hugo Dias condicionou a equipa na recta final.

Num jogo que tinha todos os condimentos para se tornar num bom espectáculo, o golo que Rui Paulo marcou logo aos 8 minutos acabou por marcar todo o jogo que estava ainda pela frente.
O Proença-a-Nova é uma equipa que gosta de jogar organizado, com trocas de bola entre os diversos sectores e com várias combinações até chegar à zona de finalização. Pela lógica, e pelo que se viu do Desportivo de Alcains na primeira jornada no Orvalho frente ao Oleiros, a equipa da casa também gosta dessa forma de actuar, mas no domingo o golo de Rui Paulo acabou por inexplicavelmente mudar a maneira de actuar dos da casa.
Depois do golo o Proença pegou no jogo e passou a dominá-lo e a dispor de muito mais tempo de posse de bola. Mas a bola circulava em carrossel só até ao último terço do terreno, porque aí as coisas complicavam-se e o Proença mostrava muitas dificuldades em conseguir fazer chegar a bola de forma perigosa à baliza de Rui Eanes.
Do outro lado estava uma equipa que aceitou o domínio do adversário mas nunca perdeu o controlo do jogo, mesmo jogando por vezes excessivamente recuado para a qualidade dos jogadores que dispõe particularmente do meio campo para a frente.
Apesar de tudo foram os canarinhos que desfrutaram das melhores oportunidades para chegar novamente ao golo. A melhor saiu de uma combinação de Rui Paulo com David André com este último a atirar ao poste direito da baliza de Almeida.
No futebol a eficácia, como se sabe, conta muito, por isso ao intervalo a vantagem dos alcainenses era um resultado que se aceitava.
Para a segunda metade João Daniel trocou Cerdeira por Jorge Serralheiro, numa tentativa de fechar melhor o centro da defesa e José Esteves foi forçado a tirar o lesionado Rafael e lançar Fábio Martins. Duas alterações que não trouxeram novidades ao jogo. O Proença continuava a mostrar que a posse de bola não é suficiente para marcar golos e o Alcains, em rápidos contra-ataques continuou a dispor das melhores oportunidades para marcar. Logo a abrir João Paulo tirou tinta do poste da baliza de Almeida, perdendo a oportunidade de quase matar o jogo e aos 68 o jovem Esteves, de cabeça, restabeleceu a igualdade. Pela perseverança os do Pinhal conseguiam um golo que já mereciam. Até final o empate ainda podia ter sido desfeito já que as duas equipas ainda tiveram oportunidade de falhar golos quase feitos, alguns deles quase escandalosos. Pelos canarinhos David André aos 72, de cabeça, e depois aos 87 e aos 90+4 com o pé direito fez quase o impossível e aos 79 foi Big, pelo Proença que, de cabeça, e de cima para baixo, fez a bola passar ligeiramente por cima da baliza.
Resultado justo num jogo em que ambas as equipas podiam ter feito mais golos, assim a pontaria tivesse mais afinada.

A arbitragem- Esteve quase perfeito no capítulo técnico, muito bem na lei da vantagem, bom entendimento com os auxiliares mas não utilizou sempre o mesmo critério disciplinar, e isso baralhou os jogadores. Começou exigente, passou para um critério mais largo, o mais correcto na nossa perspectiva, e terminou tal como começou, rigoroso. O caminho que escolhe no início tem que ser levado até ao fim.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Foi um jogo complicado porque nós deixámos que isso acontecesse. Temos que melhorar e treinar vários aspectos. Quanto ao árbitro, acho que todos devemos contribuir para que as coisas melhorem. Se nos dizem determinadas coisas no início, que não pactuam com perdas de tempo e outras coisas, não compreendo que não o façam para os dois lados igual.”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Utilizar o contra-ataque não é a nossa maneira de jogar, gostamos de um futebol apoiado, pressionamos desde princípio e o Alcains acabou por aproveitar um deslize nosso. Depois foi complicado, batalhámos, foi praticamente vir a trás e ir à frente sempre com a bola nos pés e conseguimos o empate. Em termos de posse de bola merecíamos ganhar mas o empate nem é muito injusto. Não culpo o árbitro por não termos ganho o jogo mas penso que nalguns lances poderia ter estado melhor. Quanto a mim o Hugo foi mal expulso”.