segunda-feira, setembro 25, 2006
TEIXOSENSE- 1 VITÓRIA DE SERNACHE- 1
Ninguém merecia mais
Campo Maia Campos, Teixoso
Árbitro- Ricardo Alexandre (3), auxiliado por Paulo Antunes e Délio Rolo
Teixosense- Hugo Pereira (3), Ricardo Sousa (3), Roque (3), Samuel (3), Ricardo Casteleiro (3), Cunha (3), João Bruno (3), João Real (2), Luís Pedro (3), Hélder Morais (3) e Flávio Cruz (3)
Treinador- Vítor Palmeirão
Vitória de Sernache- António Joaquim (3), Maçaroco (3), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), Velho (3), Filipe Barata (3), Dany (3), M´Passo (2), Miguel Farinha (3) e Bruno Bastinho (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- João Real por Geraldes (3) aos 45 e João Real por Vítor (3) aos 72; António Joaquim por Vilela (2) aos 45, Miguel por Fredy (2) aos 72 e M´Passo por Dário (-) aos 90+1
Disciplina- Amarelos a Flávio Cruz aos 39, Geraldes aos 54, Cunha aos 66, João Bruno aos 75, Hélder Morais aos 75 e Vítor aos 89; Miguel aos 43, Pedro aos 56, Vilela aos 74, Tomás aos 76 e Maçaroco aos 77
Marcadores- Vítor aos 90+4; Miguel aos 39
A figura do jogo- Roque (Teixosense)- Um central que cumpre na sua posição e que, devido à qualidade do seu pé esquerdo é chamado a marcar os livres cruzados para a área e os cantos do lado direito. No final, quando o Teixosense buscava desesperadamente o empate ainda subiu no terreno para ajudar na frente. Para além disso, tirou o pão da boca a Bruno Bastinho logo aos 10 minutos quando este se aprestava para ficar isolado.
O Teixosense- Pelo que lutou, particularmente na 2ª parte, mereceu ser feliz no derradeiro minuto. A equipa não jogou bom futebol, sempre com a bola mais pelo ar do que rente ao solo, mas acabou por ser pressionante o suficiente para justificar o resultado.
A Vitória de Sernache- Entrou melhor, com mais tempo de posse de bola mas sem criar grandes situações de golo. Marcou o golo num livre estudado e na segunda parte quase que aguentava a vitória até ao final. Custa muito sofrer o empate já perto do último apito mas a verdade é que os vitorianos não têm razão nos protestos no golo do adversário. Vilela foi levemente tocado pelo adversário mas nessa altura já tinha falhado o alívio da bola. Na 2ª metade os contra-ataques nunca saíram como era desejo de António Joaquim.
Teixosense e Vitória de Sernache não foram capazes de proporcionar um bom espectáculo de futebol, porque apesar da boa qualidade de alguns dos seus jogadores, a bola acabou sempre por passar mais tempo no ar do que no chão.
Apesar de entrar mais dominador e a controlar o seu adversário o Vitória não conseguiu traduzir em muitas oportunidades, quanto mais em golos, esses primeiros 15 minutos em que mandou no jogo e esteve quase sempre instalado dentro do meio campo adversário. Aos 10 minutos tudo indicava que Bruno Bastinho ia dispor da primeira oportunidade para desfazer o nulo, mas em antecipação Roque cortou para canto ainda antes do avançado vitoriano se isolar. E cinco minutos depois o mesmo Bastinho obrigou Hugo Pereira a excelente defesa. Foi tudo o que a equipa do Pinhal conseguiu fazer durante o seu período de ascendente.
Depois dos minutos de sentido único o jogo tornou-se equilibrado, repartido e com os lances a serem muito discutidos a meio campo, o que se traduziu num jogo que, apesar de muito disputado, se tornou muito monótono com total ausência de perigo junto das duas balizas. Até ao intervalo só deu para registar 3 apontamentos. Aos 20 minutos António Joaquim saiu em falso da baliza e proporcionou ao Teixosense uma boa oportunidade e aos 40 minutos Hélder Morais falha de forma escandalosa já depois de ultrapassado o keeper de Sernache. Antes disso, exactamente um minuto antes, aconteceu o golo dos visitantes. Num livre quase em cima da linha de grande área, ligeiramente descaído para a direita, e com toda a equipa do Teixosense à espera do remate directo, Dany levantou para o segundo poste onde Miguel Farinha só teve o trabalho de encostar. A vantagem no descanso era um prémio para a eficácia.
Na segunda metade, e já com Vilela na baliza do Vitória em substituição de António Joaquim que saiu lesionado, o Teixosense partiu praticamente desde o início em busca do empate. O domínio era dos da casa mas, mesmo assim, o Vitória nunca perdeu o controlo do jogo, e mesmo jogando muito atrás e estando numa tarde em que o contra-ataque nunca saiu bem, a estrutura estava bem montada e ia chegando para o jogo mais com o coração que com a cabeça da equipa de Vítor Palmeirão.
Tudo se conjugava para que os três pontos caminhassem mesmo para Sernache de Bonjardim, mas uma saída de entre os postes mal sucedida de Vilela acabou por originar o empate. Apesar dos protestos da equipa de António Joaquim aqui, Ricardo Alexandre decidiu bem, já que o suplente do Vitória apenas teve contacto com o homem da casa já depois de ter falhado a intercepção da bola. Já antes, aos 54 minutos, o árbitro teve a única decisão errada do jogo. Geraldes foi carregado por Pedro Figueiredo quando estava em posição de se isolar frente a Vilela. Justificava-se o vermelho ao lateral esquerdo do Sernache e o respectivo livre e não o amarelo ao 15 da casa por, na opinião do árbitro, ter simulado uma falta.
Em resumo, num mau jogo de futebol, e tal como se escreve no título, o resultado é o mais justo porque nem Teixosense nem Vitória de Sernache fizeram por merecer mais que o pontinho.
A arbitragem- Ricardo Alexandre teve um trabalho quase perfeito, mas um minuto bastou para fazer cair a sua nota. Aos 54 minutos Geraldes foi agarrado por Pedro Figueiredo quando podia ficar isolado. Considerou que o homem do Teixosense o tentou iludir e exibiu-lhe o amarelo. O correcto, e porque houve mesmo falta, seria, para além de mandar marcar livre à entrada da área em posição frontal, mostrar o vermelho ao infractor vitoriano. De resto esteve bem, mesmo na validação do golo do Teixosense.
Discurso directo- Vítor Palmeirão, técnico do Teixosense- “No último minuto fez-se um pouco de justiça no resultado porque, na minha perspectiva estivemos 75 minutos em cima do Sernache, que tem uma boa equipa. Na 2ª parte o jogo só teve um sentido, marcámos um golo, e com mais calma poderíamos ter feito mais um ou outro. Há alguma injustiça no resultado mas temos que o aceitar. O Ricardo Alexandre é capaz de fazer melhor, de ser mais isento e de ser mais árbitro. Desiludiu-me”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “Custa muito sofrer o empate no último minuto, ainda por cima nas circunstâncias em que foi. Toda a gente viu que o nosso guarda-redes foi tocado dentro da área e isso não pode acontecer. Não quero com isto dizer que o Teixosense, pelo que fez na 2ª parte, não merecesse o golo, mas pela nossa entrega e pela magnífica 1ª parte que fizemos penso que merecíamos os 3 pontos. Fomos espoliados, mas são situações que já são habituais contra o Sernache. O árbitro, mesmo pressionado como estava, vinha a fazer um trabalho aceitável. Viu o que quis, ouviu o que quis e só para um lado, e penalizou-nos no lance que dá o empate. Se calhar eu já sabia que isto ia acontecer. Quando fui ver as nomeações no site da AFCB eu já sabia que estas coisas iam acontecer. Anda alguém constantemente a perseguir-nos… continuem!”.
RALLY TT CASTELO BRANCO
Barbosa ganha mas Grancha sagra-se campeão em Castelo Branco
Afinal sempre foi no TT de Castelo Branco - Taça Joaquim Pelejão Marques - que se decidiu o novo campeão nacional da categoria. Pedro Grancha, ao volante de um Mitsubishi Pajero, terminou a prova da Escuderia Castelo Branco na segunda posição, mas os dez pontos de vantagem que passa a dispor sobre o segundo classificado, Filipe Campos, que não terminou a prova de Castelo Branco, são já suficientes para garantir desde já o título, isto apesar de ainda faltar disputar a Baja Anta da Serra 500 Portalegre.
Mas se o piloto de Cascais saiu de Castelo Branco com o título conquistado depois de alcançar a segunda posição, o vencedor acabou por ser Miguel Barbosa, com uma Nissan Navara, precisamente o campeão do último ano.
No final de uma prova que ficou marcada pela muita chuva, principalmente na primeira passagem, que transformou as pistas de terra em autênticos lamaçais, o virtual campeão referiu estar “naturalmente muito feliz. É o coroar de um projecto que a equipa tem vindo a desenvolver e que este ano já nos tinha dado muitas alegrias. Está a ser uma temporada algo conturbada, mas onde justificámos claramente a conquista deste título. À partida para esta prova estava convencido que a questão do título se iria prolongar até Portalegre. Da minha parte a preocupação máxima era não cometer erros. À medida que os meus mais directos adversários os foram cometendo a responsabilidade foi-se tornando maior mas tudo correu da melhor maneira”.
Na chegada a Castelo Branco, Miguel Barbosa, apesar de estar consciente que tinha acabado de alcançar uma vitória que de nada serve em termos de campeonato, sempre foi dizendo que “uma vitória é sempre uma vitória, e esta era importante para nós depois do que aconteceu na prova anterior. Essencialmente queríamos vingar esse desaire e conseguimos. Arriscamos tudo no primeiro sector, que correu muito bem, e como não choveu no segundo limitamo-nos a controlar até final”.
No que diz respeito Troféu Tomáz Mello Breyner – by Nissan o vencedor acabou por ser Adruzilo Lopes, já que os seus mais directos adversários não deram grande luta. Miguel Farrajota desistiu muito cedo, e Lígia Albuquerque acabou por ser muito penalizada por um furo. Quanto aos dois pilotos de Castelo Branco inscritos nesta prova, acabaram por não conseguir conclui-la, fazendo assim parte da extensa lista de 20 desistentes. João Lucas/António Silveira (Nissan Navara) foram vítimas de uma avaria mecânica ainda antes de iniciarem o 1º sector selectivo e António Esteves/Luís Alpalhão (VW Golf) abandonaram traídos pela caixa de velocidades durante o 2º sector selectivo.
Tal como se esperava, e apesar da chuva que caiu durante a primeira passagem no sector selectivo, o público aderiu em grande número a mais uma visita dos TT à cidade de Castelo Branco, espalhando-se pelos trilhos do circuito. A grande novidade este ano foi o regresso da competição nocturna. Na sexta-feira à noite, e apesar do frio que já se faz sentir nestas noites de final de Setembro, foram muitos os amantes da modalidade que se deslocaram até ao Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco e à zona envolvente para ver os concorrentes iniciarem a sua prova.
Para a história, e para além de mais uma excelente organização da Escuderia Castelo Branco, fica a classificação final: 1º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (Nissan Navara Pick-up Proto), 3h54m59,8s; 2º Pedro Grancha/Pedro Tavares (Mitsubishi Pajero V6), a 9m26,8s; 3º Hélder Oliveira/Paulo Primaz (Toyota Land Cruiser), a 16m29,6s; 4º Rui Sousa/Carlos Silva (Isuzu Rodeo), a 16m32,8s; 5º Luís Costa/Pedro Lima (Toyota Land Cruiser), a 16m32,1s; 6º José Rodrigues/Armando Veiga (Toyota Rav4), a 24m11,6s; 7º Adruzilo Lopes/Sérgio Veiga (Nissan Pick-up), a 28m18,6s; 8º José Diniz Lucas/Luís Tirano (Mercedes ML430), a 31m53,2s; 9º Pedro Nunes/Paulo Torres (Nissan Pick-up), a 34m17,3s; 10º Edgar Condenso/Nuno Silva (Nissan Pick-up), a 35m54,7s.Quanto à classificação do campeonato após Castelo Branco e quando já só falta a prova de Portalegre é a seguinte: 1º Pedro Grancha, 36 pontos; 2º Filipe Campos, 26; 3º Edgar Condenso, 21; 4º Miguel Barbosa e João Ramos, 20; 6º Fernando André, 20; 7º Hélder Oliveira, 18; 8º Rui Sousa, 15; 9º João Cruz, 13; 10º Adruzilo Lopes, 11.
AD ALBICASTRENSE- 27 CALLIDAS- 33
Com a equipa completa a história era outra...
Pavilhão Municipal do Crato
Árbitros- Roberto Martins e Daniel Martins (Leiria)
AD Albicastrense- Pedro Mendes e Ricardo Sousa, Martin Gomes, Luís Robalo, Daniel Pereira (3), João Fialho (8), Bruno Roberto (4), Filipe Félix (3), Maximiano Ribeiro (3), Pedro Sanches (6), Nuno Leitão e João Romão
Treinador- José Curto
Callidas- Prazeres, Filipe (1), Ricardo Pinto (1), Duarte Neto (9), António Almeida, José Rodrigues (3), Luís Teixeira (7), Paulo Sampaio, Pedro Carvalho (1), Eduardo Fernandes (6), Narciso Nareu, Nuno Pacheco (2) e Paulo Fernandes (3)
Treinador- -
Marcador ao intervalo- 9-12
As ausências de Jonatas Valente, Carlos Gomes e Luís Gama acabaram por ser determinantes para que a estreia da Associação Desportiva Albicastrense na 1ª Divisão de Andebol desta temporada não acontecesse com um resultado positivo.
Obrigada a jogar fora do distrito de Castelo Branco ainda devido aos incidentes no jogo com o Vela de Tavira da última temporada, a ADA jogou a partida de abertura desta época de novo no Alentejo. Depois de ter alcançado a manutenção em Nisa na última jornada da última época, desta vez o jogo em casa emprestada foi no Municipal do Crato. De resto, o número de jogos com campo interditado deverá ser conhecido nos próximos dias, uma vez que, por enquanto, foram cumpridos dois, mas ainda não se sabe o castigo definitivo.
Frente à equipa de Vizela, os pupilos de José Curto foram quase sempre atrás no marcador mas nunca permitiram grandes distâncias ao adversário. Mesmos sem realizar uma grande exibição, ao intervalo o resultado era de 9-12, com desvantagem para os albicastrenses, o que ainda assim deixava tudo em aberto para os segundos 30 minutos.
Na etapa complementar os azuis entraram melhor e o momento marcante do jogo aconteceu ao minuto 17, a apenas 13 do final. Nessa altura a ADA já tinha conseguido recuperar da desvantagem e beneficiava então da sua segunda frente no marcador. O resultado estava em 21-20 quando Filipe Félix viu um cartão vermelho que o impossibilitou de voltar a dar o seu contributo à equipa e que se revelou praticamente decisivo para que a vitória não fosse alcançada.
O resultado final de 27-33 é demasiado pesado para a equipa de Castelo Branco, e particularmente injusto para Ricardo Sousa. O guarda-redes que veio do Paço de Arcos realizou uma excelente exibição que, mesmo assim, foi insuficiente para evitar a derrota.A dupla de árbitros de Leiria rubricou um bom trabalho e não teve qualquer influência no resultado final.
ENTREVISTA MÁRIO MARTINS, PRESIDENTE DO PROENÇA-A-NOVA
“Estamos no bom caminho”
O Proença-a-Nova pode orgulhar-se de ser o único clube do nosso Distrital que tem o seu plantel composto apenas por jogadores do seu concelho. Só por esse motivo já se torna um clube sui generis, mas se juntarmos a isso o facto de contar com 11 campeões distritais de juniores da última temporada integrados nos 25 elementos que compõem o plantel às ordens de José Esteves, então talvez possamos escrever sem grande margem de erro, que a equipa do pinhal é única em pelo menos dois aspectos.
Mário Martins é um presidente que sente orgulho no clube que dirige e que acredita ser este o caminho a seguir.
“Tivemos pena de não participar no Nacional de Juniores
mas já estávamos a prever esta situação”
Tribuna Desportiva- Tem orgulho quando olha para o plantel sénior e vê tanta juventude de Proença-a-Nova?
Mário Martins- Sim, é um orgulho, e foi efectivamente essa a nossa grande aposta. Sabemos que somos uma terra do interior onde não abundam os jogadores e isso dificulta-nos imenso porque temos que ir buscar jogadores fora, é que para além das dificuldades da interioridade também existem as dificuldades económicas, porque não temos meios para estar a pagar a jogadores de fora. Então fizemos esta grande aposta. Foi com grande pesar que não entrámos no Nacional de Juniores mas já estávamos a prever esta situação porque alguns seniores do ano passado, devido à sua vida profissional, confrontaram-se com o problema de não poder dar o seu melhor à equipa. Os jogadores mais velhos são importantes para transmitir confiança e motivação a estes jovens, embora nós saibamos que não lhes falta motivação, mas falta-lhes experiência. Tudo isto foi discutido com a Câmara Municipal, que é o nosso grande apoio, e pensamos que estamos no bom caminho. Este ano vai ser um pouco difícil mas a evolução vai acontecer.
TD- Aqui passa-se uma coisa curiosa, é que depois da paragem de um ano, o Proença regressa às competições distritais e, dois anos depois é campeão distrital de juniores, o que quer dizer que há juventude no concelho, e com valor…
MM- Sim, não há dúvida nenhuma que há valores no concelho. Mas também temos que reconhecer e dar mérito a quem os orientou que foi o Pedro França. Ele foi um jovem que fez parte também da nossa equipa sénior e que orientou os juniores até ao título. Sem dúvida que ele desenvolveu um bom trabalho, com muita motivação e empenho o que entusiasma muito os jogadores. Por isso mesmo eles aí estão no plantel sénior. Não tenho o França com muita pena mas, devido à sua vida profissional acabou por ter que ir para os Açores. Muitos dos valores que hoje estão nos seniores foram despoletados por ele e por isso lhe devemos bastante.
TD- Os miúdos que foram na última época campeões distritais de juniores não tiveram o prémio da participação no nacional da sua categoria mas são, ainda assim, premiados com a integração na equipa sénior e a consequente participação no Distrital sénior…
MM- Também me parece que isso é que é correcto. Nós falamos com eles, as coisas não foram feitas à toa e eles compreenderam e aceitaram perfeitamente. Isto para eles até constitui um estímulo.
“Fica a promessa de uma equipa de infantis na próxima época”
TD- A aposta na formação é para manter?
MM- Sim, é para manter e, por isso mesmo, visto que este ano não temos juniores, vamos entrar com uma equipa de juvenis exactamente para dar continuidade à nossa formação. Vamos manter também os iniciados, sabemos que não temos muitos miúdos para participar este ano, mas vamos fazer o melhor que nos for possível. Também fomos contactados para fazer já uma escola de infantis, mas dadas algumas dificuldades que temos, inclusivamente na marcação do campo e algumas dificuldades logísticas, nomeadamente em termos de transportes, deixamos essa etapa para a próxima época. Fica a promessa à Associação de Futebol, para o ano sim vamos entrar já com os infantis.
TD- Num dos comunicados da Federação Portuguesa de Futebol faz-se referência aos clubes não profissionais que estão “obrigados” a ter no plantel 10 jogadores formados nas suas escolas… o Proença deve ser dos poucos que cumpre…
MM- Se realmente nós estamos a dar a interpretação correcta ao comunicado, não há dúvida nenhuma que não haverá nenhuma outra equipa nas mesmas condições que o Proença-a-Nova, a participar com tantos jovens formados aqui.
TD- Em simultâneo tem aqui uma equipa de futuro…
MM- Essa é a grande aposta. Eu não sei como é que se pode continuar a participar nos distritais sem fazer formação. Isso é que é estranho. Economicamente isso não tem qualquer viabilidade! Nós, para garantir o futuro, temos que apostar na formação.
TD- Também tem alguma pontinha de orgulho por ter um plantel sénior composto na íntegra por jogadores do concelho de Proença-a-Nova?
MM- Sim, já o ano passado quase que foi assim, excepto uma situação, e isso é sem dúvida nenhuma um grande orgulho. Proença-a-Nova está de parabéns por toda esta juventude.
Mário Martins é um presidente orgulhoso do emblema que dirige. O Proença-a-Nova é, nesta altura, um clube que aposta forte na formação também como forma de sustentação da própria equipa sénior. O ano passado os frutos colhidos foram um título distrital de juniores mas, como este ano não há equipa de juniores, participam os juvenis e iniciados, e para o ano está já prometido o futebol de sete dos infantis. Continuem!
TRABALHO JUVENIS DESPORTIVO CB
À procura da manutenção no meio dos grandes
Na série onde estão grande parte dos chamados tubarões do futebol juvenil português, o Desportivo de Castelo Branco vai ter uma temporada onde vai tentar chegar à manutenção.
Os nomes de Benfica, Sporting, Belenenses ou Estrela da Amadora não parecem assustar João Paulo Natário que, mesmo sabendo que a série não é nada fácil fala em “ir e ficar”, isto para tentar contrariar aquilo que é já um hábito nas equipas jovens do nosso distrito que se sagram campeãs distritais e depois de uma efémera passagem pelos nacionais regressam ao distrital. Tem sido quase sempre assim, salvo uma ou outra honrosa excepção.
Mas se excluirmos os clubes que são praticamente inacessíveis ainda sobram os outros com os quais o emblema albicastrense vai jogar de igual para igual e será nesses jogos que a manutenção será, ou não, conseguida. CAD Entroncamento, Beneditense, Odivelas ou Loures são as equipas do mesmo campeonato do Desportivo de Castelo Branco e é contra estes adversários que os pontos terão que ser conseguidos.
João Paulo Natário, Treinador dos juvenis do Desportivo CB
“Continuo a dizer que queremos ir e ficar”
Tribuna Desportiva- Com que ambições participam os juvenis do Desportivo de Castelo Branco neste campeonato nacional que agora se iniciou?
João Paulo Natário- São as mesmas que eu já referi anteriormente e nas quais continuou a acreditar plenamente. Queremos ir e ficar.
TD- Mesmo sabendo que esta série é complicadíssima?
JPN- Temos consciência que a série e os nossos adversários são difíceis mas, há uma coisa que nós também temos, é que acreditamos no nosso trabalho, nas nossas capacidades e no nosso valor.
TD- Tem à sua disposição um grupo de 26 jovens atletas, é um grupo que lhe dá garantias?
JPN- É o plantel que eu tenho, é o plantel com o qual eu vou trabalhar e é com estes jogadores que vamos à luta.
TD- Este campeonato pode ser dividido em duas partes? A dos crónicos candidatos e a das equipas que vão lutar pela manutenção?JPN- É às equipas que subiram dos distritais, tal como nós, que temos que ter a preocupação de procurar ganhar. Nos jogos com as outras equipas também vamos ter a preocupação de pontuar, se conseguirmos será óptimo.
segunda-feira, setembro 18, 2006
OLEIROS- 0 CD ALCAINS- 0
Um castigo para a falta de pontaria
Campo Américo dos Santos, Orvalho
Árbitro- Ricardo Fernandes (4), auxiliado por Gonçalo Carreira e Tiago Gonçalves
Oleiros- Rui Ferreira (3), Fiel (3), Andriaça (4), Martinho (3), Tiago Paulo (3), Quim Garcia (3), Cunha (3), Tabarra (3), Carlitos (3), João André (3) e Norberto (3)
Treinador- José Ramalho
CD Alcains- Rui Eanes (3), Ricardo Trindade (3), Toni (3), Jorge Serralheiro (3), Óscar (3), David José (3), Luís Amaro (3), Ivo Gonçalves (3), Rui Paulo (3), David André (4) e Nuno Carreiro (3)
Treinador- João Daniel
Substituições- João André por Hélio (2) aos 65, Tabarra por Zé Bernardo (1) aos 72 e Cunha por Naves (1) aos 84; Rui Paulo por Luís Ramalho (-) aos 83 e Ivo Gonçalves por Cláudio Santos (-) aos 90+4
Disciplina- Amarelos a Tiago Paulo aos 25 e Quim Garcia aos 80; Ivo Gonçalves aos 90+4
Marcadores- -
A figura do jogo- David André (CD Alcains)- Foi o mais dinâmico na zona ofensiva do Desportivo de Alcains e também um dos que teve mais oportunidades para desfazer o nulo. Não esteve feliz na finalização mas também deu muito jogo aos seus companheiros.
O Oleiros- Em início de época, o Oleiros deu mostras de ainda não estar a 100% no capítulo físico. Numa primeira parte em que o equilíbrio foi a tónica dominante, dispôs das duas melhores ocasiões nesse período, uma desperdiçada por Norberto aos 10’ e outra em que o mesmo jogador obrigou o keeper adversário a defesa apertada aos 44’. Na segunda parte o físico traiu os jogadores que, apesar de continuarem a mostrar vontade de manter o mesmo ritmo, acabaram por não o conseguir.
O CD Alcains- Uma estreia muito positiva dos canarinhos no Distrital. A equipa de João Daniel bateu-se de igual para igual com o Oleiros e, na segunda metade, até teve períodos em que conseguiu ser melhor que o adversário e rematar mais vezes à baliza, só que a pontaria está manifestamente desafinada.
A primeira parte chegou a prometer muito e até a surpreender pela rapidez e qualidade do futebol apresentado pelas duas equipas, especialmente se tivermos em atenção que ainda agora começou a época.
Durante os primeiros 45 minutos as equipas equivaleram-se quase sempre, jogando o jogo pelo jogo e pensando única e exclusivamente nos 3 pontos, sabendo de antemão que, jogando bem, normalmente é mais fácil marcar.
E logo aos 10 minutos Norberto, aproveitando um desentendimento entre os centrais Toni e Jorge Serralheiro, quase inaugurava o marcador, não fosse a mira estar virada para a lua.
Bola cá, bola lá, com os jogadores mais tecnicistas de ambas as equipas a sobressaírem, apesar do pelado não ser o piso ideal para grandes malabarismos, e o perigo andou sempre muito perto de ambas as balizas. Do lado do Alcains Ivo Gonçalves também tentou visar a baliza adversária em duas ocasiões, mas também ele não conseguiu acertar entre os postes. Quim Garcia de longe tentou surpreender mas a bola saiu muito alta e Rui Paulo e David André, o grande dinamizador do ataque do Alcains, também testaram a atenção de Rui Ferreira.
Estava visto que não era a tarde dos golos, mas havia sempre a esperança que, caso o nível do jogo fosse mantido na segunda parte, num lance individual ou numa bola parada uma das equipas pudesse desfazer a igualdade, uma vez que era impossível dizer para que lado ia cair o resultado, já que o equilíbrio foi sempre a tónica dominante.
Mas pouco depois do início da etapa complementar logo se viu que as coisas não iam correr da mesma forma.
Gradualmente o espectáculo foi perdendo qualidade, o Oleiros não conseguia mostrar a dinâmica evidenciada nos primeiros 45 minutos e o Alcains não chegou a perceber que podia mesmo levar os 3 pontos.
Logo aos 2 minutos um cruzamento açucarado de Ricardo Trindade do lado direito não foi aproveitado por David André, que mesmo assim tem o mérito de estar no sítio certo, e aos 62 minutos foi novamente a figura do jogo que cabeceou por cima da baliza de Rui Ferreira depois de um cruzamento de Luís Amaro. Mesmo dominando mais e tendo mais pendor ofensivo o Alcains nunca chegou verdadeiramente a assustar a linha defensiva do Oleiros, sector comandado por Hugo Andriaça que ia chegando e sobrando para as encomendas.
Já na recta final foi Hélio, que entrou na 2ª parte para o lugar de João André, que testou Rui Eanes. Na sequência de um livre directo em posição frontal o pé esquerdo do brasileiro obrigou o guarda-redes canarinho a ceder canto.
Pelo que se viu, podemos arriscar a escrever que estivemos perante duas equipas que vão fazer um campeonato muito positivo. Tanto Oleiros como Alcains preferem o futebol bem jogado, de pé para pé, do que aquele de pontapé para a frente que em tempos vingou no nosso distrital. Duas equipas para seguir com atenção mas com um factor que tem que ser o mais rapidamente possível corrigido: a finalização.
A arbitragem- Os jogadores não lhe criaram problemas, ele não os inventou, e também não teve lances duvidosos para decidir. Pequenos lapsos não chegam para manchar um bom trabalho.
Discurso directo- José Ramalho, técnico do Oleiros- “Apanhámos um adversário que não é uma equipa qualquer, mas controlámos o jogo na 1ª parte e acabámos por ter mais oportunidades que o Alcains na 2ª parte. Penso que o Alcains fez um ou dois remates à nossa baliza na 2ª parte. Não estou contente pelo resultado mas gostei dos meus jogadores, apesar de alguns ainda apresentarem um défice físico. Os jogadores ajudaram e o árbitro esteve bem”.
Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Foi um jogo em que houve uma 1ª parte equilibrada, com oportunidades para as duas equipas, mas, pelo que fizemos na 2ª metade, e pelas oportunidades que tivemos, merecíamos claramente sair daqui com a vitória. Nenhuma das equipas se pode queixar de nada relativamente à arbitragem”.
DESPORTIVO CB- 2 CAD ENTRONCAMENTO- 2
Justiça no último minuto
Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco
Árbitro- António Batista auxiliado por Manuel Anselmo e Paulo Quintino (Portalegre)
Desportivo CB- Tiago Tavares, Cabaço, Batista, Fábio, João Ricardo, Diogo Nunes, Bernardo, João Latado, Francisco, Diogo Fonseca e Cristiano
Treinador- João Paulo Natário
CAD Entroncamento- Diogo, Hugo, Ângelo, João Dias, Drogas, Kikas, David, Ruben Narciso, Rito, Ruben Brígido e Sérgio
Treinador- Rui Calado
Substituições- Diogo Nunes por Machado aos 50; David por Diogo Ribeiro aos 53, Kikas por Madaleno aos 61 e Sérgio por Carlitos aos 65
Disciplina- Amarelos a Machado aos 74 e João Latado aos 80+3
Marcadores- João Latado aos 5 e Francisco aos 80+2; Ruben Narciso aos 22 e Rito aos 45
Para jornada de abertura do campeonato nacional de juvenis pode dizer-se que se assistiu a um jogo de muito bom nível entre duas equipas que mostraram muita ambição, garra e vontade de vencer em cada lance disputado.
Mas no início, foi o Desportivo de Castelo Branco que entrou melhor no jogo e que melhor encaixou no sistema de jogo que o campeão distrital da Associação de Futebol de Santarém montou para a deslocação à cidade albicastrense.
E este domínio inicial acabou por dar frutos logo aos 5 minutos quando João Latado viu uma brecha na defesa adversária e aproveitou para, à saída do guarda-redes adversário inaugurar o marcador.
E fez-se justiça, não só pelo que se tinha jogado até essa altura mas, principalmente, pelo que o Desportivo fez nos minutos seguintes ao golo.
Parecia que tudo estava a correr pelo melhor e que o segundo golo, aquele que poderia dar maior tranquilidade à equipa de João Paulo Natário, que mesmo assim nunca se mostrou nervosa com a estreia, podia surgir a qualquer momento.
Só que o CADE, equipa que também trabalha muito e bem na formação, lenta e gradualmente conseguiu equilibrar a contenda e começar a surgir em mais ocasiões junto da baliza de Tiago Tavares. Os lances de maior perigo dos visitantes eram sempre construídos pela direita do seu ataque, e foi num desses lances, em que apareceram 5 jogadores do Entroncamento para apenas o guarda-redes e um defesa do Desportivo que chegou o empate.
Até ao intervalo o placard não mais se alterou e tudo estava em aberto para os segundos 40 minutos.
A etapa complementar não poderia ter começado da pior forma para os da casa. Logo aos 5 minutos Rito deu a volta completa ao placard e, de forma natural, fez aumentar as dificuldades do Desportivo de Castelo Branco. Mas o bom jogo continuou, agora com maior predominância ofensiva dos albicastrenses, até porque era a eles que lhes competia dar a volta a um resultado negativo num jogo em casa. E foram alguns os lances em que o empate esteve muito perto. Machado acertou no poste direito da baliza adversária e Francisco teve a mesma sorte, só que no poste oposto. Parecia estar perto o empate. Mas o golo que restabeleceu a igualdade acabou por surgir já em compensações na sequência de uma grande penalidade que nos deixa algumas dúvidas. Houve, de facto jogo perigoso dentro da área sobre Cristiano mas este tipo de lances são, habitualmente punidos com livre indirecto. O árbitro, depois de uma fracção de segundos de hesitação optou pela marca do castigo máximo que Francisco não desperdiçou para estabelecer um resultado final que acaba por se ajustar ao bom futebol praticado pelas duas equipas.Do árbitro apenas o registo para o tal lance descrito. Segundo o seu critério houve lance para penalidade, de resto, realizou um trabalho quase perfeito.
TRABALHO OLEIROS
Oleiros quer melhor classificação se sempre
Podendo não ser o candidato número um ao título distrital, o Oleiros faz seguramente parte do lote das equipas que vão disputar os primeiros do campeonato e parte com o objectivo de atingir a melhor classificação de sempre no campeonato, isto para além de pretender ir longe na Taça de Honra José Farromba.
Este ano, para além da qualidade inequívoca dos 24 elementos que compõem o plantel assinala-se também o regresso do técnico José Ramalho, um mister que já esteve em Oleiros várias temporadas mas que depois fez uma pausa para se tornar adjunto no Benfica e Castelo Branco.
As novidades para este ano não são muitas, mas são todas elas de peso e algumas delas com uma larga experiência no futebol distrital. A começar pelo guarda-redes Rui Ferreira que deixou o Escalos de Cima e a acabar em Cunha, um avançado que voltou a trocar o futsal da Boa Esperança pelo futebol de 11. Pelo meio, nos reforços estão nomes como o de Hugo Andriaça, que vem do campeão distrital ADEP onde passou grande parte da época lesionado, João Luís que vem do vizinho Pampilhosa, Tabarra do rival Águias do Moradal, Fiel, um ex-Mirandense, o brasileiro Cássio que este ano é inscrito pela 1ª vez e dois jovens que faziam parte do plantel do Benfica e Castelo Branco: Martinho e Tiago Paulo. Se juntarmos a estes nomes o grosso da coluna que permaneceu no clube então podemos dizer que estamos perante um excelente grupo, superiormente comandado por José Ramalho e que vai querer, no mínimo, melhorar a classificação da última temporada.
José Ramalho, Treinador do Oleiros
“Queremos andar nos lugares cimeiros
mas a subida fica p’ró ano”
Tribuna Desportiva- Vamos ter um Oleiros para voltar às boas classificações de quando esteve aqui anteriormente?
José Ramalho- É verdade que estamos à espera de fazer um bom trabalho e atingir a melhor classificação possível. Nos últimos anos que eu estive aqui fizemos um bom trabalho e agora, praticamente é dar seguimento, apesar de haver alguns jogadores novos. Queremos atingir a melhor classificação de sempre e chegar longe na Taça de Honra.
TD- Depois de uma época menos conseguida este poderá ser o ano zero?
JR- Não penso que o ano passado tenha sido negativo. É uma questão de dar continuidade ao trabalho que o Hélio fez. Ele fez um bom trabalho, atingiu o 5º lugar, e agora é só tentar melhorar, não só essa classificação, como também o 3º lugar que alcançámos no último ano em que cá estive. O Oleiros tem uma equipa que é para andar nos lugares cimeiros, isto apesar de neste momento andarmos com a casa às costas porque o nosso campo está a ser relvado. Sabemos que esta é uma situação difícil para os jogadores mas também sabemos que isto é uma questão de tempo e eles têm que entender que o campo relvado também é para bem da equipa, da vila e da própria região.
TD- Esse relvado sintético vai com certeza também revelar-se como uma mais valia…
JR- Claro. De princípio terá que haver uma ambientação ao piso, porque não é a mesma coisa jogar e treinar num pelado ou num sintético, mas espero que os jogadores se adaptem rapidamente às novas condições. Penso que em casa podemos ter algumas vantagens com o sintético, mas no início também vamos ter dificuldades porque nós não estamos habituados.
TD- Este é um campeonato em que ninguém se assume e todos apontam o Oleiros como incluído no lote dos cinco ou seis candidatos…
JR- Por amor de Deus… Eu, se tivesse uma equipa para subir de divisão, não teria problemas em assumi-lo. Há plantéis que eu conheço que se podem assumir muito mais que o Oleiros. Não tentem empurrar o Oleiros para depois fazerem de nós um bode expiatório. O Oleiros não é para subir de divisão este ano. Para o ano sim. Este ano é o ano de transição e na próxima época a aposta será a subida. Há equipas que têm outros valores e outras condições de trabalho que nós neste momento não temos.
TD- E quem são essas equipas?
JR- Os treinadores sabem quem são, toda a gente sabe quem são!
TD- O Sernache, o Águias do Moradal, o Unhais…JR- Sim, essas equipas todas. Temos que encarar a realidade. Não empurrem o Oleiros porque neste momento sou eu, o próprio treinador da equipa, que está a dizer que temos uma equipa para andar nos lugares cimeiros, mas nunca para subir de divisão!
TRABALHO LARDOSA
Lardosa não quer ser o patinho feio
Pode até ser considerado por todos como o elo mais fraco da Divisão Única da Associação de Futebol de Castelo Branco, mas na Lardosa trabalha-se para que a equipa não seja “o bombo da festa” como refere o técnico Rui Mesquita.
Em 21 jogadores que compõem o plantel, 12 já vestiam as cores da equipa do concelho de Castelo Branco, o que quer dizer que há 9 caras novas: o guarda-redes Miguel veio da Soalheira, o outro keeper do plantel, Filipe, representou o São Vicente da Beira, Chico é um ex-União Lousense, Daniel representou na última época os Escalos de Baixo e Roberto vestiu as cores do Desportivo de Castelo Branco. Até aqui contamos cinco, e todos eles trocaram equipas que deixaram de praticar futebol sénior para continuar a fazê-lo na Lardosa. A estes junta-se o nome de Dani, que vem do Famalicão da Serra, Distrital da Guarda, e depois a maior curiosidade do grupo: André, Paulo e Bruno vêm os três do Nisa e Benfica e, para além da deslocação longa que têm que fazer para os treinos e para os jogos têm uma particularidade que, se não for inédita, não deverá andar muito longe disso: é que eles são todos irmãos e mais ainda… são trigémeos! Quem viu primeiro a luz do dia não sabemos e pouco interessa mas é um pormenor digno de ser registado ainda para mais quando se trata de jovens de apenas 19 anos.
À parte disso, a Lardosa de Rui Mesquita sabe que parte no fundo pelotão, mas o técnico deixa no entanto uma certeza: “não há-de ser por falta de trabalho que os resultados não aparecerão!”.
Rui Mesquita, Treinador da Lardosa
“Estamos prontos para o que der e vier”
Tribuna Desportiva- Esta Lardosa estava provavelmente preparada para disputar a 2ª divisão Distrital, acabou por aparecer uma divisão única… como é que vai ser o campeonato?
Rui Mesquita- Sim, nós estávamos mentalizados e preparados desde o ano passado para disputar a 2ª divisão, e até acho que nós temos dimensão de 2ª divisão, mas surgiu esta situação e encarámo-la com tranquilidade, sabendo que vai ser muito difícil, mas cá estamos para o que der e vier.
TD- Mas entende que a Lardosa poderá ser considerada o patinho feio deste distrital?
RM- Há quem nos chame patinho feio, há quem nos chame bombos da festa… cada um chama aquilo que quer! Os clubes adversários têm que provar em campo que realmente somos o patinho feio. Nós vamos dar tudo por tudo para que isso não aconteça.
TD- Tentar pelo menos evitar que aconteça o mesmo que aconteceu com os Escalos de Baixo na última época…
RM- Sim… mas nós sabemos que é muito difícil. Agora fala-se muito da liga dos últimos, já falavam disso ainda antes de começar o campeonato, em tom de brincadeira, mas nós estamos preparados, temos as condições que temos, reforçámo-nos na medida do possível, não o que nós gostaríamos porque não temos condições para isso, mas dentro do pessoal que veio acho que temos um grupo homogéneo, humilde e trabalhador. Vamos ver.
TD- Tendo consciência que é uma das equipas mais fracas deste Distrital que objectivos norteiam a Lardosa?
RM- Os nossos objectivos são lutar domingo a domingo por pontuar. Não digo que vamos jogar sempre para ganhar, porque aí estava a enganar-me a mim próprio, mas vamos tentar dificultar ao máximo o trabalho dos nossos adversários, especialmente nos jogos em casa, onde vamos tentar dar algumas alegrias aos nossos sócios.
TD- De qualquer maneira é já uma vitória uma nova participação no distrital numa altura em que as dificuldades financeiras obrigam vários clubes a desistir…RM- Nós entrámos o ano passado numa altura em que havia mais equipas. Agora houve uma redução e nós cá continuamos, se calhar isto também acontece porque estamos a trabalhar bem.
TRABALHO VILARREGENSE
Oportunidade para os jovens da terra
Em Vila de Rei mora uma equipa que não é candidata aos lugares de todo mas que tem, independentemente de vir a ganhar muitos ou poucos jogos, um grande mérito: houve uma aposta muito clara na juventude da terra e na manutenção de grande parte do plantel que o ano passado disputou a 2ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco.
O técnico chama-se Alfredo Nunes, tem como seu adjunto Carlos Oliveira, e trabalha com um grupo de 23 jogadores em que apenas 4 são entradas para a época que agora começou: Telmo, Luís Carlos e Bicas que vieram do Alcaravela e David que se inscreve pela 1ª vez como praticante federado de futebol.
De resto completam o grupo seis elementos que ainda o ano passado actuavam nos juniores: Diogo Dias, Zé Pedro, Diogo Silva, André Luís, Carlos Tereso e Barra, e ainda Pedro Cotrim e Carlos Firmino que, apesar de idade ainda júnior, vão este ano trabalhar já com o plantel dos mais velhos.
Com este cenário, o Vilarregense não parte como favorito aos primeiros lugares, até porque perdeu alguns jogadores importantes da última temporada, e apresenta-se na divisão única por força das circunstâncias, uma vez que era uma das equipas que estava preparada para disputar a extinta 2ª divisão. Mas para já uma coisa é certa, a grande aposta nos jovens e o facto de continuar a dar futebol a uma sede de concelho merece grande relevo.
Alfredo Nunes, Treinador do Vilarregense
“Sabemos que temos muito trabalho pela frente”
Tribuna Desportiva- Esta divisão única do Distrital de Castelo Branco é positiva ou negativa para o Vilarregense?
Alfredo Nunes- É positivo por um lado e negativo por outro. É positivo porque vamos entrar num campeonato com equipas de outro calibre, com mais qualidade, mas visto de outra forma é negativo porque vai tornar-se mais difícil ao Vilarregense alcançar os seus objectivos.
TD- Tem um plantel com 22 jogadores muito jovens…
AN- Temos uma equipa que está em fase de construção baseada nas camadas jovens. Temos uma média de idades de 22 anos, sabemos que temos muito trabalho pela frente mas vamos ver o que podemos revelar neste campeonato.
TD- Até onde pode chegar esta equipa?
AN- O objectivo principal é ficar para cima do meio da tabela. Se isso não for possível… paciência, mas faremos todos os possíveis para lá chegar.
TD- Este pode ser um campeonato com poucos objectivos para aquelas equipas que não vão lutar pelo título, no caso de não haver 2ª Divisão Distrital na próxima temporada…
AN- Eu penso que na questão da subida há bastantes candidatos. Há equipas que têm já um curriculum positivo no Distrito e que lutam sempre pelos primeiros lugares, como são os casos do Sernache, do Fundão ou do Alcains. São equipas poderosas, com outro tipo de plantel e com jogadores mais caros. Este clube tem uma política baseada nas pessoas da terra e a nível de remuneração trata-se apenas de um estímulo para que eles venham aos treinos.
TD- No seu entender pode haver um campeonato divido em dois, o dos candidatos e o dos outros?AN- Talvez… Provavelmente haverá sete ou oito equipas a lutar pelos primeiros lugares e as restantes a lutar por dar o seu melhor e chegar ao meio da tabela.
APRESENTAÇÃO RALLY TT CASTELO BRANCO
Todos à espera dos TT na nocturna
A 7ª edição do Rally TT Castelo Branco – Taça Joaquim Pelejão Marques - vai para a estrada já a partir da próxima sexta-feira. Depois de algumas dúvidas, a direcção da Escuderia conseguiu montar a estrutura que vai suportar o 7º Rally TT a contar para o campeonato nacional de TT e Troféu Tomáz Mello Breyner – by Nissan.
A prova de Castelo Branco tem as verificações técnicas e administrativas marcadas para o Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco, na sexta-feira entre as 10.00 e as 16.30 horas e a partida para a Super Especial, que este ano conta com a grande novidade do regresso à competição nocturna, será dada nesse mesmo dia às 20.20 horas. O traçado do prólogo, que tem cerca de 6,5 km, foi criado nas proximidades do Parque de Desportos Motorizados, terá início junto do Circuito de Manutenção e chegada no próprio traçado do Parque, junto da Torre de Controlo. Como outras novidades, nesta edição o Secretariado da prova vai ser montado no Cibercentro no antigo Quartel de Cavalaria, mesmo no centro da cidade e os veículos participantes ficarão em parque fechado dentro do edifício onde podem ser vistos pelo público depois que terminarem o reconhecimento do prólogo, que este ano excepcionalmente, e por ser disputado à noite, permite duas passagens a cada concorrente. Mas a proximidade que a Escuderia pretende que exista entre o público e os bólides não se fica por aqui. Antes de iniciar a prova nocturna os TT vão sair do antigo quartel e circular pelas ruas da cidade até ao local da partida na Feiteira. Tudo foi preparado, como referiu o director de prova, Nuno Almeida Santos, “para que toda a gente pudesse estar próxima dos automóveis”.
O sábado será, no entanto, o grande dia deste TT que tem “um orçamento muito elevado e uma organização pesada”, mas em que foram conseguidos “os apoios necessários para dar seguimento à organização. A Câmara Municipal de Castelo Branco mantém-se como principal patrocinador mas não podemos esquecer todos aqueles que, de uma forma ou de outra, nos ajudaram”, diz Nuno Almeida Santos. Foi criado um traçado com quase 150 km nos arredores de Castelo Branco, e que os participantes vão percorrer 2 vezes. Às 9.35 horas é dada a partida para o 1º sector selectivo e às 12.30 horas começará o 2º. No total, os mais de 50 inscritos, entre eles os albicastrenses António Esteves e João Lucas, vão ser cronometrados em quase 300 quilómetros, e podem ser vistos, na partida logo no início da Estrada de Belgais, na travessia do Rio Ponsul no Monte do Pombal, Monforte da Beira, Malpica do Tejo, na ponte velha sobre o Rio Ponsul, nas proximidades do Monte de São Martinho, e na Pedra da Gralheira. Joaquim Eduardo, o presidente do clube automóvel de Castelo Branco destaca que “é um percurso com ligeiras alterações em relação ao do último ano mas que os pilotos adoram, principalmente pelo seu traçado e porque é rápido mas suficientemente duro”.
De salientar ainda que, há chegada a Castelo Branco, Pedro Grancha comanda o nacional absoluto com 28 pontos, mais 2 que Filipe Campos e mais 7 que Edgar Condenso. Adruzilo Lopes lidera o Troféu Tomás Mello Breyner – by Nissan com 151 pontos, logo seguido por Miguel Farrajota com 131.Um fim-de-semana convidativo para os amantes do TT e não só.
DESPORTIVO CB PENSA NO FUTURO A CURTO/MÉDIO PRAZO
Desportivo CB procura jovens talentos
A Escola de Futebol de Pré-Competição do Desportivo de Castelo Branco, um dos clubes do distrito que trabalha apenas na área da formação, vai levar a efeito no próximo sábado, dia 30 de Setembro, um treino de captação dirigido a todos os interessados que tenham entre 5 e 8 anos (masculinos) e até aos 10 anos (no caso dos femininos).
Esta captação vai decorrer no Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco a partir das 10 horas. No dia marcado serão fornecidas todas as informações e esclarecidas todas as dúvidas, não só dos jovens atletas, mas também dos respectivos pais.Para informações adicionais, os interessados devem contactar os seguintes números de telefone: 91 4520522 (Tiago Nunes), 96 6666828 (Nuno Marques) e 91 9896346 (Luís Meira). Aparece!
ARCB VALONGO COM CAPTAÇÕES PARA 2006/07
ARCB Valongo com captações abertas
As equipas dos escalões de formação da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo já começaram a trabalhar com vista à temporada que agora se inicia.
Este ano, o emblema albicastrense vai disputar os respectivos distritais com três equipas de escolas, duas de infantis e uma de iniciados, isto para além de trabalhar também com os pré-competitivos que se preparam para épocas futuras.
Mesmo dispondo já de um bom lote de jovens atletas em todas as categorias, a ARCB Valongo tem abertos para todos os interessados os treinos de captação que decorrem nos seguintes dias e locais:
Pré-Competição: quartas-feiras das 19.00h às 20.30h no Pavilhão da Escola Afonso de Paiva e sábados das 10.00h às 11.30h no Estádio da ARCB Valongo;
Escolas: segundas-feiras das 19.00h às 20.30h no campo sintético nº 2 do Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco e quartas-feiras das 19.00h às 20.30h no Estádio da ARCB Valongo;
Infantis: terças-feiras das 19.30h às 21.00h no campo sintético nº 2 do Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco e quintas-feiras das 19.00h às 20.30h no Estádio da ARCB Valongo;Iniciados: terças-feiras das 19.30h às 20.30 no campo pelado do Complexo Desportivo da Zona de Lazer de Castelo Branco, quartas-feiras das 20.00h às 21.30h no campo sintético nº 1 do mesmo Complexo e sextas-feiras das 19.00h às 20.30h no Estádio da ARCB Valongo.
segunda-feira, setembro 11, 2006
BENFICA CB- 0 MARINHENSE- 0
Faltaram os golos e um Espadinha isento
Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Carlos Espadinha, auxiliado por José Pereira e Sérgio Pita
Benfica CB- Hélder Cruz (3), Cascavél (3), Zé Luís (3), Miguel Vaz (3), João Peixe (3), Ricardo Viola (3), Renato (3), Milton (4), Telmo (4), Ricardo António (3) e Alex (4)
Treinador- António Marques
Marinhense- Marco, Brás, Fábio Reis, Baresi, Leandro, Marco Aurélio, Antero, Falé, Filipe Jorge, Rogério e Filipe Ruivo
Treinador- José Petana
Substituições- Cascavél por Prata (2) aos 45 e Zé Luís por João Paulo (2) aos 77; Leandro por Fábio Santos aos 76 e Falé por Dárcio aos 82
Disciplina- Amarelos a Ricardo António aos 75, Prata aos 81 e Miguel Vaz aos 90+1; Baresi aos 35, Falé aos 52, Fábio Reis aos 72 e Rogério aos 90+1
A figura do jogo- Alex – Pode parecer estranho num jogo em que só o Benfica atacou ser um central a figura do jogo. Mas como tudo, também esta escolha tem uma justificação. O jovem central não cometeu um único erro na sua posição e ainda subiu por diversas vezes para criar desequilíbrios, e em duas ocasiões esteve mesmo muito perto de marcar.
O Benfica CB- Esteve bem em todos os capítulos do jogo menos naquele que, porventura é o mais importante… a finalização. Este empate não é motivo para preocupações, até porque a equipa construiu lances mais que suficientes para ficar com os três pontos mas a verdade é que em nenhuma dessas várias ocasiões conseguiu marcar.
É difícil num jogo de estreia de campeonato fazer mais que o que fez o Benfica e Castelo Branco. A equipa jogou bem, teve controlo e domínio absoluto do jogo mas faltou o golo que tantas vezes esteve perto.
Depois de um período inicial de estudo mútuo em que a bola andou sempre na zona central do terreno, foi a partir dos 10 minutos que o Benfica pegou no jogo e começou a criar sucessivos lances de perigo junto da baliza de Marco.
Logo aos 11 minutos, caso o juiz Carlos Espadinha tivesse assinalado a grande penalidade cometida sobre Ricardo Viola, os encarnados podiam ter aproveitado essa ocasião soberana para se adiantar no marcador e, quem sabe, ter um resto de jogo mais tranquilo e com certeza com mais golos porque deixava de haver a pressão de chegar rapidamente à vantagem.
Mesmo tendo já motivos de queixa da arbitragem, o Benfica continuou a jogar da mesma forma e João Peixe em duas ocasiões, Milton noutras duas e Miguel Vaz na sequência de um livre superiormente executado mas a que Marco correspondeu com a defesa da tarde, estiveram muito perto do golo.
Nesta altura o Marinhense sentia que o adversário lhe era superior e por isso, nas poucas vezes que tinha a posse de bola, trocava-a de jogador para jogador mas sempre dentro do seu meio campo.
E aos 35 minutos surge mais um lance em que podia muito bem ter sido marcado penalty. João Peixe parece ter sido puxado pela camisola no momento em que tentava a impulsão para chegar de cabeça a um cruzamento, mas novamente o Sr. Espadinha preferiu nada assinalar. Já vimos grandes penalidades serem marcadas por muito menos…
Ao intervalo o nulo era um castigo demasiado severo para uma equipa que tinha feito tudo menos o golo para estar em vantagem.
Na segunda parte a toada manteve-se e torna-se desnecessário estar a repetir a história do que já se tinha visto. Mas mesmo assim vale a pena registar alguns lances em que só por muito azar a bola não parou no fundo das redes dos marinhenses. Aos 71 minutos Miguel Vaz bate um livre tenso e à boca da baliza Ricardo Viola, João Peixe e depois já em desespero Alex não conseguem o toque fatal. No minuto seguinte novamente o central Alex a dispor de excelente oportunidade para dar vantagem à sua equipa, e no minuto 78 mais duas oportunidades flagrantes. Na primeira Ricardo António cabeceia de cima para baixo, como mandam as regras, mas a bola sai caprichosamente por cima, e segundos depois um grande lance individual de Telmo que, depois de ultrapassar cinco adversários, e já dentro da grande área não conseguiu atirar com sucesso.
No último minuto das compensações repetiu-se a história do livre de Miguel Vaz que cruzou toda a pequena área sem ninguém aparecer a meter o pé que podia valer 3 pontos.
Para terminar, falta falar de Hélder Cruz. O keeper encarnado esteve em campo mas em 99% do tempo só mesmo para fazer número. Se tocou meia dúzia de vezes na bola foi muito e pensamos mesmo que nem sujou o equipamento… Está tudo dito!
A arbitragem- À primeira jornada… Portalegre. Parece sina, mas a verdade é que os árbitros de Portalegre, vá-se lá saber porquê, não se dão bem com os ares de Castelo Branco, mas pior que isso ainda é o facto de prejudicarem sempre a equipa encarnada. Na primeira parte há um lance claríssimo de grande penalidade sobre Ricardo Viola que não foi assinalado e um puxão muito duvidoso sobre João Peixe que podia ter o mesmo desfecho. Para além disso, faltas e mais faltas contra o Benfica que só o Sr. Espadinha viu…
Discurso directo- António Marques, treinador do Benfica CB- “Nós temos feito bons jogos mas não conseguimos marcar. Hoje fomos claramente superiores ao nosso adversário mas não conseguimos fazer golos… Não temos tido a sorte pelo nosso lado. Eu costumo dizer que a sorte dá muito trabalho mas nós temos trabalhado bem. Estamos todos tristes e insatisfeitos com este resultado. Não sei qual foi o critério do árbitro mas apitou muitas faltas contra nós… não sei se vai encontrar muitas equipas mais correctas e mais disciplinadas que a nossa. Sobre os lances dentro da área do Marinhense deixo para a Comunicação Social analisar”.
14º RALLY AUTOMÓVEIS ANTIGOS
Crónico Luís Filipe Brito ganhou com um Bentley de 1924
A 14ª edição do Rally de Automóveis Antigos da Escuderia Castelo Branco andou pelas estradas dos concelhos do Fundão, Penamacor, Sabugal e Belmonte na última sexta-feira e sábado.
Foram 53 as máquinas de outros tempos que participaram na edição deste ano e que fizeram as delícias daqueles que são apaixonados por automóveis antigos.
Luís Filipe Brito, com um Bentley Speed de 1924, foi o concorrente que trouxe a este rally o automóvel mais antigo e que venceu novamente, tal como se previa, a edição deste ano da prova da Escuderia Castelo Branco.
Na categoria D o vencedor foi Hilário Pinheiro, que também repetiu a vitória de 2005 na sua classe, ao volante de um Mercedes 170 V de 1939, e na E foi José Cayolla com um Triumph TR2 de 1953 que chegou em primeiro. Nuno Navarro, que levou para a prova um Willys CJ-3A de 1953 classificou-se na 3ª posição.
Nos antigos mais modernos, Mário Vital de Melo, tripulando um Porsche 356 C de 1964 venceu a categoria F e João Mexia Leitão, piloto que participou com um Porsche 911 de 1973, ganhou a categoria G onde participam os veículos mais recentes. Nesta classe, o albicastrense António Carlos Ramos, participando com um Alfa Romeu 1750 GTV de 1971, terminou a prova num honroso 4º lugar.
Realce ainda para as participações de alguns concorrentes que, não tendo ganho em nenhuma das categorias em que participaram, mostraram ao público que se deslocou, não só à estrada mas também aos locais onde os participantes expuseram as suas viaturas, nomeadamente Fundão, Castelo Novo, Alcaide, Sabugal e Capinha, verdadeiras peças de museu como são, por exemplo, o Ford A de 1929, o Riley Lynx Tourer de 1936, o Jaguar E Tipe de 1967 ou o mais recente Triumph Stag de 1972. Um regalo para a vista proporcionado por mais uma excelente organização da Escuderia Castelo Branco naquela que é uma das provas de referência do calendário dos automóveis antigos e clássicos.Entretanto, o Rally TT de Castelo Branco – Taça Joaquim Pelejão Marques, também uma prova com a chancela do clube automóvel da capital da Beira Baixa vai para a estrada nos próximos dias 22 e 23 de Setembro. Este ano a grande novidade proporcionada pela Escuderia é uma super-especial nocturna com cerca de 9 quilómetros que vai decorrer na noite de sexta-feira dia 22 e que vai terminar junto da torre de controlo do Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco. Outra das novidades na edição deste ano será a passagem de toda a caravana para o centro da cidade, já que o secretariado e o gabinete de Imprensa vão funcionar no Cibercentro no antigo Quartel de Infantaria e o parque fechado estará ali mesmo ao lado nas Docas Secas. As inscrições para esta prova estão abertas até amanhã e podem ser feitas na sede da FPAK ou na Escuderia Castelo Branco.
TRABALHO VITÓRIA DE SERNACHE
Vitória quer repetir feito do último ano
O Vitória de Sernache aparece na edição deste ano do distrital com muitas caras novas, especialmente porque perdeu jogadores muito importantes na manobra da equipa que terminou o último distrital como vice-campeão, logo atrás da ADE Penamacorense.
António Joaquim conta com um plantel com 21 jogadores entre os quais aparecem nove caras novas. Mas alguns desses jogadores não vão vestir a camisola dos vitorianos pela 1ª vez, isto porque, por exemplo, Maçaroco, João Viana, Filipe Amaro, Bruno Bastinho e Rui Gaspar já representaram o emblema de Sernache de Bonjardim em épocas transactas.
São portanto jogadores que já conhecem os cantos à casa e que sabem muito bem que trabalham com um treinador ambicioso e que faz da prática de bom futebol uma das suas máximas.
Depois do 2º lugar de 2005/06 todos reconhecem que não será fácil voltar a ter uma temporada de sucesso, mas a verdade é que o Vitória de Sernache, pelo que tem feito nos últimos anos, depois que caiu da 3ª divisão, é considerado pela generalidade dos técnicos adversários como incluído no lote dos candidatos ao título distrital que se começa a disputar no próximo domingo.
Voltando um pouco atrás, e mesmo sem Paulo Lopes, Tiago Farinha e Leandro, que transitaram para o Sertanense, o que não deixa de ser um sinal do bom trabalho que vem sendo feito em Sernache, o Vitória é sempre um clube a ter em conta. O ano passado, o calcanhar de Aquiles da equipa de António Joaquim foi os muitos pontos desperdiçados no Nuno Álvares. Este ano, se essa pecha for ultrapassada, e porque a qualidade do plantel é evidente, então podemos afirmar que temos aqui uma equipa para lutar pelo pódio do nosso distrital.
António Joaquim, Treinador do Vitória de Sernache
“Vamos voltar a surpreender pela positiva este ano!”
Tribuna Desportiva- O Vitória tem cerca de meio plantel novo em relação ao último ano, está contente com estes reforços?
António Joaquim- Estou. Alguns gostaram e voltaram para cá, outros vêm experimentar pela primeira vez, de qualquer forma, como nós todos os anos temos muitas saídas, temos sempre que as colmatar com algumas entradas, e foi isso que fizemos este ano, com jogadores da região, que nós já conhecemos, inclusivamente como pessoas, e é que com estes que vamos partir para o campeonato para fazer uma boa campanha.
TD- Está triste por ter perdido alguns jogadores para o vizinho Sertanense, que apesar de tudo joga num escalão superior?
AJ- Não, não fico triste, apesar de nós querermos sempre ficar com todos aqueles que gostamos, mas cada um é livre para escolher aquilo que quer. Mas os que são importantes são os que agora estão a representar o Vitória.
TD- Pedir a repetição do segundo lugar do ano passado é pedir muito?
AJ- Vocês depois irão ver com o decorrer do campeonato. Eu sinceramente penso que sim, mas nós queremos repeti-lo, até queremos mais. Sabemos que quando há muitas alterações num plantel demora sempre algum tempo a voltar a estabilizar o nível exibicional, mas penso que vamos surpreender outra vez pela positiva no campeonato deste ano.
TD- Vai continuar a haver um futebol de qualidade no vitória?
AJ- É o objectivo primordial. Com o bom grupo que temos vamos praticar bom futebol e o resto vem por acréscimo.
TD- A pré-temporada tem corrido bem?
AJ- Temos feito alguns jogos particulares, estamos à procura do entrosamento, da melhor forma possível, e penso que quando começarmos o campeonato estaremos em condições.
TD- Quem serão os grandes candidatos ao título?
AJ- Neste momento todos. Das 16 equipas todas são candidatas.
TD- Este campeonato de 16 foi uma boa solução?AJ- Penso que foi a única possível. Eu, que sempre critiquei os moldes do campeonato passado, é claro que aprovo este modelo. Penso que, com este número de equipas não haveria outra solução. Há mais jogos porque é um campeonato mais longo, há mais competitividade, há equipas mais fortes e vamos ver o que dá.
TRABALHO PROENÇA-A-NOVA
Juniores campeões reforçam plantel
O Proença-a-Nova arranca para a edição da divisão única 2006/07 da Associação de Futebol de Castelo Branco com um plantel formado por 25 jogadores no qual se incluem cinco ex-juniores, Miguel Manso, Fábio Mateus, Zé Tó, Fábio Martins e Bruno Peres e mais seis jovens jogadores que ainda têm idade júnior. Pedro Verganista, Gonçalo Esteves, Rafael, Rodrigo, Mendes e Cavalheiro, tal como os restantes cinco elementos, sagraram-se na última temporada campeões distritais de juniores mas estes últimos seis miúdos, por via disso, ganharam direito a participar no nacional da categoria. Por dificuldades várias, o Proença-a-Nova abdicou da participação Nacional e assim, o prémio destes jovens, em vez da participação no nacional da sua categoria, foi substituído por uma integração no plantel sénior do clube que vai disputar o distrital de Castelo Branco.
Vai ser, com certeza, um ano difícil para José Esteves, mas como sabe quem o conhece, o mister não é homem de virar a cara à luta, e assim vai preparando um equipa onde todos os 25 elementos são naturais do concelho de Proença-a-Nova e que pretende ser uma surpresa deste distrital.
Também é certo que a equipa do Pinhal perdeu alguns jogadores importantes, nomeadamente Pedro França, que para além de jogador da equipa sénior ainda arranjou tempo para comandar de forma superior a equipa que se sagrou campeã de juniores. Os motivos profissionais acabaram por levar Pedro França para os Açores, mas apesar das contrariedades a equipa está preparada para se intrometer na luta dos chamados grandes.
José Esteves, treinador do Proença-a-Nova
“Com tanta juventude não vamos ter tarefa fácil”
Tribuna Desportiva- Mais um ano com um plantel muito jovem… quais são os objectivos com que parte para esta temporada?
José Esteves- Essencialmente continuar a trabalhar com toda esta juventude que temos, tentar fazer boas exibições para agradar ao nosso público, e isso tenho quase a certeza que vai acontecer. Vamos tentar fazer uma equipa homogénea que nos dê garantias de que não vamos ser inferiores aos outros, porque não é isso que eu quero. Vamos ter muitas dificuldades, porque há equipas muito fortes, com jogadores maduros, com muitos anos de distrital e até de 3ª divisão, mas a irreverência da nossa juventude e com a vontade que demonstram, penso que também iremos fazer bons jogos. Na classificação nesta altura não vou falar porque não tenho conhecimento de todas as equipas. Temos tido dificuldades de treinar porque temos alguns jogadores que são bombeiros e nesta altura infelizmente estão muito ocupados, mas vamos melhorar, apesar de sabermos que não vai ser fácil com toda esta juventude.
TD- Este campeonato vai ser necessariamente diferente dos anteriores porque só há uma divisão. Acha que vai ser uma prova muito competitiva ou vai ser um campeonato dividido em dois, os candidatos e os outros?
JE- É capaz de ser um pouco dividido. Provavelmente haverá três ou quatro equipas, ou mesmo cinco, que são, como se costuma dizer, de outro campeonato. Eu tenho lido os jornais e ninguém se assume mas a verdade é que alguém terá que ser primeiro. Não se assumem porque não querem! Mas depois pode haver algumas surpresas…
TD- O Proença pode ser uma dessas surpresas, que fique entre os candidatos e os outros?JE- Eu estou à espera disso. A não ser que apareçam alguns imprevistos. Nós temos muitos jogadores que são estudantes e, a certa altura vão ter que optar. E eu prefiro que eles optem pelos estudos do que pela bola. Mas, de qualquer forma, acho que vai ser um campeonato muito disputado.
TRABALHO PÓVOA RIO MOINHOS
Póvoa RM promove continuidade
Quando uma equipa mantém a dupla técnica, Rui Melo e João Zarro, e inclui no plantel de 23 jogadores nada mais nada menos que 12 jogadores que o ano passado disputaram a 2ª Divisão Distrital de Castelo Branco, é porque confia no trabalho que está a ser feito e responde apenas a necessidades pontuais em lugares específicos da equipa. Os 11 jogadores novos que este ano ingressaram no clube do concelho de Castelo Branco vieram de 6 emblemas. O guarda-redes Cláudio veio do Orvalho, Tó Zé representou na última temporada o vizinho São Vicente da Beira que este ano foi uma das equipas que não se inscreveu nas provas seniores da AFCB, Zé Carlos e Luís Fazenda transitam do União Lousense, outro clube que este ano também não participa, os médios Cardosa e David vêm do vizinho Alcains onde se sagraram campeões distritais da 2ª divisão, Hugo Louro representou o Proença-a-Nova e o maior contingente vem da formação do Desportivo de Castelo Branco: Fino, Lalas, Cardoso e Pituxa.
Apesar de ser promovida a continuidade é quase meio plantel novo que vai lutar por um lugar numa equipa que aposta numa posição no meio da tabela, isto apesar de reconhecer todas as dificuldades que vai encontrar.
Pelo que vimos na última temporada, a Póvoa era um dos conjuntos da 2ª Divisão Distrital que melhor futebol apresentava aos domingos, e se isso for mantido então vamos ter muito boas equipas, daquelas a quem chamam de grandes, que vão encontrar muitas dificuldades para ultrapassar o conjunto povoense.
Carlos Barata, Departamento de Futebol da Póvoa RM
“Aspiramos a uma posição entre o 8º e o 10º lugar”
Tribuna Desportiva- Este ano como participante da divisão única da AFCB, a Póvoa de Rio de moinhos parte com que objectivos?
Carlos Barata- O nosso grande objectivo é lutar por um bom lugar que dignifique a Póvoa e tentar que os jogos nos domingos nos corram bem e fazer um campeonato tranquilo, sem sobressaltos.
TD- A Póvoa manteve grande parte do plantel do ano passado, isso também é uma prova que estavam contentes com o grupo que tinham…
CB- Claro. O plantel do ano passado teve uma excelente prestação, penso que se portou muito bem, inclusivamente, na minha perspectiva até excedeu as expectativas, e este ano mantivemos grande parte do plantel, reforçando alguns sectores que, na opinião dos treinadores, seriam fundamentais reforçar, e vamos lutar para que as coisas nos corram bem para sairmos dignificados.
TD- Falar na primeira metade da tabela é pedir muito?
CB- Penso que não. Ainda é cedo para falar nisso. Só com o desenrolar do campeonato é que nós podemos falar nisso e ter uma opinião formada. Mas pela equipa que preparámos para este ano, penso que podemos aspirar a uma posição entre os oito, dez primeiros.
TD- Nesta divisão única quais são os principais favoritos?
CB- Como toda a gente sabe há equipas que se reforçaram muito e que já deram sinais que podem ser equipas para lutar pelo título. Acabam por ser as equipas que toda a gente conhece, o Fundão, o Sernache, o Oleiros e o Estreito são as equipas que podem lutar pela subida de divisão.
TD- A aposta na mesma equipa técnica também é um sinal de confiança…CB- Claro que é. O ano passado tiveram uma excelente prestação, nós também lhes demos todo o apoio para que eles fizessem um bom campeonato e, por isso, a aposta é na continuidade, o que me parece uma boa aposta.
ORVALHO É CASA EMPRESTADA DO OLEIROS
Municipal de Oleiros já recebe sintético
O Municipal de Oleiros está deste há cerca de duas semanas em obras com vista à instalação do relvado sintético. Enquanto as obras decorrem, e porque por vezes acabam por ser mais demoradas do que o esperado inicialmente, a equipa de futebol que participa no distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco vai treinando no campo do Orvalho e será no Américo dos Santos que vai disputar os seus jogos quando actuar na condição de visitado.
Assim sendo, o jogo do próximo domingo entre o Oleiros e o Desportivo de Alcains vai ser disputado no Orvalho havendo ainda a possibilidade, caso as obras no Municipal de Oleiros não estejam concluídas aquando da realização da 3ª jornada, de também o jogo Oleiros-Lardosa se jogar no Orvalho.Para já, a equipa de José Ramalho vai andando com a casa às costas mas depois de instalado o sintético, para além de passar a dispor de melhores condições, será menos um pelado a existir no distrito.
O Municipal de Oleiros está deste há cerca de duas semanas em obras com vista à instalação do relvado sintético. Enquanto as obras decorrem, e porque por vezes acabam por ser mais demoradas do que o esperado inicialmente, a equipa de futebol que participa no distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco vai treinando no campo do Orvalho e será no Américo dos Santos que vai disputar os seus jogos quando actuar na condição de visitado.
Assim sendo, o jogo do próximo domingo entre o Oleiros e o Desportivo de Alcains vai ser disputado no Orvalho havendo ainda a possibilidade, caso as obras no Municipal de Oleiros não estejam concluídas aquando da realização da 3ª jornada, de também o jogo Oleiros-Lardosa se jogar no Orvalho.Para já, a equipa de José Ramalho vai andando com a casa às costas mas depois de instalado o sintético, para além de passar a dispor de melhores condições, será menos um pelado a existir no distrito.
segunda-feira, setembro 04, 2006
TRABALHO SERTANENSE
Sertanense faz revolução no plantel
O Sertanense conta com 20 jogadores no seu plantel para a temporada que começou oficialmente no último domingo. O grupo para já está fechado, e só se registarão entradas se, eventualmente acontecer alguma saída inesperada
A aposta deste ano foi num plantel mais longo que na última temporada, com alguns jogadores com experiência de 2ª divisão.
Da época passada apenas transitam os guarda-redes Eduardo Jorge, Fábio e Ricardo, o central Salgueiro, o médio Bruno Santos, e os avançados Marco Farinha e Marquitos.
O maior contingente de reforços chega do vizinho Vitória de Sernache: o jovem Leandro, o defesa goleador Paulo Lopes e o possante centro-campista Tiago Farinha são apostas que vêm do Distrital. Do Proença chega outro jogador para o meio, Bruno Rodrigues foi destaque na equipa de José Esteves e tem agora a oportunidade de jogar na 3ª divisão nacional. De Badajoz vem o ponta de lança André que vai ter como colegas de sector os reforços João Marques (ex-Académica) e Ousmane (ex-Cinfães). Do Vitória de Guimarães chega Barata, do Lourosa, Bruno Costa, do Barreirense, Ibraime, do Odivelas, Paulo Pires, do Souropires, Pedro Miguel e do Povoense vem Wilson.
Em termos de resultados a pré-temporada não está a corresponder à qualidade do plantel e do trabalho que vem sendo feito pelo técnico António Costa e pelo seu adjunto Telmo. Mas é melhor perder agora e aprender com os erros para poder chegar ao campeonato em condições de lutar sempre pelos 3 pontos.
António Costa, treinador do Sertanense
“Este ano há mais competição no plantel”
Tribuna Desportiva- Um plantel muito renovado para levar o Sertanense até onde?
António Costa- Até onde as nossas forças deixarem porque a série é muito competitiva. Nos últimos anos a série D não tem tido muita qualidade mas tem sido muito competitiva. Ainda o ano passado a subida de divisão foi decidida mesmo nas últimas jornadas. E por lado quase no final ainda havia 6 ou 7 equipas que ainda não tinham garantido a permanência. Vamos até onde os adversários nos deixarem, sabendo que a qualidade do trabalho que temos desenvolvido não se tem visto nos jogos de preparação que fizemos. Fizemos as experiências possíveis para começar um campeonato que espero tranquilo.
TD- Para evitar os sobressaltos do ano passado?
AC- Sempre que um jornalista fala comigo, fala desses sobressaltos porque eles ultrapassaram estas quatro paredes. O plantel tinha qualidade, mas depois faltava a competição interna.
TD- Havia jogadores acomodados…
AC- Exactamente, faltava a quantidade que temos este ano. Pode demorar algum tempo mas vamos ter muito mais competitividade interna que faltava o ano passado.
TD- Neste plantel com 20 jogadores ainda há alguma posição em aberto?
AC- Hoje em dia podemos contratar em qualquer altura até Janeiro, e há sempre a possibilidade de entrar ou sair alguém. O Sertanense neste momento, devido ao rigor orçamental, não pode contratar mais ninguém, mas naturalmente que, se por algum imprevisto sair alguém, iremos contratar mais algum jogador. Mas é com este grupo que vou iniciar o campeonato e é com este que espero acabar a época.
TD- O António Costa chegou o ano passado já depois do meio da época e acabou por salvar a equipa da descida de divisão. Está contente na Sertã?AC- Estou. Eu não ficaria aqui obrigado. Há uma empatia clara entre mim e os elementos da Direcção e conseguimos formar esta equipa extremamente jovem, de forma a motivar-me a continuar, e estou de corpo e alma.
TRABALHO ESCALOS DE CIMA
Escalos de Cima quer surpreender
O Escalos de Cima apresenta-se com 9 caras novas no seu plantel em relação à última temporada. Paulo Macedo mantém-se como treinador e com ele permanecem 13 jogadores. As maiores mexidas foram no posto específico de guarda-redes, onde Tiago Neto e Tiago Fazenda são duas novidades, e no meio campo onde, dos 8 jogadores do plantel para aquela zona do terreno, apenas 2 permanecem do último ano. Josué e Paulo Rodrigues, ambos ex-Escalos de Baixo, Paulinho e Arnaldo, ex-Águias do Moradal, Beirão, que veio do vizinho Alcains e Cláudio que trocou o Orvalho pelos escalenses, formam um meio campo praticamente novo. No ataque Hugo Duarte, ex-CD Alcains e Pedro Alves, ex-Orvalho, são as novidades. A defesa acabou por ser o sector menos mexido, já que apenas se registou uma entrada. O veterano Kikas, ex-Águias do Moradal, vem conferir mais experiência a um sector onde há muita juventude.
No Viscondessa do Alcaide trabalha-se no duro há algumas semanas. Não há ambição pela subida mas Paulo Macedo diz que é possível encaixar a sua equipa na primeira metade da tabela classificativa. Desta equipa podem surgir algumas surpresas durante o campeonato, até porque já deixou o aviso durante a pré-temporada quando ganhou, por exemplo, ao Águias do Moradal por 3-2. Depois da bola começar a rolar logo se vê como vai ser o comportamento deste emblema do concelho de Castelo Branco.
Paulo Macedo, treinador dos Escalos de Cima
“Vamos trabalhar para o meio da tabela”
Tribuna Desportiva- Este plantel de 22 elementos é o desejado ou é o possível?
Paulo Macedo- As duas coisas. Tenho os jogadores que foram a primeira opção de escolha e ainda tinha mais dois ou três nomes que não consegui trazer para este clube. Mas dentro do que pretendíamos as primeiras escolhas estão aqui todas, e para além disso a grande maioria já tinham representado o Escalos.
TD- Como tem estado a decorrer a preparação da nova época?
PM- Tem estado a correr muito bem. Os jogadores têm colaborado, a maior parte tem estado presente, o que é bom. Tivemos uma semana em que trabalhámos 4 vezes e agora, até ao início do campeonato, vamos treinar 3 vezes por semana.
TD- Que Escalos de Cima podemos esperar neste Distrital?
PM- Estamos a trabalhar para fazer o máximo de pontos possíveis e um bom campeonato. Para além disso também queremos ter uma boa participação na Taça de Honra. Penso que temos um plantel homogéneo, onde vamos aliar a experiência com a juventude. Pelo que me tenho apercebido temos um bom balneário, e isso é uma coisa que eu gosto nas minhas equipas. Interessa-me ter bons jogadores mas também bons homens. Nos treinos eles têm correspondido, depois vamos ver em competição.
TD- Este campeonato único a 16 pode ser a prova mais competitiva dos últimos anos?
PM- Penso que sim. Mas para além da competitividade penso que vai haver equipas das chamadas pequenas que vão complicar a vida dos grandes. Se calhar o Escalos de Cima também se inclui nesse lote… Nós vamos entrar em todos os jogos para discutir os 3 pontos, e vamos tentar juntar o útil ao agradável, que é uma boa exibição com o resultado. Há equipas que se reforçaram muito bem, porque têm outros orçamentos que o Escalos não tem. Nem todos podem ter as mesmas condições financeiras. Eu falo pelo meu clube. Nós estamos aqui apenas por um prémio de jogo e pelo gosto de jogar futebol. Penso que vai haver 6 equipas a lutar pela subida de divisão e as outras a fazer o melhor possível.
TD- Podemos falar no objectivo de alcançar a primeira metade da tabela?
PM- Sim. Tenho que acreditar que isso é possível e tenho que mentalizar os meus jogadores que sim. Quem me conhece sabe que eu sou um treinador ambicioso e tenho que incutir isso nos jogadores. Tenho confiança no meu grupo e penso que podemos trabalhar para o meio da tabela.
TD- Falou em seis equipas que vão lutar pelo título, quais são?PM- O Estreito, o Sernache, o Oleiros, o Unhais da Serra, o Fundão e o Pedrógão. Penso que destas seis equipas sairá o campeão. Espero também que haja muito fair-play, quer dentro, quer fora das quatro linhas.
TRABALHO CD ALCAINS
Em Alcains não se fala de subida
Depois do regresso ao activo do futebol no Desportivo de Alcains na última temporada em que se sagrou campeão distrital da 2ª Divisão, os canarinhos arrancam para a nova temporada integrados na única competição sénior distrital e, como refere o técnico João Daniel, “o objectivo é desenvolver um trabalho para alcançar uma classificação nos primeiros lugares. Temos ambição e qualidade, e naturalmente queremos alcançar a melhor classificação possível. Contudo, esta época não temos uma obsessão pela subida à 3ª divisão, até porque considero que existem equipas com mais capacidade e condições para alcançar uma classificação nos primeiros lugares”.
O jovem técnico que substitui Carlos Pereira também está consciente das cobranças que podem ser feitas à sua equipa pelo nome que tem, mas sobre isso esclarece: “evidentemente que pelo facto de ser o Alcains pode haver expectativas elevadas ao nível da opinião geral das pessoas no entanto, o estatuto e a imagem, só por si, não conseguem alcançar objectivos, e nesse sentido é importante o trabalho de equipa consistente e consciente que o Alcains está a desenvolver”.
E a idade muito jovem do comandante, será que conta ou é importante? O mister João Daniel esclarece: “considero ser um desafio e uma decisão que, se por um lado pode implicar alguns riscos, por outro representa uma oportunidade de desenvolver um trabalho em que acredito e para o qual o mais importante são as capacidades e competências da pessoa para desempenhar as funções de treinador. Nesse sentido creio já ter uma formação que me permite encarar este desafio com responsabilidade e confiança”.
No que toca ao quadro competitivo, que é uma novidade a estrear na temporada 2006/07, o técnico canarinho, tal como a maioria dos seus colegas, é de opinião que “foi alcançada a solução mais consensual e equilibrada tendo em conta as características das diferentes equipas que integram a competição”.
Do plantel que trabalha no Trigueiros de Aragão fazem parte 11 jogadores que transitam da última temporada, 3 juniores e 7 reforços. Gonçalo e Óscar são dois defesas que trocaram o Pedrógão de São Pedro pelo Alcains, o jovem Rui Cerdeira deixou o Benfica e Castelo Branco, Ricardo Trindade veio do Oleiros, Rui Paulo da União Lousense, Nuno Carreiro do Orvalho e Samuel do Sporting da Covilhã. É com estes nomes que o Alcains vai abordar o campeonato.Estão assim lançados os dados para uma temporada em que não há a obrigação de subir mas em que todas as atenções estarão voltadas para um clube que há não muito tempo disputava a 2ª Divisão Nacional.
BENFICA CB- 3 ÁGUIAS DO MORADAL- 1
Encarnados superam Águias na recta final
Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Teodoro Domingos, auxiliado por Carlos Baltazar e Joaquim Santos
Benfica CB- Hélder Cruz, Telmo, Alex, Zé Luís, Miguel Vaz, João Peixe, Ricardo Viola, João Paulo, Renato, Milton e Prata
Treinador- António Marques
Águias do Moradal- Tiago Brás, Pacheco, Spranger, Ludovico, David, Nuno Alves, Aíldo, Rui Paulo, Dário, Paulo Rato e Valadas
Treinador- António Belo
Substituições- Zé Luís por Ricardo António aos 45, Renato por Edgar aos 45, Alex por Tiago Mota aos 63 e Hélder Cruz por Bruno Cardoso aos 77; Tiago Brás por Beirão aos 45, Aíldo por Ivo Fazenda aos 45, Nuno Alves por Gil aos 62, David por Tomás aos 63 e Valadas por Cunha aos 66
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- João Paulo aos 74, Telmo aos 79 e Miguel Vaz aos 84; Prata (pb) aos 76
Benfica e Castelo Branco e Águias do Moradal voltaram a encontrar-se num jogo de preparação para a temporada que, para estes dois clubes, principiou no último domingo.
Desta vez a partida foi disputada em Castelo Branco, e o facto de ser jogada à noite com temperaturas mais baixas e no relvado levou a que se pudesse assistir a um jogo completamente diferente daquele que os mesmos conjuntos tinham disputado no Ventoso.
Os jogadores mais tecnicistas de ambas as equipas tiveram então oportunidade para mostrar os seus dotes e de contribuir de forma decisiva para tornar o jogo agradável e disputado a uma velocidade muito apreciável, atendendo a que estamos no começo de uma nova temporada.
Durante os primeiros 45 minutos o jogo foi muito equilibrado e apenas se registaram dois lances de perigo junto das redes de Tiago Brás, a mais flagrante surgiu num cabeceamento de Alex na sequência de um canto.
E como o equilíbrio foi a tónica dominante, o empate a zero ao intervalo aceitava-se perfeitamente até porque nenhuma das equipas conseguiu mostrar superioridade em relação à outra.
Na segunda metade, e com duas alterações em cada equipa, foi o Águias do Moradal que apareceu com vontade de surpreender o seu opositor. O domínio foi dos homens do Pinhal até aos 10 minutos mas depois tudo voltou ao ritmo da 1ª parte, com bola cá bola lá, com o perigo a rondar as duas balizas.
O curioso é que neste particular nem as várias alterações operadas por António Marques e António Belo tiveram influência negativa no desenrolar do jogo.
E o desequilíbrio acabaria por chegar com os golos já no último quarto de hora do jogo. Primeiro foi João Paulo que, com um ângulo muito apertado, praticamente em cima da linha de fundo, e depois de contornar Beirão, abriu o placard. Praticamente na resposta Prata escolhe a baliza errada para marcar e acaba por empatar o jogo.
Mais 3 minutos volvidos e Telmo volta a adiantar o Benfica apontando um bom golo, e muito perto do final Miguel Vaz voltou a deixar a sua marca estabelecendo o 3-1 final. Destaque para o canhoto do Benfica que se cotou como o melhor marcador da equipa na pré-temporada.
O resultado de 3-1 acaba por ser justo pelo que o Benfica fez nos últimos 15 minutos, mas fica uma nota bem positiva para a forma como o Águias do Moradal se bateu contra uma equipa de um escalão superior.A arbitragem cometeu pequenos erros, especialmente alguns foras de jogo mal analisados, mas não interferiu no resultado final.
CI ESCUDERIA CASTELO BRANCO
Classic Cup decide-se no Rally de Automóveis Antigos da Escuderia
É já na próxima sexta-feira que vai para a estrada a 14ª edição do Rally de Automóveis Antigos da Escuderia Castelo Branco. Na edição deste ano, os concelhos que vão acolher os mais de 50 inscritos serão o Fundão, cidade onde vai estar centrada a organização, Penamacor, Sabugal e ainda uma breve passagem por Belmonte. Pela primeira vez esta prova, que é já uma imagem de marca do clube automóvel albicastrense, ultrapassa as fronteiras do nosso distrito para visitar o distrito vizinho da Guarda.
Esta 14ª edição conta com automóveis de 1924 até aos anos mais recentes, sendo o mais antigo um Bentley de 1924, e principia na sexta-feira no Fundão, na Praça do Município, quando forem 17.30 horas. Da Câmara Municipal do Fundão, os concorrentes dirigem-se para Alcaide onde vão efectuar a Rampa da Gardunha. Depois lancham em Castelo Novo e o dia termina com um jantar na Escola Superior de Hotelaria, novamente no Fundão.
No dia seguinte, sábado, a partida volta a ser da capital da Cova da Beira às 9 horas. Os participantes seguem depois para Penamacor, onde tomam o pequeno-almoço, terminando a parte da manhã na vila do Sabugal, onde às 12.10 horas se disputa o Circuito do Sabugal. Depois de uma visita ao Castelo Das Cinco Quinas daquela vila da Beira Alta, a parte da tarde tem de novo partida do Sabugal e chegada ao Fundão, passando a comitiva pela Capinha, onde vão parar para lanchar. Pelo meio uma passagem pela Serra da Malcata onde os participantes “podem desfrutar de uma vista soberba e que certamente causará impacto”, refere o presidente da Escuderia Joaquim Eduardo.
A edição de 2006 termina com o Circuito Cereja do Fundão.
No final do dia os concorrentes vão participar no jantar de distribuição de prémios, depois da afixação dos resultados finais.
Com mais esta organização, e com a novidade da introdução do Sabugal na rota do Rally, a Escuderia “tenta conquistar zonas diferentes e tornar a prova culturalmente mais diversificada”. Esta prova vai ter como Director Gonçalo Eduardo e é aproveitada pela Escuderia para lançar um novo elemento na direcção, no caso será Rui Esteves, que vai desempenhar as funções de Director-Adjunto.
Como curiosidade refira-se que a prova deste ano decorre no mesmo fim-de-semana em que se realizam provas semelhantes no Caramulo e nos Açores, o que mesmo assim não impede a Escuderia de contar com uma excelente lista de inscritos.
A juntar a tudo isto, mais um grande motivo de interesse: esta é a última prova da Classic Cup e, por isso, as classificações finais das diversas classes ficarão aqui decididas.No que respeita ao Rally TT, que também está previsto para este mês, Joaquim Eduardo revelou que “pode não se realizar por falta de apoios. Vamos fazer uma avaliação da situação económica e depois decidir, porque esta Direcção queria chegar a Dezembro e deixar a Escuderia sem passivo”. Mesmo assim, Joaquim Eduardo diz estar “convencido que a Câmara Municipal de Castelo Branco, a exemplo do que fez o ano passado, não vai deixar de nos apoiar”.
Subscrever:
Mensagens (Atom)