segunda-feira, dezembro 18, 2006

PÓVOA RM- 0 OLEIROS- 0


Domínio repartido traduz-se em nulo

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Márcio Lopes (3), auxiliado por Henrique Martins e Cláudio Santos
Póvoa RM- Oleh Prokopets (3), Jeremias (3), Tó Zé (3), Bernardino (3), Mata (3), Jorge Mota (3), Hugo Louro (4), Gustavo (3), Carlitos (3), Hugo Inácio (3) e Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Martinho (3), Hugo Andriaça (4), Tiago Paulo (3), João Luís Faria (3), Quim Garcia (3), Carlitos (3), Cunha (3), Norberto (3) e João André (3)
Treinador- José Ramalho
Substituições- Gustavo por David (-) aos 87; João Luís por Tabarra (2) aos 52 e Norberto por José Bernardo (3) aos 74
Disciplina- Amarelos a Jorge Mota aos 39; Quim Garcia aos 66, Tiago Paulo aos 90 e Paulinho aos 90+2
Marcadores- -

A figura do jogo- Hugo Andriaça (Oleiros)- É o esteio da equipa na missão defensiva e é especialista em desmarcações de longa distância. Claramente a voz de comando da sua equipa.

O Póvoa RM- Num jogo com escassas oportunidades de golo, foi Hugo Louro que teve a melhor chance da sua equipa para marcar quando, ainda na 1ª parte, na tentativa de encontrar o seu melhor pé para rematar, perdeu demasiado tempo e deixou chegar um adversário. Nos últimos 20 minutos defendeu mais, muito por culpa do Oleiros que carregou mais para tentar levar os 3 pontos.

O Oleiros- Quando se criam poucas chances para marcar torna-se imperioso aproveitar alguma delas. O Oleiros teve duas oportunidades claras, a primeira por Tabarra, que isolado atirou muito por cima, e a segunda por José Bernardo, que de cabeça levou a bola à trave. Esteve mais pressionante nos últimos minutos mas foi uma equipa pouco incisiva.

Póvoa e Oleiros proporcionaram um jogo muito disputado mas pouco atractivo aos olhos do público que assistiu ao jogo. As duas equipas criaram apenas 3 situações de golo eminente em 90 minutos e, por esse motivo, ambas saem penalizadas com o nulo no marcador.
Durante os primeiros 25 minutos o jogo disputou-se muito na zona central do terreno, com as duas equipas a terem muitas dificuldades em levar a bola com perigo junto das redes adversárias. Este período menos bonito do jogo valeu apenas e só pela garra e pelo empenho que os jogadores de ambos os lados puseram ao serviço do jogo.
A partir daí, as coisas melhoraram substancialmente e passou a haver um ligeiro ascendente por parte do conjunto da casa que, mesmo tendo mais tempo de posse de bola e estando mais tempo dentro do meio campo defensivo do adversário, apenas por uma vez conseguiu chegar com perigo à baliza de João Luís. Hugo Louro isolou-se pelo lado esquerdo e, quando já estava praticamente na pequena área, demorou muito tempo à procura do seu melhor pé, permitindo o alívio por parte de um defensor oleirense.
O nulo ao intervalo era um resultado justo para as duas equipas porque já tinham desperdiçado 25 minutos do tempo de jogo.
Na segunda parte as coisas começaram mais ou menos com o mesmo sentido do final da primeira parte e sempre com as duas equipas com dificuldades em penetrar na teia defensiva do seu opositor. As defensivas levavam sempre vantagem em relação aos ataques e, de forma natural, oportunidades… nem vê-las.
Até que aos 52 minutos José Ramalho mexe na equipa. João Luís Faria sai tocado e Tabarra entra na equipa que acaba por ganhar outra dinâmica. O Oleiros tentava tomar o comando do jogo e por volta dos 65 minutos conseguiu começar a superiorizar-se, de forma gradual ao seu opositor. A Póvoa, ou por uma questão estratégica ou mesmo por cansaço dos seus jogadores refugiou-se no seu meio campo e viu o caudal ofensivo do Oleiros aumentar. Mas apesar de tudo sem grandes problemas para o seu último reduto. A melhor oportunidade do jogo aconteceu aos 68 minutos, quando Tabarra se conseguiu isolar mas acabou por atirar muito por cima da baliza de Oleh e a quatro minutos do final foi José Bernardo, que entrou muito bem no jogo, que cabeceou à trave da baliza contrária. Estavam desperdiçadas as duas melhores ocasiões para os forasteiros.
Um jogo que não deixou grandes saudades, com o nulo a ser um castigo para as duas equipas.

A arbitragem- Sem ter influência no resultado tem dois erros que podemos considerar mais graves. O primeiro ao não atender à indicação do seu auxiliar para a marcação de um pontapé de canto para a Póvoa e o segundo num derrube de Andriaça a Mata à entrada da área do Oleiros que não foi sancionado.

Discurso directo- João Zarro, técnico da Póvoa RM- “Penso que é um resultado justo num jogo em que as duas equipas tiveram os seus períodos de domínio. As equipas encaixaram mas as defesas superiorizaram-se aos ataques e daí as poucas oportunidades de golo e o nulo final. Pareceu-me que houve um penalty a nosso favor que não foi marcado, mas os árbitros são pessoas sérias, mas nesse lance não estiveram bem.”.
Discurso directo- Quim Garcia, jogador do Oleiros- “Desde o primeiro ao último minuto fomos sempre a melhor equipa, mas tivemos azar porque não conseguimos concretizar nas duas boas oportunidades que tivemos. Merecíamos a vitória num jogo em que o árbitro esteve muito bem”.

DEBATE ORGANIZADO PELO CONSELHO DE ARBITRAGEM DA AFCB


“Daqui a 20 anos não haverá árbitros”

O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco organizou na última sexta-feira no auditório do Instituto Português da Juventude um debate em que esteve presente Vítor Pereira, antigo árbitro internacional português, que preside actualmente à Comissão de Arbitragem da Liga de Futebol Profissional.
A profissionalização da arbitragem, as novas tecnologias, a relação arbitragem/Comunicação Social e a Formação de novos árbitros foram alguns dos temas em destaque num debate que durou cerca de 3 horas e que juntou pouco mais de 30 dezenas de interessados em ouvir o que um dos melhores árbitros portugueses de sempre tinha para dizer.

“Para a profissionalização ser completa falta que
os árbitros tenham um contrato de trabalho assinado”

A questão da profissionalização ou não dos juízes esteve em debate durante praticamente uma hora. Vítor Pereira disse claramente, a este respeito, que “a profissionalização está muito perto do modelo que temos actualmente em Portugal. O que é que significa ser profissional? Não é alguém ser pago para cumprir determinada tarefa? E isso não acontece actualmente? O grande problema que se põe é que os árbitros deveriam ter que assinar um contrato de trabalho. E isso é que não existe. A questão não está na quantidade de dinheiro que um árbitro vai ganhar a mais, mas sim na quantidade do tempo que vai ter a mais, para estar com a família e para o lazer”.
Por outro lado, e voltando atrás na sua carreira, Vítor Pereira confessou que “em 23 anos de arbitragem nunca treinei num campo de futebol. Inclusivamente cheguei a treinar no alcatrão!”. E nesse sentido deu em Castelo Branco uma notícia em primeira-mão aos que estiveram presentes no debate. A CA da Liga vai propor um plano entre a Liga, a Federação Portuguesa de Futebol, as Associações distritais e algumas autarquias que tem como objectivo a criação de um Centro de Formação de Árbitros em cada distrito, em que esteja sempre presente um preparador físico e um técnico.

“Não tem mal nenhum ser do interior
ou termos nascido neste cantinho da Europa!”

A questão da interioridade também não esquecida, mas para o homem forte da arbitragem da Liga, “esse não é um problema. Não tem mal nenhum ser do interior ou termos nascido neste cantinho! Mas sentir complexos por esse motivo, isso é que já é diferente! Nós não fomos voluntários para nascer e temos que aceitar a nossa realidade”. E não deixou de referir o seu exemplo: “eu, mesmo português, cheguei tão alto como os outros que têm tudo a seu favor. E digo isto com um certo orgulho porque me empenhei e consegui”, aproveitando depois para deixar um conselho a alguns jovens árbitros presentes na sala: “como vêem, tudo é possível, e tudo depende de vocês para que o futuro tenha mais qualidade que o passado e presente e que tenha mais qualidade que a minha geração e a anterior”.

“Sou um defensor acérrimo dos Núcleos de Árbitros”

Fundador do agora designado Núcleo de Árbitros de Lisboa, o ex-internacional português mostrou-se um “acérrimo defensor dos Núcleos de Aperfeiçoamento Técnico de Árbitros porque permitem duas coisas: primeiro que se tenha uma boa condição física, desde que haja infra-estruturas e um técnico, e depois porque dão a possibilidade aos árbitros de se reunirem e falarem entre eles. E, se isso acontecer, vão ver que os próprios árbitros, no debate de ideias têm ideias muito diferentes sobre o mesmo lance”. E no capítulo do aperfeiçoamento, e voltando a esbater a ideia da interioridade, referiu como exemplo a utilização da Internet. “Hoje em dia estamos todos ligados numa rede mundial. E seja em Lisboa ou aqui no interior estamos todos à distância de um clique da mesma informação”.

“Hoje já há menos de 3 mil e daqui a 20 anos não haverá árbitros”

A diminuição ano após ano do número de árbitros em Portugal é algo que preocupa sobremaneira Vítor Pereira. “Há uns anos tínhamos 6 mil e actualmente já estamos pela metade… Mas este não é um problema exclusivamente português. Se formos à Alemanha é a mesma coisa e, na Espanha, actualmente precisavam de 22 mil e têm 11 mil…” Daí a concluir que daqui por duas décadas não teremos árbitros foi um passo e Vítor Pereira deu mesmo o exemplo que se passa na Associação de Futebol de Lisboa, “actualmente, há dezenas de jogos todas as semanas das competições da Associação de Lisboa que ficam sem árbitro nomeado pelo Conselho de Arbitragem… e isto simplesmente porque os árbitros já não chegam para o número de jogos!”

“Árbitros nos flash-interview como regra, não!”
A relação dos árbitros com a Comunicação Social também não foi esquecida e, sobre os ex-árbitros que depois de terminada a sua carreira viraram comentadores de arbitragem nas rádios e televisões, Vítor Pereira concorda com a ideia: “É evidente que eu gostava de ter colegas que deixam o activo a ensinar os mais novos porque são as pessoas mais capacitadas para o fazer, mas prefiro ver um ex-árbitro a comentar o trabalho de um colega do que um qualquer que não tem formação na matéria”. Quanto à comparência, ou não, do árbitro nas entrevistas rápidas no final de cada jogo, o líder dos árbitros da Liga foi peremptório: “como regra nunca acontecerá, agora como excepção, se for com o objectivo de esclarecer a opinião pública concordo. O problema é que a grande maioria das pessoas querem que o árbitro vá lá dizer porque é que não marcou aquele penalty ou não expulsou aquele jogador… e assim não”.

BOA ESPERANÇA- 6 CASA DO BENFICA PENAMACOR- 3


O derby de Theres

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- José Marques e António Costa, de Coimbra
Boa Esperança- Hugo Nunes e Francisco Fernandes, Ricardo Machado, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Serginho, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Casa do Benfica Penamacor- Stallone e Julinho, Filipe Carvalho, João Maradona, Jorge Maradona, João Cruto, Valter Martins, Igor Silva, Nelson Crucho, Perry, Nunyto e Nilton Santos
Treinador- Luís Moreira
Disciplina- Cartão amarelo a Theres Oliveira aos 18, Daniel Ascensão aos 33, Serginho aos 36 e Hugo Silveira aos 39; Nilton Santos aos 15, João Maradona aos 29 e Perry aos 36
Marcadores- Bruno Barata aos 8, Theres aos 14, 15 e 36, Daniel Ascensão aos 29 e Valter Borronha aos 39; João Cruto aos 8, Theres (pb) aos 14 e Nilton Santos aos 35

Não foi exactamente o derby que se esperava mas valeu especialmente pela emoção e pelas constantes alterações no marcador durante os primeiros 20 minutos.
Era um derby inédito do futsal distrital e, se bem que nem sempre jogado com grandes primores técnicos, teve emoção quanto baste, alguns desentendimentos entre os jogadores e até mesmo alguma incerteza no resultado, particularmente quando a Casa do Benfica em Penamacor conseguiu reduzir para 4-3 a cinco minutos do final. Mas vamos por partes.
A toada de equilíbrio com que se iniciou o jogo e a grande velocidade que as duas equipas puseram ao serviço do espectáculo prometiam, e o golo dos forasteiros aos 8 minutos deixou os visitantes ao rubro, a final de contas não é todos os dias que se está a vencer o líder, ainda por cima quando é este que está a jogar no seu terreno. Mas faltava ainda muito tempo e Bruno Barata, no mesmo minuto, voltou a restabelecer o empate. Nos minutos seguintes aquele que haveria de ser o protagonista do jogo começou a entrar em acção. Aos 9 minutos deu a primeira vantagem à sua equipa mas 5 minutos mais tarde a infelicidade bateu à porta do brasileiro que acabou por desviar a bola para dentro da sua baliza. Mas ainda antes do intervalo os laranjas recolocaram-se em vantagem e novamente pelo endiabrado Theres. O 3-2 ao intervalo era um resultado justo, principalmente porque a Boa Esperança ainda não tinha encontrado a fórmula certa para bater o pé a uma equipa que já tinha percebido que era inferior, mas que em largos períodos do jogo tinha conseguido contrariar o favoritismo da Boa.
Na segunda parte o visual do jogo não se alterou e os períodos de bola cá bola lá, já não se repetiam com tanta frequência mas a incerteza no resultado teimava em manter-se. Nos segundos 20 minutos Nilton Santos apareceu mais no jogo, mostrou muitos e bons pormenores, este cabo-verdiano, e foi precisamente o seu golo a cinco minutos do final, quando reduziu a desvantagem da sua equipa para 4-3 que voltou a dar alguma emoção ao jogo. Só que o homem do jogo não esteve pelos ajustes e voltou a aparecer de forma decisiva. Falamos obviamente de Theres que aos 36 minutos deu praticamente os 3 pontos à sua equipa. Valter Borronha estabeleceu o resultado final no último minuto mas este golo aconteceu numa altura em que a Casa do Benfica já jogava com cinco jogadores de campo, abdicando do seu guarda-redes habitual.
Vitória justa da melhor equipa, frente ao um Penamacor que deixou muitas boas indicações e a clara promessa que a manutenção é perfeitamente possível.

Discurso directo- Humberto Cadete, técnico da Boa Esperança- “É uma vitória que vale 3 pontos, estes já cá estão e vamos já pensar nos próximos. À medida que os jogos passam, as vitórias dão tranquilidade mas também aumentam a responsabilidade. Não se devem é perder pontos onde não se deve. O objectivo é claramente subir e agora já tenho um conhecimento de praticamente todas as equipas. Na segunda volta pode haver um volte-face, como aconteceu o ano passado, e por isso é bom criar um fosso entre o 1º e o 3º classificado”.
Discurso directo- Luís Moreira, técnico da Casa do Benfica de Penamacor- “Sabíamos que vínhamos defrontar o líder e tentámos contrariar, o que até chegámos a conseguir fazer. Já conseguimos pontos onde, se calhar, ninguém acreditava que os conseguíssemos e estamos quase a conseguir os objectivos que traçámos para a 1ª volta que eram chegar aos 16 pontos, e até podemos ainda ultrapassá-los. Hoje (sábado), estiveram 3 excelentes equipas em campo”.

domingo, dezembro 17, 2006

DESPORTIVO CB- 2 BENEDITENSE- 4


Ainda há vida… mas a esperança começa a ser pouca

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- João Roque, auxiliado por José Braga e Luís Carrilho (Portalegre)
Desportivo CB- João Mota, João Ricardo, Fábio Riscado, Ricardo Lourenço, João Batista, João Machado, Cristiano, Filipe Duarte, Diogo Fonseca, Francisco e João Latado
Treinador- João Paulo Natário
Beneditense- Cruz, André Silva, Patrick, Chico, Vasconcelos, Rito, Samuel Gonçalves, Penas, André Luís, Gonçalo e Ricardo
Treinador- Henriques João
Substituições- Francisco por Jorge Cruchinho aos 57 e Filipe Duarte por Diogo Nunes aos 78; Chico por Rodamanto aos 40, Gonçalo por João Fialho aos 60 e Rodamanto por João Almeida aos 78
Disciplina- Amarelos a Ricardo Lourenço aos 24, Filipe Duarte aos 43 e Francisco aos 44; André Silva aos 68
Marcadores- João Latado aos 27 e Ricardo Lourenço aos 29; Rito aos 40+2, Ricardo aos 45 e 78 e André Luís aos 56

Quando se viram os primeiros 20 minutos de jogo de domínio total e absoluto da equipa de João Paulo Natário, rapidamente se tirou a conclusão que este seria o jogo ideal para a equipa se estrear a ganhar frente ao seu público e, desta forma, continuar muito perto das equipas que, tal como os albicastrenses, lutam pela permanência no Nacional de Juvenis.
Durante a primeira metade da etapa inicial o Desportivo de Castelo Branco jogou bem, com boas trocas de bola e até lhe era relativamente fácil levar o perigo junto das redes de Cruz. Neste período aconteceram 3 ou 4 excelentes oportunidades para abrir o marcador mas, curiosamente, foi já num período em que as coisas tendiam a ficar mais equilibradas que chegaram os golos. Aos 27 minutos João Latado deu a merecida vantagem à sua equipa, e dois minutos depois Ricardo Lourenço ampliou depois de uma jogada em que correu todo o seu corredor até atirar a contar. As coisas pareciam fáceis e o resultado parecia dar garantias mas um golo do Beneditense já em período de compensações parece ter animado os forasteiros e acabou mesmo por ser determinante para uma segunda parte menos conseguida pelos albicastrenses.
E o cenário pior ficou depois de logo aos 5 minutos os visitantes restabelecerem o empate. Foi novamente um balde de água fria que atordoou os jovens de Castelo Branco que, num ápice, se viram novamente dentro de um jogo indefinido e com a agravante dos golos adversários terem permitido ao Beneditense crescer e acreditar que era possível alcançar outro resultado. Aos 56 minutos a equipa que é última classificada nesta série deu mesmo a volta completa ao marcador e as coisas ficaram então comprometidas quase que de forma definitiva, principalmente porque o Desportivo nunca mais conseguiu praticar o futebol vistoso que tinha conseguido mostrar na primeira parte.
A melhor oportunidade para o empate, uma grande penalidade assinalada, e bem por João Roque, acabaria por chegar já perto do final, mas Ricardo Lourenço acusou em demasia a responsabilidade de ter nos pés possibilidade soberana de empatar e acabou por rematar de forma pouco convincente. Demasiado fácil para o guarda-redes contrário. A tentar remar contra a maré os albicastrenses ainda dispuseram de uma boa situação para conseguir o empate, mas seria o Beneditense a segurar a vantagem com um golo nos últimos minutos, num remate de Ricardo que ainda desviou nas pernas de um defesa da casa.
Com esta derrota, e apesar de ainda faltar muito campeonato e de o Desportivo já ter mostrado que, por vezes, consegue resultados positivos onde menos se espera, o cenário ficou mais negro porque estão cinco equipas a lutar por apenas um lugar que permite a manutenção e o Desportivo está na penúltima posição e ainda viu o Beneditense aproximar-se.Arbitragem com pequenos erros mas sem influência no resultado final.

AD ALBICASTRENSE- 24 SENHORA DA HORA- 22


Líder tomba em Castelo Branco

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Guilherme e J. Nunes (Coimbra)
AD Albicastrense- Ricardo Sousa e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (7), Pedro Neves, João Fialho (9), Bruno Roberto, Luís Robalo, Filipe Pereira (1), Maximiano Ribeiro (3), Pedro Sanches (3), João Mourão, Daniel Pereira e Carlos Gomes (1)
Treinador- José Curto
Senhora da Hora- Augusto Silveira, Virgílio Pinto (6), João Lopes (3), Hugo Melo (1), Francisco Silva (4), Rui Moura (3), José Martingo, Octávio Pinto, Ricardo Moreira (1), Jorge Monteiro, Abílio Alves (4), Paulo Moura e Fernando Pereira
Treinador- Manuel Santos
Marcador ao intervalo- 13-10

Depois de um início de jogo muito equilibrado, foi sensivelmente depois da primeira dezena de minutos que os albicastrenses conseguiram ganhar algum conforto no marcador e chegar aos 5 golos de vantagem frente ao líder, a meio da primeira parte. Todavia, e apesar de estar a parecer fácil, e até porque esta situação já se tinha verificado em partidas anteriores, não era muito de fiar nesta almofada que começava a ser confortável, até porque uma sucessão de erros da equipa de José Curto permitiu aos visitantes um parcial de 4-0, e o inevitável equilíbrio voltou ao marcador. Antes do intervalo a ADA reagiu e conseguiu esticar novamente a vantagem até aos 3 golos.
Para a segunda parte o grande objectivo dos azuis passava, essencialmente, por não deixar encurtar a distância que detinham e isso até foi conseguido mas, quando fisicamente a equipa ficou inferiorizada, o comandante da zona norte da 1ª divisão aproveitou para encetar uma perigosa aproximação até chegar ao 23-22 à entrada para o último minuto. Apesar do pouco tempo que faltava era impossível fazer previsões até porque, na situação de vantagem pela margem mínima no último minuto, a ADA já ganhou e já perdeu jogos esta temporada. Mas, tal como noutros jogos em casa, eis que surge Ricardo Sousa para salvar a equipa. Uma defesa num livre de sete metros a meio minuto do final permitiu pensar numa vitória que haveria de ser confirmada com um golo de Luís Gama já muito perto do apito final.Vitória tão difícil quanto justa, num jogo bem dirigido pela dupla de árbitros de Coimbra.

FESTAND DE NATAL DA CASA DO BENFICA EM CB


Infantis convivem com Alcanena e Ansião

A Casa do Benfica em Castelo Branco organizou no último sábado no pavilhão da Escola Afonso de Paiva o seu Festand de Natal, o segundo que organiza na presente temporada. Presentes, para além das duas equipas de infantis do clube organizador, estiveram formações de Alcanena e Ansião.
Nestes convívios, que visam a observação do trabalho que vem sendo realizado nos treinos, as treinadoras têm também a possibilidade de ver como reagem jovens com 9 a 11 anos em competição.
Baseado no modelo que tem sido praticado nestes encontros organizados pela Casa do Benfica em Castelo Branco, este Festand contou, no entanto, com uma novidade, é que as equipas, pela primeira vez, actuaram com sete elementos, o que já representa uma evolução na sua formação.
Rui Poças, o responsável pela área da formação da representação do SL Benfica em Castelo Branco recorda, em jeito de balanço do ano de 2006 que “no início deste trabalho tínhamos cerca de 12 atletas e actualmente já vamos nas quatro dezenas. Estão a treinar 3 vezes por semana e nós estamos muito contentes com o trabalho que vem sendo desenvolvido”.
No que toca à equipa de infantis da Casa, o dirigente encarnado lembra que “já tivemos várias deslocações e obtivemos bons resultados. Já perdemos, já ganhámos, mas nesta fase, o mais importante não são os resultados. O que importa observar é que houve uma evolução desde o primeiro jogo realizado até agora”.Actualmente a equipa da Casa está a participar num Torneio Inter-Regional, que decorre na região de Viseu mas, até final da temporada, deverão ainda ser organizados pela Casa albicastrense dois Torneios, um por alturas do Carnaval e outro que encerrará a época.

DESPORTO AUTOMÓVEL


Francisco Grilo faz balanço de 2006 e apresenta objectivos ambiciosos para 2007

O jovem piloto albicastrense Francisco Grilo encerrou o ano desportivo de 2006 com um convívio, que se realizou no domingo no Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco, com todos os membros da sua equipa, patrocinadores, Comunicação Social, Câmara Municipal de Castelo Branco e destacamento da GNR da capital de Distrito e de Vila Velha de Ródão.
No encontro, em que o piloto convidou os presentes a serem seus navegadores numa volta à pista, estiveram ainda presentes dois jovens deficientes que estão ao cuidado da CERCI Castelo Branco.
No ano que agora termina, Francisco Grilo, que teve como co-piloto Francisco Carrega, participou com o seu Fiat Punto HGT 1800, em quatro das cinco provas que integravam o calendário do Campeonato Nacional de Rallys de Promoção em asfalto. Apesar das desistências em Montelongo e Lafões, o 7º lugar no Pinhais do Centro e o 2º no Portas de Ródão permitiram-lhe terminar o nacional no 5º posto, o que, depois do título de campeão nacional júnior em 2005, “é um bom resultado e está dentro dos objectivos que traçámos no início. O mais importante era evoluir e isso foi conseguido. Mas temos noção que podíamos ter ido um pouco mais além. Discutir os primeiros 3 lugares era muito complicado porque este carro não é particularmente competitivo”. O melhor resultado da época acabou por ser conseguido a correr em casa. No Portas de Ródão Francisco Grilo rodou em primeiro até ao penúltimo troço “mas andarmos com os primeiros já foi quase um milagre”.
Para fechar o ano, o jovem de 20 anos participou no Rally do Algarve, aqui com o navegador Bruno Vilela, uma prova integrada no Nacional de Consagrados e onde terminou em 34º da geral e venceu a Classe 7. Apesar do bom resultado, “tivemos um furo que nos atrasou cerca de 5 minutos. Se não fosse isso poderíamos ter subido mais 9 lugares”.

Mais ambição para 2007

Para o próximo ano a fasquia está colocada mais alta, já que o objectivo “é comprar um Citroen C2 1600 para participar no Troféu Monomarca do Nacional de Consagrados”. Se em 2006 foram gastos 40 mil euros, “em 2007 são necessários cerca de 125 mil para que os objectivos sejam alcançados, isto incluindo 40 mil euros que terão que ser gastos na aquisição do carro”. A dar os primeiros passos na conquista de apoios, Francisco Grilo revela que “já temos alguns, mas ainda nos falta a maior fatia”. As despesas aumentam, porque o carro é outro, mas também porque o número de provas passa a ser de 6, uma vez que o Troféu Monomarca, das 8 provas que fazem parte do Nacional de Consagrados, não faz as deslocações aos Rallys dos Açores e da Madeira.
Se não forem reunidos os apoios necessários, o piloto avança então para o plano alternativo, que passa pela participação no Open (uma prova semelhante ao antigo Nacional de Iniciados). O Open é composto por 10 provas, cinco em asfalto e outras tantas em terra, mas no caso de ser esta a solução para 2007 Francisco Grilo já decidiu que “não iremos fazer todas as provas”.Para já, e até ao início de Fevereiro, o único trabalho é reunir o maior número de apoios possíveis, no sentido de saber qual o caminho a seguir.

CONVÍVIO DE ESCOLAS DE FUTEBOL


Encontro entre ARCB Valongo e Escola de Proença envolve 50 crianças

Foram cerca de 50 crianças que no último feriado de 8 de Dezembro participaram no convívio entre os pré-competitivos da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo e a Escola de Futebol “O Bernardo” de Proença-a-Nova, que decorreu do Complexo Desportivo do Valongo.
Neste encontro de candidatos a futuros jogadores de futebol, as equipas disputaram 3 jogos em campo reduzido, tendo cada jogo a duração de 20 minutos.
Como seria de esperar, nota de destaque, para além da alegria estampada na cara de cada uma das crianças, o fair-play demonstrado nos jogos por todos os jovens atletas.Para o futuro, ficou já acordada a realização de futuros encontros.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

ATALAIA DO CAMPO- 3 VITÓRIA DE SERNACHE- 4


Vitória verga Atalaia à 1ª derrota

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Paulo Abrantes (4), auxiliado por Alexandre Rato e Flávio Nunes
Atalaia do Campo- Rui Pedro (3), Élio (3), Sérgio Garcia (3), Rui Faria (3), Hugo Brito (3), Costa (3), Gelson (3), Ednilson (3), Emanuel (3), Filipe Mouro (3) e Luisinho (3)
Treinador- Mário Pereira
Vitória de Sernache- Vilela (3), Bruno Bastinho (3), Tomás (4), Fernando Miguel (4), Pedro Figueiredo (3), João Viana (3), Velho (3), Dany (4), Maçaroco (3), Miguel Farinha (3) e M´Passo (4)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Filipe Mouro por Bruno Torres (1) aos 64, Élio por Patrick (-) aos 87 e Luisinho por Cristophe Bernardo (-) aos 90+1; Miguel Farinha por Fredy (3) aos 65, Maçaroco por Rogério (2) aos 75 e M´Passo por Filipe Amaro (-) aos 90+4
Disciplina- Amarelos a Sérgio Garcia aos 35 e Élio aos 77; Miguel Farinha aos 35, Pedro Figueiredo aos 70, Dany aos 90+1 e Fredy aos 90+3
Marcadores- Rui Faria aos 22, Ednilson aos 40 e Hugo Brito aos 43; M´Passo aos 40 segundos, Fernando Miguel aos 39, Dany aos 78 e Bruno Bastinho aos 84

A figura do jogo- M´Passo (Vitória de Sernache)- De jogo para jogo tem vindo a subir de rendimento e, nesta altura, constitui um quebra cabeças para as defensivas contrárias, principalmente pela sua rapidez e pelos bons pormenores técnicos que mostra. Marcou um golo logo a abrir e saiu completamente esgotado.

A Atalaia do Campo- Não tremeu com o golo que sofreu logo nos primeiros segundos nem depois quando sofreu o segundo, e acabou sempre por dar a volta por cima e chegar ao descanso já em vantagem. Na 2ª parte entrou melhor, teve oportunidades para fazer o 4º golo mas, estranhamente, recuou nos últimos 20 minutos e convidou o adversário a subir. Perdeu porque começou a pensar nos 3 pontos demasiado cedo.

O Vitória de Sernache- Entrou com a sorte do jogo mas teve sempre o mérito de jogar olhos nos olhos com o líder que ainda não tinha cedido pontos no seu terreno. Nos segundos 45 minutos soube suportar a pressão da Atalaia que durou 20 minutos, e depois aceitou o convite para subir no terreno e chegou de forma merecida aos 3 pontos.

Foi um jogo empolgante em todos os sentidos. Dos melhores que já se viu neste Distrital. Mexidas constantes no marcador, indefinição até ao final e muitos e bons golos para todos os gostos.
Ainda não estava jogado um minuto e já o Vitória estava em vantagem. Logo aos 40 segundos M´Passo aproveitou uma desatenção na área adversária e abriu as contas para a sua equipa. A Atalaia sofria um golo a frio, entrava a perder no jogo, mas nunca deu mostras de ter acusado o que não esperava.
A equipa de Mário Pereira reagiu bem, mas encontrava pela frente um Vitória de Sernache que vinha disposto a jogar olhos nos olhos com o adversário com o único pensamento nos 3 pontos, de forma a continuar a boa série de resultados que já levava.
O sinal mais não pertencia a nenhuma das equipas porque a bola estava sempre muito próxima das duas áreas e o golo podia surgir a qualquer momento, para qualquer um dos lados. Acabou por surgir para a Atalaia quando estavam jogados 22 minutos e Rui Faria aproveitou bem uma bola à entrada da área adversária para atirar forte e colocado sem hipóteses para Vilela.
Mas via-se que, neste jogo, os ataques levavam quase sempre vantagem sobre as defesas e os golos iriam com certeza acontecer mais vezes. Bem dito, melhor feito. Ainda antes do intervalo, e já depois de Paulo Abrantes por termo a uma fase do jogo em que os jogadores teimavam em desentender-se, ao mostrar amarelo a Sérgio Garcia e Miguel Farinha, eis que surgem mais 3 golos no curto espaço de 4 minutos. Era um jogo de loucos! Primeiro foi Fernando Miguel que voltou a dar vantagem à sua equipa na transformação de um castigo máximo a punir falta sobre Miguel Farinha e, na resposta, chegou de novo o empate por Ednilson, a aproveitar a lentidão da defensiva do Sernache em aliviar a bola.
Mas ainda antes do intervalo os líderes invictos do campeonato haviam de chegar à primeira situação de vantagem no jogo quando Hugo Brito voltou a aproveitar uma bola à entrada da área adversária para bater Vilela. Ao intervalo o 3-2 era justo, como também o seria qualquer outro resultado, porque as equipas tinham-se equivalido, mas ficava a promessa de que o jogo não estava decidido.
E não. A Atalaia entrou melhor para a segunda parte e conseguiu o domínio durante 20 minutos. Nessa altura a equipa de Mário Pereira podia ter matado o jogo, mas a viragem no controlo das operações começou sensivelmente quando na equipa da casa Bruno Torres rendeu o capitão Filipe Mouro.
Os vitorianos sentiram que ainda tinham uma palavra a dizer e começaram a mandar no jogo. Ficamos no entanto sem perceber se a Atalaia recuou pela pressão feita pelo adversário ou apenas por uma questão estratégica. Mas deve ter acontecido um misto das duas. Aos 78 minutos Dany voltou a restabelecer a igualdade e aos 84 minutos Bruno Bastinho concluiu o que já se vinha adivinhando.
Depois de operada a reviravolta, o Vitória de Sernache ainda teve oportunidade de dilatar o marcador mas M´Passo, isolado frente a Rui Pedro, acabou por adiantar em demasia a bola, permitindo a intervenção do guarda-redes.
Uma vitória justa dos de Cernache de Bonjardim que viram assim premiada a forma como sempre acreditaram que o jogo não estava decidido ao intervalo. A Atalaia perdeu pela primeira vez mas não deixou de mostrar uma equipa que certamente estará na luta até final do campeonato.

A arbitragem- Teve um jogo extremamente difícil de dirigir, muito por culpa dos muitos contactos físicos que existiram, mas conseguiu levá-lo até ao fim da melhor forma. Tem 3 situações de mão dentro das grande-áreas, duas na área da Atalaia e uma na do Vitória, mas nas 3 seguiu o mesmo critério, considerou sempre bola na mão e não o contrário. Disciplinarmente, quando o jogo parecia endurecer, os dois amarelos mostrados ao minuto 35 resolveram o problema.

Discurso directo- João Torres, presidente da Atalaia do Campo- “Foi um excelente jogo, nós já sabíamos que o Sernache tem uma das melhores equipas do Distrital e veio aqui proporcionar um bom espectáculo e ganhar o jogo. Também já sabíamos que um dia tínhamos que perder e, se calhar, até era bom que nós não estivéssemos lá em cima. Se andássemos no meio da tabela talvez o nosso capitão de equipa no domingo não tivesse sido expulso, e talvez eu não estivesse castigado. Há muitas condicionantes que ajudam as equipas do nosso distrito a subir de divisão. O que se passou aqui foi futebol. Não é por acaso que nós hoje estávamos privados de dois dos melhores jogadores da equipa. Quanto a mim, faltou coragem ao senhor árbitro para marcar uma penalidade a nosso favor. É a tal falta de estatuto, mas isto não retira em nada o mérito à equipa do Sernache, porque veio aqui jogar lealmente. Mas de um lado está uma equipa com estatuto no nosso distrito e do outro lado está uma atalaiazita, que anda agora a fazer pela vida. Somos uns coitadinhos que aqui andamos… Por exemplo, hoje tivemos aqui o mesmo fiscal de linha que esteve no nosso jogo no domingo em Valverde. As asneiras repetiram-se! Eu não sei se há falta de fiscais de linha ou se tem sempre que vir este senhor!”.
Discurso directo- António Joaquim, técnico do Vitória de Sernache- “É uma vitória que vale 3 pontos e que nós queríamos muito. A Atalaia tem uma boa equipa, que pratica bom futebol, sabíamos que estava 100% vitoriosa em casa, mas também sabemos o nosso valor. Entrámos bem e podíamos ter feito o 2º golo ainda antes de sofrermos o primeiro. Disse sempre aos jogadores que não estávamos a ser inferiores ao líder e foi uma questão de esperar, também contando com alguma sorte na maneira que fizemos o 3º golo, mas penso que, nessa altura, já o merecíamos. Depois de fazer o 4-3 ainda pudemos fazer o 5º mas não o conseguimos. Mas quero realçar que este deve ter sido dos melhores jogos deste distrital. O Paulo Abrantes é um excelente árbitro e fez um bom trabalho”.

PLANTEL DO VITÓRIA DE SERNACHE COM MEXIDAS


Filipe Barata sai Paulo Lopes regressa

O médio Filipe Barata deixou durante a última semana de fazer parte do plantel do Vitória de Sernache. Mas as mexidas no clube do Pinhal não se ficaram por esta saída. De regresso está Paulo Lopes, jogador que no último defeso trocou precisamente o emblema vitoriano pelo Sertanense. A mais recente aquisição da equipa de António Joaquim revelou que “no Sertanense estava a ser complicado conciliar o futebol com a minha actividade profissional”, e desta forma o regresso a “uma casa que conheço bem e onde tenho muitos amigos” foi a melhor solução.Paulo Lopes, que no domingo assistiu à vitória da sua nova equipa na Atalaia do Campo, já estará apto para defrontar a Desportiva do Fundão no próximo domingo.

DESPORTIVO CB- 23 CLUBE BASQUETEBOL DO FUNDÃO- 110

Desportivo aprende com CB Fundão

Pavilhão da Escola Superior de Educação de Castelo Branco
Árbitros- Vasco Santos e Tiago Pinheira
Desportivo CB- Rafael Belo, Alexandre Luís, João Oliveira, Jordan Vieira, David Silva, Michael Ladeira, Cheng Chen e Bruno Fontelas
Treinador- Tiago Machado
CB Fundão- M. Matos, P. Madeira, J. Monteiro, J. Raposo, L. Lamego, P. Tazendeiro, T. Pinto
Treinador- João Raposo

O Clube de Basquetebol do Fundão derrotou no último sábado o Desportivo de Castelo Branco por 23-110, em partida a contar para a Fase Regular do Campeonato Regional de Cadetes Masculinos em basquetebol.
Numa partida disputada no pavilhão da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, a equipa fundanense, com atletas que já integram as selecções distritais e que, por tanto, jogam já a outros níveis, mostrou-se sempre muito pressionante a defender, cortando as linhas de passe ao adversário. Também na fase de ataque, o CBF mostrou excelentes executantes e dispõe de jogadores que sabem lançar de fora. No capítulo físico, as diferenças foram igualmente notórias, com uma equipa visitante muito mais alta e possante fisicamente.
Refira-se no entanto que, nesta equipa do Desportivo de Castelo Branco, apenas dois atletas transitaram do último ano ou seja, a grande maioria não tem ainda qualquer experiência de jogo nem os fundamentos básicos da modalidade. Para além disso, do plantel fazem parte 2 jogadores ainda com idade de iniciados, sendo todos os restantes cadetes de 1º ano.Resultado que não deixa qualquer margem para dúvidas entre duas equipas em fases distintas de aprendizagem.

ORGANIZAÇÃO DA CASA DO BENFICA CB

Sábado é dia de Festand de Natal

A Casa do Benfica em Castelo Branco organiza no próximo sábado o seu Festand de Natal onde, para além das equipas do clube organizador vão estar representantes das zonas de Ansião, Santarém e Alcanena, esperando-se ainda as presenças de equipas do Crato e Covilhã.O convívio vai decorrer entre as 10 horas e as 12.30 no Pavilhão da Escola Afonso de Paiva e o modelo da prova será em tudo idêntico ao utilizado no último Festand realizado em Outubro, com todas as equipas a defrontarem-se entre si em períodos de 10 ou 12 minutos.

1º PASSEIO DO VALE SANTO


BTT no Juncal do Campo

A Associação Cultural e Recreativa Juncalense organizou no último dia 12 o 1º Passeio de BTT do Vale Santo no Juncal do Campo.
A prova, que teve a participação de 72 BTTistas, dividiu-se em duas partes, a primeira, com um grau de dificuldade médio na distância de 24 km, e a segunda, com um grau de dificuldade médio alto em que os participantes percorreram 44 km.O início foi às 9 horas, e o passeio percorreu os caminhos de terra batida das aldeias do Juncal do Campo, Barbaído, Martim Branco, Chão-da-Vã e Freixial do campo, antes da chegada por volta do meio dia e meio, tendo-se seguido um almoço convívio na Casa do Povo do Juncal.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

PÓVOA RM- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 2


Vitória continua em recuperação

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Teodoro Domingos (3), auxiliado por Carlos Pequito e Rui Inácio
Póvoa RM- Oleh Prokopets (3), Jeremias (3), Tó Zé (3), Bernardino (3), Mata (3), Jorge Mota (3), Hugo Louro (3), Gustavo (3), Carlitos (3), Hugo Inácio (3) e Bento (3)
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Vitória de Sernache- Vilela (3), Bruno Bastinho (3), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), João Viana (3), Velho (3), Dani (4), Maçaroco (3), Miguel Farinha (3) e M´Passo (3)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Gustavo por Amaral (-) aos 87; Miguel Farinha por Fredy (3) aos 67, João Viana por Filipe Barata (2) aos 71 e M´Passo por Rogério (-) aos 88
Disciplina- Amarelos a Bernardino aos 22; João Viana aos 32
Marcadores- Bruno Bastinho aos 75 e Dany aos 82

A figura do jogo- Dany (Vitória de Sernache)- Está a voltar a ser aquele jogador que noutras ocasiões tanta falta fez à sua equipa. É um tampão na zona central do terreno às iniciativas ofensivas adversárias e importante no início dos ataques da sua equipa. Boa exibição coroada com um golo oportuno.

O Póvoa RM- Depois de fazer um jogo equilibrado nos primeiros 45 minutos, deixou que o adversário ganhasse algum ascendente na 2ª metade e passou por alguns momentos de aflição logo no reinício. Depois aceitou o ascendente do Vitória mas viu o castelo desmoronar-se nos últimos 15 minutos.

O Vitória de Sernache- Mudou de atitude radicalmente da 1ª para a 2ª parte. Depois de 45 minutos amorfos, na 2ª parte pegou no jogo e acabou por embalar para uma vitória justa que contribui para a subida na tabela classificativa e que confirma o bom momento da equipa de António Joaquim.

O tempo estava cinzento e os primeiros 45 minutos acabaram por ser da mesma cor. Na segunda parte os vitorianos tentaram surpreender logo de início mas foi já no último quarto de hora que chegaram à vitória.
Póvoa de Rio de Moinhos e Vitória de Sernache encontravam-se depois de saborosos triunfos alcançados no domingo anterior para a Taça de Honra. Mas debaixo de uma chuva miudinha e de um céu muito carregado nem uma nem outra equipa conseguiram durante os primeiros 45 minutos fazer muito para tentar chegar ao descanso em situação de vantagem. A luta era mais a meio campo e aí nenhuma equipa deu o braço a torcer. As forças estavam equilibradas e por isso os lances de perigo resumiram-se a um para cada lado. Primeiro o ucraniano Oleh teve que se empregar a fundo para evitar que uma tentativa de alívio do seu capitão terminasse do fundo da sua baliza e depois, muito perto do intervalo, foi Vilela que viu um lance de golo certo da Póvoa ser anulado por Teodoro Domingos por fora de jogo de um avançado da casa. E foi tudo o que se passou em 45 minutos de futebol muito disputado mas quase sempre longe das balizas.
Na segunda parte António Joaquim tentou surpreender o adversário com uma entrada de rompante que quase dava resultado. Primeiro foi Bruno Bastinho que esteve muito perto do golo e depois foi Dany que ficou a centímetros de concretizar.
Estava dado o mote para mais 45 minutos que tinham tudo para ser diferentes dos anteriores. E foram. O Vitória era agora uma equipa mais rápida nas transições da defesa para o ataque, com Dany a ter um papel importante, e o futebol mais ofensivo fazia com que a Póvoa fosse obrigada a defender mais e a tentar explorar o contra-ataque na tentativa de apanhar o Vitória em contra-pé.
Até que à entrada do último quarto de hora os mesmos protagonistas dos tais lances no início da segunda parte entraram em acção. Primeiro foi Bruno Bastinho que concluiu com êxito uma boa investida de Pedro Figueiredo pela esquerda que culminou com um bom cruzamento e, sete minutos depois, foi Fredy que subiu pela direita, com os da casa a pedirem fora de jogo inexistente porque Jeremias estava do outro lado a colocar o extremo de Sernache em jogo, cruzou para M´Passo mas seria Dany a aparecer em corrida e atirar para o 2-0. Estava consumado um resultado que não deixava grandes perspectivas de recuperação à equipa de Rui Melo e João Zarro, até porque as alternativas ofensivas no banco pareciam não ser muitas. Mas a Póvoa até é uma equipa que sabe jogar futebol, que consegue trocar bem a bola, que defende bem, mas que continua a demonstrar algumas dificuldades quando chega ao último terço do terreno, e aqui talvez esteja a justificação para o facto de ter apenas 7 golos marcados no que já passou de campeonato.
Já nos instantes finais, Teodoro Domingos, que já tinha sido condescendente no capítulo disciplinar em duas ou três situações, não viu um lance para grande penalidade que aconteceu dentro da área dos visitantes.
Com esta vitória, os de Cernache de Bonjardim alcançam o quinto jogo sem perder (incluindo o jogo da Taça no Teixoso), série em que apenas registaram um empate em Pedrógão de São Pedro e em que marcaram 11 golos e sofreram apenas 1.

A arbitragem- Depois de uma primeira parte praticamente sem erros, acabou por ter algumas falhas nos segundos 45 minutos, especialmente no capítulo disciplinar onde em certas ocasiões se impunha que puxasse do cartão. Já no final não assinalou uma falta para grande penalidade que nos pareceu existir no interior da área do Vitória.

Discurso directo- Rui Melo, técnico da Póvoa RM- “Quando num jogo de futebol os protagonistas são os árbitros está tudo dito… Não estou a dizer que foi pelo árbitro que nós perdemos mas, em certas situações, se tivesse sido ao contrário, havia jogadores nossos expulsos, e isto já aconteceu mais vezes. Acho que a Póvoa de Rio de Moinhos deve abandonar o distrital, porque só assim é que as coisas podem melhorar. Isso já aconteceu com outras equipas, pressionaram, e as coisas reverteram a seu favor… Isto não pode ser! Quem é pequenino é pequenino, quem é mais ou menos grande e grande é beneficiado”.
Discurso directo- José Coelho, director do Vitória de Sernache- “Esta equipa tem valor para estar nos lugares cimeiros e vamos ver se conseguimos manter os bons resultados para nos chegarmos mais perto dos primeiros. A equipa do meio campo para a frente é praticamente nova, demorou algum tempo a entrosar-se, mas agora já está a conseguir marcar golos, que era o que nos estava a faltar, e os resultados estão a começar a aparecer. Quanto ao árbitro, foi uma arbitragem à Teodoro Domingos”.

BOA ESPERANÇA- 11 CARRIÇO E BIDOEIRA DE BAIXO- 1


Sob a batuta de Valter Borronha

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Paulo Estrada e José Vital, de Portalegre
Boa Esperança- Hugo Nunes e Francisco Fernandes, Ricardo Machado, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Carriço e Bidoeira de Baixo- Espanhol, Miguel Gago, Joel, Fredy, Vasco, Amílcar, Gonçalo, Ricardo, Nuno, Bruno Gago, Paulo e Leonardo
Treinador- Artur
Disciplina- Cartão amarelo a Ricardo aos 29
Marcadores- Valter Borronha aos 2, 4, 25, 26 e 32, Francisco Aragonês aos 8 e 9, Hugo Silveira aos 27, Daniel Ascensão aos 29, 30 e 33; Fredy aos 23

A Boa Esperança continua firme na liderança da série C da 3ª divisão nacional. Este sábado recebeu e venceu, com o à vontade que os números demonstram, a equipa do Carriço e Bidoeira de Baixo por esclarecedores 11-1.
O festival de golos começou logo no 2º minuto quando Valter Borronha abriu as contas para a sua equipa. Dois minutos depois o mesmo Valter aumentou para 2-0 e já se percebia que a equipa da Freguesia da Bidoeira de Cima não tinha argumentos nem valia para fazer frente a uma equipa que está motivadíssima e muito empenhada em regressar à 2ª divisão nacional.
É certo que o caminho é muito longo, outras dificuldades surgirão, algumas delas por certo inesperadas, mas, por vezes, é nestes jogos, frente a equipas que em teoria são mais fracas, que se acaba por deitar por terra todo o trabalho de vários meses.
Mas frente ao Carriço e Bidoeira de Baixo, a Boa Esperança entrou com a firme disposição de resolver a questão dos 3 pontos o mais rápido possível para evitar qualquer espécie de sobressaltos, e ainda antes do intervalo foi a vez de Francisco Aragonês também bisar e ampliar a margem para 4-0.
No descanso a vitória, até pelo que se tinha visto, ou não, do adversário, estava mais do que assegurada, era agora apenas uma questão de gerir os segundos 20 minutos e ir dilatando o marcador.
E foi isso que aconteceu. Mesmo sofrendo o único golo do seu opositor logo aos 23 minutos, a equipa de Humberto Cadete continuou a jogar da mesma forma, com trocas rápidas de bola ao primeiro toque, e com todos os jogadores em constante movimento o que sempre baralhou as marcações do adversário.
E eis que ressurge o melhor jogador em campo. Valter Borronha tem assumido posição de destaque esta época e revela-se cada vez mais um jogador preponderante e influente. Na segunda metade, o mano Borronha mais velho rematou certeiro em mais 3 ocasiões e conseguiu a bonita proeza de marcar 5 golos no jogo. Mas não se pode deixar de dar o merecido destaque à excelente exibição de Hugo Nunes na baliza, o que também já se vem tornando num hábito, e ainda ao jovem Daniel Ascensão. Ele não é um titular nesta equipa laranja mas quando entra tem-no feito sempre bem. No espaço de 3 minutos concretizou um hat-trick e contribuiu também ele para uma vitória tão gorda quanto justa.
No próximo sábado os albicastrenses deslocam-se a Portalegre para defrontar a Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Mais uma goleada se adivinha, até porque a equipa dos estudantes alentejanos ainda não somou qualquer ponto neste campeonato e transporta consigo a lanterna vermelha.No jogo de sábado a arbitragem que veio precisamente de Portalegre passou totalmente ao lado de um jogo que também não teve casos difíceis de resolver.

ASSOCIAÇÃO DE BASQUETEBOL DE CB PROMOVE FORMAÇÃO

Doze novos árbitros e juízes

A Associação de Basquetebol de Castelo Branco e o Conselho Nacional de Arbitragem organizaram nos dias 26 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro uma formação de oficiais de mesa e árbitros da modalidade.O curso, que teve o apoio da secção de basquetebol do Desportivo de Castelo Branco, decorreu na Escola Superior de Educação de Castelo Branco e contou com 12 participantes que, desta forma, se preparam para se tornarem futuros árbitros ou juízes de mesa de basquetebol.

segunda-feira, novembro 27, 2006

PÓVOA RM- 1 PROENÇA-A-NOVA- 1 (6-5 APÓS GP)


Lotaria saiu à casa

Campo da Póvoa de Rio de Moinhos
Árbitro- Paulo Abrantes, auxiliado por Ângelo Correia e José Bicho
Póvoa RM- Oleh Prokopets, Tó Zé, Bernardino, Mata, Paulo Cardosa, Hugo Louro, Gustavo, Carlitos, Fino, Hugo Inácio e Bento
Treinador- Rui Melo e João Zarro
Proença-a-Nova- Almeida, Filipe Nunes, Hugo Dias, Big, Marco, Carlitos, Pequito, Esteves, Jorge Ribeiro, Zé Tó e Fábio Martins
Treinador- José Esteves
Substituições- Fino por Amaral aos 43, Paulo Cardosa por Jeremias aos 70 e Gustavo por Amaral aos 74; Fábio Martins por Tiago Martins aos 64
Disciplina- Amarelos a Bernardino aos 64 e Bento aos 88; Filipe aos 54
Marcadores- Hugo Louro aos 19; Tó Zé aos 31 (pb). Nas grandes penalidades marcaram pela Póvoa RM: Tó Zé, Bernardino, Mata, Hugo Inácio, Bento e Mota e falhou Amaral. Pelo Proença-a-Nova marcaram: Almeida, Carlitos, Esteves, Zé Tó e Tiago Martins e falharam Hugo Dias e Pequito

O Póvoa RM- Entrou muito bem no jogo e o golo que marcou aos 19 minutos foi inteiramente merecido, mas um azar do seu capitão à passagem da meia hora impediu que a equipa fosse para o descanso em vantagem. Na segunda parte jogou mais recuado, porque o adversário pressionou mais, mas mostrou-se sempre perigoso no contra-ataque. Na lotaria das penalidades acabou por ter a sorte pelo seu lado e avança assim para as meias-finais da Taça de Honra José Farromba.

O Proença-a-Nova- Não realizou uma boa 1ª parte mas conseguiu alterar as coisas na segunda metade, atacando mais, tendo mais tempo de posse de bola mas sem eficácia nas oportunidades que criou. Sai da Taça de cabeça erguida mas sempre com um sabor amargo na boca.

No mata-mata da Póvoa de Rio de Moinhos acabou por ser mais feliz a equipa da casa que carimbou a passagem às meias-finais da Taça de Honra José Farromba nos pontapés da marca de grande penalidade.
O início da partida, ficou marcado pela boa entrada em jogo da equipa da casa que desde logo mostrou vontade de marcar cedo para tentar surpreender uma equipa visitante que demorou a entrar no jogo e, quando o fez, já estava em desvantagem no marcador. No minuto 19 Hugo Louro aproveitou uma desatenção monumental da equipa de José Esteves para se isolar pela zona central e, só com Almeida pela frente, atirar para o fundo das redes. Era um prémio para a equipa que mais fazia pela vida e um castigo que ao mesmo tempo serviu para acordar o Proença-a-Nova que parecia estar à espera de encontrar facilidades que afinal nunca chegaram a existir.
Gradualmente o Proença equilibrou o jogo e, como não estava a conseguir jogar pelos flancos com cruzamentos para a área ou entrar com a bola jogável, optou pelos pontapés de meia distância com Carlitos em duas ocasiões a testar a atenção de Oleh Prokopets.
Mas acabaria por ser num lance de infelicidade para o capitão local que a igualdade seria restabelecida. Num cruzamento para a área, Tó Zé disputou o lance com Esteves e, de forma inadvertida, o central da Póvoa de Rio de Moinhos acabou por trair o seu guarda-redes.
O empate registado ao intervalo aceitava-se, porque a Póvoa tinha entrado mais forte mas foi o Proença que conseguiu terminar melhor os primeiros 45 minutos.
Na segunda metade o controlo do jogo esteve sempre do lado dos visitantes mas a Póvoa nunca deixou de ter o jogo controlado. Era um domínio do Proença consentido pelo seu antagonista, até porque a Póvoa já tinha visto que o Proença até chegava de forma rápida ao último terço do terreno mas aí demonstrava algumas dificuldades para criar situações de perigo real.
A Póvoa defendia-se bem mas não abdicava de partir para contra-ataques rápidos que causaram mesmo alguns problemas a Almeida. E com 45 minutos sem golos se chegou ao final do tempo regulamentar. Tudo tinha que se decidir da marcar dos 11 metros e aí é totalmente impossível fazer qualquer tipo de previsão, mas esta situação era inevitável uma vez que, pelo que se viu nos segundos 45 minutos, não parecia possível alguma equipa conseguir desempatar dentro do tempo regulamentar.
No desempate através da marcação das grandes penalidades acabou por ser mais feliz a equipa de Rui Melo e João Zarro. Na primeira série de 5 penalidades, cada equipa falhou uma tentativa e só à 7ª se conseguiu desempatar. Pequito tinha nos pés a possibilidade de continuar no jogo mas acabou por desperdiçar o seu penalty “oferecendo” a vitória aos poveiros.

A arbitragem- Teve algumas decisões mais contestadas pelas duas equipas mas a verdade é apitou quase sempre bem. Mais uma boa arbitragem de Paulo Abrantes e seus pares.

Discurso directo- João Zarro, técnico da Póvoa RM- “É sempre bom passar mais uma eliminatória. Foi um jogo com algum ascendente do Proença-a-Nova, que dominou grande parte do jogo, não nos deixando sair para o ataque, mas não criaram muitas oportunidades de golo. Na lotaria dos penalties é tudo uma questão de sorte e aí tivemos a felicidade de passar. Agora desejamos jogar as meias-finais em casa. O Paulo Abrantes é um bom árbitro e hoje esteve bem e está de parabéns”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Fomos superiores em todo o encontro, embora na primeira parte o jogo tenha sido mais equilibrado. Criámos oportunidades para marcar, não o fizemos e nos penalties é assim, quem falha vai embora. Eu deixo é a pergunta porque é que não se faz o prolongamento? Se é por causa da iluminação, então se não há condições não se faz a Taça! Eu sei que o regulamento é assim mesmo mas penso que isso se podia alterar. O árbitro esteve bem e não teve influência no resultado”.

DESPORTIVO CB- 0 BELENENSES- 11


Desportivo atravessa mau momento

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Pedro Sanhudo, auxiliado por Hugo Silva e Armando Silva (Porto)
Desportivo CB- Tiago Tavares, João Ricardo, Diogo Nunes, Ricardo Lourenço, João Batista, João Machado, Diogo Fonseca, Bernardo, João Latado, Cristiano e Francisco
Treinador- João Paulo Natário
Belenenses- Cláudio Viegas, João Damil, Diogo Oliveira, Xico, João Barros, Hugo Bral, Marinho, José Ricardo, Fredy, Tiago Almeida e Daniel Pinto
Treinador- Luiz Filgueira
Substituições- Bernardo por João Alves aos 36, João Latado por Pedro Garrido aos 56 e Cristiano por Júlio Reixa aos 67; Diogo Oliveira por Pedro Ribeiro aos 50, Marinho por João Magalhães aos 50 e Daniel Pinto por Filipe Assunção aos 58
Disciplina- Nada a registar
Marcadores- José Ricardo aos 5 e 79, Marinho aos 9 e 43, Daniel Pinto aos 18, João Barros aos 35 e 51, Fredy aos 60 e 77, Tiago Almeida aos 67 e 76

O Desportivo de Castelo Branco continua a atravessar um mau momento nesta sua participação no Nacional de Juvenis. Depois da derrota no último domingo no Seixal frente ao SL Benfica por 16-0, desta vez a equipa de João Paulo Natário perdeu no Municipal de Castelo Branco com o Belenenses por 11-0.
Depois de um início de campeonato prometedor, que incluiu uma vitória em Loures por 4-3, a equipa albicastrense parece estar mergulhada numa profunda crise de confiança que só pode ser ultrapassada com o crer dos próprios jogadores e/ou com um resultado positivo.
Na manhã de domingo os jovens do Restelo marcaram por 11 vezes mas não será nenhum exagero escrever que ficaram a dever a si próprios um resultado ainda mais desnivelado.
A equipa albicastrense nunca se conseguiu encontrar, e ao longo de todo o jogo apenas em 3 ocasiões conseguiu chegar com perigo relativo à baliza de Cláudio Viegas.
O Belenenses, treinado pelo antigo central brasileiro Filgueira, mostrou sempre uma grande superioridade e as oportunidades de golo, especialmente na segunda parte onde o Desportivo perdeu por completo o rumo, sucediam-se, tendo Tiago Tavares muitas oportunidades para se mostrar e, apesar de ter sofrido 11 golos, efectuar defesas de bom nível.
E a história do jogo não pode ser outra que não os próprios golos e o engordar do marcador. Apesar do Desportivo de Castelo Branco nunca se conseguir mostrar ao nível daquilo que já vimos noutras ocasiões nesta temporada, no Belenenses sobressaíram o centro campista Mário Henriques e o jovem internacional sub-16 por Portugal Fredy que, tal como o seu companheiro, também assinou dois golos. Refira-se que o Belenenses tinha no banco de suplentes o guarda-redes habitualmente titular Luís Rodrigues, também ele presença habitual na selecção de sub-16.O árbitro Pedro Sanhudo, um dos nomes envolvidos no processo Apito Dourado, não deixou boas recordações, e apesar do resultado muito desnivelado, refira-se que assinalou uma grande penalidade inexistente contra o Desportivo e deixou uma por marcar a beneficiar os da casa. Para além disso, o 1º golo do Belenenses foi obtido em posição clara de fora de jogo. É daquelas situações em que o mais fácil é apitar sempre contra os mais fracos. Não havia necessidade...

ASSEMBLEIA-GERAL DA AFCB


Contas e orçamento aprovados

A Associação de Futebol de Castelo Branco reuniu na última sexta-feira em Assembleia-geral com o principal objectivo de votar o Relatório e Contas referentes à última época e aprovar o Orçamento para 2006/07. Mas para além destes pontos, havia outros motivos de interesse a rodearem esta reunião magna que levou ao Auditório agora designado de Carlos Ranito Xistra por aprovação por aclamação de todos os emblemas representados, 25 clubes filiados na AFCB.
Ainda no período antes da ordem do dia, Carlos Almeida, secretário-adjunto da Direcção, apresentou aos clubes a decisão da criação do cargo de Director Executivo, cargo esse que Luciano de Almeida vai acumular com o de Secretário-geral, e abordou também a substituição no cargo de seleccionador distrital de futebol juvenil do professor João Paulo pelo professor Filipe Roque. Duas situações consensuais mas esta última a merecer um reparo de Joaquim Neto, presidente da Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo que, apesar de referir que “não estando em causa o nome e o valor do professor Filipe Roque, este foi um processo que deveria ter sido mais aberto”.
Vítor Rebordão, presidente da Associação Desportiva da Estação, aproveitou também este período para referir que “a ADE ficou muito sensibilizada com o gesto da AFCB pelos equipamentos e bolas que nos ofereceu”, isto depois do clube ter perdido todo o seu material desportivo consumido por um incêndio na sua lavandaria.

Casa do Benfica em Castelo Branco filiado na AFCB

E desde a última sexta-feira passaram a ser 52 o número de clubes filiados na Associação de Futebol de Castelo Branco. A Casa do Benfica em Castelo Branco é o mais recente membro do futebol distrital e os representantes do Sport Lisboa e Benfica na capital de distrito têm já uma equipa de Escolas de futebol de sete inscrita na Taça da AFCB que vai ter início no próximo mês de Janeiro.

Orçamento para 2006/07 é de 216 mil euros

No que se refere ao Relatório e Contas referentes à última temporada foi aprovado por unanimidade, como de resto aconteceu também com o Orçamento para a época em curso. A Associação de Futebol de Castelo Branco tem, para 2006/07 um orçamento de 216.600 euros. As maiores parcelas das receitas provêm da Liga de Clubes, 71.500 euros, da inscrição de atletas, 102.000 e, apenas como curiosidade, e para se ver que o tempo do totobola já lá vai, a AFCB recebe das receitas deste jogo da Santa Casa da Misericórdia qualquer coisa como 2.200 euros…
Quanto às despesas, a maior fatia vai para a arbitragem, com 55.250 euros (mais 10% que na última época), para a formação, 15.500 euros, e para subsídios para o futebol de formação, 23.600 euros.
Luciano de Almeida referiu a propósito deste orçamento que “houve um corte de 11,11% nas verbas do contrato programa que a Federação tem com o Estado, mas como só tivemos conhecimento desta redução depois do Orçamento elaborado, ela não está aqui contemplada”. Por outro lado, a verba que permitiu oferecer material desportivo aos clubes do nosso distrito nos últimos anos e que provinha ainda das receitas do Euro 2004, esgotou-se, mas o secretário-geral da entidade máxima do futebol do nosso distrito referiu que “temos a expectativa que a Federação Portuguesa de Futebol distribua pelas associações distritais uma parte da verba que encaixou com a participação da nossa selecção no Mundial 2006, mas isto não é nada oficial, é apenas uma esperança por parte das associações”.

ACD Carapalha fica com carrinha

Para fechar, o momento mais aguardado pelos clubes e que levou ao Auditório Carlos Ranito Xistra quase metade dos clubes filiados. A AFCB decidiu sortear uma carrinha Toyota Hiace que lhe pertencia. Os interessados neste sorteio tinham que estar representados no sorteio, devidamente credenciados pelos clubes, e apenas podiam entrar na urna do sorteio os clubes que fazem formação seja em futebol de 11, de 7 ou futsal, quer em masculinos quer em femininos.Interessados eram 25 mas a sorte acabou por sorrir à Associação Cultural e Desportiva da Carapalha. O clube de Castelo Branco esteve representado pelo vice-presidente da Assembleia-geral, José Afonso, que era no final, um homem visivelmente feliz, até porque “estávamos nesta altura a pensar em adquirir outra viatura porque tínhamos essa necessidade” e por isso, o resultado deste sorteio “acabou por ser ouro sobre azul”.

AD ALBICASTRENSE- 27 BOAVISTA- 34


Sem força para mais

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Flávio Carvalho e João Malhado (Leiria)
AD Albicastrense- Pedro Mendes, Ricardo Sousa e João Poças, Martin Gomes (1), Jonatas Valente (4), Daniel Pereira, João Fialho (5), Bruno Roberto (4), Filipe Pereira (5), Maximiano Ribeiro (4), Pedro Sanches (4) e João Romão
Treinador- José Curto
Boavista- André Monteiro, José Machado (1), Gonçalo Augusto (2), Vasco Costa (4), Rui Santos (11), Tiago Sampaio (1), Fernando Alves (1), Luís Correia, Rui Ferreira, Tiago Silva (3), Filipe Gonçalves (2) e Luís Bastos (9)
Treinador- Licínio Conceição
Marcador ao intervalo- 13-13

Frente a um adversário que os azuis já tinham batido na 1ª volta no Porto, desta vez, a jogar em casa perante o seu público, a ADA não foi capaz de repetir o resultado e acabou por sofrer a segunda derrota caseira numa altura em que o campeonato vai entrar numa fase decisiva e em que a luta pelos primeiros 3 lugares que dão acesso à fase final começa a aquecer.
Curiosamente, a Albicastrense até entrou muito bem no jogo e até foi com relativa facilidade que chegou aos 4-1. Parecia tudo fácil, só que depois houve uma reacção forte por parte dos axadrezados que lhes permitiu, primeiro empatar o jogo a 8 golos e depois, no intervalo, nova situação de igualdade, desta vez a 12 golos.
O Boavista subia claramente de rendimento com o avançar do jogo e os de Castelo Branco começavam a acusar em demasia a falta de Luís Gama, Luís Robalo e Carlos Gomes e o resultado só não virou para o Boavista ainda na 1ª parte porque a exibição de Ricardo Sousa na baliza não o permitiu.
Na segunda metade Rui Santos e Luís Bastos apareceram de forma decisiva no jogo e foram eles os grandes desequilibradores para o lado dos boavisteiros.
A primeira situação de desvantagem para a equipa de José Curto aconteceu aos 15-16 e, a partir daí, não mais a ADA conseguiu agarrar o adversário. A diferença foi subindo gradualmente, aqui e ali com alguns erros da arbitragem que penalizaram a equipa de Castelo Branco, e foi quando o resultado estava em 20-26 que se chegou à conclusão praticamente definitiva que o jogo estava mesmo perdido.
A Albicastrense ainda conseguiu reduzir a diferença para 4 golos em duas ocasiões mas o Boavista tinha então o jogo de tal forma controlado que nunca permitiu maiores aproximações.
Vitória justa do Boavista que atrasa a ADA na passagem à fase final, mas que mesmo assim se mantém ainda numa situação relativamente cómoda no 3º lugar. No próximo fim-de-semana o campeonato sofre uma interrupção, regressando no dia 9 de Dezembro com a deslocação da ADA ao terreno do Santana, equipa do Porto que na 1ª volta já foi derrotada no Crato por 27-21 e que se encontra na penúltima posição.Como já referimos, a dupla de arbitragem de Leiria errou em algumas ocasiões, a ADA tem razões de queixa porque foi mais prejudicada, de qualquer forma, não foi pelos erros dos árbitros que uma equipa ganhou e a outra perdeu.

ALBICASTRENSE REFORÇA-SE

Pedro Neves é o novo ponta-direita

A Associação Desportiva Albicastrense contratou no decorrer da última semana o ponta-direita Pedro Neves, um esquerdino de 28 anos que na última temporada representou o Portomosense mas que há dois anos jogou nos Açores com as cores do Sporting da Horta.
José Curto, que ainda não contou com o reforço no jogo com o Boavista, vê assim aumentar o leque de opções para o lado direito da equipa.A estreia de Pedro Neves pode acontecer no próximo dia 9 de Dezembro quando os azuis se deslocarem ao Porto para defrontar o Santana, em jogo a contar para a Zona Norte do Nacional da 1ª divisão.

segunda-feira, novembro 20, 2006

CD ALCAINS- 3 ÁGUIAS DO MORADAL- 5


Golos para todos os gostos

Estádio Trigueiros de Aragão, Alcains
Árbitro- Ricardo Alexandre (2), auxiliado por Paulo Antunes e Sérgio Mendes
CD Alcains- Daniel Mendonça (3), Ricardo Trindade (3), Rui Cerdeira (3), Jorge Dinis (3), Nuno Gonçalo (3), Pedro Figueiredo (3), Quinzinho (3), Carlos Filipe (3), Rui Paulo (3), David André (3) e Nuno Carreiro (3)
Treinador- João Daniel
Águias do Moradal- Tiago Brás (3), Pacheco (3), Ludovico (3), David (3), Nuno Alves (4), Aíldo (2), Edmilson (3), Rui Paulo (3), Cunha (2), Paulo Rato (3) e Valadas (4)
Treinador- António Belo
Substituições- Nuno Carreiro por Nuno Vicente (2) aos 63 e Jorge Dinis por Nogueira (1) aos 69; Aíldo por Tomás (1) aos 45, Cunha por Ivo Fazenda (3) aos 45 e Valadas por Acácio (-) aos 79
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 26, Nuno Gonçalo aos 49 e Pedro Figueiredo aos 85; Rui Paulo aos 20, Edmilson aos 32, Nuno Alves aos 46, Ivo Fazenda aos 53, Tomás aos 67 e 67, Valadas aos 72 e Acácio aos 83. Vermelho por acumulação a Tomás aos 67
Marcadores- Carlos Filipe aos 6. Nuno Carreiro aos 40 e Nuno Vicente aos 70; David aos 3, Paulo Rato aos 48, Tomás aos 51, Ludovico aos 60 e Nuno Alves aos 87

A figura do jogo- Nuno Alves (Águias do Moradal)- David “roubou-lhe” um golo logo aos 3 minutos e o ponta de lança deve ter pensado que iria terminar o jogo sem deixar a sua marca. Mereceu inteiramente o tento conseguido já na parte final do jogo pelo que trabalhou e lutou em prol da equipa.

O CD Alcains- Entrou muito mal nas duas metades do jogo e, nesses períodos, acabou por sofrer 3 golos. A defesa foi demasiado permissiva e as acções ofensivas nem sempre saíram com o devido discernimento. Segunda derrota consecutiva em casa.

O Águias do Moradal- Entrou para matar, tanto na primeira como na segunda parte. Abriu o activo logo aos 3 minutos mas nessa altura já Valadas e Nuno Alves tinham desperdiçado ocasiões soberanas. Mereceu o resultado porque mostrou ser melhor no ataque e porque se uniu quando se viu reduzida a 10 unidades.

Os primeiros minutos prometeram muito, e a verdade é que as equipas, sem terem produzido um espectáculo deslumbrante, conseguiram entreter os presentes durante 90 minutos, com alguns bons períodos e onde até certa altura houve incerteza no resultado final.
Com uma entrada de rompante, e já depois de Nuno Alves e Valadas terem desperdiçado excelentes oportunidades para inaugurar o marcador, o Águias do Moradal chegou ao primeiro golo logo aos 3 minutos por intermédio de David. O trabalho e o mérito é todo de Nuno Alves e o capitão David podia ter evitado “roubar” o golo ao ponta de lança, até porque estava em posição irregular quando empurrou a bola para a baliza.
Praticamente na resposta, e na primeira vez que chegou à área adversária, o Alcains respondeu com o empate por intermédio de Carlos Filipe.
Mas era o Estreito que tinha o domínio, e os da casa, mesmo tendo conseguido restabelecer a igualdade, mostravam algumas dificuldades para travar o adversário, principalmente porque abriam muitos espaços entre a defesa e o meio campo o que permitia ao Águias trocar a bola em velocidade e não sair da boca do perigo.
Depois dos 20 minutos as coisas equilibraram-se, os sectores do Alcains passaram a jogar mais próximos e, com menos espaços, o Estreito já não chegava à baliza adversária com tantas facilidades.
Costuma dizer-se que, quem não marca acaba por sofrer, e o ditado cumpriu-se. O Águias tinha construído as melhores oportunidades mas foi o Alcains, com um grande golo de Nuno Carreiro, que aproveitou para desempatar e ir para o descanso com vantagem no marcador.
Mas o Alcains pareceu esquecer o início do jogo, e a história repetiu-se no reatamento. O Águias do Moradal voltou a entrar demolidor e em curtos 6 minutos operou a cambalhota no marcador, recolocando-se em vantagem. Primeiro foi Paulo Rato que respondeu bem a um canto que Valadas bateu na esquerda e depois vimos uma fotocópia deste lance em que o único protagonista que mudou foi o marcador do golo. Desta vez foi Tomás que tinha entrado ao intervalo para o lugar do apagado Cunha.
Ludovico também teve a sua oportunidade e não a desperdiçou. Estavam jogados 60 minutos quando chegou o 4-2 e pensava-se que o jogo estava decidido. Mas faltava aqui a expulsão de Tomás para complicar as contas da sua equipa e do resultado. Com menos uma unidade, o Águias viu Nuno Vicente reduzir a 20 minutos do fim, mas a estrutura não tremeu e já faltava discernimento à equipa de João Daniel para pensar na melhor maneira para chegar à baliza de Tiago Brás. Carlos Filipe e David André estão a subir de rendimento mas o golo do matador Nuno Alves acabou mesmo por matar um jogo que teve um vencedor justo e golos para todos os gostos.

A arbitragem- Ricardo Alexandre já nos habituou a bons trabalhos pelo que estranhamos muito o que vimos no domingo. Sérgio Mendes validou o golo de David, quando este estava em posição irregular, e Ricardo Alexandre não foi uniforme no aspecto disciplinar. Mostrou cartões que não entendemos e acabou por ser condescendente em situações que se impunha a sua autoridade.

Discurso directo- João Daniel, técnico do CD Alcains- “Cometemos alguns erros, faltou-nos agressividade e o adversário batia com cotovelos e com tudo e nós não. Portanto faltou-nos isso. Sinceramente, excluindo os primeiros 15 minutos do jogo e os 10 da 2ª parte não vi nada no Estreito que nós não conseguíssemos vencer. Temos que ir buscar os pontos que perdemos aqui hoje (domingo). A arbitragem foi… permissiva. Não estou a justificar a derrota com o árbitro mas há entradas que não podem ser punidas com cartão amarelo porque põem em perigo a continuidade no jogo dos nossos jogadores”.
Discurso directo- Pacheco, jogador do Águias do Moradal- “Foi uma vitória da vontade, do crer e da determinação. O grupo está unido e no fim, mesmo com menos um elemento, conseguimos dar a volta por cima. Uma arbitragem sem casos e que considero boa”.

JOAQUIM SALGUEIRO E CATARINA NUNES HOMENAGEADOS


Albicastrenses de prata

A prata foi conquistada em Maidenhaid, na Inglaterra, há cerca de 15 dias, a homenagem foi feita pela Associação Recreativa da Boa Esperança no último sábado.
Joaquim Salgueiro e Catarina Nunes foram o centro de todas as atenções no final da tarde de sábado na cerimónia organizada pelo clube que representam. Uma maneira simpática de recordar o feito histórico para Castelo Branco da conquista de duas medalhas de prata nos europeus de Karaté Wado-Kai na prova de Kumite (combate).
Na homenagem, estiveram presentes, para além de representações da Boa Esperança de todas as modalidades e categorias e dos seus órgãos sociais, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, João Henriques, do departamento de selecções da Federação Nacional de Karaté Portugal, entre outras entidades convidadas.
Na ocasião, César Amaro, presidente da Direcção da Associação Recreativa da Boa Esperança, referiu que “homenagear estes dois atletas é uma alegria e uma satisfação muito grande que não tem palavras que a descrevam. Nós não podemos, e nem devemos, embandeirar em arco mas, com modéstia, chegámos aqui e é este o caminho que considero ser o correcto. Hoje estamos aqui a assinalar um feito histórico desportivo”.
Joaquim Morão, parabenizou os dois atletas em particular, “porque é justo homenagear quem se distinguiu pela nossa terra no estrangeiro”, mas também felicitou “a Associação da Boa Esperança e todos os seus atletas pelo trabalho desenvolvido”, e acrescentou que “contamos convosco para continuar a engrandecer a cidade de Castelo Branco”.

Joaquim Salgueiro, vice-campeão europeu de karaté (menos de 75 kg)

“É o ponto alto da minha carreira”

Tribuna Desportiva- Como é que, sem se competir há alguns anos, se consegue uma medalha de prata num europeu?
Joaquim Salgueiro- É um bocado complicado de explicar isso. Acho que também tive sorte. É verdade que treinei bastante para esta prova, tive os devidos apoios, e quando assim é torna-se tudo muito mais fácil. Na competição, é importante ganhar o primeiro combate, eu consegui ganhá-lo e depois começa-se a ganhar ânimo e acaba por ser mais fácil.
TD- Em relação à competitividade do campeonato, foi exigente?
JS- Para mim foi porque eu, para aí há seis anos que não fazia competição a sério. Eu estava muito nervoso e, na final, se eu fizesse dois combates, se calhar até fazia melhor, só que, quando cheguei à final, sabia que ia ser, pelo menos vice-campeão e por isso comecei o combate feliz e acabei-o igualmente feliz. Naquela altura já era secundário ganhar aquele combate porque já era vice-campeão. Como diz o meu Mestre, o que conta é o que fica na história, e o que lá fica é que eu sou vice-campeão europeu.
TD- Não ter nada a perder era uma vantagem…
JS- Eu não tinha nada a perder mas tinha qualquer coisa… não sei se era para provar. Nesta prova tive apoios, ao contrário do que aconteceu até aqui. Ao apoio da Associação juntaram-se outros e foi como que unir o útil ao agradável. A verdade é que nós mudámos de casa e mudou tudo! Este é sem dúvida o ponto mais alto da minha carreira a dedico-o a todos aqueles que nunca apostaram em nós.

Catarina Nunes, vice-campeã europeia de karaté (menos de 60 kg)

“É uma prata com sabor a ouro”

Tribuna Desportiva- O que é que representa este resultado?
Catarina Nunes- Foi muito bom. É sempre muito complicado ir a um campeonato deste género, porque a competitividade é muito elevada, há lá muito boas atletas mas é muito importante o primeiro combate. Esse correu bem e depois ganha-se mais genica. Foi muito difícil, mas foi muito bom.
TD- É uma prata com sabor a ouro?
CN- Para mim é, claro que sim. É preciso uma motivação muito grande, é sempre bom ir lá fora e conseguir estes resultados mas agora o importante são os campeonatos nacionais, porque agora temos que provar cá dentro que somos capazes de fazer bons resultados.
TD- Agora o que persegue é o título nacional…CN- Claramente. Não é fácil porque o karaté é o meu hobby, não é o meu emprego, nem sempre é possível treinarmos com alguém que tem objectivos mais elevados, com treinos bi-diários. Não é possível, por vezes, conciliar isto tudo, mas dentro dos possíveis vou fazer o meu melhor, dedicar-me ao máximo, e não vou tirar os pezinhos da terra, estou consciente, mas vou-me esforçar ao máximo.

BOA ESPERANÇA- 8 MIRA SINTRA- 1


Menos utilizados garantem passagem

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Fernando Baltazar e Carlos Gomes, da Guarda
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Hugo Nunes, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Edgar Saraiva, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Mira Sintra- Sérgio Lopes, André Batista, Bruno Simão, Albertino Pinto, Luís Silva, Luís Gomes, Paulo Rebelo, Gabriel Limo e João Pedro
Treinador- Carlos Melo
Disciplina- Cartão amarelo a André Gonçalves aos 18; João Pedro aos 10 e Albertino Pinto aos 32 e 33. Vermelho por acumulação a Albertino Pinto aos 33
Marcadores- Valter Borronha aos 1, 25 e 31, Francisco Aragonês aos 17, Hugo Silveira aos 21, 28 e 30 e Theres Oliveira aos 25; Paulo Rebelo aos 22

Tal como já se previa, especialmente tendo em atenção o resultado que já tinha acontecido para o campeonato entre estas duas equipas, uma vitória dos albicastrenses por 8-2 em Mira Sintra, a Boa Esperança acabou por seguir em frente na Taça de Portugal com um resultado que não deixou qualquer margem para dúvidas.
Num jogo onde nunca aconteceu equilíbrio, porque a equipa da casa desde cedo se mostrou superior em todos os capítulos do jogo, apenas na primeira parte os de Mira Sintra conseguiram oferecer alguma resistência e, por isso, o resultado ao intervalo, 2-0, ainda não tinha decidido a eliminatória.
Na segunda parte, a equipa de Humberto Cadete marcou logo a abrir por intermédio de Hugo Silveira, e nem o tento de honra dos visitantes no minuto seguinte chegou para relançar o jogo ou abanar a estrutura de uma equipa que tem a moral em alta e que está muito bem física e psicologicamente, ou não fosse líder isolada da série C da 3ª divisão nacional.
Depois do percalço defensivo no golo do Mira Sintra, a Boa Esperança embalou para uma exibição convincente e em que beneficiou da quebra física do adversário por volta do meio dos segundos 20 minutos.
O resultado foi-se avolumando até parar num esclarecedor 8-1, e até deu para Humberto Cadete estrear alguns dos elementos do seu plantel e rodar outros que são menos utilizados nos jogos do campeonato.
Uma vitória justíssima, com números a condizer e que colocam os laranjas na 2ª eliminatória da Taça de Portugal.
No próximo sábado regressa o campeonato com a Boa Esperança a deslocar-se ao reduto do Estrela da Amadora.No sábado a dupla de arbitragem da cidade da Guarda dirigiu bem um jogo sem casos.

segunda-feira, novembro 13, 2006

PEDRÓGÃO SP- 0 VITÓRIA DE SERNACHE- 0


Vilela foi gigante

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Paulo Abrantes (3), auxiliado por Pedro Ribeiro e Ângelo Correia
Pedrógão SP- Pedro Raposo (3), Ricardo Silva (3), Ruben (4), Falcão (3), Chico (3), Romeu (3), Tarzan (4), Zi (3), Flávio Cunha (3), Valter (4) e Manuel (3)
Treinador- Xana
Vitória de Sernache- Vilela (5), Bruno Bastinho (2), Tomás (3), Fernando Miguel (3), Pedro Figueiredo (3), João Viana (3), Dani (3), Velho (3), M´Passo (2), Filipe Barata (3) e Maçaroco (2)
Treinador- António Joaquim
Substituições- Ruben por Gonçalo (2) aos 45 e Falcão por Fábio (2) aos 63; Maçaroco por Filipe Amaro (2) aos 45 e Dani por Luís Farinha (2) aos 73
Disciplina- Amarelos a Zi aos 71; Maçaroco aos 22, Dani aos 38 e Fernando Miguel aos 75
Marcadores- -

A figura do jogo- Vilela (Vitória de Sernache)- Fez provavelmente o melhor jogo da sua carreira. Defendeu autenticamente 3 golos do adversário e, jogo a jogo, vem ganhando a confiança que um habitual suplente necessita. É o maior responsável pelo ponto que a sua equipa conquistou. Uma exibição para recordar!

O Pedrógão SP- Teve quase sempre por cima no jogo, criou situações de golo, jogou, a espaços, bom futebol, mas não conseguiu marcar. Não se notou que jogou com uma equipa com muitos remendos, particularmente no meio campo, e esteve sempre mais perto da vitória.
O Vitória de Sernache- Exibição amorfa, com uma postura demasiado defensiva em que muitas vezes o meio campo encostou na defesa o que permitia ao adversário jogar sempre muito próximo da sua área. Também dispôs das suas oportunidades mas acaba por ganhar um ponto importante no terreno do adversário. Teve em Vilela a sua grande figura de destaque, mas a equipa pode e sabe fazer mais.

Mais uma jornada passada e as duas equipas do nosso distrital que vêm fazendo um campeonato abaixo do esperado continuam de braço dado na tabela classificativa, agora com 8 pontos.
No jogo de domingo foi quase sempre o Pedrógão de São Pedro que teve o domínio do jogo, conseguindo ter mais tempo de posse de bola, jogando quase sempre dentro do meio campo defensivo do adversário, e dispondo de mais e melhores situações de golo.
A equipa de Xana, mesmo com muitos remendos, motivados por castigos e por uma onde de lesões que fustiga a equipa, olhou o adversário de frente e cedo deu mostras de crer fazer deste jogo o ponto de viragem para outra classificação.
Mesmo assim, durante os primeiros 25 minutos as oportunidades para os da casa não aconteceram, porque o Sernache defendia-se muito, e bem e acabou mesmo por dispor da melhor oportunidade para marcar, quando Filipe Barata, na cara de Pedro Raposo, não conseguiu atirar da forma que pretendia.
O Pedrógão tinha em Ruben o seu grande desequilibrador. O extremo da casa fazia gato-sapato do lateral direito da equipa vitoriana. Maçaroco revelou sempre muitas dificuldades para travar o jovem do Pedrógão e era quase sempre obrigado a recorrer à falta para evitar males maiores. O cartão amarelo que viu aos 22 minutos, e os dois avisos de Paulo Abrantes por faltas posteriores, obrigaram António Joaquim a tirar Maçaroco do jogo ao intervalo, isto apesar de Ruben também ter saído mas este por motivos alheios ao próprio jogo.
Os últimos 20 minutos da primeira parte acabaram por ser o melhor trecho do jogo. Nesse período as equipas equivaleram-se e aconteceram então os dois casos do jogo. Primeiro um golo bem anulado a M´Passo que vinha de posição de irregular quando atirou para o fundo das redes de Pedro Raposo e depois uma mão de Velho dentro da sua área que o juiz não sancionou porque simplesmente estava tapado por vários jogadores e não podia ter visto.
Ao intervalo já se percebia de forma clara que, para haver um golo, só de um lance de génio ou de uma bola parada.
Mas como nada disso aconteceu acabou tudo por terminar da mesma forma que começou, sem colorido no marcador.
A pressão do Pedrógão na busca do golo durou 35 minutos. O domínio era inteirinho da equipa da casa mas os forasteiros nunca se desuniram e nem chegaram a perder o controlo. Por outro lado, das vezes que o Pedrógão conseguiu chegar com perigo à baliza adversária Vilela respondeu sempre com grandes intervenções. Anotámos pelo menos três defesas que só estão ao alcance de um grande guarda-redes e que impediram que o adversário conseguisse o que tanto procurou.
Nos últimos 10 minutos o Pedrógão baixou o ritmo do jogo, porque a intensidade que tinha levado até aí tinha que fazer ressentir o físico e o Vitória aproveitou então para respirar melhor e conquistar alguns cantos sem que daí nada resultasse.
Em suma, um empate que sabe muito melhor à equipa de Cernache de Bonjardim, porque jogava em casa do adversário, do que ao Pedrógão, que volta a ceder um empate caseiro.

A arbitragem- Um único lance faz cair a nota máxima para um 3. Quase no final da primeira parte não viu, porque estava encoberto por vários jogadores, uma mão marota de Velho dentro da sua área. Foi o único erro, mas acabou por deixar por marcar uma grande penalidade a favorecer a equipa da casa.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Nunca pensei que, com tantas adaptações na equipa, e estar a jogar com 3 juniores, 2 deles que jogaram ontem (sábado) os 90 minutos pelos juniores, conseguíssemos esta exibição. Sabíamos que não era fácil vencer o Sernache, mas a equipa esteve bem, criou oportunidades de golo, mas no momento crucial acabámos por falhar. O guarda-redes do Sernache também esteve em dia sim e, há pelo menos três defesas que são três golos que ele evita. O árbitro errou ao não marcar um penalty a nosso favor mas o Paulo Abrantes é um grande árbitro e também erra tal como todos nós”.Discurso directo- José Coelho, director do Vitória de Sernache- “Empatar fora é sempre bom, mas hoje não conseguimos praticar o futebol que gostamos, mas também houve muito mérito do Pedrógão que fez muita pressão. A equipa está a subir de rendimento mas hoje o nosso meio campo não esteve bem. Tivemos que tirar o Maçaroco ao intervalo para evitar que visse o segundo amarelo e talvez isso tenha enfraquecido o meio campo”.

BOA ESPERANÇA- 5 RIO DE MOURO- 3


Liderança de pedra e cal

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- Ruben Ferreira e António Pinto, de Leiria
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Hugo Nunes, Ricardo Machado, Francisco Aragonês, Bruno Barata, Hugo Silveira, Marco Borronha, Theres Oliveira, Valter Borronha, André Gonçalves, Bruno Neves e Daniel Ascensão
Treinador- Humberto Cadete
Rio de Mouro- Ricardo e Teodósio, Nélson, Matos, Chiquinho, Milú, Barata, Nuno Silva, China, Luís, Tiago e Sérgio
Treinador- Portela
Disciplina- Cartão amarelo a Theres aos 26 e Daniel Ascensão aos 31; Chiquinho aos 25 e Sérgio aos 35
Marcadores- Valter Borronha aos 11, Hugo Silveira aos 15, André Gonçalves aos 26 e 27 e Daniel Ascensão aos 31; Chiquinho aos 7, Sérgio aos 16 e Nuno Silva aos 34

O jogo não começou bem para a equipa de Humberto Cadete que logo aos 7 minutos sofreu o primeiro golo. Mesmo sem jogar bem, a Boa Esperança conseguiu nos minutos seguintes dar a volta ao resultado e passar rapidamente para um 2-1 com golos de Valter Borronha e Hugo Silveira. Mas no minuto seguinte Sérgio voltou a pôr tudo como no início e este empate arrastou-se até ao intervalo. E pode dizer-se que era mesmo o placard mais justo, em primeiro lugar porque a equipa albicastrense não estava a jogar como já o fez noutras ocasiões esta época, mostrando-se, como o seu técnico reconheceu no final, algo apática. Em segundo lugar porque o Rio de Mouro não conseguiu mostrar nos primeiros 20 minutos o porquê de também estar nos primeiros lugares da classificação. Também se esperava mais deste candidato à subida ao segundo escalão.
Na segunda metade tudo foi diferente. O intervalo foi um bom conselheiro e fez muito bem à equipa laranja que depois de estar os primeiros 5 minutos em cima do adversário, que nesta altura apenas se preocupava em defender e em tentar explorar o contra-ataque, acabou por resolver o jogo em escassos 5 minutos. Aos 26 minutos André Gonçalves marcou com um remate forte e colocado, repetiu a dose um minuto depois, e aos 31 foi Daniel Ascensão que praticamente carimbou mais três pontos para os da casa.
O golo de Nuno Silva a 6 minutos do final não chegou sequer para assustar uma equipa que continua firme na liderança da série C da 3ª divisão e que assim, com esta vitória, deixou mais longe um adversário que também quer entrar na luta pela subida de divisão.
No próximo sábado o campeonato sofre uma interrupção para se jogar a 1ª eliminatória da Taça de Portugal. Os albicastrenses recebem no seu reduto a formação do Mira Sintra, equipa que já bateram esta época para o campeonato por 8-2, em jogo disputado fora de casa. O campeonato regressa uma semana depois com a Boa a deslocar-se ao pavilhão do Estrela da Amadora.
No jogo de sábado a dupla de árbitros de Leiria passou perfeitamente despercebida, o que não deixa de ser um bom sinal.
Discurso directo- Humberto Cadete, técnico da Boa Esperança- “Nós já sabíamos que ia ser um jogo difícil porque, quando equipas como o Atlético, Rio de Mouro, Novos Talentos e a Boa Esperança se encontram entre si, o mais importante é não perder pontos. E isto porque estas são, na minha perspectiva, as quatro equipas que vão discutir a subida de divisão. Estivemos muito apáticos na 1ª parte mas entrámos melhor para a segunda metade e acabámos por conseguir uma vitória merecida”.

ESCOLAS DO DESPORTIVO DE CASTELO BRANCO


Os campeões merecem as faixas

Os campeões distritais de escolas da temporada 2005/06 receberam no último sábado as respectivas faixas de campeões bem como o troféu correspondente a este título. O jogo a contar para o distrital de infantis frente aos colegas do Desportivo A foi aproveitado para fazer a justa homenagem e distinção. Na ocasião estiveram presentes, para além dos 17 jovens campeões e respectivas famílias e amigos, o Presidente do emblema albicastrense, António Marcelo, o Secretário Adjunto da Direcção da Associação de Futebol de Castelo Branco, Carlos Almeida e, naturalmente, Filipe Roque, o jovem treinador que esteve com estes miúdos desde que começaram a competir até à época do título distrital e que agora desempenha as funções de seleccionador distrital de futebol juvenil na AFCB. No jogo, os distinguidos acabaram por sair derrotados por 4-1 mas, para a história ficam os nomes dos campeões distritais de escolas época 2005/06: Daniel Grácio, Renato Martins, Tiago Almeida, Miguel Ângelo, José João, André Mesquita, Rui Francisco, João Bargão, João Rente, Pedro Fonseca, José Ricardo, Francisco Matias, Miguel Garcia, Tiago Ildefonso, David Roque, Diogo Pereira e Emanuel Gonçalves. Conquistado o título no escalão de escolas, o objectivo destes campeões é repetir o feito na próxima temporada na categoria de infantis. Parabéns, e boa sorte!

Filipe Roque, treinador campeão de Escolas pelo Desportivo CB 2005/06

“Foram três anos de trabalho,
paciência e dedicação”

Tribuna Desportiva- Apesar de já não estar no Desportivo CB hoje vem aqui colher o fruto daquilo que semeou durante 3 anos…
Filipe Roque- Foram 3 anos de trabalho, com muita paciência e dedicação, e agora é o reconhecimento de tudo o que fizemos ao longo dos últimos 3 anos.
TD- Quando pegou nesta equipa, com miúdos de 8 anos, já podia pensar que ia lutar pelo título 3 anos depois?
FR- Não. Nestas idades um indicador de que os miúdos poderão vir a ser bons atletas é o nível da coordenação, da velocidade, mas nessa altura ainda é muito cedo, porque há todo um trabalho pela frente para fazer, principalmente ao nível do conhecimento do futebol. Isso vai-se vendo ao longo dos anos com o passar do tempo e do trabalho.
TD- Mas depois quando passam a B e depois a A aí já permite pensar que é possível lutar pelo campeonato…
FR- Sim, aí já se começam a ver as potencialidades dos jogadores, não só a nível físico, mas psicológico, a própria assiduidade aos treinos também influencia para que um jogador seja de um determinado nível.
TD- Hoje fala-se muito em jogadores que nasceram para jogar futebol. Há, de facto jogadores predestinados, ou mesmo aquele que não demonstra no início grandes potencialidades pode evoluir?
FR- Eu sou de opinião que, para se ser jogador de futebol também é inato, porque há determinadas características e capacidades que, se não as tiver, nunca poderá ser um grande jogador. A coordenação e a agilidade são inatas. É evidente que, com o trabalho e com o tempo também evoluem, mas há capacidades que, se uma criança não as tiver, nunca poderá atingir um bom nível.
TD- Como é que foi a transição do Desportivo de Castelo Branco para a Associação de Futebol de Castelo Branco?
FR- É o mesmo ramo, é aquilo que eu gosto, apesar de, estando na Associação até estamos menos no campo, e o que nós gostamos é de estar no campo, mas envolve todo um trabalho de organização e secretaria.
TD- No seu sector na AFCB como é que encontrou a casa? Arrumada?
FR- Sim. Ao longo destes anos, houve um grande trabalho de todo o Gabinete Técnico e isso todos reconhecemos. Sei que tenho um grande desafio pela frente, que é continuar com a casa arrumada e, se possível trazer mais novidades para o futebol de formação do nosso distrito.
TD- Vai continuar o trabalho que foi desenvolvido pelo professor João Paulo nos últimos anos…
FR- Sim. O trabalho é reconhecido, eu vou dar continuidade e tentar trazer novas ideias e novas apostas, nomeadamente ao nível dos dirigentes e dos próprios treinadores. Temos que tentar fazer sempre mais e melhor.
TD- Uma tentativa de aproximar o futebol jovem do interior do litoral e das ilhas…FR- Eu acho que já estamos a trabalhar mais e melhor, mas há um factor que nunca podemos esquecer, que é o número de atletas praticantes. No litoral há muito mais atletas, dá para formar equipas mais fortes o que permite uma maior evolução.