domingo, setembro 28, 2008

CD ALCAINS- 5 VILARREGENSE- 1


Tudo decido em 3 minutos

Estádio Trigueiros de Aragão, em Alcains
Árbitro
- Luís Cruz (3), auxiliado por Luís Máximo e Luís Ferreira
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (4), Ivo (3), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Constantino (2), Aíldo (3), Bruno Vieira (4), Manoel (4) e Ricardo Costa (4)
Treinador- Hugo Andriaça
Vilarregense- Baía (2), David (3), Edgar (2), Chalita (1), Pedro Roldão (3), Sabino (3), Alexandrov (3), Fábio (3), Topa (2), Amunike (3) e Fortes (3)
Treinador- Pedro Sampaio
Substituições- Constantino por Tabarra (3) aos 45, Carvalheiro por Leão (2) aos 74 e Ricardo Costa por Miguel (2) aos 81; Topa por Pica (2) aos 69, Amunike por Cláudio (1) aos 69 e Edgar por Paulo César (1) aos 74
Disciplina- Amarelos a Betinho aos 8, Aíldo aos 19, Quinzinho aos 23, Manoel aos 36 e Ivo aos 78; Pedro Roldão aos 21, Topa aos 45 e Pica aos 80. Vermelho directo a Chalita aos 48
Marcadores
- Ricardo Costa aos 16 e 65, Manoel aos 49 e 51 e Bruno Vieira aos 90+3; Amunike aos 35

A figura do jogo- Ricardo Costa (CD Alcains)- Possui uma técnica invejável, muita dinâmica, sentido de oportunidade e é também um finalizador. Assinalou uma boa exibição com dois golos.

O CD Alcains- Não conseguiu dar seguimento ao excelente jogo que produziu na segunda parte em Oleiros. Por culpa própria, porque raramente conseguiu pôr a bola no chão, porque o Vilarregense foi sempre um adversário incómodo, e porque o forte vento que se fazia sentir também não ajudou. Apesar de não deslumbrar foi claramente superior e venceu com justiça e normalidade.

O Vilarregense- É aquela equipa que já nos habituou. Encara sempre o adversário nos olhos e, mesmo jogando contra uma equipa que lhe é superior, nunca opta pela táctica do autocarro. Sofreu um rude golpe quando ficou sem o capitão Chalita e viu o Alcains marcar dois golos em outros tantos minutos.

Com uma parte inicial de muita luta mas com pouca bola pelo chão e sem grandes jogadas de perigo criadas por qualquer uma das equipas, cedo se viu que quem ia com o objectivo de ver um grande espectáculo entre uma equipa que deixou boa impressão no jogo inaugural em Oleiros, e outra que joga sempre da mesma forma seja contra quem for, iria sair defraudado.
Com melhores argumentos técnicos mas a jogar contra o vento, o Alcains não conseguia impor o seu futebol e foi praticamente na primeira vez que se chegou com perigo à baliza contrária que acabaria por marcar. Numa jogada que começou com um remate de Ricardo Costa que ressaltou num defesa contrário, haveria de ser o mesmo Ricardo a empurrar para dentro da baliza quando se encontrava praticamente em cima da linha de baliza em posição irregular.
Podia ser o ingrediente que faltava para que o espectáculo mudasse de figurino, mas não. Continuou um jogo abaixo das perspectivas e o Vilarregense acabou mesmo por aproveitar para chegar ao empate quando Fortes se isolou bem pela direita, centrou tenso para cima da baliza onde Amunike mais não fez do que empurrar.
Ao intervalo o empate aceitava-se e Hugo Andriaça sabia que tinha que mudar algo para chegar à vitória. E mudou. Lançou Tabarra para a direita do ataque, saindo Constantino, com o propósito de explorar com a velocidade as fragilidades que o Vilarregense já tinha mostrado na esquerda da sua defensiva.
Mas os minutos decisivos estavam mesmo a chegar. Aos 48 minutos Chalita evitou, com falta, que Ricardo Costa se isolasse, viu o respectivo cartão vermelho e, na cobrança do livre Manoel, de forma irrepreensível, voltou a dar vantagem à sua equipa.
E tudo ficou decidido quando dois minutos mais tarde, o brasileiro bisou, aproveitando o momento em que a defensiva vilarregense ainda se tentava adaptar à falta do seu capitão.
Com o jogo resolvido, os do Pinhal, com menos um, mas sem nunca abdicar dos seus princípios de jogo, abriram naturais espaços que o Alcains acabou por aproveitar da melhor maneira. Ricardo Costa também assinou o seu bis aos 65 minutos e, já nos descontos, Bruno Vieira picou o ponto, também de livre directo e de novo sem hipóteses para Baía.
Vitória natural, justa, mas pesada para a forma como o Vilarregense encarou o jogo.

A arbitragem- Cometeu alguns pequenos erros de pouca importância sendo o de maior monta a validação do primeiro golo do Alcains, quando Ricardo Costa se encontrava em posição irregular quase em cima da linha de baliza.

Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Não conseguimos materializar a nossa superioridade em golos durante a primeira parte. Mesmo sem termos efectuado uma primeira parte com a qualidade colectiva que todos pretendemos, fomos claramente superiores. Encontrámos uma equipa muito boa, que já tinha defrontado como jogador, e que sempre me deixou boa impressão. Não é qualquer equipa que vem jogar a Alcains com dois avançados, quando tem dois jogadores com muita qualidade no meio campo. Aplaudo todos os treinadores que assim jogam. Estamos no nosso caminho e deixo a mensagem aos nossos adeptos: queremos ainda mais apoio dos nossos sócios e quem puder ir a Sernache que vá porque, sem garantir que vamos ganhar, vamos fazer com que nos batam palmas no final. Vai ser um jogo bom e entendo que há mais probabilidades de ganhar do que de perdermos pontos em Sernache”.

Discurso directo- Pedro Sampaio, técnico do Vilarregense- “Até à expulsão do Chalita penso que tivemos o jogo mais ou menos equilibrado. Em algumas partes o Alcains esteve mais forte, nós tentámos contrapor com os nossos argumentos, mas a expulsão acabou por ser a chave do jogo. Era fácil chegar aqui e, como se costuma dizer, pôr o autocarro à frente da baliza, e esperar ter sorte numa ou noutra bola lá na frente, mas eu não entendo o futebol assim, porque é um jogo de 11 contra 11, a campo inteiro, com partes de ataque e outras de defesa, e aquilo que nós queremos é, acima de tudo mostrar a qualidade dos nossos jogadores. Em relação ao árbitro, gostei da primeira parte”.

domingo, setembro 21, 2008

OLEIROS- 1 CD ALCAINS- 2


Alcains acreditou até ao fim

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro
- Márcio Lopes (2), auxiliado por Cláudio Santos e Luís Gabriel
Oleiros- João Luís (3), Paulinho (3), Samuel (3), Castanheira (3), Fiel (3), João André (3), Quim Garcia (1), Cássio (3), Norberto (3), Tomás (3) e Ludovico (3)
Treinador- João Paulo Matos
CD Alcains- Beirão (3), Tiago Paulo (3), Dialló (1), Betinho (3), Carvalheiro (3), Quinzinho (3), Constantino (3), Aíldo (3), Bruno Vieira (4), Manoel (4) e Ricardo Costa (3)
Treinador- Hugo Andriaça
Substituições- Tomás por José Bernardo (2) aos 59, Castanheira por Tiago Ventura (2) aos 72 e Norberto por Laranjo (-) aos 90; Betinho por Khonné (3) aos 54, Constantino por Paulinho (1) aos 83 e Khonné por Miguel (2) aos 89
Disciplina- Amarelos a Samuel aos 37, Quim Garcia aos 44 e 57, Cássio aos 54, Tomás aos 59 e João Luís aos 68; Betinho aos 31, Carvalheiro aos 44, Manoel aos 72 e Beirão aos 90+1. Vermelho por acumulação a Quim Garcia aos 57 e vermelho directo a Dialló aos 44
Marcadores- Cássio aos 49; Bruno Vieira aos 76 e Tiago Paulo aos 89

A figura do jogo- Bruno Vieira (CD Alcains)- Um jogador enorme. É o verdadeiro pulmão da equipa canarinha. Marca o ritmo do jogo, acelera quando é preciso, recupera bolas e cria desequilíbrios no ataque. Do melhor que há no nosso distrital.

O Oleiros- Manteve o jogo equilibrado durante os primeiros 45 minutos mas depois não soube lidar com a vantagem no marcador e com a superioridade numérica. Na segunda parte nunca conseguiu controlar o jogo e acabou por deixar o adversário dar a volta ao jogo.

O CD Alcains- Depois de uma primeira parte mais tímida, em que mediu bem todos os passos do adversário, acabou por embalar para uma segunda parte notável onde, mesmo jogando alguns minutos com menos uma unidade, foi dominador. Acreditou até ao fim que podia ganhar e acabou por ter o merecido prémio.

Depois de uns primeiros 20 minutos monótonos e de muita luta a meio campo, onde o melhor que se viu foi um remate de Manoel, mais em jeito do que em força, que levou a bola a embater na trave da baliza de João Luís, o jogo animou, principalmente porque as equipas conseguiram começar a desenhar mais e melhores lances de ataque e a bola passou então a estar mais próxima das duas balizas.
O Oleiros tentou com um remate de longe de Ludovico e uma cabeçada de Tomás, mas na recta final da primeira metade o Alcains começou a dar mostras de querer mandar no jogo e, antes do descanso, Carvalheiro ainda obrigou o guarda-redes contrário a uma excelente defesa e Bruno Vieira atirou forte, mas muito por cima do travessão. E quase sobre o intervalo, os forasteiros viram-se reduzidos a 10 unidades. Depois de uma confusão a meio campo, que Mário Lopes resolveu com um amarelo para cada lado, o auxiliar do lado da bancada chamou o seu chefe de equipa para lhe dar conta de um desentendimento entre Diálló e Ludovico que terá sido entendido como uma agressão por parte do alcainense.
Mesmo entrando a jogar com menos um, foi o Desportivo de Alcains quem tomou as rédeas do jogo, mas logo aos 4 minutos, um bom lance do brasileiro Cássio pela direita terminou com um remate cruzado que acabou por bater o guarda-redes Beirão.
Podia ter sido decisivo, até porque a partir daqui os oleirenses estavam, não só em vantagem numérica, como também na frente do marcador. Mas a verdade é que os pupilos de João Paulo Matos começaram por complicar logo aos 57 minutos quando uma mão do experiente Quim Garcia na linha de meio campo acabou por lhe valer o segundo amarelo e consequente vermelho. As forças estavam reequilibradas, e o Alcains dominava o jogo, sem deixar o Oleiros fazer o seu jogo, e empurrando cada vez mais a equipa da casa para dentro do seu meio reduto.
A 14 minutos do final chegou o golo do empate, na sequência de um castigo máximo decidido por Márcio Lopes, quando nos pareceu que o lance que envolveu um defensor da casa e Khonné, deveria ter sido punido com livre indirecto, uma vez que, do local onde nos encontrávamos, pareceu-nos ter havido jogo perigoso. Bruno Vieira converteu e galvanizou ainda mais os seus companheiros que nunca desistiram de correr atrás da vitória.
E o merecido prémio chegou no último minuto do jogo e saiu do pé direito de Tiago Paulo, com um remate potente e indefensável para João Luís.
Ganhou a equipa que mais vontade mostrou de conquistar os três pontos, isto apesar dos oleirenses terem tido, a dado momento do jogo, tudo a seu favor para entrarem no campeonato com o pé direito.

A arbitragem- Estamos em início de época, é verdade que sim, mas as duas equipas mereciam um melhor trabalho. Márcio Lopes fez uma arbitragem “trapalhona”, sem critério disciplinar e acabou por prejudicar uma e outra equipa.

Discurso directo- João Paulo Matos, técnico do Oleiros- “Alertei os meus jogadores ao intervalo que estávamos a jogar com mais um, que tínhamos que ser inteligentes e gerir bem as nossas emoções. Não fomos capazes, e não tivemos qualidade suficiente para gerir o jogo e impor o nosso ritmo. O Alcains é uma excelente equipa, constituída por muito bons jogadores, que nos complicou muito a vida. Na minha opinião o resultado ajustado seria o empate, tenho muitas dúvidas no penalty, e tenho a sensação que houve um jogador do Alcains que deveria ter sido expulso na fase final, quando saiu do recinto de jogo e se envolveu com espectadores. Mas dou os parabéns ao Alcains que jogou para ganhar, e aos meus jogadores que, não jogando bem, foram bravos, lutaram e deram o melhor”.

Discurso directo- Hugo Andriaça, técnico do CD Alcains- “Foi uma vitória arrancada a ferros mas não posso esquecer que podíamos ter ido para o intervalo a ganhar 3-0, porque tivemos 3 oportunidades flagrantes. Sabia o valor do adversário, porque é uma casa que conheço bem, e tirei muita vantagem desse conhecimento. O melhor que me podia ter acontecido era vir a Oleiros na 1ª jornada, porque conheço as forças e as fraquezas do Oleiros. Sempre disse que vinha para Alcains para sermos campeões e tudo o que não seja o primeiro lugar será um fracasso, porque temos a convicção que nós somos a melhor equipa do campeonato mas, a meu ver, já o ano passado o Alcains era, e não foi campeão. Por respeito aos árbitros vou-lhes dar um voto de confiança e desejar-lhes as maiores felicidades. Mesmo que haja alguma infelicidade contra o Alcains vou fazer tudo por tudo para não comentar”.