segunda-feira, janeiro 30, 2006

ATALAIA DO CAMPO- 1 ÁGUIAS DO MORADAL- 4


Uns facilitaram, outros aproveitaram

Campo 23 de Maio, Atalaia do Campo
Árbitro- Carlos Silva (4), auxiliado por João Diogo e Hélder Ferreira
Atalaia do Campo- Rui Pedro (3), Emanuel (3), Foito (2), Sérgio Garcia (3), Roque (3), Brito (2), Márcio (3), Agostinho (3), Pina (3), Bruno (3) e José Carlos (2)
Treinador- Mário Pereira
Águias do Moradal- Tiago Brás (3), Gil (3), Spranger (3), Tomás (3), David (4), Edmilson (3), Rui Paulo (4), Samuel (3), Paulo Rato (3), Valadas (3) e Aíldo (3)
Treinador- António Belo
Substituições- Foito por Craveiro (2) aos 58, Brito por Filipe Mouro (2) aos 61 e Agostinho por Ednilson (-) aos 85; Edmilson por Tiago Mota (4) aos 61, Valadas por Ivo Fazenda (1) aos 79 e Tomás por Kikas (-) aos 83
Disciplina- Amarelos a Bruno aos 39, Agostinho aos 43, Roque aos 72, José Carlos aos 72, Pina aos 76 e Márcio aos 84; Edmilson aos 36 e Tiago Mota aos 69. Vermelho directo a José Carlos aos 72
Marcadores- José Carlos aos 69; David aos 15, Edmilson aos 41, Tiago Mota aos 68 e Valadas aos 74

A figura do jogo- David (Águias do Moradal)- É um jogador com uma classe indiscutível e que não desiste de nenhum lance. No domingo foi ele que abriu o caminho da vitória e que assistiu Edmilson para o 2-0. É um verdadeiro capitão.

A Atalaia do Campo- Teve alguns períodos em que dominou mas em que, e ao contrário do adversário, não conseguiu marcar nas oportunidades que conseguiu construir. Como se não bastasse acabou por dar demasiado espaço no seu sector mais recuado a jogadores que não o podem ter. Facilitou na defesa, e comprometeu com os golos sofridos, e não marcou quando teve chances para isso.

O Águias do Moradal- Não foi preciso fazer um grande jogo para levar os três pontos da Atalaia do Campo. A equipa de António Belo e José Goulão teve momentos de bom futebol, dos quais se destacam os lances que deram o 1º e o 2º golo, e soube muito bem gerir o ímpeto do adversário quando este se aproximava da sua área.

O Águias do Moradal não precisou de deslumbrar na deslocação à Atalaia do Campo para conquistar os três pontos em disputa e levar um resultado que não deixa margens para grandes dúvidas.
Depois de um período de estudo mútuo que durou pouco mais de cinco minutos foi a equipa forasteira a dar os primeiros sinais de perigo junto da área adversária. O domínio não era muito evidente mas o maior tempo de posse de bola e a pressa em levá-la para o ataque eram indícios de que os do Pinhal tinham intenções de abrir cedo a contagem. E conseguiram-no logo à passagem do primeiro quarto de hora por intermédio do capitão David.
Nos minutos que se seguiram surgiu uma reacção natural da equipa de Mário Pereira. Passava pouco da meia hora quando, no mesmo lance, os homens da Atalaia remataram por três vezes consecutivas à baliza de Tiago Brás. A pontaria não estava afinada e a defesa do Estreito tapava bem todos os caminhos para a sua baliza onde também pontificava um Tiago Brás que se exibia a bom nível, mostrando atenção máxima entre os postes.
Foi a melhor situação dos donos da casa nos primeiros 45 minutos. Mas o intervalo não chegaria sem novo golo do Águias. Num livre em posição frontal à baliza de Rui Pedro, Valadas optou pelo lance estudado em vez do remate directo que todos esperavam. Toque curto para a direita, David recebeu bem, cruzou ainda melhor, e Edmilson com o pé direito dilatou o marcador. A vitória dos homens de António Belo e José Goulão ganhava outra expressão muito perto do descanso.
Para a segunda parte o Águias do Moradal voltava com a confortável vantagem que um 2-0 transmite, e passou então a iniciativa de jogo para o adversário que era agora quem tinha mais obrigação de correr para tentar rectificar um resultado negativo em casa.
Mário Pereira arriscou tirando primeiro Foito e depois Brito, lançando Craveiro e Filipe Mouro. A frente de ataque do conjunto da casa alargava-se mas a equipa do Águias do Moradal mostrava também muita solidez a defender, espreitando sempre a possibilidade de contra-ataque.
E no espaço de apenas 6 minutos, se ainda havia dúvidas quanto à equipa que levaria os 3 pontos, tudo ficou ainda mais claro. Aos 68 minutos o recém entrado Tiago Mota amplia para 3-0, no minuto seguinte José Carlos faz o 1-3 e aos 74 minutos o lance que acabou com qualquer esperança de Mário Pereira. Carlos Silva assinala um castigo máximo a punir uma rasteira dentro da área da Atalaia, José Carlos protesta e vê primeiro um amarelo e depois o vermelho e Valadas concretiza o castigo máximo. 4-1 para os do Estreito e a Atalaia em inferioridade numérica. A história acaba aqui, sendo apenas necessário acrescentar que, até final, o Águias controlou o jogo e ainda dispôs de mais algumas oportunidades que foram desaproveitadas e que, se concretizadas, tornariam o resultado demasiado pesado para o conjunto da Atalaia do Campo.

A arbitragem- Carlos Silva sai com nota muito positiva dum jogo fácil de dirigir, em que apenas teve algum grau de dificuldade no momento em que assinalou a grande penalidade que deu o 4º golo do Águias. A carga existe e os protestos exagerados que valeram o vermelho a José Carlos eram evitáveis.

Discurso directo- Mário Pereira, técnico da Atalaia do Campo- “O resultado não está obviamente em discussão porque a vitória assenta perfeitamente bem ao Águias do Moradal pelo que fez nos 90 minutos. Nós somos uma equipa pequena, numa situação confortável na tabela, e estamos a incomodar os que estão à nossa frente. O árbitro utilizou uma dualidade de critérios terrível. O Moradal tem uma equipa com condições para lutar pelo título e não precisa de algumas ajudas. O penalty foi inventado e a expulsão do José Carlos não tem pés nem cabeça. Houve um jogador do Moradal que deu porrada todo o jogo e acabou dentro de campo e o José Carlos nada fez para ver o vermelho porque nem sequer falou para o árbitro.”
Discurso directo- José Goulão, técnico do Águias do Moradal- “Fizemos uma boa exibição. Tínhamos receio das dimensões do terreno de jogo mas o facto de ser em relva sintética também nos foi favorável porque nós temos jogadores com um bom nível técnico. Hoje conseguimos concretizar quatro oportunidades e ainda ficaram mais quatro por marcar, mas há jogos em que temos tido algumas dificuldades de concretização que depois se traduzem nos resultados. O árbitro esteve bem.”

TAÇA PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Final-four em Castelo Branco

Depois do Algarve ter mostrado o seu interesse junto da Federação de Andebol de Portugal em organizar a Final-four da Taça Presidente da República que vai decorrer no próximo fim-de-semana, sabe-se agora que afinal, a fase decisiva desta competição organizada pela FPA vai ter lugar em Castelo Branco.
Segundo conseguimos apurar, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, ficou agradado com a ideia e mostrou interesse em trazer mais uma grande competição para a capital de Distrito depois de saber, ainda antes do jogo entre a ADA e o Vialonga, que a equipa albicastrense poderia ser uma das quatro participantes na fase final.
Desta forma a autarquia avançou também com o pedido de organização junto da Federação e, já é oficial, que ADA, SL Benfica, Sporting da Horta e Académico de Leiria vão mesmo disputar a final-four no próximo fim-de-semana no Pavilhão Municipal de Castelo Branco. O sorteio da prova decorre esta terça-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho a que se seguirá uma conferência de imprensa e um almoço onde já vão estar presentes os representantes dos quatro clubes apurados. À hora do fecho desta edição não eram ainda, portanto, conhecidos os jogos das meias-finais que se vão realizar no sábado, sendo no entanto certo que a equipa albicastrense vai ter pela frente um adversário da Divisão de Elite.

AD ALBICASTRENSE- 27 VIALONGA- 26


O sonho comanda a vida

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Eurico Nicolau e Ivan Caçador (Leiria)
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (10), Luís Robalo, Jonatas Valente (1), Sérgio Silva (2), João Fialho (7), Bruno Roberto, Filipe Félix (6), António Mata, Maximiano Ribeiro (1), João Romão e Luís Mateus
Treinador- José Curto
Vialonga- Luís Borrego e Alexandre Louro, Ricardo Ferreira, Paulo Ferreira, Mário Ribeiro, Sérgio Pereira (6), Eduardo Guerra (1), Pedro Lopes (1), Vítor Reis (6), Horácio Seco, Carlos Gomes (4), Vítor Tapadinhas (6), Armando Reis (2) e João Marques
Treinador- José Pampulha
Marcador ao intervalo- 12-13

Não é comum acontecer num jogo de andebol uma equipa dispor de apenas uma situação de vantagem ao longo dos 60 minutos e ganhar, mas isso aconteceu no jogo de domingo a contar para os quartos de final da Taça Presidente da República que pôs frente a frente a Associação Desportiva Albicastrense e o Grupo Desportivo Vialonga. É que a ADA, tirando algumas (poucas) situações de empate, esteve sempre na posição de derrotada.
Tal como no jogo do dia anterior a equipa azul voltou a não entrar bem no jogo e só já muito perto do descanso é que conseguiu um empate a 12, depois de outra situação de igualdade que se registou logo no início (1-1). O calcanhar de Aquiles da equipa de José Curto era o ataque, já que quer João Fialho, quer Luís Gama pareciam estar em tarde desinspirada e mostravam grandes dificuldades na zona de concretização. Valeu para suprir este problema que acabou por ser ultrapassado na 2ª parte o bom jogo de Filipe Félix que foi determinante.
O resultado de 12-13 no descanso deixava tudo em aberto para a segunda metade, mas também já tinha deixado à vista de todos que não havia grandes diferenças entre uma equipa que joga para se manter na 1ª Divisão, a Albicastrense, e outra que joga para tentar subir a esse escalão, o Vialonga.
E a segunda parte nem começou mal, já que logo nos segundos iniciais chegou o empate a 13, mas o 13-18 que se registava minutos mais tarde voltava a pôr em dificuldades o conjunto da casa.
Só que este era um jogo diferente, porque era o famoso mata-mata, e os da casa sabiam que estava em jogo uma presença numa final-four, feito inédito para o clube, e que ainda por cima vai ser disputada no “seu” pavilhão. Razões mais que suficientes para lutar até ao fim em busca de um resultado positivo que ainda não tinha acontecido até aí. O 24-26 a pouco mais de dois minutos do final obrigava a ADA a defender bem e a marcar em todas as oportunidades de ataque de que viesse a dispor até final. E foi isso que aconteceu. José Pereira esteve bem entre os postes e no ataque os golos surgiram. Depois dos 27-26 restavam pouco mais de 10 segundos para o final, tempo insuficiente para que o resultado sofresse mais alterações.
Para a história fica o feito de uma equipa totalmente amadora e que vai marcar presença no próximo fim-de-semana na final-four da prova. Independentemente dos resultados que venham a surgir no sábado e no domingo este é já um dos maiores marcos na história da Associação Desportiva Albicastrense.
A dupla de árbitros que veio de Leiria, e que não deixou grandes saudades em Castelo Branco da última vez que por lá passou, complicou muitas vezes o que não se justificava e a ADA acaba por ter mais razões de queixa.
Discurso directo- José Curto, treinador da AD Albicastrense- “Nós acusámos muito a responsabilidade do jogo, não só por dar o apuramento para uma final-four, mas também porque ela vai ser jogada na nossa cidade e nunca nos conseguimos encontrar. Jogámos sempre mais com o coração do que com a razão. Esta presença na final-four da Taça Presidente da República é um prémio para todo o grupo de trabalho que compõe esta equipa”.

AD ALBICASTRENSE- 28 LICEU CAMÕES- 34


Exibição com poucos altos e muitos baixos

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Bruno Rodrigues e Carlos Capela (Aveiro?
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (5), Luís Robalo, Jonatas Valente (2), Sérgio Silva, João Fialho (9), Bruno Roberto (1), António Mata, Maximiano Ribeiro (2), Filipe Félix (6), João Romão (3) e Luís Mateus
Treinador- José Curto
Liceu Camões- Luís Gonçalves, Marco Silva, José Rua (10), Pedro Sércio, Francisco Fogaça, Hugo Costa (1), Tiago Silva (3), José Gomes (4), Pedro Rodrigues, Raul Silva (7), Hugo Dias (5) e Pedro Simões (4)
Treinador- José Caeiro
Marcador ao intervalo- 14-19

Em vésperas de discutir o apuramento para a final-four da Taça Presidente da República, a Associação Desportiva Albicastrense perdeu, talvez de forma inesperada com o penúltimo classificado da Zona Sul da 1ª Divisão Nacional.
Durante os primeiros minutos de jogo os azuis ainda conseguiram algum equilíbrio no marcador mas, sensivelmente depois de ultrapassar o meio da 1ª parte, a equipa lisboeta arrancou definitivamente para números que se revelaram impossíveis de alcançar.
A ADA não esteve bem no ataque, falhando muitas vezes a baliza adversária, e também nunca conseguiu anular o jogador mais alto da equipa adversária, José Rua (10 golos) que quase sempre que rematava o fazia com êxito.
Mesmo quando José Curto alterou a forma de defender, fazendo marcação individual aos homens mais perigosos do adversário, teve sucesso.
Com 14-19 ao intervalo as coisas já estavam complicadas mas percebia-se que bastava a ADA jogar o seu habitual para chegar ainda a um resultado positivo.
Só que o parcial inicial de 1-5 nos segundos 30 minutos fez disparar a diferença para nove golos o que logo aí inviabilizou qualquer tentativa de recuperação.
Curiosamente foi depois do resultado estar num desequilibradíssimo 15-24 que surgiu o melhor período dos de Castelo Branco. Com uma exibição, agora sim, com garra e vontade, o placard ainda foi reduzido para os mesmos 5 golos que se registavam ao intervalo mas nunca conseguiram ir mais além. Nesse período a excelente exibição do guarda-redes Luís Gonçalves, os postes e dois livres de sete metros desperdiçados foram decisivos para que o resultado não fosse rectificado. Não fossem estes três factores e a cambalhota teria mesmo acontecido, o que diga-se, a ADA não fez muito por merecer, especialmente pela péssima exibição na 1ª parte.A jovem dupla de árbitros que viajou de Aveiro fez um trabalho muito inconstante prejudicando mais a equipa da casa. De qualquer forma, e mesmo tendo razões de queixa, não foi só pelo mau trabalho dos árbitros, especialmente a nível disciplinar, que a ADA somou mais uma derrota inesperada.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

BENFICA CB- 1 UNIÃO DE LEIRIA- 3

Golos duvidosos dão vitória aos leirienses

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Nuno Ventura, auxiliado por Daniel Coimbra e Francisco Costa (Viseu)
Benfica CB- Sérgio, Mateus, Gelson, Chiquinho, Rui Salavessa, Alveirinho, Torres, João Alves, Kiko, Luisinho e Quinzinho
Treinador- Paulo Silva
União de Leiria- Nélson Fernandes, João Carlos, Ruben, Sousa, Machado, Micas, Paulo Ribeiro, Cascalheira, Fábio, Edgar e Rui Cabrita
Treinador- Fernando Mateus
Substituições- Torres por Tomás aos 75, Quinzinho por Vasco aos 81 e Chiquinho por Jorge aos 86; Paulo Ribeiro por Nelson Pereira aos 58 e Cascalheira por Telmo aos 70
Disciplina- Amarelos a Chiquinho aos 27, Torres aos 44 e Kiko aos 75
Marcadores- Luisinho aos 69; Nelson Pereira aos 63, Fábio aos 75 e Telmo aos 84

Frente a uma equipa de outro campeonato, o Benfica e Castelo Branco acabou por entrar para a partida com a firme intenção de jogar o jogo pelo jogo, sem excessivas preocupações defensivas e a partir para o ataque quando a oportunidade surgia.
A União de Leiria não conseguiu, nos primeiros 45 minutos, mostrar grandes argumentos que provassem a diferença classificativa e pontual entre as duas equipas e o nulo ao intervalo era um resultado lisonjeiro para os visitantes, porque foi ao Benfica e Castelo Branco que couberam as melhores oportunidades para alvejar a baliza adversária. E já nesta fase os albicastrenses começaram a ter queixas do árbitro porque anulou um golo por fora de jogo que só o assistente do lado da bancada conseguiu vislumbrar.
Na etapa complementar a toada foi igual até que surgiu o 1º golo dos visitantes. Aos 63 minutos Nelson Pereira inaugurou o marcador mas, desta vez, Daniel Coimbra esqueceu-se de levantar a bandeira, permitindo que os visitantes se adiantassem no marcador beneficiando de um fora de jogo.
O Benfica e Castelo Branco reagiu bem e o golo do empate surge 6 minutos depois através de uma grande penalidade indiscutível que Luisinho converteu.
Depois do empate os encarnados dispuseram de 4 cantos consecutivos em que o perigo andou sempre muito perto da baliza de Nelson Fernandes, mas a bola teimou sempre em não entrar.
Até que aos 75 minutos apareceu mais um lance duvidoso. A União Desportiva de Leiria volta a adiantar-se no marcador na sequência de um lance que nos deixa muitas dúvidas. A nossa posição não é a mais favorável mas fica toda a sensação que Fábio beneficia de um fora de jogo para fazer o 2-1 para a sua equipa.
E este acabou por ser um lance determinante. O Benfica, que se tinha batido muito bem até aí, acusou muito nova desvantagem e a vitória dos leirienses passou então a ser o resultado mais provável.
Com o jogo decidido Telmo ainda fez o 3-1, um resultado que é de todo injusto para a equipa de Paulo Silva.
Mais uma vez foi um árbitro assistente a ter influência no resultado final. Daniel Coimbra assinalou mal um fora de jogo que deu um golo do Benfica, ainda na 1ª parte, e depois deixou passar em claro dois lances na 2ª parte que acabaram por originar outros tantos golos para os leirienses.
Discurso directo- Paulo Silva, treinador do Benfica CB- “Fizemos uma excelente primeira parte onde dispusemos de várias oportunidades para marcar e tivemos um golo mal anulado. Nos primeiros 45 minutos não se notaram grandes diferenças entre as duas equipas. Na segunda parte reagimos muito bem a um golo marcado em posição de fora de jogo e empatámos, mas depois voltámos a sofrer outro golo que me pareceu obtido em posição irregular, e que acabou por ser determinante porque marcou muito a minha equipa. Já não conseguimos reagir e acabámos por sofrer mais um golo. Parece-me um resultado injusto. Acho que o empate era mais certo”.

BOA ESPERANÇA- 2 ARNAL- 6

Arnal mostra porque é líder

Pavilhão Municipal da Boa Esperança, Castelo Branco
Árbitros- José Marques e Lourenço Costa (Coimbra)
Boa Esperança- Francisco Fernandes e Gonçalo, Ricardo Machado, Nuno Infante, Theres, Valter Borronha, Marco Borronha, André Martins, Serginho, André Gonçalves e Cunha
Treinador- Humberto Cadete
Arnal- Samuel e Xana, Guerra, Vítor, Miguel, Peixe, Piquet, David, Fred, Hélder, Tiago e Ruben
Treinador- Kitó
Disciplina- Cartão amarelo a Serginho aos 14, Theres aos 187, Valter Borronha aos 19 e André Gonçalves aos 23
Marcadores- Theres aos 8 e Valter Borronha aos 36; Ruben aos 1, 4 e 37, Guerra aos 10 e 17 e Fred aos 27

O Arnal, equipa que lidera a série C do Nacional da 3ª Divisão Nacional de Futsal, veio a Castelo Branco e mostrou todo o seu potencial e os porquês de estar na frente do campeonato.
Durante os primeiros 20 minutos a equipa de Maceira do Lis, Leiria, rematou “apenas” 5 vezes à baliza de Francisco Fernandes, mas dessas cinco tentativas, quatro acabaram por resultar em golo. Estava mais que provada a eficácia ofensiva dos líderes que mostraram que não é preciso atacar muito para se chegar ao golo. Os visitantes tinham então um índice de aproveitamento muito próximo dos 100% e na sua zona defensiva mostravam que também fazem da defesa o seu ponto forte. A Boa Esperança, em vinte minutos, marcou apenas um golo por Theres, e foi só o brasileiro que tentou alvejar as redes adversárias na 1ª parte. Mas os remates acabaram por surgir sempre de longe, porque a defensiva do Arnal não permitia grandes aproximações mostrando sempre muito acerto defensivo.
O 4-1 para os visitantes ao intervalo já fazia antever muitas dificuldades para os pupilos de Humberto Cadete que teriam que fazer uma grande 2ª parte para inverter a marcha do marcador.
E a equipa albicastrenses acabou por estar bem melhor na etapa complementar, especialmente na última metade quando o treinador da Boa optou por tirar o seu guarda-redes lançando Marco Borronha numa tentativa de procurar desequilíbrios na defesa adversária. Mas nem assim foi possível. Em superioridade numérica no ataque a Boa Esperança rematou muito, mas foi então que veio ao de cima a classe do guarda-redes visitante que defendeu tudo o que havia para defender.
Pelo que vimos o resultado final acaba por ser justo porque o Arnal dispõe de armas que a Boa Esperança não tem mostrando-se um fortíssimo candidato a subir ao segundo escalão do futsal português.
A equipa de arbitragem de Coimbra assinou um bom trabalho, não tendo qualquer influência no resultado final.
Discurso directo- Humberto Cadete, técnico da Boa Esperança- “O Arnal é uma equipa muito eficaz. É uma equipa muito madura, quer em termos defensivos quer em termos ofensivos. Se estão em 1º lugar por alguma razão deve ser… Acaba por ser um resultado natural. Nós ainda conseguimos criar várias oportunidades mas o guarda-redes deles esteve sempre muito bem”.

AD ALBICASTRENSE- 31 1º DE DEZEMBRO- 26

ADA já está nos quartos e pode sonhar

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- António Guilherme e Marco José
AD Albicastrense- José Pereira e Pedro Mendes, Martin Gomes, Luís Gama (6), Luís Robalo (2), Sérgio Silva, Luís Mateus, João Fialho (7), Bruno Roberto (2), Filipe Félix (6), António Mata (3), Maximiano Ribeiro (5)
Treinador- José Curto
1º de Dezembro- João Fernandes, Guilherme Cunha, Danilo (6), Igor Santos (3), Miguel Barata, Fernando Ramos (5), Luís Cruz (4), André Nave (3), Miguel Coimbra (3), Diogo Gonçalves (1) e Manuel Pereira (1)
Treinador- Carlos Nunes
Marcador ao intervalo- 17-13

Frente a um adversário do seu campeonato, e que está um pouco acima na tabela classificativa da Zona Sul da 1ª Divisão Nacional, a Associação Desportiva Albicastrense garantiu uma vitória que, olhando para os números foi fácil, e que lhe permite avançar para os quartos de final da Taça Presidente da República onde, e porque houve surpresa no jogo entre o Vialonga e o Modicus (25-20), vai defrontar a equipa da 2ª Divisão Nacional no próximo domingo de novo no Municipal de Castelo Branco.
No jogo de sábado a Albicastrense entrou melhor no jogo e comandou desde início o marcador, mostrando sempre uma enorme vontade de prosseguir em prova. Frente a um adversário que já tinha sido derrotado em Castelo Branco por 34-28 em jogo a contar para o Nacional da 1ª Divisão, a ADA já vencia ao intervalo por 17-13, um resultado que até tinha sido mais dilatado mas que acabou encurtado devido a uns maus minutos finais dos azuis no 1º tempo.
Para os segundos 30 minutos a Albicastrense também não entrou bem, mas conseguiu manter o adversário sempre a uma distância considerável nunca lhe dando grandes hipóteses de pensar em ganhar.
Já na última metade da 2ª parte, e numa última tentativa de inverter o rumo dos acontecimentos, a equipa de Queijas alterou a forma de defender, com o objectivo de dificultar as acções ofensivas dos da casa, mas Luís Gama, João Fialho e Filipe Félix estiveram numa tarde de muito acerto e acabaram por levar o resultado para números que não deixam qualquer margem para dúvidas.
Agora o jogo dos quartos é de novo em casa, frente ao Vialonga. O adversário dos albicastrenses milita na Zona Sul da 2ª Divisão Nacional e por isso, o favoritismo recai por inteiro na equipa de Castelo Branco, não só por jogar frente a uma equipa de uma divisão inferior, mas também porque o jogo é novamente perante o seu público. O jogo do próximo domingo vale um passaporte para a final-four da competição que, em princípio, será disputada no Algarve. Tem razões para sonhar a ADA e dar o tudo por tudo naquele que pode ser o jogo do ano.A arbitragem, no último sábado, dirigiu o jogo sem qualquer problema.

CASA DO BENFICA CB- 35 LICEU CAMÕES- 13


Foi tudo facilidades…

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Pedro Ventura e Gonçalo Camejo (Castelo Branco)
Casa do Benfica CB- Filomena Abrantes, Sofia Santos e Natalina Nascimento, Diana Rodrigues (9), Neidja Lima (1), Marta Monteiro (1), Inês Martins (2), Carla Mendes (6), Vera Gorjão (2), Patrícia Santos, Sónia Mota (11), e Mariana Ivanova (3)
Treinador- Paula Espírito Santo
Liceu Camões- Sónia Araújo e Cátia Verdasca, Rita Carvalhinho, Maria Murinello (2), Raquel Loureiro (1), Catarina Paulo (1), Mariana Nabais, Joana Silva (3), Carla Pereira (4), Deolinda Borges (2) e Iolanda Nunes
Treinador- Marco Arraya
Marcador ao intervalo- 18-5

Acabou por ser mais um treino para a equipa da Casa do Benfica em Castelo Branco. O Liceu Camões, actual 5º classificado da Zona Sul da 2ª Divisão, apresentou em Castelo Branco uma equipa de baixa estatura o que acabou por facilitar a tarefa das albicastrenses. Aliás, as visitantes apenas numa ocasião conseguiram não estar em situação de desvantagem, e isso aconteceu logo no início quando o marcador registou um empate a uma bola…
Depois disso a Casa do Benfica carregou um pouquinho no acelerador e foi com relativa facilidade que chegou ao 11-2, mas a maior diferença durante os primeiros 30 minutos registava-se ao intervalo com as encarnadas a disporem de 13 golos à maior.
Na segunda parte, e apesar da vantagem ter aumentado para 22 golos no final, Paula Espírito Santo aproveitou para rodar algumas jogadoras menos utilizadas no decorrer do campeonato e por isso a exibição acabou por ser menos exuberante que na 1ª metade, também fruto do jogo há muito estar mais do que decidido.
Destaque nas albicastrenses para as exibições de Diana Rodrigues, que apontou 9 golos, e de Sónia Mota que ultrapassou a dezena de golos, chegando aos 11.
Na próxima ronda as encarnadas deslocam-se ao terreno do Alto do Moinho, actual antepenúltimo classificado, um jogo onde só se pode esperar mais uma vitória.A dupla de jovens árbitros albicastrenses que dirigiu o jogo de sábado rubricou um trabalho regular num encontro fácil de conduzir.

PLANTEL DO VITÓRIA DE SERNACHE FICA MAIS CURTO


Dani deixa Vitória

O centro-campista Dani, que para além de jogador fazia também parte da equipa técnica do Vitória de Sernache liderada por António Joaquim, já não faz parte do plantel da equipa do Pinhal.
A notícia foi-nos avançada por fonte próxima do jogador e, na base da saída, terão estado algumas divergências internas.Tribuna Desportiva tentou confirmar a notícia junto dos vitorianos mas, o próprio técnico António Joaquim nada adiantou afirmando “desconhecer esta situação”.

terça-feira, janeiro 17, 2006

OLEIROS- 1 PEDRÓGÃO SP- 3

Papéis invertem-se ao intervalo

Estádio Municipal de Oleiros
Árbitro- Izaldo Barata (2), auxiliado por Hugo Clara e Roberto Morgado
Oleiros- João Luís (3), Norberto (3), Chico Lopes (3), Tiago (3), Carlitos (3), Quim Garcia (3), Trindade (3), João André (3), Sena (2), Canário (2) e José Bernardo (2)
Treinador- Chico Lopes e Hélio
Pedrógão SP- Canário (3), Pedro Costa (3), Ricardo Silva (3), Vasco Guerra (4), Flávio Cruz (3), Gonçalo (3), Flávio Cunha (3), Mateus (3), Brígida (2), Capinha (3) e Ricardo Constantino (4)
Treinador- Xana
Substituições- José Bernardo por Naves (2) aos 60, Tiago por David (1) aos 67 e Sena por Ramos (1) aos 70; Brígida por Mário Pina (2) aos 59, Flávio Cruz por Filipe (1) aos 76 e Mateus por Chico (-) aos 85
Disciplina- Amarelos a Canário aos 22, Quim Garcia aos 25 e Tiago aos 36; Ricardo Constantino aos 9, Mateus aos 55 e Flávio Cunha aos 80
Marcadores- Carlitos aos 14; Mateus aos 55, Ricardo Constantino aos 58 e Capinha aos 63

A figura do jogo- Ricardo Constantino (Pedrógão SP)- Uma assistência e um golo fazem com que o esquerdino da equipa de Xana mereça esta distinção. Marcou o livre que deu origem ao primeiro golo com um centro milimétrico para a cabeça de Vasco Guerra e, 3 minutos depois, deu forma à reviravolta com um livre directo superiormente executado. Decisivo.

O Oleiros- Dominou toda a 1ª parte, marcou um golo, e teve mais duas ou três situações em que podia ter aumentado o marcador. Na segunda parte praticamente se ausentou do jogo e em apenas 8 minutos deixou cair uma situação de vantagem para um 3-1 já irrecuperável. Os golos que deixou por marcar nos primeiros 45 minutos e a apatia generalizada do 2º tempo foram penalizados com uma derrota.

O Pedrógão SP- Mudou da noite para o dia a sua prestação depois do descanso. Na primeira parte limitou-se a ver jogar, não criou um único lance de perigo e pode dar-se por feliz por chegar ao intervalo a perder por apenas 1-0. Mas no segundo tempo até parecia outra equipa. Entrou muito forte, pressionante, rápido na recuperação de bolas e até foi com alguma facilidade que deu a volta ao jogo. Para quando 90 minutos ao mesmo ritmo?

Foi um jogo com duas partes perfeitamente distintas. Nos primeiros 45 minutos o domínio foi integralmente dos donos da casa, enquanto que na 2ª parte o Pedrógão apareceu mais mandão e, com uma excelente reacção acabou por embalar para uma exibição agradável que culminou com a conquista dos 3 pontos.
Mas ninguém diria que, depois do que se viu na 1ª parte, as coisas iriam terminar assim. Durante 45 minutos o Pedrógão de São Pedro não conseguiu criar um único lance de perigo junto das redes de João Luís, fechando-se muito timidamente dentro do seu meio campo e passando todo o tempo a ver o adversário trocar a bola, dominar, e criar uma boa mão cheia de situações perigosas para a sua baliza.
Tudo começou logo aos 30 segundos quando Norberto, ainda de fora da área, rematou forte levando a bola a embater na trave da baliza de Canário. O Pedrógão teve um susto inicial que acabou por marcar a exibição da equipa até ao intervalo.
Por isso foi com naturalidade que surgiu o golo do Oleiros aos 14 minutos. O capitão Carlitos, em lance individual, ultrapassa 3 adversários e atira sem hipóteses para o keeper adversário. Era o corolário lógico do melhor jogo do Oleiros que ainda dispôs até ao intervalo de três ou quatro situações em que podia, e até merecia, ter dilatado a vantagem.
Pelo que o Oleiros fez e o Pedrógão não fez, o 1-0 era escasso para o caudal ofensivo que os oleirenses tinham demonstrado.
E por isso mesmo estávamos longe de pensar que as coisas se pudessem alterar tanto a partir do momento que Izaldo Barata deu início à segunda metade. O Oleiros apareceu com uma equipa acomodada, mais lenta, muito retraída que contrastava a olhos vistos com as melhorias significativas na equipa de Xana.
O meio campo defensivo do Oleiros passou a ser, quase em exclusividade, o palco do jogo e em apenas 8 minutos viram-se 3 golos, e todos para a única equipa que os procurava.
Aos 55 minutos Ricardo Constantino marca um livre teleguiado da direita para a cabeça de Vasco Guerra que coloca na boca do golo onde aparece Mateus a empurrar, ainda de cabeça. Três minutos depois foi o próprio Ricardo Constantino que, com o pé esquerdo, bateu de forma superior um livre directo, este em posição frontal às redes adversárias. E aos 63 minutos foi Capinha que furou por entre os centrais e rematou sem hipóteses para João Luís.
Com a reviravolta operada o Pedrógão tirou o pé do acelerador, porque competia agora ao Oleiros tentar fazer alguma coisa. Só que a equipa de Chico Lopes e Hélio ficou muito atordoada com o que lhe tinha acontecido em tão curto espaço de tempo e nunca mostrou capacidade de reacção. Com uns contentes com o que tinham feito e outros sem conseguir fazer aquilo que pretendiam chegou-se ao final de um jogo que acabou por ter duas partes diametralmente opostas e um vencedor justo.

A arbitragem- Izaldo Barata esteve bem tecnicamente e muito exagerado no capítulo disciplinar. Mas a sua pontuação é muito penalizada pela tarde negativa do auxiliar Hugo Clara. Na primeira parte tirou 3 foras de jogo inexistentes ao ataque do Oleiros e na segunda parte também teve algumas dificuldades em acertar com o off side. Neste capítulo tem mais razões de queixa o Oleiros embora não tenha sido pelo árbitro que aconteceu este resultado final.

Discurso directo- Chico Lopes, técnico do Oleiros- “Estivemos muito apáticos nos segundos 45 minutos e deixámos o adversário cair-nos em cima. Em dois lances de bola parada eles mudaram o rumo dos acontecimentos e tornou-se muito complicado. Podíamos ter saído para o intervalo com uma vantagem maior, porque criámos muitas situações de golo, mas não conseguimos. O árbitro erra para os dois lados e por isso não devemos criticar”.
Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Mais uma vez a equipa não esteve bem durante os primeiros 45 minutos, mas penso que melhorámos em relação ao último jogo. Viemos sempre em crescendo e, na 2ª parte, já vimos a equipa a praticar um bom futebol e conseguimos dar a volta ao resultado. Eu penso que não há razões para contestar o árbitro porque também não houve jogadas polémicas. O árbitro esteve exemplar e não teve influência no jogo e no resultado”.

BENFICA CB- 3 SPORTING DE POMBAL- 2


A tarde de Quinzinho

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro- Luís Brás, auxiliado por Marco Pinto e André Silva (Guarda)
Benfica CB- Sérgio, Mateus, Gelson, Chiquinho, Salavessa, Alveirinho, Tomás, Alves, Kiko, Luisinho e Quinzinho
Treinador- Paulo Silva
Sporting de Pombal- Nuno, Esteves, Digo, Tomé, Micael, Telmo, Pedro, Tiago Marques, Fred, Xavier e Bispo
Treinador- Manuel Lopes
Substituições- Mateus por Jójó aos 63, Luisinho por Torres aos 80 e Quinzinho por Cláudio aos 90; Bispo por Fábio aos 24, Tiago Marques por Daniel aos 45 e Pedro por Dédé aos 72
Disciplina- Amarelos a Quinzinho aos 84; Fred aos 25, Micael aos 63, Fábio aos 63 e Telmo aos 72
Marcadores- Quinzinho aos 30, 36 e 72; Bispo aos 7 e Digo aos 48

O Benfica e Castelo Branco somou no último sábado a segunda vitória no Nacional da 2ª divisão de juniores. Frente ao Sporting de Pombal, equipa que luta pelos mesmos objectivos que os albicastrenses, os encarnados só nos primeiros 15 minutos não tiveram o domínio do jogo, altura em que os forasteiros tiveram mais tempo de posse de bola e marcaram o golo que lhes deu a única vantagem em todo o jogo.
Logo aos 7 minutos a defensiva da casa foi muito lenta e Bispo apareceu mais rápido a atirar para o 1-0 para os de Pombal.
Passado o primeiro quarto de hora, a equipa de Paulo Silva tomou conta do jogo, mas apesar de dominar, não conseguia criar grandes situações de perigo para as redes de Nuno.
Mas seria no espaço de apenas 6 minutos que a cambalhota no marcador aconteceu. Quinzinho marcou aos 30 e 36 e ainda teve nos pés outra grande oportunidade para aumentar distâncias antes do descanso. Mas o primeiro caso do jogo aconteceria já muito perto do árbitro mandar as equipas para o balneário. Dentro da grande área dos sportinguistas há uma mão clara de um defensor que não é punida com a respectiva grande penalidade. O árbitro não podia ter visto porque estava encoberto, mas o auxiliar do lado da bancada estava a pouco mais de 10 metros e com campo de visão aberto…
O 2-1 ao intervalo assentava bem ao conjunto da casa que, apesar de não ter começado bem, conseguiu ainda dominar a última meia hora.
Logo no reatamento surge a segunda decisão polémica da arbitragem. Num lance muito semelhante à penalidade que não foi assinalada a favorecer o Benfica o mesmo auxiliar mandou marcar penalty num lance agora a favorecer os visitantes. Uma dualidade de critérios incompreensível e que prejudicou claramente o conjunto de Castelo Branco. Na transformação Digo aproveitou para restabelecer a igualdade e transmitir injustiça ao marcador.
Daí até final o jogo foi praticamente sempre dominado pelo Benfica e Castelo Branco que conseguiria chegar à situação de vantagem definitiva aos 72 minutos outra vez pelo inevitável Quinzinho. Além do golo que deu valeu a vitória, e os três pontos, os albicastrenses dispuseram ainda de uma boa mão cheia de oportunidades para dilatar ainda mais a vantagem o que não seria de todo imerecido.Da equipa de arbitragem apenas se pode dizer que vimos um excelente trabalho do árbitro e do auxiliar do lado do peão e duas más decisões do auxiliar do lado da bancada. Não fosse o Benfica ter vencido o jogo e poderíamos estar aqui a escrever que tinha havido clara influência no resultado por parte da equipa de arbitragem.

CASA DO BENFICA CB- 25 PORTO SALVO- 20


Albicastrenses complicaram

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Daniel Figueiredo e Conceição Rufino (Santarém)
Casa do Benfica CB- Sofia Santos, Filomena Abrantes e Natalina Nascimento, Liliana Rodrigues (2), Neidja Lima (4), Marta Monteiro, Carla Mendes (5), Vera Gorjão (3), Sónia Mota (3), Patrícia Santos e Mariana Ivanova (8)
Treinador- Paula Espírito Santo
Porto Salvo- Manuela Dinis, Joana Gonçalves (3), Paula Maocha (10), Bárbara Homem (3), Ana Silva, Maria Rosa, Natalina Melo (2), Mónica Almeida, Eliana Rosa, Íris Martins, Ana Jardim, Ana Ferreira, Sandra Machado (2) e Bárbara Teixeira
Treinador- Luís Miranda
Marcador ao intervalo- 13-9

A Casa do Benfica em Castelo Branco não entrou bem no jogo e ainda antes de se chegar à primeira dezena de minutos, o conjunto da casa perdia por 4-1 frente a um Porto Salvo que entrava para esta jornada colocado na 3ª posição da Zona Sul do Nacional da 2ª divisão feminina.
As albicastrenses só chegaram à primeira situação de vantagem no placard aos 7-6, mas a partir desse momento não mais perderam o comando do marcador.
O resultado de 13-9 ao intervalo já não deixava dúvidas em relação à diferença de valores entre as duas equipas, e na segunda parte a vantagem até foi dilatada para seis golos, mas depois apareceram inesperadas dificuldades de concretização que foram aproveitadas pelas visitantes para encurtar distâncias.
O jogo entrou nos últimos cinco minutos com as meninas de Paula Espírito Santo a disporem de apenas dois golos de vantagem, mas duas boas intervenções de Sofia Santos e dois golos de Mariana Ivanova acabaram por decidir numa altura em que o jogo não estava fácil.Arbitragem regular.

AD ALBICASTRENSE- 27 SPORTIVO DE LOURES- 25


A caminho dos oitavos

Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Daniel Figueiredo e Conceição Rufino (Santarém)
AD Albicastrense- Pedro Mendes e José Pereira, Martin Gomes, Luís Robalo, Sérgio Silva (2), Luís Mateus, João Fialho (11), Bruno Roberto (1), António Mata (2), Maximiano Ribeiro (4), Filipe Félix (7) e Jonatas Valente
Treinador- José Curto
Sportivo de Loures- José Ferreira, Pedro Cerca (2), Bruno Fonseca (2), Rui Antunes (7), Paulo Silva (6), João Matias, João Ferreira (2), João Monteiro, Flávio Flor, Filipe Pereira, Ricardo Duarte (6) e Fernando Vitorino
Treinador- Álvaro Valverde
Marcador ao intervalo- 16-10

Depois da deslocação no sábado ao Algarve onde defrontou e venceu o Vela de Tavira por 26-24 em jogo a contar para o nacional da 1ª Divisão, a Associação Desportiva Albicastrense recebeu no domingo o Sportivo de Loures, equipa da Zona Sul da 2ª Divisão, em jogo a contar para os 1/16 de final da Taça Presidente da República.
Num embate que não se adivinhava muito complicado, os azuis acabaram por vencer por 27-25 seguindo assim para os oitavos de final da competição.
No jogo de domingo a ADA acabou por garantir a passagem à ronda seguinte durante os primeiros 30 minutos, já que o resultado de 16-10 ao intervalo não deixava muitas dúvidas relativamente à melhor equipa.
Mas na segunda metade os muitos quilómetros andados na deslocação ao Algarve no dia anterior acabaram por começar a pesar nas pernas dos da casa e o empate quando faltavam pouco mais de 10 minutos para o final deixou no ar a possibilidade da eliminação.
Só que a Albicastrense, apesar do cansaço evidenciado, era claramente a melhor equipa e um esforço final foi suficiente para garantir uma vitória que acabou por ser mais suada que o que se viu na 1ª parte deixava antever.Arbitragem sem influência no desenrolar do jogo.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

PEDRÓGÃO SP- 1 PROENÇA-A-NOVA- 0


Pedrógão entra melhor em 2006

Campo Tenente Manuel Morais, em Pedrógão de São Pedro
Árbitro- Carlos Silva (4), auxiliado por João Diogo e Hélder Ferreira
Pedrógão SP- Canário (3), Ricardo Silva (3), Vasco Guerra (4), Flávio Cruz, Gonçalo (3), Flávio Cunha (3), Mateus (3), Brígida (3), Mário Pina (3), Filipe (3) e Ricardo Constantino (3)
Treinador- Xana
Proença-a-Nova- Almeida (4), Filipe (3), Pedro Bernardo (3), José Fernando (3), Marco Dias (3), Bruno Ribeiro (3), Hugo Dias (3), Hélder Duarte (3), Pequito (3), Carlitos (3) e Pedro França (3)
Treinador- José Esteves
Substituições- Brígida por Capinha (2) aos 70, Mateus por Chico (2) aos 75 e Flávio Cunha por Manuel (-) aos 90; José Fernando por Bomba (2) aos 40 e Filipe por Hugo Louro (2) aos 63
Disciplina- Amarelos a Pedro França aos 21, Hélder Duarte aos 60, Pequito aos 62, Bomba aos 82 e Marco Dias aos 87

A figura do jogo- Vasco Guerra (Pedrógão SP)- Já na 1ª parte, quando o jogo não teve quase nada para contar, foi ele que tentou provocar desequilíbrios subindo no terreno. O golo que marcou e que valeu 3 pontos acabou por ser apontado pelo jogador que mais o mereceu.

O Pedrógão SP- Teve 45 minutos para esquecer e também não entrou bem para a 2ª parte. Marcou o golo num lance de bola parada e, a partir daí, justificou uma vitória muito sofrida e alcançada sem fazer um bom jogo.

O Proença-a-Nova- Também contribuiu para o deserto de ideias na 1ª parte, mas para a segunda metade apareceu transfigurado para melhor mas sem conseguir transformar em lances de perigo o ligeiro ascendente. Depois de sofrer o golo nunca desistiu mas nos últimos 15 minutos pareceu acusar muito os excessos cometidos nas férias.

Não foi nada agradável o primeiro jogo de Pedrógão de São Pedro e Proença-a-Nova no ano de 2006. Durante os primeiros 45 minutos o nosso bloco de apontamentos ficou praticamente em branco já que, nesse período, as equipas concentraram muito o seu jogo na zona de meio campo e o perigo andou sempre longe das redes de Canário e de Almeida. Na 1ª parte o melhor que conseguimos anotar, e foi preciso muito boa vontade, foi um remate inofensivo do Pedrógão à baliza de Almeida e dois remates sem qualquer tipo de perigo de Carlitos à baliza de Canário. E foi tudo.
Era daqueles jogos que, se não levasse uma volta de 180 graus e se as equipas não se empenhassem em proporcionar outro tipo de espectáculo, só num lance individual ou então de bola parada poderia surgir alguma coisa que abalasse o tédio. Também era fácil perceber que era o típico jogo em que quem marcasse um golo provavelmente ficaria com os 3 pontos. E foi tudo o que aconteceu.
Apesar de ter sido o Proença-a-Nova a mostrar primeiro a intenção de abanar o jogo foi o Pedrógão de São Pedro que acabou por marcar, de bola parada, o tal golo que, tal como prevíamos, acabou mesmo por valer uma vitória. Mas já lá vamos. É que antes desse golo, os visitantes tiveram um ligeiro ascendente. O jogo melhorou um pouco, mas nada que desse para deslumbrar, até porque desse maior tempo de posse de bola a equipa do Pinhal não conseguiu tirar o devido proveito para, se quer, incomodar Canário. Depois veio de novo o equilíbrio, que coincidiu com o golo de Vasco Guerra. Na sequência de um canto do lado esquerdo do ataque pedroguense o central subiu à área adversária sem que ninguém do Proença se tenha apercebido e acabou por saltar completamente sozinho, já dentro da pequena área, e bater o desamparado Almeida. Como antevíamos aí estava o tal golo solitário que valeu 3 pontos e que surgiu de um lance de bola parada.
Na última meia hora de jogo a equipa de Xana acabou por justificar o golo que pouco tinha feito por merecer. Foi mais ofensiva e conseguiu em 3 situações proporcionar defesas estupendas a Almeida que evitou com uma boa exibição que os da casa aumentassem distâncias.
Mas o Proença foi um digno vencido porque mesmo caindo um pouco fisicamente depois da meia-hora tentou sempre, até ao último segundo, evitar a derrota que acabou mesmo por acontecer. Neste período, e já depois de José Esteves ter mexido na equipa, Carlitos, que na primeira parte tinha sido o melhor dos forasteiros acabou por recuar para a posição de defesa direito, perdendo algum protagonismo com influência na manobra ofensiva da sua equipa.
Um espectáculo fraco entre duas equipas que podem e sabem mais que o que mostraram no primeiro jogo do novo ano.

A arbitragem- Carlos Silva assinou um trabalho positivo. No capítulo disciplinar esteve bem e nos amarelos mostrados por bocas a Hélder Duarte e Pequito ele lá saberá o que ouviu. No lance que origina o canto que dá o golo do Pedrógão assinalou uma mão de um jogador visitante dentro da área de Canário. Ficaram-nos algumas dúvidas mas, pelo que fez, merece o benefício da dúvida.

Discurso directo- Xana, técnico do Pedrógão SP- “Os primeiros 45 minutos foram muito maus, melhorámos um tudo nada na 2ª parte, mas eu tenho sempre muito receio destes jogos depois de uma longa paragem. É nestas alturas que são cometidos excessos pelos atletas. Acusamos muito as férias de Natal e Ano novo mas penso que, pelo trabalho e pelo esforço que fizemos, nos assenta bem a vitória. Sempre o disse e continuo a dizer que o Carlos Silva é o melhor árbitro do distrito”.
Discurso directo- José Esteves, técnico do Proença-a-Nova- “Foi um jogo equilibrado e penso que não merecíamos sair daqui derrotados. Eu tive a impressão que quem marcasse um golo ganhava e isso acabou por acontecer numa bola parada. O futebol é assim, não podemos ter sempre a sorte do nosso lado e esperamos que para a próxima seja diferente. O árbitro mostrou-nos 5 amarelos e isso condiciona. Podia ter estado melhor no capítulo disciplinar”.

ENTREVISTA A ANTÓNIO JOAQUIM, TREINADOR DO VITÓRIA DE SERNACHE


“O nosso objectivo está a ser cumprido na íntegra”

António Joaquim não altera os objectivos que traçou no início do Distrital e refere que o Vitória de Sernache “não se pode assumir como candidato porque tem um plantel muito curto, com apenas 19 jogadores e um júnior”. Apesar de actualmente ocupar o segundo lugar da classificação, o técnico da equipa do Pinhal aponta os primeiros três lugares como meta a atingir no final da temporada.

“Nos 2 jogos que perdemos com o Penamacor não fomos nada inferiores”

Tribuna Desportiva- Que balanço há a fazer das jornadas já disputadas na 1ª Divisão Distrital da AFCB?
António Joaquim- É um balanço extremamente positivo, principalmente se tivermos em conta as nossas expectativas para este campeonato. Mas com este calendário não se consegue atingir um grande ritmo competitivo devido às constantes paragens que o campeonato sofre.
TD- O que é que falta ao Vitória de Sernache para se poder afirmar como um candidato a subir de divisão?
AJ- Não falta nada. O Sernache nunca se assumiu como candidato mas está, neste momento, à frente de alguns candidatos. O nosso objectivo foi traçado e está a ser cumprido. Estamos nesta altura no terceiro ano de um projecto e estamos a corresponder às expectativas. Estamos a trabalhar de forma séria, estamos a formar jogadores, temos uma equipa feita com jogadores só da região, a chamada prata da casa, e com um orçamento baixinho.
TD- Esta temporada o Vitória tem duas derrotas, ambas com o Penamacor, uma para a Taça outra para o campeonato. A ADEP é, de facto, a melhor equipa deste Distrital?
AJ- Pelo menos foi aquela que mais investiu e que mais apostou. Quanto às nossas duas derrotas com o Penamacor, são águas passadas, mas são duas derrotas em dois jogos em que não fomos inferiores. De qualquer das formas, quem ganha é que fica com os pontos. O Penamacor é a equipa que mais apostou e que, se calhar, tem o melhor plantel. Como tal, é possível que seja neste momento a equipa mais forte, e também é isso que a classificação diz.
TD- O Vitória nunca se assumiu como candidato, no entanto, neste momento está na 2ª posição. O que é que o Vitória não tem, e que por exemplo a ADEP tem, para não se assumir?
AJ- Se quisermos fazer uma análise ao pormenor temos que voltar dois ou três anos atrás para ver o que era o Vitória na altura e o que sobrou dessa equipa que esteve nos campeonatos nacionais. Sobrou zero. O Sernache tem as infra-estruturas criadas, tem umas instalações magníficas, mas falta o apoio das pessoas e faltam mais jogadores. É também por isso que nós não podemos ser candidatos. O Sernache tem dos plantéis mais curtos deste Distrital. Nós somos dezanove jogadores e mais um júnior. Repare que as inscrições fecharam agora em Dezembro e o Sernache não contratou ninguém, porque não quisemos, porque o nosso objectivo está a ser cumprido na íntegra. Claro que, se quiséssemos apostar na subida, teríamos que fazer uma reestruturação no plantel, como outros fizeram. Isto demonstra que nós não somos candidatos, ou que não queremos ser candidatos. No entanto somos uma equipa ambiciosa, que gosta de praticar bom futebol e que gosta de ganhar os jogos ao domingo. Vamos fazer os possíveis para todos os domingos ficarmos com os três pontos, mas é possível que não o consigamos, mas dentro do campo vamos fazer tudo para ganhar os jogos todos. Subir de divisão nunca se falou naquela casa e também não é agora que iremos falar nisso.

“ADEP, Estreito, Pedrógão e Sernache são as melhores equipas este ano”

TD- De qualquer forma vão certamente lutar pelos 3 primeiros lugares…
AJ- Gostava de ficar nos três primeiros classificados. Mesmo assim, e por termos um plantel muito curto e sempre com três ou quatro elementos que nunca treinam connosco, acho que vai ser difícil. Creio que, pelo menos o terceiro lugar vamos conseguir, isso era magnífico, não só para estes jogadores, como também para a equipa técnica.
TD- Mas nesta altura o Vitória está em segundo… quem é que vai ultrapassar o Vitória na classificação para ficar em terceiro, como referiu?
AJ- Espero que ninguém nos ultrapasse, mas também sei que há plantéis que são mais fortes que nós. Há equipa que se reformularam, casos do Penamacor que já falei, o Águias do Moradal tem um plantel excelente e numeroso e o Pedrógão de São Pedro que não tem tido os resultados a condizer com o plantel que tem. Penso que estas três equipas mais o Sernache formam o grupo das quatro melhores equipas do campeonato. Se falei no terceiro lugar é porque vamos tentar ficar à frente de uma dessas três.
TD- Dos três resultados negativos desta época qual era aquele com que menos contava?
AJ- Não contava com nenhum. Eu contava ter ganho os jogos todos, mas nós também temos que reconhecer o mérito do adversário. Mas tal como já referi, não fomos inferiores ao Penamacor nos dois jogos que perdemos, creio que até fomos bastante superiores no jogo para o campeonato. Com o Oleiros nós criámos situações de golo mais que suficientes para ganhar mas acabámos por empatar. São contingências do futebol. Espero já ter perdido os pontos que tinha a perder, mas com certeza que ainda iremos perder mais alguns.

“Alguns árbitros aparecem ao domingo para resolver os jogos”

TD- Falando de arbitragem… O António Joaquim tem sido um crítico de algumas arbitragens, mesmo em jogos que tem vencido. O que se passa com a arbitragem do Distrito?
AJ- Não sei. Não fui eu que disse que os árbitros iam para os jogos e levavam saco, tronco e membros. Com os jogadores do Sernache eu faço tudo para que eles levem cabeça, tronco e membros.
TD- Mas tem-se sentido prejudicado em alguns jogos? E isso reflecte-se em termos de pontuação?
AJ- Não vale a pena estarmos a fazer estes balanços a meio da época. Possivelmente os árbitros têm feito o melhor que podem e sabem. Tal como todos os jogadores, os árbitros também erram. Mas há coisas que se passam que me deixam triste. Nós trabalhamos terça, quinta, sexta e ao domingo e os árbitros aparecem ao domingo para… alguns para resolver os jogos. Não tenho problemas nenhuns em dizer isso. Eles têm é que fazer tudo para melhorar, tal como nós treinamos para jogarmos melhor ao domingo. Eles terão também que treinar e trabalhar mais para que as coisas corram melhor. Eu disse no início da época que não sou crítico para dizer que sou. Eu critico quando acho que dentro do campo há coisas que nós sentimos que não são isentas.
TD- Isso já se passou em jogos deste campeonato?
AJ- Nalguns já, como certamente se passou com todos os clubes.
A palavra do técnico do actual segundo classificado da Divisão maior do futebol Distrital. Mesmo sem jogar este fim-de-semana o Vitória de Sernache manteve a vice-liderança atrás do Penamacor.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

ENTREVISTA CARLOS PACHECO, TREINADOR DAS ESCOLINHAS PRÉ-COMPETIÇÃO DO DESPORTIVO CB


“Não interessa estar a formar Maradonas ou Figos”

Carlos Pacheco viveu muitos anos dentro das quatro linhas envergando a camisola do Desportivo de Alcains. Formado em Educação Física há dois anos que treina as escolinhas pré-competitivas do Desportivo de Castelo Branco. Não gosta de falar do futuro porque diz que “é tudo uma questão de oportunidade”. No início desta temporada foi convidado para treinar o Escalos de Baixo mas optou por continuar com os miúdos do Desportivo.

Tribuna Desportiva- Trabalhar com os miúdos das escolinhas dá-lhe um prazer especial?
Carlos Pacheco- Dá prazer porque tudo o que nós fazemos eles aprendem facilmente e depois no final de cada ano vemos que o trabalho que foi feito dá os seus frutos. Os miúdos quando vêm não têm defeitos nem nenhuns vícios, e tudo o que fazemos eles aprendem, e para além disso é a motivação, não só a minha como a deles. Eles andam a semana toda a pensar no dia em que têm treino e nós sentimos um enorme prazer nisso.
TD- O facto de trabalhar com os pré-competitivos e não com juvenis, ou mesmo seniores, é uma opção sua?
CP- Este ano foi. O ano passado não. Foi opção trabalhar com a pré-competição porque eu não queria trabalhar com miúdos da competição porque o ano passado, a nível de organização, o Desportivo não estava muito bem e havia sempre confusões de transportes, directores que não ajudavam porque não tinham disponibilidade, e então optei pela pré-competição onde, a nível de logística, não tínhamos tanto trabalho. Era eu sozinho, organizei as coisas à minha maneira, tive o apoio todo da Direcção e as coisas funcionaram bem. Este ano optei por ficar também com os pré-competitivos, apesar de quererem que eu ficasse com uma equipa na competição. Também fora do Desportivo houve oportunidade de trabalhar noutros clubes, mas eu entendi que devia continuar com este grupo e estou a sentir-me muito bem. Se as coisas continuarem assim, de certeza que no próximo ano optarei de novo por ficar com este grupo, até porque a nível de tempo permite-me estar mais tempo com a família.
TD- O número de clubes e o número de equipas nestes escalões tem vindo a aumentar de ano para ano, isso é sinal que vale a pena trabalhar na formação?
CP- Vale a pena porque os pais cada vez mais têm necessidade de ocupar os filhos. Toda a gente sabe que, hoje em dia, nos fins-de-semana principalmente, as crianças passam o tempo em casa a ver televisão ou a jogar consola ou computador. Então os pais aproveitam coisas novas para colocar os miúdos. E nós, como clubes da cidade, só temos que oferecer. Há a Casa do Benfica, o Benfica e Castelo Branco e depois nós com 50 miúdos e o Valongo com 40 ou 45 miúdos. Nós temos quantidade, qualidade de trabalho e de instalações, e a mensalidade é um valor irrisório. Os miúdos pagam 10 euros e se forem para o judo, para a natação ou para o ténis, pagam muito mais e, se calhar, o tempo de actividade é muito menor. Eu penso que os pais só têm que aproveitar a oferta dos clubes.
TD- E ver os miúdos a evoluir é, naturalmente, um prémio…
CP- Dá-me gosto ver que a equipa que subiu este ano para escolas C, que esteve comigo o ano passado. Os miúdos estão muito diferente daquilo que eram quando chegaram o ano passado. Este ano tenho a certeza que o grupo que vai subir para a competição também vai ter muita qualidade. Não importa estarmos a formar Maradonas ou Figos, o mais importante é manter os miúdos ocupados, ajudar no crescimento social deles e que possam aprender a saber estar com os colegas. O primeiro objectivo nem é ensinar-lhes a jogar futebol, mas sim ensinar-lhes a estar em conjunto. A partir daí, como estão a jogar uma coisa que gostam, juntamos o útil ao agradável e eu estou super contente com o trabalho que está a ser desenvolvido.
TD- Parece-me é que este trabalho não é bem recompensado quando mais tarde um destes miúdos acaba por sair para um clube com outras dimensões…
CP- As coisas hoje em dia estão a mudar nesse aspecto. Nós no Desportivo temos colegas que, felizmente, têm contactos tanto com o Benfica como com o Sporting e regularmente levam lá jogadores que possam ter qualidade a treinar a esses clubes. É lógico que a recompensa nunca é a que nós desejaríamos, mas é o que está estabelecido pela Federação. Nós só temos que respeitar. Temos é que pensar bem se compensa levar um miúdo que é infantil ou iniciado para o Benfica ou para o Sporting, porque hoje em dia a quantidade de miúdos que aparece é cada vez maior. O ir ao Benfica ou ao Sporting não é sinal que já têm um futuro assegurado. Antigamente é que era assim. Quem ia para o Benfica ou para o Sporting normalmente tinha uma saída no futebol. Agora já não é assim porque há muita oferta e vão lá muitos miúdos de todo o país. O Benfica e o Sporting cada vez mais estão organizados para ter olheiros em todo o lado, e hoje em dia vale mais pensar se não é melhor os miúdos continuarem aqui connosco, porque nós já trabalhamos bem, e depois em juvenis ou juniores, se os miúdos têm de facto qualidade, apostar em ir para esses clubes. Em termos de compensações, para quem recebe é sempre pouco, porque nós estamos aqui uma série de anos a formar jogadores e depois vão-se embora. Quando eles não vão para esses grandes clubes, mas vão para outros clubes só porque estão nos nacionais, aí é que ficamos tristes. Ainda o ano passado tivemos um caso desses. Tivemos aí jogadores connosco 5 e 6 anos a aprender, aquilo que eles eram como jogadores deviam ao Desportivo, e depois foram para o Benfica e Castelo Branco porque estava no Nacional. O Desportivo ficou praticamente sem nenhum a compensação e isso deixa-nos tristes. Se é para realização pessoal e se vão à procura de algo que é melhor, aí temos que ter em atenção e ver as ambições de cada um.
TD- A médio, longo prazo, vai continuar com este trabalho ou pensa em trabalhar com seniores?
CP- Isto é tudo uma questão de oportunidades e de ofertas que surjam. Eu não gosto de pensar a longo prazo e pensar no que vou fazer daqui a 2 ou 3 anos. No início deste ano surgiu-me a possibilidade de trabalhar nos Escalos de Baixo. Não me agradou, não a proposta, mas sim o timing em que o convite foi feito. Na altura não havia as condições que eu considerava serem as mínimas. Eu sei que estou no início de carreira, que ainda não dei provas, e que não posso exigir muito, mas pelo menos o mínimo de condições tenho que exigir. No final da época vamos ver o que surge. Posso chegar à conclusão que o melhor é continuar com o grupo que vai agora subir a escolinhas e levá-los até aos juniores… Posso sair para um plantel sénior ou para ir ajudar alguém… A vantagem de estar na pré-competição é que não tenho planos a longo prazo. Todos os anos trabalho com uma equipa e não há aquela preocupação de saber que já estou com eles há 2 ou 3 anos.
Vive a vida a cada momento e não pensa muito no futuro. O presente é o que conta e Carlos Pacheco é o treinador dos miúdos do Desportivo albicastrense na antecâmara da competição.

ENTREVISTA A QUIM MANUEL, TREINADOR DO BENFICA CB


“Estamos a cair numa classificação que nós não queremos”

Quim Manuel espera que o 2006 seja diferente do final de 2005. O Benfica e Castelo Branco tem 11 pontos e não está muito longe da linha d’água. O jogo frente ao Nelas que abre o ano é muito importante, não só para abrir fosso em relação a um clube que luta pela manutenção, mas também porque Quim Manuel não quer mais derrotas caseiras. Quanto a reforços… o técnico gostava de os ter, mas o orçamento não permite.

“Queremos atingir os primeiros 6 lugares”

Tribuna Desportiva- Com 11 pontos nesta altura considera que está a fazer o que esperava ou contava estar um pouco melhor?
Quim Manuel- Esperava ter mais pontos. Como se sabe o nosso objectivo de época é fazer um bom campeonato e nós não estamos a fazer um grande campeonato. Já perdemos 2 vezes em casa, o que não estava nas perspectivas, mas vamos tentar fazer melhor em 2006 porque estamos a cair numa classificação que nós não queremos. Queremos atingir os 6 primeiros e tentar fazer melhor que o ano passado. Penso que os jogadores depois da derrota em casa com o Oliveira do Hospital reflectiram e tivemos uma semana para falar sobre o que estava mal. Já gostei mais da equipa na Pampilhosa e só não ganhámos porque tivemos alguma infelicidade no final do jogo.
TD- O grande problema este ano têm sido as lesões e alguns castigos que têm aparecido…
QM- Já houve jogos em que estive muito limitado. Contra o Oliveira do Hospital não pude contar com o Ricardo Pinto e com o Cascavél, na Oliveirense também não foram 3 jogadores e é claro que isso tem sempre influência. Agora vamos é tentar recuperar todos os jogadores no sentido de nos apresentarmos na melhor forma possível no próximo jogo. Queremos começar o ano bem perante um adversário que está atrás de nós mas que eu sei que tem uma boa equipa.
TD- Esse jogo com o Nelas é determinante para o que resta de campeonato?
QM- Não é determinante porque ainda faltam muitos jogos. Ainda nem sequer acabou a 1ª volta, mas o que é certo é que não podemos perder mais jogos em casa, ou não é aconselhável. Também tem havido alguns castigos devido à juventude deste ou daquele jogador. Não temos sido uma equipa indisciplinada. Os cartões têm surgido em jogadas disputadas em que os árbitros entenderam mostrar os vermelhos respectivos. Mas não nos vamos queixar disso. Ainda no último jogo tivemos o pássaro na mão e deixamo-lo fugir a dois minutos do fim. Também é preciso ter alguma sorte no futebol.
TD- Este ano tem sido muito crítico das arbitragens…
QM- Algumas, mas nem todas. Contra o Oliveira do Hospital perdemos em casa e o sr. João Roque fez uma boa arbitragem.
TD- Em relação a reforços… vai ou não haver?
QM- Qualquer treinador gostaria de ter mais um ou dois reforços, mas parece-me impossível, segundo as palavras do nosso presidente. Nós falamos semanalmente nessa situação mas está difícil porque não há orçamento para isso e ele não quer entrar em grandes aventuras. Iremos jogar com os jogadores que temos e com os jovens. Eles continuarão a ter as suas oportunidades, até porque já jogaram praticamente todos. Ainda faltam 15 jornadas e todos vão ter oportunidade de jogar e se demonstrarem capacidades para integrar a equipa de início têm que aproveitá-la.

“Esta paragem dá para recuperar sete titulares que estão tocados”

TD- Alguns jogadores também não estão a render aquilo que se esperava de início, casos do Hélder Monteiro que teria um ano bom para aparecer e do João Paulo que era um jogador indispensável no Idanhense mas que não consegue ter a mesma importância no Benfica…
QM- Há jogadores que no início de época não rendem. O Hélder Monteiro está a subir de forma, na Pampilhosa fez um jogo extraordinário e o João Paulo também. Mas gostava aqui de referir que o Hélder Monteiro, depois de no ano passado ter ido passar férias a Angola, veio bastante doente. Andou medicado e isso deu cabo dele. Ainda não demonstrou ser aquele Monteiro do ano passado, embora nós esperemos sempre o melhor, não só dele mas de todos. Nós temos semanas em que o plantel não treina totalmente porque há sempre jogadores tocados e depois há alguns que fazem só metade dos treinos durante a semana e isso reflecte-se no campo. O Ricardo Pinto, o Ricardo António, o Cascavél, o José Luís são jogadores que andam sempre com toques. Tem sido uma afronta para o Departamento Clínico conseguir ter os jogadores operacionais para a competição. Mas isto vai melhorar. Penso que eles também sentiram um pouco o trabalho de início de época e agora vamos entrar naquela fase em que é importante manter os jogadores bem fisicamente para que rendam o que nós queremos no domingo.
TD- Esta é uma paragem que vem num bom momento…
QM- Vem. Dá para recuperar 7 jogadores titulares que nós temos tocados para que se apresentem bem no início do ano.
TD- Com a reformulação que se está a fazer nos campeonatos nacionais considera que a 2ª divisão foi o escalão mais prejudicado?
QM- Reduziram as equipas mas na nossa série só vão descer 3, o que já é um mal menor. Eu penso que isso se vai notar mais na II Liga já que vão descer 6. Na 2ª Divisão houve uma grande redução de jogos. O ano passado fizemos 36 jogos e este ano só temos 26.
TD- E a nível da qualidade do futebol apresentado?
QM- Não é inferior à do ano passado. Cada vez mais aparecem bons jogadores na 2ª divisão. As equipas da I e II Liga cada vez se reforçam mais com jogadores estrangeiros e os nossos bons jogadores portugueses têm que se sujeitar à 2ª e à 3ª Divisão. Eu, por vezes, admiro-me com alguns jogadores que aparecem na 3ª Divisão com o valor que têm. Para nós é um pouco diferente porque tentámos organizar o nosso plantel com jogadores da região e não vamos buscar jogadores longe porque não podemos ter despesas de alojamento e alimentação. Eu posso dizer que o Benfica e Castelo Branco, neste momento, não está a pagar casa ou alimentação a nenhum jogador, o que é muito bom para o orçamento.
Quim Manuel é um técnico, apesar de tudo, confiante para o que resta de campeonato. Apesar das coisas nem sempre terem corrido bem nas jornadas que já se disputaram o objectivo continua a ser ficar entre os seis primeiros e melhorar a classificação da última temporada.

ENTREVISTA A NUNO FONSECA, TREINADOR DO IDANHENSE


“As coisas têm corrido melhor que o previsto no início”

Para aqueles que criticaram o nome de Nuno Fonseca quando este surgiu no Idanhense aí está a devida resposta em forma de resultados. Sem que nada o fizesse esperar no início, os raianos entram em 2006 líderes destacados da Série D da 3ª divisão, isto apesar de um período menos bom que coincidiu com as primeiras jornadas da prova. O técnico idanhense faz o balanço do que já passou e perspectiva o novo ano de 2006.

“O Idanhense é uma equipa ao nível das melhores da Série D”

Tribuna Desportiva- Para o comum adepto de futebol é uma surpresa ver o Idanhense no comando da Série D. E para o treinador é surpresa?
Nuno Fonseca- Toda a gente que trabalha está sempre à espera de coisas positivas. E para nós houve um conjunto de factores que permitiram que essa esperança se concretizasse. Todos estamos satisfeitos, mas era uma situação que nós, no início, pensávamos que não aconteceria devido ao historial do clube, porque o plantel é praticamente o mesmo, pela valia das outras equipas, mas o nosso objectivo era e é andar na 1ª metade da tabela. As coisas têm corrido melhor que o previsto.
TD- Esta posição já permite dizer que o Idanhense é um candidato a subir à 2ª Divisão?
NF- Permite dizer que o Idanhense é uma equipa ao nível das melhores da Série D. Dou o exemplo do Marinhense que há 4 jornadas atrás estava em 1º lugar, e em 4 jogos empatou apenas um jogo e está, neste momento, em 10º lugar. Isto significa que há um conjunto de equipas que estão muito próximas e o nível é muito equilibrado. Se uma equipa tem lesões, castigos, ou se há problemas financeiros ou outro tipo de problemas que afectem a equipa, desce muito na classificação, como as que ganham 4 jogos seguidos sobem imenso. O Monsanto e o Alcobaça estiveram muito mal mas agora estão bem, o que provoca uma grande igualdade de valores.
TD- E essa fase má que todas as equipas têm o Idanhense teve-a precisamente no início…
NF- Em termos de resultados e de exibições a fase menos conseguida foi no princípio. Neste momento estamos na nossa melhor fase, que esperamos manter o mais tempo possível.
TD- Esta paragem é benéfica ou prejudicial?
NF- Os resultados é que vão dizer. Aquilo que eu acho é que, esta paragem vem-nos permitir fazer um tipo de trabalho e utilizar uma metodologia de treino que não podemos fazer nos períodos competitivos o que provoca que, se fossemos jogar amanhã iríamos jogar muito mal. O treino desta altura não é para haver forma momentânea mas é para haver algumas bases para o próximo período competitivo que é muito longo.
TD- O mês de Dezembro foi também aproveitado para fazer alguns ajustes no plantel…
NF- Nós precisávamos um jogador para a frente e tivemos que fazer reajustes para conseguir esse jogador que nós pensamos ser o elemento possível para o Idanhense. Saiu o Zezinho, que estava insatisfeito por não jogar e tinha uma proposta muito boa do Souropires e o Rui Paulo que também tinha uma proposta do Águias do Moradal. O Rui Paulo, apesar de ser muito útil, precisa de jogar. Esperamos que ele potencie o seu valor e possa regressar outro tipo de jogador.
TD- Quanto a entradas ainda se pode esperar mais alguma coisa?
NF- Não. Só se houver alguma situação com que neste momento não estamos a contar.

“O Marinhense e o Caldas são os maiores candidatos a subir”

TD- Para aqueles que puseram algumas reticências quando o Nuno Fonseca assinou pelo Idanhense os resultados estão a dar a devida resposta…
NF- As pessoas têm as ideias que têm. Com certeza que havia muitas opiniões. As pessoas baseiam-se em alguns argumentos e os resultados são o que são e demonstram o que demonstram. Muitas vezes os resultados de uma equipa, e é o que está a acontecer no Idanhense, não são fruto do bom ou do mau trabalho do treinador. Tem haver com um conjunto de factores que provoca o sucesso da equipa e não do treinador em si. Há treinadores que podem até subir de divisão e fazer um mau trabalho e outros que não sobem e que fazem um trabalho muito melhor. Isso depende de um conjunto de situações.
TD- Em termos de arbitragens… qual é a análise que faz do que já viu?
NF- Normal para uma 3ª divisão. Em termos gerais boas arbitragens. Já fomos beneficiados e prejudicados num ou noutro lance.
TD- Admitindo que o Idanhense é candidato a subir, quais são os concorrentes directos?
NF- Falta-nos jogar com o Peniche, que se reforçou para estar nos primeiros lugares, e com o Sourense que luta por subir de divisão, mas das equipas que vi penso que as que terão maiores hipóteses, se não acontecer nada de anormal, serão o Marinhense e o Caldas.
TD- Com todas as modificações nos quadros competitivos há quem defenda que a 2ª divisão foi a mais prejudicada… Concorda?
NF- Em termos competitivos está muito pior. Aquilo que está a acontecer na série onde está o Benfica e Castelo Branco é uma aberração! São poucas equipas e ainda folgam duas por jornada… É uma 2ª divisão que não interessa em termos de calendário. Agora em termos de valor, as equipas da 2ª divisão têm um ritmo diferente e têm melhores jogadores que na 3ª divisão.
TD- Como é que analisa a prestação do Fundão e do Sertanense?
NF- Para mim, e fazendo uma comparação, o Fundão está a fazer melhor campeonato que o Idanhense. O Idanhense já traz uma bagagem de 3ª divisão de há muitos anos, o Fundão reforçou-se só com 3 ou 4 jogadores e o resto foram os que vieram do Distrital, e que têm muito valor como se está a provar. O Fundão tem feito um trabalho notável. Em relação à Sertã, esperava-se um pouco mais, mas nós também sabemos que tem havido reajustamentos constantes no plantel. Eu conheço muito bem o Valter e o seu profissionalismo e no final é que se fazem as contas e acredito que o Sertanense vai estar lá em cima.
Fala o treinador que lidera a Série D da 3ª Divisão Nacional. Os raianos entram em 2006 a folgar mas, está garantido que a liderança se mantém até ao próximo jogo. Será que temos aqui um candidato à subida à 2ª Divisão?

ENTREVISTA A VALTER COSTA, TREINADOR DO SERTANENSE


“Ainda podemos chegar aos lugares da frente”

Valter Costa reconhece que o Sertanense não virou o ano na posição que desejava mas, e apesar de todos os problemas surgidos no que já passou de campeonato, com destaque para as muitas lesões e os castigos, diz que ainda vai a tempo de terminar o campeonato no lugar que tinha como objectivo no início. Nesta conversa que mantivemos com o técnico sertaginense depois do último jogo de 2005, ficámos ainda a saber que Ricardo Costa não volta a representar o clube nesta temporada e que o Sertanense vai inscrever mais um jogador porque não há verba para mais.

“Não contava com esta classificação nem com tantos problemas
em termos de lesões”

Tribuna Desportiva- No final do ano de 2005 não contava certamente estar nesta posição incómoda…
Valter Costa- A posição não é muito incómoda porque ainda há ali muitas equipas todas juntas. Temos uma segunda volta pela frente e um bom calendário. Mas é evidente que não contava com este lugar e também não contava ter tantos problemas em termos de lesões. O plantel é extremamente escasso e depois também foi um ano que, em termos de sorte, ela não quis nada connosco. Na paragem vamos tentar recuperar a equipa, os jogadores que estão lesionados, e entrar na próxima fase do campeonato com todos recuperados, em melhor forma, e também com um pouco mais de sorte. Têm faltado soluções mas, em termos de jogo jogado, o que tem faltado é a sorte. A equipa joga bem, domina os jogos, cria mais oportunidades que os adversários, mas não tem conseguido concretizar. O futebol é isto… Há anos que são assim… Mas nós ainda não baixamos os braços e não estamos muito longe dos primeiros lugares. Nós, com um pouquinho mais de sorte e sem tantos problemas, ainda podemos chegar aos lugares da frente. Esta posição não é incómoda porque com a vitória a valer 3 pontos, basta 2 ou 3 jogos a ganhar para chegar lá acima. Agora é evidente que, analisando o que já se disputou, contava estar um pouco melhor.
TD- O Valter tinha dito no início que ia apostar num plantel curto mas com qualidade, e que esta aposta só seria má se aparecessem as lesões e os castigos… foi precisamente o que aconteceu…
VC- Mais em termos de uma ou outra lesão. Houve jogadores que já jogaram limitados mas têm que jogar porque, apesar de terem alguns problemas, ainda são superiores aos miúdos que vão ao banco. Nós arriscámos nesta situação e o que programámos foi um campeonato tranquilo e, se houvesse possibilidades de chegar lá à frente nós chegaríamos. Penso que o campeonato tranquilo nós vamos fazer, não tenho dúvidas nenhumas, chegar à frente as coisas estão mais complicadas, mas quando ainda faltam 3 jornadas para o fim da 1ª volta, ter 8 ou 10 pontos de atraso pode não ser nada.

“Continuo a achar que as decisões tomadas no início foram acertadas”

TD- Nesta altura se voltasse a tomar decisões como o fez no início da temporada fazia a mesma aposta?
VC- Há algumas situações extra-futebol com que não estava a contar, mas eu penso que, da minha parte as coisas foram bem programadas e continuo a acreditar que, no final do campeonato vamos colher os frutos disso.
TD- O plantel vai ser reforçado?
VC- Há lugar para mais um jogador e vamos ver se inscrevemos mais um atleta porque não há verba para mais ninguém. No final é que se faz o resumo de todas as decisões tomadas e eu continuo a acreditar que as decisões foram bem tomadas e que nós no fim do campeonato vamos provar isso mesmo.

“O Ricardo Costa já não vai representar o Sertanense esta época”

TD- O que se passa com o Ricardo Costa?
VC- O Ricardo fez a última época toda, apareceu com uma lesão que depois, com o decorrer dos treinos, foi agravando. Possivelmente mais cedo ou mais tarde vai ter que ser operado. Fizemos um tempo de pausa e de repouso para tentar recuperar, mas o Ricardo já não vai representar mais o Sertanense este ano.
TD- Sabe-se que ele está a treinar em Penamacor…
VC- Está mais tranquilo, está com gente que ele conhece bem, mas tem uma lesão que exige descanso. Mesmo que comece a jogar não pode jogar o tempo todo e é natural que ele procure um clube que lhe proporcione essa situação. Se ele estivesse connosco era para jogar mais, era uma mais valia.
TD- O Valter é normalmente um treinador que não se cala quando se sente prejudicado pelas arbitragens. Das jornadas que já passaram que balanço faz das arbitragens dos jogos do Sertanense?
VC- Eu estou farto de me bater por isso. Toda a gente sabe que, antes do Apito Dourado, fui uma das pessoas que se revoltou com algumas situações e até apontei nomes sem problema nenhum. Nesta altura não vale a pena falar. Repare que toda a gente que foi afastada com o processo Apito Dourado já está a apitar. Eu não quero mal nenhum a essa gente, mas pelo menos que sejam afastados do futebol. Nem que não fossem condenados, mas os Sanhudos e toda essa gente devia ser afastada do futebol. Já estão todos a apitar! Estar a falar é chover no molhado. Isto é uma luta inglória, e este ano temos sido muito prejudicados em alguns jogos mas as atitudes de revolta comigo acabaram.
Mesmo com muitos problemas e com um plantel extremamente curto Valter Costa diz que “é no final que se fazem as contas e estou convencido que ainda vamos colher os frutos das apostas que fizemos no início”. Para já vai entrar mais um jogador e o técnico espera também para 2006 que a sorte o acompanhe mais que no ano que terminou.

ENTREVISTA A JOCA, TREINADOR DA AD FUNDÃO


“Lutamos e corremos
domingo a domingo pela manutenção”

Pode dizer-se que Joca é nesta altura o treinador em maior destaque no futebol do nosso Distrito. Seriam poucos, ou quase nenhuns, aqueles que perspectivavam que a Desportiva do Fundão ia chegar ao final de 2005, e quando faltam disputar 3 jornadas da 1ª volta do Nacional da 3ª Divisão, em 2º lugar. É certo que o objectivo continua a ser a manutenção, mas quanto mais cedo forem alcançados os pontos que permitam ficar no 3º escalão nacional menos risco há de passar por aflições quando chegarem as jornadas decisivas. Joca conseguiu com um plantel muito curto, reforçado com Kalló já o campeonato ia em andamento, virar o ano no pódio. Não fossem aqueles primeiros jogos e o feito dos fundanenses podia ainda ser de maior destaque…

“Não pensamos em nada mais além da manutenção”

Tribuna Desportiva- Em termos de balanço das jornadas que já se disputaram, era nesta posição e com estes pontos que contava chegar a final de 2005?
Joca- A posição que nós esperávamos estar nesta altura era uma classificação que nos permitisse a manutenção. É a posição que esperávamos estar agora e também no fim da época. É para isso que nós lutamos e corremos domingo a domingo. Esse é o nosso grande objectivo.
TD- Onde é que estaria a Desportiva do Fundão se tivesse feito as primeiras 4 ou 5 jornadas como fez a partir daí?
JC- Os jogos nunca são iguais e no futebol não se pode pensar “se” isto ou “se” aquilo. Temos que viver o presente e saber que estamos numa boa classificação e é isso que queremos continuar a ter sem pensar em nada mais que nos mantermos na 3ª Divisão Nacional.
TD- Em termos de plantel, estes são os jogadores que vão até ao fim ou vai haver alguma novidade?
JC- Isso é com a Direcção, a Direcção é que sabe…
TD- Mas falta algum jogador para alguma posição específica?
JC- Muitas pessoas não sabem, mas o plantel do Fundão tem, neste momento, 18 jogadores seniores e 2 juniores que treinam regularmente com a equipa. Por tudo isto ainda tem mais valor a classificação que temos nesta altura. O que é importante mesmo é que, no final, estejamos numa posição que nos permita manter, por todos estes factores.

“Vamos continuar a discutir o resultado em qualquer campo”

TD- O Kalló foi indiscutivelmente uma mais valia que surgiu já no decorrer do campeonato…
JC- Sim. É um jogador jovem, com muita qualidade e que se integrou bem. Ele tem apenas 20 anos e uma grande margem de progressão. Penso que veio dar uma grande ajuda à equipa do Fundão.
TD- E que Fundão vamos ter a partir daqui?
JC- Aquilo que o Fundão se compromete, e é esta a nossa filosofia, é discutir o resultado em todos os jogos e em qualquer campo. É isso que temos feito. Umas vezes somos felizes, outras vezes não, mas é sempre esse o objectivo.
TD- O Joca tem-se queixado em alguns jogos dos trabalhos dos árbitros. No balanço, no deve e haver, o saldo é positivo ou negativo?
JC- Há sempre um factor casa que influencia algumas situações. Penso que fora fomos prejudicados num ou noutro campo, mas penso que não é pelas arbitragens que estamos no lugar em que estamos ou que deveríamos estar noutro lugar. Eu acho que as arbitragens têm sido regulares.
Joca não mexe um milímetro nos objectivos da Desportiva do Fundão. É um treinador realista e sabe que o reduzido número de jogadores é talvez o seu maior adversário, mesmo sabendo-se que os que estão tem um valor indiscutível.

BALANÇO DESPORTIVO 2005 DA ESCUDERIA CB


Escuderia faz balanço positivo
de 2005 e perspectiva um bom 2006

No total foram quatro as grandes organizações da Escuderia Castelo Branco no último ano, provas que aliás se vão manter em 2006, apenas com a alteração das datas, já que este ano a FPAK resolveu premiar o clube de Castelo Branco com as datas por si pretendidas.
O Rally Portas de Ródão, o Autocross/Kartcross de Castelo Branco, a Baja TT e o Rally de Automóveis Antigos foram um êxito e Joaquim Eduardo, presidente da Escuderia, refere que “por exemplo na Baja TT, uma prova que esteve em risco de não se realizar e que acabou por ser salva pela Câmara Municipal de Castelo Branco, conseguimos ter a 2ª melhor lista de inscritos a nível nacional, logo depois da Baja Vodafone”.
Quanto ao Rally de Automóveis Antigos, Joaquim Eduardo destaca o facto de “pela primeira vez terem participado pilotos espanhóis”. Nesta prova o número de inscritos subiu de 45, em 200,4 para 54 em 2005. Ainda relativamente a número de participantes o Rally Portas de Ródão baixou de 68 para 55 e o Autocross/Kartcross manteve os 70 inscritos. Nesta última prova, e apesar de haver ainda a dúvida se este ano vai ou não realizar-se o Troféu SEMOG, a Escuderia conta beneficiar com a nova data para a disputa da prova. Em 2006 a 30ª edição do Autocross/Kartcross vai realizar-se nos dias 22 e 23 de Abril. Quanto às datas das restantes provas elas ficaram assim ordenadas: Rally Portas de Ródão, 19 e 20 de Março, Baja TT, 22 e 23 de Setembro e o 14º Rally de Automóveis Antigos vai para a estrada a 8 e 9 de Setembro.
Mas em 2005, para além destas grandes organizações, destaque também para o 2º Curso de Navegadores que contou com 48 inscrições e para o Passeio TT onde participaram 150 jeeps e motos. Da organização deste passeio saiu um donativo de 250 euros atribuído a João Nuno Santos Grade para a aquisição de um computador em linha Braille.
E para além dos torneios de sueca e snooker fica ainda a nota para a colaboração prestada pela Escuderia ao Clube Aventura, ao Triumph Club Portugal e Clube Alfa Romeu. Nestas provas em que a Escuderia deu apoio, Joaquim Eduardo destaca “a excelente organização”, revelando também que “já há contactos com o Clube Alfa Romeu para um encontro em 2006”.E se em termos desportivos “o ano foi óptimo”, palavra de presidente, no capítulo financeiro “o passivo foi reduzido de forma significativa, principalmente porque houve um controlo de despesas muito apertado”. Sendo assim, e se em termos desportivos se pretende que o 2006 seja pelo menos igual a 2005, em termos de financeiros “o grande objectivo é apagar o passivo das contas da Escuderia”.

ATLETA DO VALONGO TREINA EM ALCOCHETE


Depois da Luz, André Rocha foi a Alcochete

O guarda-redes da equipa de infantis A da ARCB Valongo, André Rocha, continua a ser muito cobiçado pelos grandes do nosso futebol. Depois de se ter deslocado em duas ocasiões ao Estádio da Luz, onde foi observado pelos responsáveis da formação encarnada, desta vez foi o Sporting CP a convidar André para treinar em Alcochete.
O pequeno keeper deslocou-se à Academia do Leão nos dias 18 e 20 de Dezembro, onde treinou situações de jogo, sendo informado no final que iria continuar a ser acompanhado pelo departamento de formação do Sporting, podendo voltar a ser chamado à Academia por alturas da Páscoa.